31 - Adeus, amor
*Mídia do capítulo:
Past Life -
Trevor Daniel, Selena Gomez
Falta apenas um dia para que o prazo dado por Stefan termine.
Desde que tivemos o nosso encontro, fiz questão de dormir no meu quarto e as coisas com Angel estão cada vez mais tensas, como uma corda fina prestes a arrebentar.
Me dói na alma ter que sujeitá-lo a isso, mesmo sabendo que é para seu próprio bem. Meu coração pesa a cada olhar furtivo nos nossos encontros inevitáveis pelo apartamento ou a cada palavra não dita.
Sei que ele quer conversar, que quer consertar algo que sequer ocasionou e isso só torna tudo ainda mais difícil.
Sinto uma imensa vontade de gritar, no entanto, tenho plena certeza de que ninguém irá me ouvir.
Estou sozinha nessa confusão que eu mesma criei, e agora tenho que arcar com as consequências.
Sorrio amargamente enquanto coloco todas as minhas coisas nas mesmas malas com as que cheguei. Quão irônica é a vida, não é mesmo?
Por um segundo eu acreditei que estava livre de toda essa perseguição da família Blair e me envergonha admitir que fui uma ingênua.
Eles jamais se dariam por vencidos assim tão fácil e só de lembrar que meus pais provavelmente sabem da chantagem de Stefan e não estão fazendo nada para impedi-lo, meus olhos ardem com a vontade de chorar e meu peito queima querendo extravasar toda essa raiva e frustração acumulada.
Tudo isso por um egoísmo que ultrapassa os limites do aceitável. Se é que existe algum limite para isso.
Stefan está cego pelo poder a tal ponto que não se importa com ninguém mais além dele mesmo, e vou usar isso ao meu favor.
Não sou tão estúpida a ponto de aceitar essa ideia maluca, contudo, por agora, preciso ganhar tempo para proteger Angel e me assegurar de que ele não vai ser prejudicado, nem que para isso eu tenha que fazer a última coisa que desejo no momento.
— Makenna, está em casa? -Sua voz baixa penetra meus ouvidos e respiro fundo me preparando para a tempestade iminente.
— No quarto. -Murmuro rezando para que ele não tenha escutado.
Seus passos soam cada vez mais perto de mim e segundos depois, sua figura aparece no meu campo de visão.
Ele para de repente ao ver todas as malas arrumadas e franze o cenho negando com a cabeça.
— O que é tudo isso, Kenny? -Questiona com a voz baixa.
Engulo seco várias vezes pensando na melhor forma de responder sem lhe causar um dano e chego à conclusão de que isso é ridiculamente impossível.
— São minhas coisas... -Engasgo sem ser capaz de terminar a frase.
— Isso eu percebi, o que não entendo é o motivo delas estarem dentro das suas malas. -Merda, não vou conseguir fazer isso.
Continuo colocando algumas roupas que faltam nas bolsas. Sou uma covarde.
Ficamos assim em silêncio por alguns minutos até que suas mãos seguram as minhas, me impedindo de prosseguir.
Cometo o erro de olhá-lo nos olhos e o que vejo me faz tremer dos pés à cabeça.
— Makenna por favor, me diz o que está fazendo. -Suplica com medo e me afasto do seu toque.
— E-eu sinto muito, Angel. -Digo sentindo o aperto na garganta me sufocando cada vez mais. — Já não consigo mais lidar com essa situação toda e sinto que só estou sendo um estorvo para você. -As palavras saem estranhas da minha boca, como se até elas soubessem que o que estou dizendo é uma mentira deslavada.
— Estorvo? Mas o que... de onde tirou isso? -Rapidamente estamos frente a frente outra vez e suas mãos seguram meu rosto me impedindo de desviar o olhar como das outras vezes.
— Por favor, Angel. Sei que você também já não aguenta essa minha paranóia com suas fãs. Não quero te atrapalhar e acho que vai ser o melhor para nós dois se dermos um tempo. -Solto tudo de uma vez, como quando você tira um band-aid rápido para não sentir nada, mas ao contrário do que pensava, acaba sentindo mais dor ainda.
