"Acho que maturidade é descobrir que apesar de Você ter se ferrado, o mundo não acabou..." - Anónimo.

|17|- Se enganando.

A rosada tentou levantar, porém Sasuke a segurou pelo pulso. Sakura já não aguentaria mais um segundo tão próxima dele assim.

— O que está fazendo seu idiota? Me solta!

Ele não a solta e algo inacreditável acontece...

O Uchiha quebra aquela distância, e junta seus lábios aos dela. Os olhos da rosada se assustam, mas então ela nota algo... esperou aquilo tanto quanto ele. E retribui. Da forma mais desajeitada possível, pois estavam no chão... Sasuke movia a boca lentamente sobre a dela.

A rosada não sabia por quanto tempo esperava aquele beijo, mas sentia-se entregue à ele. Sasuke a beijava com fúria, desejo, carinho, ternura tudo ao mesmo tempo. Era divino, subitamente bom. Era Sasuke Uchiha.

Até que acabou. Por motivos de falta de ar, os dois se separaram. Agora estavam cara-a-cara e sem saber oque dizer. De alguma forma se liam pelo olhar, e no momento queriam solidão. Pelo menos no momento.

— Acho melhor eu ir. —disse o Uchiha.

Sakura não disse nada, apenas se levantou e esperou que o moreno fizesse o mesmo.

— Até no café da manhã. —desconcertadamente, Sasuke lhe deu um aceno de cabeça e partiu.

Sakura se jogou na cama pensando no que tinha acontecido.

Pela primeira vez ela e Sasuke ficaram juntos conversando e não brigaram. Era novidade pra ela que tivessem conseguido. Agiram como pessoas normais, até riram.

Estava ótima... se sentia maravilhosamente feliz, porém a culpa lhe atingiu minunciosamente.

Itachi...

Era o irmão dele, oque ele diria se soubesse?

Ficaria zangado?

Chateado?

Seja qual fosse a reação dele, ela descobriria em breve.

Estava decidida, iria até ele. Colocaria as coisas na mesa, diria toda a verdade. Contaria pra ele sobre Sasuke... Ele tinha o direito de saber.

Levantou-se decidida, e começou a conferir suas coisas que já estavam arrumadas.

Mesmo tendo acabado de fazer uma longa viagem, sentia-se de certa forma bem fisicamente.

Escapar sem ser vista pelos guardas não foi difícil, depois foi sò seguir o caminho.

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Bem cedo pela manhã, após ter corrido durante toda uma noite, a cerejeira estava parada no meio do Vale. Entre as duas estátuas mais consagradas da história da nação do fogo.

Bastava agora esperar.

— Olá mocinha. —Soa uma voz desconhecida.

Sakura se vira e vê um homem um pouco maior que ela, com cabelos brancos, usava uma roupa roxa e tinha uma bandana na cabeça.

A rosada não reconheceu aquele símbolo, mas tinha certeza não ser coisa boa.

— Você é a Sakura, estou certo? —Perguntou, mas a rosada não respondeu.

Quando uma pessoa sorri-lhe de forma pouco acessível, não confie.

— Não precisa responder, eu sei que você é... —diz o homem— E preciso que venha comigo.

A rosada entrou mentalmente em pânico, mas não demonstrou a ele nem metade do seu medo.

— Estou esperando uma pessoa. Não vou a lugar nenhum com você.

— Ainda não entendeu? Itachi não vem... Ele vendeu você pra nós.

— I-Impossível!

Sakura se desespera optando por se levantar dali e correr, mas antes que consiga sequer se mover ela sente uma picada no seu braço.

— O que você fez comigo? —Pergunta enquanto sente o corpo pesar.

— Ė apenas veneno, você vai ficar bem. — Fala o rapaz, Kabuto.

A rosada não sente mais nada, a única coisa que vê após isso é seu olhar perdendo a cor e por fim entrando no mundo da inconsciência. Ela pagou.

Continua...