XLVIII
Jamie o distraiu permitindo que Coen falasse, permitindo que o atormentasse e provocasse contando detalhes dos horrores que fora feito a Jeny.
Quando finalmente cortei minhas amarras, levantei-me, ainda transformando minha dor em força.
E o apunhalei, sentindo a lâmina cortar a carne e os órgãos vitais.
Meu pai havia me ensinado os melhores lugares para se enfiar uma lâmina, e eu estive atenta a essa aula.
Ethan solta um arquejo de dor e surpresa.
E eu torço a lâmina, cravando mais fundo, e a puxo rapidamente, fazendo o sangue jorrar abundantemente dali.
Coen se vira para mim com um olhar indignado no rosto, como se não aceitasse ser ferido por mim, por uma mulher.
Quando ele ergue a espada, Jamie avança, e num só golpe o corta profundamente atrás de suas pernas, que cedem, e Ethan cai de joelhos, apoiando as mãos no chão, respirando pesadamente com a dor.
- Ah, não, ainda não acabou para você, general! - Jamie dá alguns passos e o levanta puxando pelos cabelos.
E então joga a espada ao chão, pega uma adaga que tinha na cintura, e a enfia entre as costelas de Coen.
- Isso é por minha irmã. Aproveite sua estadia no inferno.
Jamie puxa com força a adaga, e mais sangue jorra, já formando uma grande poça no chão.
Sinto-me fraca, trêmula e enjoada, mas firmo minha mão em volta do cabo de minha adaga e o ataco novamente.
Agora na barriga, e delicio-me com a sensação.
- Isso é por meus pais. - digo numa voz que não parece minha.
Uma voz cruel e partida.
Jamie pega novamente a espada, e a enfia no peito dele, a ponta da lâmina saindo do outro lado.
- Isso é pelo que fez a Lizy. - Jamie diz no ouvido dele.
Eu vejo, finalmente, a vida começar a se esvair dele.
Vejo no olhar de Ethan a compreensão de que perdeu e está morrendo.
Um sorriso, o sorriso de um maníaco psicótico, se abre em seus lábios ensanguentados.
Mas eu ainda não terminei.
- Isso é pelo meu filho. - digo, cortando profundamente sua garganta.
Saboreio cada segundo que o vejo buscar fôlego desesperadamente, não o encontrando.
Sinto prazer ao ver seu corpo tremer.
Ao ver a seu sangue escorrer pelo chão, até se misturar com o meu e o do homem morto há alguns passos.
Saboreio cada maldito momento daquilo, sem piscar.
E, antes do que eu queria ou gostaria, ele morre.
Solto a lâmina, que cai ao chão com um barulho estranho.
Sinto Jamie me abraçar.
Mesmo estando coberta de sangue, meu e de outros, eu correspondo, me agarrando a ele desesperadamente, chorando forte como nunca chorei.
- Eu o perdi... Nosso filho, Jamie. Eu.. ele me bateu, me bateu e eu perdi meu bebê. O nosso bebezinho! - sussurro entre soluços.
- Eu sei, meu amor, eu sinto tanto, tanto! - Jamie me abraça apertado - Mas agora acabou. Nos vingamos daquele demônio, nos livramos do Cachorro Louco.
Ele beija o topo de minha cabeça. E ficamos ali, até que meus soluços se acalmem.
Logo passos rápidos invadem meus ouvidos.
E olho para a porta, onde vejo Ian entrando correndo.
Imagino que em meu choro eu não ouvi os cascos do seu cavalo.
Ele empalidece ao ver a cena macabra. Os corpos ali estendidos, Jamie e eu cobertos de sangue.
- Estão vivos! - ele murmura - Graças aos céus! Estão vivos.
Ian vem até nós, e nos abraça forte, emocionado.
- Os oficiais estão a caminho. Teremos muito o que explicar a eles.
- Nita! Ela está... Eu sinto tanto, Ian... por favor... - sinto o luto e a perda tão fortes em mim.
Me sobrepujando, me afogando, minhas pernas cedem e Jamie me segura firme, impedindo que eu desabe.
- Ela está viva, Lizy. Ferida e fraca, mas viva. Acha mesmo que um tiro no ombro derrubaria a montanha que Nita é? Agora venha, vamos cuidar de vocês, explicar tudo o que houve e ir para casa. - Ian me diz.
Agradeço aos céus por Nita estar bem, e, finalmente me entrego à inconsciência.
A praga está morta! Finalmente!
🎊🎉
Vamos fazer de hoje feriado para comemorar kkkkk
Atenção: próximo capítulo apenas domingo! O último! 😢
Votem e me digam o que acharam!
⭐😘
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