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Ambos estavam deitados juntos na cama improvisada - vestidos - se encarando enquanto o resto do grupo comia na mesa na outra sala. Newt fazia carinhos nos cabelos da garota enquanto eles conversauam, enquanto Georgia tentava criar coragem de contar o que sabia.
- Estamos indo vocês vem? - Caçarola diz chegando perto da cama - Ou só vão ficar deitados o dia todo?
- Estamos indo - Georgia responde.
Ambos se levantaram e vestiram suas blusas de fio, seguindo com o grupo para fora da tenda que agora seria deles. Uma segunda casa.
- Como Brenda está? - Georgia questiona. Ela gostava de Brenda, sabia que nela podia confiar, diferentemente de Teresa, que ela não gostava nem um pouco.
Ela havia gostado do lugar também, das pessoas que viviam ali, sabia que podia confiar neles também. Era a primeira vez que ela se sentia a salvo.
- Obrigado - Newt exclama ao pegar o prato de carne. - Vem!
O toque delicado de Newt sobre as costas de Georgia a fez sorrir e agradecer a Deus por ter tido alguém que a amasse daquele jeito, que havia esperado o momento certo para ela e que havia agido com calma e delicadeza. Havia sido a melhor primeira vez que ela se lembrava.
Eles se juntaram aos outros no alto das pedras. Eles conversavam e riam enquanto encaravam o horizonte majestoso em frente à eles. Eram coisas que eles se lembravam, coisas que haviam passado na clareira e antes dela.
- Onde Teresa está? - Thomas questiona ao se aproximar do grupo.
- Lá em cima, disse que precisava ficar sozinha.
Thomas caminhou até a garota e chamou a mesma. Teresa tinha um olhar distante e lágrimas escorrendo por suas bochechas. Ele não entendeu a razão, não até ouvir o que ela sentia e ver as luzes ao longe, eram helicopteros do C.R.U.E.L. vindo em direção à eles.
- O que você fez?
- Estou salvando a gente. - ela responde tentando tocar o rosto de Thomas.
- Não!
Thomas desceu as pedras e gritou com os amigos, ouvindo o som cada vez mais alto. Todos os olhares foram para o céu e engoliram seco, correndo para os arsenais e pegando as armas que eles tinham.
As primeiras explosões aconteceram, encendiando as tendas,
e explodindo alguns dos carros. Gritos vieram e pessoas morreram.
O nó na garganta de cada um ficou grande e Georgia não sabia o que fazer, ela tinha se perdido dos outros.
- Vem! - Georgia exclama puxando o corpo de Brenda para cima com uma certa dificuldade. Suas costas estavam doendo, o ferimento do tiro estava sangrando e Georgia ainda estava tentando ser forte. - Você precisa me ajudar nisso Brenda. É importante.
As chamas invadiram enfermaria e ela ficou desesperada ao se ver sem saída. Xingamentos foram deixados no ar e ela pegou os frascos de cura, os deixando cair e se espatifar no chão sem querer.
- Vamos! - Jorge exclama entrando na tenda em chamas e pegando o corpo de Brenda dos braços de Georgia antes de sair correndo.
Os outros atiravam sem rumo, matando os soldados que conseguiam ou apenas os atrasando.
- O que está acontecendo? - Georgia questiona ao se encontrar
com Thomas.
- Teresa entregou a localização.
- Que vadia.... me desculpe Thomas, mas eu não gosto daquela.
garota. Nunca gostei!
Thomas abaixou o olhar e pareceu entender o sentimento da garota.
Brenda, que estava acordada, e Jorge correram para longe, deixando ambos os jovens sozinhos. Georgia tentava pensar em
se levantar e correr para ajudar, mas Thomas a puxou para baixo.
- Pegue as armas e atire nós que estiverem se aproximando das nossas pessoas. Boa sorte Georgia!
- Boa sorte Tommy!
Cada um correu para um lado diferente, atirando sem
pensar duas vezes, matando aqueles homens cobertos por uniformes pretos e cheio de armas.
Os helicópteros não paravam de sobrevoar aquele maltido local. O grupo estava perdendo.
- Parada Georgia. - a voz do homem lhe causou um embrulho no
estômago e ela se virou, segurando a arma e com o dedo no gatilho - Abaixe a arma, querida, não queremos machucar ninguém.
- Vá se fuder Jason! Pessoas estão morrendo ao nosso redor, se machucando e você me diz para n...
Sua fala foi cortada quando as correntes elétricas invadiram seu corpo, a deixando com dor e paralisada.
- Eu disse pra você abaixar a arma!
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