O pó branco ao redor do chão começou a derreter lentamente enquanto o ar ao redor esquentava. Os restos do inverno desaparecendo em abril. Foi uma longa jornada desde o início do ano. Embora tivesse sido difícil, e às vezes o mundo parecesse andar muito rápido ou muito devagar; esses momentos geraram pequenos momentos de alegria. Toda vida tem altos e baixos. Alguns dias você mergulha na angústia, enquanto outros você voa alto na felicidade. Esse foi o ano que eles tiveram, um par que começou o ano com facas na garganta um do outro, incapazes de se dar bem. Entre suas estradas rochosas, eles terminaram um doce par.

“Chibi, você poderia me trazer a tigela em cima do armário!” Apesar de estar em um relacionamento com o baixinho ruivo, Dazai ainda tinha sua tendência a ser um pouco cruel. Embora soubesse agora quais insultos evitar, quais comentários deixariam Chuuya desconfortável.

Chuuya bufou balançando-se no sofá, ele raramente deixava Dazai cozinhar, considerando que ele não era o melhor em nada que não fosse ramen instantâneo. Ele estava deixando-o tentar fazer frango para eles esta noite. "Eu não sou... Deus, eu odeio você!"

Dazai riu, apoiando o cotovelo na cabeça do homem mais baixo. “Ah, Chibi não consegue alcançar?” Sua observação sarcástica terminou com um tapa no rosto.

"Pegue a maldita coisa você mesmo, desperdício de bandagens." Chuuya revirou os olhos entrando no armário para pegar um punhado de temperos. "Você estava planejando apenas mergulhar na farinha..." Dazai olhou para o frango cortado e a tigela de farinha com uma inclinação confusa de sua cabeça.

"Eu fui…"

"Deus... Você é um idiota, Dazai. Primeiro, sem farinha ainda, segundo, use pão burro. Para alguém que deveria ser altamente inteligente, você age como um verdadeiro idiota.” Chuuya revirou os olhos observando Dazai ficar ali em confusão. “Tudo bem, pegue o pão, corte a crosta, rasgue em pedacinhos, seque no micro-ondas.” Chuuya resmungou, encostado no balcão com os braços cruzados.

"Como isso?" Dazai olhou para Chuuya, certificando-se de que ele tinha um 'ok', como ele fez como dito. Tirando as migalhas de pão, agora secas, ele se virou para Chuuya. "Próximo?"

Revirando os olhos, Chuuya apontou para o sal, pimenta e raspas de limão. “Nós não temos um processador de alimentos, então você terá que fazer isso à mão, mas pressione tudo junto. Observe a quantidade que você precisa misturar com as migalhas.”

Dazai pegou uma tigela menor, olhando o sal e a pimenta, menos era sempre melhor do que mais. Se necessário, eles poderiam adicionar mais tarde. “Tudo bem, eu acho que é o melhor que vai conseguir. E agora?"

“Separe a farinha, os ovos e as migalhas em tigelas separadas, use as rasas.” Dazai assentiu, quebrando alguns ovos e arrumando as tigelas uma ao lado da outra.

“Eu tempero o frango certo?” Chuuya acenou para Dazai com um pequeno sorriso. "Sal e pimenta?" Chuuya assentiu mais uma vez observando Dazai pegar pitadas de sal e pimenta e espalhá-las sobre o frango. “Então eu mergulho primeiro na farinha, depois no ovo e depois na farinha de rosca?” Chuuya cantarolou observando as mãos de Dazai trabalharem com cuidado. Ele tentou o seu melhor para fazer tudo igual, e fazê-lo com pouca bagunça. Ele colocou cada pedaço de frango na pequena panela localizada no fogão portátil. "Espere, não há um forno." Dazai olhou para Chuuya, que suspirou, apontando para o micro-ondas.

“Você pode simplesmente usar isso, gênio.” Dazai mostrou a língua, colocando o frango em um prato e colocando-o no micro-ondas.

