Capítulo Trinta (Final 1°parte)

Eros Stackhouse:

Estava na frente do espelho do banheiro, tirando a blusa devagar. Vinte minutos querendo tirar o sangue que caiu em minhas roupas. Mas havia algo mais visceral nisso, no sangue seco em minha pele, manchas vermelhas sobre as costelas e no ombro. Ao abrir o zíper da calça jeans e me livrando dela, consegui ver respingos de sangue seco na barra. Enrolando a calça e a camisa, as joguei no lixo.

No banho, com água escaldante, ela esfregou o sangue, a sujeira e o suor. Observou a água correr rosada pelo ralo, parte de mim ficando animado com isso e querendo ainda mais lutar até ver a cor escarlate do inimigo derramado. Percebo que em meus treinamentos quando sinto o peso de alguma arma em minha mão, me transformo em outra coisa e isso me causa medo.

Será que poderia machucar pessoas com quem me importo, se perdesse o controle e deixasse meu lado selvagem dominar. Pelo que soube os Caçadores, são Humanos dotados de Habilidades Sobrenaturais para caçar e matar qualquer sobrenatural através de meios mágicos. Eles são considerados uma espécie sobrenatural apesar de serem humanos, tendo até um lado mais selvagem que os demais e nem se importando em como esse seu lado é perigoso.

Sabia que era intenso, doloroso e uma coisa que nunca tinha sentido antes. E isso estava me assustando, seu eu causasse mal para o Rafael, Braxton, Robin, Maxuel, Maeru, Lauhar Carter e a Luna.

Jeremy e Ramona não iriam me perdoar e o pior de tudo eu que não seria capaz de me perdoar.

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A água havia esfriado, me fazendo desligar o chuveiro com um giro selvagem de pulso, sai do boxe e secando o cabelo com a toalha. Encontrei uma camiseta e um short no cesto de roupa limpa, me vestindo e finalmente saindo do banheiro.

Braxton estava sentado na minha cama.

- Quer conversar sobre o seu duelo? - ele perguntou. - Naquele instante pareceu que estava se controlando para não matar aquele cara.

Olhei para ele com um sorriso.

- Eu só estava mostrando do que sou capaz de fazer para defender aqueles que são importantes para mim - Falei e ele levantou um sobrancelha. - Você não acredita em mim?

O rosto dele estava cheio de carrinho e preocupação, gentilmente balançou a cabeça e me olhou com ternura.

- Mesmo sabendo que é falso, ainda não consigo me controlar por ver que está mentindo para mim e pensa que para isso tem que guardar os seus medos. - Ele disse lentamente. - Agora que tem o colar que reconheceu você como alguém que o use como arma, seus medos e emoções negativas

Braxton acreditava que séria forte contra os meus medos, e ele sabia que estava fazendo de tudo para que meu pior lado saia para fora. No entanto, consegui ver que mesmo se deixasse que eu fizesse o que bem entendesse sobre esse assunto, não podia deixar de querer achar uma solução para mim.

Vejo que mesmo que não se atrevesse a correr para me impedir nesse instante com as decisões que tomei porque tinha muitas preocupações. Além disso, ele me respeita para seguir as escolhas que estou tomando para mim.

- Sei que tem medo do sue lado caçador que poderá ser um grande problema quando te dominar, Mas agora, as coisas são diferentes. Então digo que vou ficar com você e não deixarei que esse seu medo aconteça. Me preocupa ver que está tão incomodado com o sue outro lado, com medo de se controlar e destruir a todos que amam. - Ele falou expressado seus sentimentos e me analisou ansiosamente. - Eros, posso ficar ao seu lado no futuro? Eu te amo e quero ser feliz ao teu lado; todos os dias até ao infinito do tempo. Não existe amor maior que este que sinto no coração. Você é lindo, o ser humano mais perfeito. Eu sou a pessoa mais sortuda que existe, porque ao seu lado encontrei todas as razões para me sentir feliz e em paz. Quero ficar ao seu lado para sempre! Não desistirei de nós, nem mesmo pelos nossos medos. Juntos seremos a história de amor mais inspiradora que algum dia existiu.

Congelei querendo conter as minhas lágrimas, não podendo responder isso nessa instante. Isso me deixou completamente bobo com o jeito que ele esta mostrando seus sentimentos para mim.

Me aproximei dele e o beijei, Ele me puxando para si: inclinou o rosto para o meu. Senti suas mãos envolvendo minha cintura, e a pressão dos seus lábios encontrando aos meus. Meu coração acelerado sentindo sues toques em meu corpo; fazendo com que tremesse, agarrando seus ombros quando o mesmo me levantou no ar, minha pernas rodearam sua cintura.

Por um momento, ficamos assim apenas sentindo: os lábios colados, com suas mãos firmes me segurando e com que eu brincasse com os seus cabelos.

Ele andou lentamente para trás e viramos, comigo caindo na cama. Voltou a me beijar.

