انقذني | 8

Chat Blanc.


Essa pessoa que está a minha frente, sentada ao lado de mim, de certeza, é alguém que conheço; no meu mundo.

Ela levantou a mão e direcionou a minha cara. Sem querer (ou por reflexo), recuei um pouco. Vendo a minha reação ela ficou calada num instante e logo recuou a mão que estava no ar.

"Desculpa. Te assustei? Só queria tirar o pano que está na tua testa." Ela baixou um pouco e pegou no seu cabelo, "Como te sentes agora?"

Melhor. Muito melhor.

Não a respondi. Não é porque não quero, só sinto que não é necessário ou não. Sou terrível. Balancei a cabeça como um sim, ela sorriu aliviada, e pegou na refeição que estava na mesa,

"Deves estar com fome, preparei isso para ti. Desejo que alimentas-te mais, pareces um pouco...desnutrido."

Pensei que nunca mais poderei comer algo, nunca mais senti o que é fome.

Recebi o prato na minha mão, mas nem obrigado disse. Sou terrível, acho que ela quer me chotar daqui. Olhei no prato num instante, será que esqueci como comer? Pareço alguém que dormiu por muito tempo e quando acorda, esqueceu tudo.

Abrir a boca e dei uma mordida no pedacinho de carne. Lentamente mastiguei. E as lágrimas caíram.

A carne estava salgada por causa das lágrimas. Nem rápido nem lento, comecei a comer. Os lábios estavam tremendo ao eu mastigando, pareço pobrezinho.

Ela desde o início viu tudo. Que brincadeira, eu, um-- um vilão, está chorando por causa da comida e alguém que nem conheço está vendo eu assim. Mas nem uma palvra, ou pergunta ela fez.

Sempre calada. Como ela entende o que eu sinto, a curiosidade não a controla.

Que forte ela é.

Depois de acabar o prato, lhe entreguei e recebi o guardanapo. De novo, nenhum Obrigado. De alguma maneira, não sinto tão mal por causa disto. Como que isto fosse o trabalho dela.

Sou terrível.

Um gole. A água não fresca mas não quente passou pela minha garganta. Como um deserto e apareceu uma chuva.

Acabei todo líquido que estava no copo.

Dirigi o copo para ela mas não larguei. Ela me olhou confusamente mas sempre com a mão no copo.

Olhei nos seus olhos.

Azuis...

Lembrei-me. De quem ela é.

Mordi o lábio. "Obrigado.", não muito alto mas não baixo. Chega para ela ouvir. Larguei o copo e entrei no lençol, antes de ver a expressão dela, e ela a minha.

Apenas o cabelo fora, o resto tudo coberto. Consigo sentir ela a sorrir, ou não. Ela, ou melhor--

"Eu sou Marinette."

Depois de ela dizer isto, ouvi o som da porta. Ela foi.

As minhas orelhas de gato não paravam de mexer.

Marinette.


Continua,

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top