Quando terminou, Dazai cortou um dos dois pedaços para se certificar de que estava cozido, antes de colocá-lo na mesa. “O jantar está pronto e servido para a pequena pessoa.” Chuuya exalou e olhou para o macho mais alto enquanto ele terminava suas palavras.

“Você é apenas alto, eu não… tenho alguns centímetros sobrando! Tenho apenas 18 anos…” Dazai estalou a língua com um suspiro pesado.

"Oh Chuuya, quando você vai aceitar que vai ser curto para sempre?" Dazai colocou um braço sobre a testa com uma risadinha. Apenas para encontrar seus joelhos sendo chutados. Ele caiu para frente, apenas para ter a gola de sua camisa puxada, impedindo-o de cair completamente para a frente.

"Eu ainda estou crescendo, droga!" Chuuya olhou diretamente em seus olhos, sabendo que o brilho dentro da avelã era pura satisfação e diversão. Ele estava prestes a morder insultos quando Dazai se aproximou, colocando seus lábios sobre os dele. Lentamente, Chuuya soltou o colar de Dazai, movendo os braços sobre os ombros do macho, permitindo que ele endireitasse sua postura um pouco. Quando Dazai se afastou, ele se segurou com um sorriso orgulhoso. Chuuya revirou os olhos enquanto cruzava os braços, ficando reto para parecer um pouco mais alto. “Foi uma jogada de merda, Dazai.”

“Mas isso te calou e você gostou~” Dazai deslizou sua cadeira para fora, apoiando o queixo na mesa enquanto Chuuya se sentava à sua frente.

"Tch, idiota do caralho," Chuuya resmungou quando eles começaram a comer. “Insuficiente, mas você não envenenou e não está queimado, então está tudo bem.” Chuuya sorriu olhando para Dazai, que estufou as bochechas.

“Chuuya é tão crítico! Tem um gosto perfeito, é completamente medíocre, nada menos.” Dazai fez beicinho, recostando-se na cadeira com os braços cruzados. Seu prato vazio já estava empurrado para o meio da mesinha.

Chuuya se levantou com outra risadinha, pegando o prato e passando por Dazai para sacudir sua testa. “Tudo bem, sua criança gigante, suponho que você poderia chamar isso de uma refeição medíocre.” Dazai se iluminou imediatamente com um sorriso.

“Nós vamos para aquela festa hoje?” Dazai se virou para descansar o queixo no encosto da cadeira, observando Chuuya prender o cabelo em um coque, para não atrapalhar quando ele lavava a louça.

“Uh, você quer dizer o baile que está sendo realizado pelo clube de jornalismo como uma arrecadação de fundos? Eu pensei que estávamos planejando ir juntos? Higuchi está no clube, lembra? Chuuya olhou das placas para Dazai por um momento antes de olhar para a hora.

"Eu sei, eu só estava me certificando de que você ainda queria ir." Chuuya assentiu, deixando o prato de lado para secar enquanto trabalhava no resto dos pratos.

~

Quando o sol finalmente caiu, o par caminhou lado a lado. Dazai cutucou o paletó com o cenho franzido. “Da próxima vez eu vou escolher roupas…” Dazai lançou um olhar desagradável para Chuuya, que revirou os olhos.

“Mas você fica melhor de preto! Você tem sorte que eu não deixei você usar o que quer que fosse aquela coisa xadrez. Eu deveria queimar essa coisa feia. Além disso, combinamos hoje.” Chuuya parecia orgulhoso, ajeitando sua gravata com um sorriso.

"Eh? Nós não! Eu nunca ousaria combinar com seu senso de estilo Chibi! Temos coletes de cores diferentes! O seu é um vermelho bruto e o meu pelo menos um tom de azul suportável. A única parte que eu gosto são os sapatos.” Chuuya olhou para cima com um sorriso.

"Mesmo?"

"Claro que não!" Isso fez Dazai pular para trás para evitar ser chutado. “Chibi! Não me bata!”

“Então pare de ser um bastardo!” Chuuya bufou, enviando um olhar com os braços cruzados pesadamente sobre o peito. Dazai riu enquanto revirava os olhos. Satisfeito com a reação que ele provocou no pequeno macho.