Nesse momento, meu telefone começou a tocar. não queria atender e continuar com a ação que estávamos prestes a fazer, mas o toque estava muito alto, então não tendo escolha a não ser pegar o telefone.

Vi no visor que era o Jeremy.

- Qual é o problema? - perguntei indiferente.

- O que está errado? Você não parece muito feliz. - Jeremy perguntou e então continuou animadamente. - Então, deixe-me contar uma boa notícia!

- Qual séria? - perguntei.

- Tate, me pediu em namoro oficialmente - meu irmão disse. - Ele fez uma coisa muito linda e fofa, até o Rafael Ajudou.

Ele ficou tagarelando sobre como foi, Olhei para Braxton murmurando um perdido de Desculpas.

Sendo o cavaleiro que ele é, sorrindo pegando a minha mão e beijou a palma com delicadeza.

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Quando fiquei sozinho no quarto, pegue o colar de Jade e segurei contra minha palma. Imagens surgiram na minha mente.

Estava olhando para uma cena distante, tinha duas figuras ao longe.

A primeira que era um homem alto e musculoso de cabelos dourados e usando uma toga com mantos brancos, podia sentir que estava perdendo o fôlego, como também sentir que estava com raiva. A sua frente um dragão gigantesco coberto com escamas vermelho escuro que podem ser facilmente vistas. A parte inferior de seu corpo, especialmente sua barriga, debaixo da cauda e pernas, tem cor dourada.

- Trumpet Grassybloom, como ousa dizer que estou trapaceando. - o dragão disse irritado. - Um anjo como você deveria ser um ótimo perdedor.

- Xuro, estou avisando eu sei quando trapaceia. - ao anjo disse. - Não venha me enganar.

O som de passos não parou até que eles chegaram direto nele. Antes que percebesse, viu o dragão rosnar e atacaram enquanto o anjo lutava para controlar sua raiva.

- Não posso acreditar que esses dois, são aqueles que podem destruir todos os sobrenaturais. - Falei em voz alta e se viram para mim, ambos abandonando sua disputa. - É meio decepcionante.

- Eros é uma honra finalmente conhecê-lo. - Trumpet falou com seu humor estável e fez uma reverência.

- Quem você está chamando de decepcionante. - Xuro falou quase como um rugido. - Eu era o rei dos dragões.

- O que isso tem haver? Afinal está morto e todo os dragões também estão. - Retruquei e os olhos dele caíram sobre mim.

- O que quer dizer com isso? - Xuro perguntou e olhei com pena para ele. - Todos foram Mortos?

- Sim, os únicos que vivem são os descendentes das crianças com qual os pais se envolveram com dragões. - Falei e os olhos dele brilharam tristemente.

- Então tudo está acabado para minha espécie - Xuro falou e se afastou para longe, juro que pareceu que tinha batido em um filhote.

- Desculpa, por isso - Trumpet Falou. - Xuro é um pouco sentimental em relação a raça dele. Afinal faz Milhares de séculos que viu outro dragão, não posso culpa-lo por ficar assim.

Olhei para a direção dele, vendo que não tinha muito o que falar com ele.

- Então só tenho que pedir algo e vocês realizam - Falei e ele assentiu.

- Qualquer coisa que seu coração pedir poderemos realizar, claro que vai exigir uma enorme quantidade de magia. - Trumpet falou. - Nossos só queremos que você realize um funeral para nós e deixemos serem livres para o além.

- Só querem isso? Parece algo bem fácil de se fazer. - Falei calmamente. - Imagino que nunca tiveram algo desse tipo.

- Infelizmente sim, nossas almas estão pressas aqui e os corpos foram feitos em pedaços em instantes por inimigos que tínhamos. - Ele continuou. - Só desejamos descansar de uma vez por todas.

- Vou ver o que posso fazer - Falei e ele me olhou como se vendo através de mim.

- Tome cuidado com o que cresce em seu coração em relação a esse assunto. Pôde causa um grande desequilíbrio na vida e na morte. - ele disse isso e congelei. - Os mortos não devem ser trazidos de volta.

Tudo escureceu ao meu redor, mais o olhar de Trumpet ainda me assombrou.

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Instantaneamente, abriu os olhos vendo que estava de volta no meu quarto. O colar ainda na minha mão e o coloquei o mais longe Possível.

Trumpet viu o desejo que crescendo em meu coração, mas essa é a única coisa que penso em fazer.

Quando entrei na cozinha, Braxton estava perto da pia, tomando uma bebida. Ele me olhou sorrindo e o abracei.

- O que foi? - Braxton perguntou, senti seus dedos em minhas costas.

- Só quero ficar colado com você o tempo que for possível. - Falei guardando o que aconteceu minutos atrás para mim, infelizmente isso eu não posso falar para ele.

Sinto muito, mas esse fato ninguém poderá saber. Meu desejo mais egoísta, que pode fazer mais mau do que bem.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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