Por Estela

Eu ainda estava aninhada nos braços de Enzo, e ainda era cedo, eu diria umas 13h da tarde.

Não estava acreditando ainda que tínhamos feito o que fizemos. O nosso magnetismo era tanto que eu sabia que não me controlaria por muito tempo, e acabou que rolou, de forma natural e muito intensa.

- Está com fome, chiquita? – Enzo beijou o topo da minha cabeça, brincando com alguns fios de cabelo.

Eu literalmente estava amando ser chamada daquele apelidinho.

- Um pouco. – Confessei. – Mas dessa vez, vou mostrar meus dotes culinários.

- Ah é? E o que vai fazer para nós? – Enzo falou em tom divertido.

- Uhm...vou pensar. – Falei enquanto me desvinculava de seu abraço e vestia uma camisa qualquer dele, que por sinal, ficava enorme em mim.

Prendi meus cabelos em um coque e rumei até a cozinha. Enzo vinha a meu encalço, curioso.

Comecei a vasculhar na dispensa da casa, que inclusive, estava cheia e peguei alguns legumes, arroz e verduras, como eu sabia que Enzo era vegetariano, optei por fazer uns hambúrgueres de soja.

Durante todo o processo em que eu cozinhava, conversamos sobre várias outras coisas, sendo somente interrompidos pelo meu telefone que não parava de tocar, denunciando as chamadas não atendidas por mim e feitas por Alice, que provavelmente estava preocupada.

- Porque não atende? – Enzo questionou depois que eu revirei os olhos desligando o telefone.

- Não sei o que dizer a ela, quer dizer, é a minha melhor amiga ligando e eu não posso contar que estou com você. – Meus ombros pesaram.

- Não acho que deva esconder, até porque eu não pretendo esconder dos meus amigos que estamos juntos, pelo menos para eles, acho que devíamos contar. – Enzo se aproximou e depositou suas mãos gentilmente em meus ombros, os fazendo relaxar imediatamente com seu toque.

- Você acha uma boa ideia? – O olhei ainda receosa. – Eu não quero de forma alguma trazer problemas para você, vejo tanta coisa ruim acontecendo para essas celebridades que tem a vida exposta, não quero pôr nem a sua e nem a minha paz em risco. – Falei sincera.

- Não quero viver me escondendo para sempre, estamos sim correndo um risco de parar nos tabloides, mas sendo bem honesto? Eu não acho que nossos melhores amigos fariam alguma besteira que pudesse colocar em risco nossa situação, se você confia nela, eu não me importo e até incentivo você a contar, Matías por exemplo está enlouquecido querendo conhecer você, e até agora nada vazou. – Enzo agora fazia uma massagem gostosa em mim, quase me tirando o foco.

- Tudo bem, quando voltarmos para o Rio eu vou contar tudo a ela. – Sorri de lado. – Agora vamos comer, se tudo der certo ainda podemos pegar uma praia ainda hoje.

- O cheiro está impecável, nena! Acho que sua comida está tão gostosa quanto você. – Ele deu um risinho malicioso.

- Enzo! – Ri alto. – Meu Deus, você não presta.

Enzo colocou a mão no peito como se fingisse estar ofendido e gargalhou na maior cara de pau.

Nos servimos da comida e não demorou muito para ele fazer suas considerações.

- Eu estava certo, sua comida é realmente muito gostosa. – Ele já estava indo repetir.

- Cozinho desde os 12 anos, eu olhava minha mãe fazer e um belo dia decidi reproduzir, desde aquele momento eu meio que assumi a cozinha de casa. – Contei.

- Ótimo saber disso, agora só vou querer comer comida sua. – Ele me lançou uma piscadela.

- Nem vem, eu quero outra carbonara sua! – Protestei.

- Faço sempre que me pedir, nena. – Ele assegurou.

Depois de terminarmos o almoço e ajeitar a cozinha, seguimos para a praia em frente a casa para relaxar.

De fato o lugar era bem deserto, haviam algumas pessoas ao longe que não podiam ter acesso a nós e eu respirei aliviada.

Eu sabia que quem deveria estar realmente ansioso em ser visto com alguém era ele, e não eu. Mas eu sempre fui uma pessoa muito discreta com tudo, e não sabia se estava pronta para receber o assédio das fãs de Enzo, não eram todas que me odiariam por estar do lado do ídolo delas, mas eu tenho sérios problemas com hate.

Enzo me chamou para um banho de mar e eu prontamente aceitei. Ficamos alguns minutos rindo e brincando enquanto jogávamos água um no outro.

Naquele momento não existia qualquer tipo de preocupação, eram apenas eu, ele o mar e o sol aquecendo a nossa pele.

Viver aquilo era realmente mágico, estar com ele era mágico.

Ele.

Enzo Vogrincic chegou de surpresa em minha vida e agora não consigo me imaginar sem ele.

Seu sorriso caloroso, sua pele macia, seus cabelos caindo em ondas pela testa tiravam o meu fôlego.

Voltamos para dentro da casa e tomamos um banho juntos, e como já imaginava, transamos novamente, acho que jamais me cansaria de fazer isso com ele.

- Que tal assistirmos um filme? – Sugeri depois de enrolarmos algumas horas na banheira.

- Eu faço a pipoca. – Ele se prontificou.

- Ótimo! Posso escolher? – Bati palminhas.

- Tenho a leve sensação de que vou me arrepender de deixar você fazer isso, mas topo correr o risco. – Ele deu de ombros, relaxado.

- Aí! Assim você me ofende. – Fingi estar sentida.

- Falsa! – Ele me puxou para um beijo.

Saímos do nosso "banho" e cada um foi providenciar a execução da tarefa pretendida. Enzo foi para cozinha fazer a pipoca e eu fui para a sala ligar a televisão e procurar um filme bem água com açúcar para irritar ou agradar o moreno.

Em menos de 10min já estávamos sentadinhos debaixo das cobertas, depois de ligar o ar condicionado, e assistindo o filme "Todos Menos Você".

Assim que percebeu que o filme se tratava de uma comédia romântica, Enzo fez o favor de soltar uma retaliação.

- Romance adolescente, Sra. Alencar?

- Não julga o filme pela capa, e a história não é de adolescente, fica quietinho e assista. – Bati fraco em seu braço e ele sorriu.

Enzo obedeceu e assistiu o filme completamente compenetrado, para quem não parecia feliz em ver uma comédia fofa, ele estava era me saindo muito bem.

- Nossa, se ele não fosse até ela no fim eu ia ficar muito puto! – Ele exclamou e eu gargalhei.

- Gostou? – Sorri presunçosa.

- Tudo bem, vai...1 a 0 pra você. – Ele revirou os olhos. – Agora eu escolho e você faz o refil da pipoca.

E assim fizemos.

O filme da vez foi "Elefante".

Ao contrário do meu filme água com açúcar, este era bem mais intenso e foi inspirado em um acontecimento real, mas que no fundo eu acabei gostando.

Decidimos continuar com a nossa noite de filmes, mas eu sabia que não aguentaria por muito mais tempo.

E quando eu menos esperava, senti meus olhos pesarem e me recostei em Enzo, que tratou de me puxar para o seu colo e me cobrir.

E assim, dormi em seus braços.

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Aiai, como é bom shippar Enstela <3

Ando pensando em criar a playlist da fanfic no spotify, o que acham?

Deixaria o link aqui para que vocês pudessem escutar enquanto estão lendo ou no dia a dia mesmo!

Agradeço novamente o incentivo que estão me dando, um beijo grande da tia Vick <3