Chegando na festa, Dazai grudou em Chuuya como cola. Segurando as mãos atrás das costas enquanto examinava os arredores. Ficando de olho no perigo que veio na forma de dois homens. Um era um perigo pior do que o outro, aquele que a essa altura estava ficando cansativo e repetitivo. Verdadeiramente, as constantes aparições estavam mexendo com seus nervos, aquela presença constante que o primeiro Ex de Chuuya tinha era assustador. Parecia que em todos os lugares que Chuuya mostrava sempre havia problemas para seguir. Então, para esta noite, ele não tinha planos de deixar nada acontecer. Os dois tinham passado por muita coisa para simplesmente deixar tudo cair em ruínas agora. Dazai estendeu a mão, recebendo um olhar confuso de Chuuya.

“Vamos, vamos dançar.” Dazai sorriu levemente, observando Chuuya suspirar e pegar sua mão. Deixando Dazai puxá-lo para a multidão de pessoas. Ficar perto um do outro com a música tocando ao fundo. Chuuya continuou a olhar para seu parceiro como se estivesse verificando se Dazai havia saído.

Eles dançaram até que ambos se cansaram disso, andando para as mesas. "Ei, Dazai, quer ir pegar algo para beber, talvez algumas das sobremesas?" Como ele poderia dizer não para Chuuya? Ele tinha certeza de que sua principal preocupação não era comparecer esta noite, não havia necessidade de se colar a Chuuya em todos os momentos desta noite.

"Certo! Mas não brinque se você não conseguir o que quer, Chibi!” Chuuya revirou os olhos, empurrando para trás alguns fios soltos de seu cabelo enquanto se sentava com a cabeça na mesa.

Ele podia dizer sem se virar ou levantar a cabeça da mesa, cuja sombra estava se aproximando. Fechando os olhos, Chuuya ignorou até que o fedor de bêbado flutuou do homem de cabelos prateados. Chuuya sentou-se, apoiando a cabeça na mão enquanto suspirava. "Estou tão perto de uma ordem de restrição, tão perto, Shirise." Quando ele ficou tão ousado? Quando ele conseguiu resumir a confiança ou não se importar o suficiente para manter a calma?

“Vamos lá, não seja assim ~'' O estômago de Chuuya caiu, querendo vomitar no tom de favo de mel que o bêbado que pairava sobre ele usava.

“Yuan finalmente largou sua bunda lamentável? Ela finalmente se cansou de você? Ele adorou, a sensação de ter um pouco de poder sobre a situação. Sabendo que ele poderia ficar sob a pele do outro.

"E daí? Nunca se importou muito de qualquer maneira. Só para deixar um certo alguém com ciúmes, mas isso realmente não funcionou.” Chuuya se sentiu mal novamente, essa confiança aparentemente desaparecendo. Ele se despedaçou completamente quando o homem tocou seu ombro, seus olhos lentamente se arrastando pelo espaço para pousar no contato. Sua mão se moveu para empurrar o homem para longe antes que seu espaço pessoal fosse completamente tomado. Então, em vez disso, ele recorreu a recuar, deixando-se cair da cadeira, seus olhos se fechando para bloquear toda e qualquer imagem.

O som de vidro se quebrando rapidamente fez seus olhos se abrirem. Dazai estava na frente dele com uma garrafa do que antes segurava vinho na mão. Ligeiras manchas de carmesim caindo dos pedaços quebrados. Ele não tinha terminado, porém, seus pés subindo da maneira que Chuuya normalmente tentava chutá-lo. Batendo na cabeça do homem antes de pisar no estômago do homem. "Não toque nele, seu idiota doente." A voz de Dazai, ele nunca a tinha ouvido ser tão escura e fria. Chuuya estava acostumado com seu tom leve ou a ocasional frase sem emoção, mas isso... Isso enviou um calafrio até sua espinha.