— Isso é algum tipo de brincadeira? -Seus lábios se curvam em um sorriso nervoso e balanço a cabeça negativamente. — Mas que droga! Quantas vezes terei que te fazer entender que não quero nada com essas garotas, sequer as conheço, pelo amor de Deus! -Esbraveja balançando os braços enquanto fala.
— Eu já tomei uma decisão, me desculpe. -Concluo e suas mãos caem pesadas ao lado do seu corpo.
Ele caminha pelo quarto como um animal enjaulado e observo tudo calada, as lágrimas agora caindo livremente pelo meu rosto, se perdendo na gola da blusa de algodão.
Dentro de mim, uma voz grita incessante pedindo, implorando para que eu diga que tudo isso é uma péssima brincadeira de mal gosto, que estou apenas zoando com ele e aperto minha barriga em uma tentativa de silenciá-la.
De repente Angel para de andar e me lança um olhar tão magoado e ferido que essa imagem ficará gravada para sempre na minha mente, um recordatório de que sou uma maldita filha da puta.
— Tudo bem... Você é livre para ir embora, faça o que bem entender. -Afirma levando as mãos até a nuca se controlando para não chorar.
— Angel... -Sussurro desesperada e agora é ele quem nega sorrindo ressentido.
— Como você mesma disse, já tomou uma decisão. -Joga minhas próprias palavras na minha cara antes de sair do meu quarto me deixando sozinha com a pessoa mais estúpida da face da terra: eu mesma.
Escuto o barulho estrondoso da sua porta batendo com força e encolho os ombros sentindo a dor invadindo meu corpo.
Termino de arrumar minhas coisas na velocidade da luz e saio do apartamento praticamente correndo.
Se eu ficar mais um segundo sequer dentro do lugar que foi minha casa durante os últimos meses, vou acabar desistindo de tudo.
Jogo as malas no carro e dirijo a toda velocidade pela avenida até chegar no parque que costumávamos visitar.
Uma vez que estaciono, estapeio o volante e grito a plenos pulmões. Algumas pessoas observam a cena assustados e mostro o dedo do meio para os curiosos que se atrevem a fazer uma careta.
Maldigo a toda a minha família, a família de Stefan e a mim mesma por me submeter a eles.
Devem passar quase duas horas quando finalmente volto para a estrada em direção à mansão que odeio com todas as minhas forças.
O enorme portão de metal se abre quando avista meu carro e vou direto até a minha vaga, estacionando de qualquer jeito.
Minha mãe está parada na porta de entrada, provavelmente foi notificada pelo guarda e seu olhar de desprezo não me passa despercebido.
— Sabia que uma hora ou outra você voltaria. -Declara vitoriosa e cruzo a porta sem nem me dar o trabalho de lhe dirigir a palavra.
Subo as escadas até meu quarto e tranco a porta em seguida.
Encosto na madeira fria e deslizo até o chão apoiando a cabeça nos joelhos me sentindo péssima.
Meus olhos ardem de tanto chorar e meu coração está destruído.
Depois de um tempo me levanto e tomo um banho demorado antes de me deitar na cama. Estou física e mentalmente esgotada, contudo não consigo dormir. Não quando eu fui capaz de machucar o amor da minha vida.
NOTA DO AUTOR
Boa tardeeeeeeee meus amores!
O capítulo de hoje já estava pronto, porém só consegui postar agora pq acordei com uma dor no dedo que não to conseguindo nem andar direito kkkkk (Azar nível 1 milhão)
Nem vou esperar que gostem do capítulo pq sei q
provavelmente vão ter odiado e estão buscando minha cabeça nesse exato momento ahahahahah
A única coisa que vou dizer é: tenham paciencia! Kenny não é boba e ela está fazendo o que ela acha que é correto.
É isso, não se esqueçam de votar e comentar!
Amo vcs, 🥰
Bjinhosssss BF ❤️
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