Antes que Dazai pudesse desferir outro ataque e correr o risco de cometer assassinato ou chamar a segurança, Chuuya se levantou e puxou o braço de Dazai. "Estou bem Dazai... Vamos voltar para os dormitórios, falarei com Higuchi outra hora."

Dazai virou-se para ele com um sinal brusco, estendendo o braço para Chuuya agarrar. Chuuya riu desse lado incomumente protetor de Dazai. "Tudo bem... Vamos voltar para o dormitório." Dazai lançou um último olhar para o homem bêbado cambaleando para se levantar enquanto cobria o ferimento em sua cabeça.

~

Assim que eles voltaram, Dazai e Chuuya se aconchegaram um no outro com a TV. E pipoca no colo. Assistindo algumas comédias românticas bregas. Dazai girou os dedos pelo cabelo de Chuuya, sem se surpreender quando os roncos suaves do macho atingiram seus ouvidos. Ele lutou para levantar o gengibre do sofá e para sua cama. Certificando-se de ligar o aquecedor e acomodá-lo durante a noite, ele hesitou por um momento antes de dar um beijo suave em sua testa. Ele tirou uma foto para adicionar às suas fotos do álbum "Chibi sendo adorável". Um álbum que Chuuya já havia tentado deletar três vezes. O que era completamente hipócrita já que ele tinha um álbum de fotos muito imponente no celular! Fotos do que ele chamou de "cavala mole", onde Dazai estava sorrindo ou mostrando uma expressão que não era monótona, intrigante ou falsa.

Saindo do quarto, certificando-se de que a porta estava fechada suavemente, Dazai entrou em seu quarto. Ele ainda estava muito agitado para dormir. Ele queria fazer aquele garoto sofrer como ele fez Chuuya sofrer, ele teria feito muito mais se Chuuya não tivesse intervindo. Isso não era novo para ele. Ele tinha o mesmo pensamento em torno dos dois órfãos que ele acolheu. Se alguém os machucasse, ele estava disposto a mandar alguém para a morte... A única coisa que o impedia era a sentença de prisão e seus rostos desapontados. Ele não mexia os pauzinhos há muito tempo, talvez expulsar esse garoto da faculdade fosse o suficiente. Ele tinha provas suficientes para fazê-lo. As ocorrências frequentes começam desde o primeiro dia. Inferno, ele poderia prendê-lo se ele desejasse. Embora ele duvidasse que Chuuya quisesse ir ao tribunal com isso. Ele ligou para Mori antes que pudesse reagir a isso. Deixando tocar antes que o homem atendesse com um suspiro. “É um pouco tarde. Você não tem escola de manhã?”

Dazai colocou o telefone no viva-voz, recostando-se com um sorriso nos lábios. “Eu sei, mas algo aconteceu. Você quer ganhar alguns pontos de pai?”

O silêncio seguido por um suspiro, e a confusão de papéis na linha fez o sorriso de Dazai crescer. "O que voce precisa que eu faca?" Mori respondeu depois do silêncio terrível.

“Tem um garoto, um ex abusivo dos tempos de escola de Chibiko… Eu quero que ele seja expulso. Eu poderia fazer isso sozinho, mas você ocupa uma posição de poder, já que joga muito na forma como a cidade é administrada. Apoiar políticos, possuir hospitais, farmácias, etc. Duvido que uma reclamação sua passaria despercebida.” Dazai moveu-se para se recostar no telefone com um sorriso conhecedor nos lábios.

“Então, o que eu fiz para que sua escola se tornasse tão boa com os rumores sobre Chuuya?”

“Sim, mas certifique-se de que ele seja expulso e que vá a todos os lugares. Claro, certifique-se de que o nome de Chuuya fique limpo de qualquer papel que circule.” Dazai ouviu o suspiro de Mori antes de encerrar a ligação. Sua mente estava mais relaxada e seu corpo parecia mais leve quando ele caiu na cama.

“De nada, Chibi, ele não vai te incomodar mais.” Dazai sussurrou as palavras para si mesmo antes de cair no abraço do sono.