Jamie

Se o dia hoje me ensinou uma lição foi:

Não provocar Annelizy Montblanc.

Quando senhorita Kedard apareceu colando em mim, e Lizy chegou em seguida com um olhar que prometia assassinato a sangue frio, eu já sabia estar encrencado.

Mas a última coisa que eu imaginava é que meu castigo seria ter que aceitar um cão pulguento em minha casa.

Não que eu odeie cachorros, apenas prefiro os cavalos.

Senhorita Kedard queria saber os detalhes da festa que aconteceria em alguns dias, na minha casa, uma comemoração anual do fim dos dias de guerra.

Uma celebração por estarmos vivos, e em homenagem aos mortos.

Eu tentei me livrar dela rapidamente, mas a cada tentativa de me soltar, seu aperto em meu braço ficava mais forte.

Até que, claro, eu perdi a paciência, e a mandei seguir o próprio caminho pois eu estava ocupado.

E acompanhado.

O olhar de irritação dela teria agradado Lizy imensamente, tenho certeza.

Agora já é pôr do sol, Nita me preparou uma pequena mala e partirei até a cidade.

Klan voltou hoje de lá e disse que tudo está estranhamente quieto, mesmo após o incêndio suspeito do hospital.

Isso me preocupa, então decido ir até lá eu mesmo.

Encaminho-me até os aposentos de Lizy para me despedir.

Apesar de ter passado quase o dia todo em sua companhia, eu já sinto sua falta.

Claro que nosso passeio de hoje em apenas um cavalo foi proposital, pois eu queria aproveitar ao máximo do seu corpo junto ao meu.

Seu calor e seu cheiro. Seu humor tempestivo.

Me faziam sentir vivo.

Quando chego em seu quarto, a porta está aberta e ela está sentada no chão, alimentando o pulguento, digo, Billy, com leite em uma pequena colherinha.

A admiro por um momento, enquanto acaricia o filhote, o incentivando a aceitar a comida, a maneira como conversa com ele como faz com os cavalos.

- Billy, seja bonzinho e tome toda sua comida! Ande logo preguiçoso, já dormiu o suficiente. - ela diz a ele, ligeiramente irritada.

- Problemas no paraíso canino? - pergunto em tom de provocação.

Ela olha para a porta e sorri para mim.

- Jamie! Estou em dúvidas se ele é um cão ou um daqueles espécimes exóticos, bichos preguiças. Ficou acordado apenas tempo suficiente para tomar metade do leite. - ela diz levantando-se e vindo até mim.

Entro no quarto mas mantenho a porta aberta.

- Suponho que metade seja melhor do que nada.

- Sim, acho que tem razão. O que faz aqui? Já é hora do jantar?

- Não. Vim me despedir. Estou indo até a cidade monitorar a situação. Mas voltarei em um dia ou dois.

Seu semblante muda imediatamente e mostra preocupação.

E eu? Bem, fico feliz ao ver que se preocupa comigo.

- Tomará cuidado?

- Tem minha palavra.

Ela sorri, aceitando minha promessa. E me estende a mão.

- E partirá sem nem me dar um beijo de despedida?

- Não vou beijar sua mão com cheiro de cachorro. - respondo rindo, mas dou um passo até ela.

- Não é obrigatório que seja na mão, sabe? - ela dá um passo até mim, sorrindo atrevida.

Não resisto quando ela sorri assim.

- Ah, não? E onde mais seria?

Finalmente estamos próximos o suficiente para que eu a abrace pela cintura, e Lizy apoia as mãos em meu peito.

- Em meus lábios. - ela sussurra.

Meu desejo é tanto que chega a doer.

Temo perder o controle a qualquer momento pois Lizy me leva ao limite apenas com sua presença e sua voz; e quando diz coisas assim, quando me mostra o próprio desejo, eu quase desabo.

- Não devemos, Lizy. Estamos brincando com fogo.

- Queimará comigo, Jamie?

- Até que vire cinzas. - digo, levando meus lábios aos dela.

Se eu achei nosso beijo no estábulo quente, e foi, esse foi bem mais.

Realmente parecia que estávamos dispostos a nos queimar.

Aliás, já estávamos em chamas.

Lizy tinha uma sensualidade nata, sabia instintivamente o que fazer, sua língua abraçava a minha despudoradamente, ela colou seu corpo ao meu e eu sentia seus seios se endurecer pelo desejo, levou as mãos a minha nuca, me puxando mais para si, como se precisasse que estivéssemos mais perto um do outro.

Eu a apertava em meus braços, com tanto fervor que temia acabar a machucando.

Mas meu receio estava em segundo plano, pois era meu desejo que me dominava agora.

Que nos dominava.

Apenas nos soltamos quando o ar nos faltou.

- Jamie, meu corpo pede alívio. - ela diz, num misto de sussurro e gemido.

"Ah, Lizy, o meu também", penso.

- Eu sei.

- Por favor, Jamie, eu preciso... - ela beija meu pescoço deliciosamente - Preciso de.. algo.

Sua voz, sua expressão do mais puro tesão me fazem mandar o controle ao inferno.

Ela precisa de mim, e eu estou pronto para atendê-la.

E, claro, não é preciso tirar sua virgindade para satisfazê-la.

- Deite-se na cama. - digo.

Seu olhar brilha de empolgação e eu me dirijo a porta e a fecho e tranco.

Lizy já está na cama, sentada, me olhando atrevida.

Tudo nela grita desejo: suas bochechas avermelhadas, seus olhos com pupilas dilatadas e focadas em mim, sua respiração rápida, a maneira como cruza e aperta as pernas.

Ando até ela lentamente, prolongando o momento, que observa cada passo que dou.

Em seguida seu olhar passeia pelo meu corpo e morde os lábios inchados pelo beijo selvagem.

Chego até ela e passo a mão em seu rosto suavemente.

- Não vou deflorá-la, mas a tocarei muito intimamente para lhe dar o que deseja. Tem certeza de que é isso que quer?

- Quero você. Agora. - ela abre as pernas. Sinto minha ereção quase perfurando as calças, latejante.

Avanço sobre ela e nos deitamos na cama, em mais um beijo libidinoso.

Com uma das mãos levanto as saias de seu vestido, amaldiçoo a quantidade de panos nessas roupas íntimas e rapidamente me livro delas, e então vejo seu sexo gloriosamente úmido.

Sinto sede imediatamente, mas não usarei a boca.

Não, ainda não.

Lizy não é tímida, não é uma menina querendo crescer, ela é uma mulher querendo se satisfazer.

Passeio uma mão por suas pernas, languidamente, e ela se contorce sob meu toque.

- Quieta. - digo, minha voz sai baixa e rouca.

Ela para, então.

- Eu vou te tocar aqui, tudo bem?

- Jamie? - olho para ela temendo que tenha desistido - Ande logo!

Lizy ri.

Oh, essa mulher é irritante e fogosa.

Sem mais delongas passo a mão pela sua entrada e espalho sua lubrificação até seu ponto mais sensível.

Ela inspira profundamente levando a cabeça para trás.

- Abra mais as pernas. - peço e ela obedece prontamente.

Sigo minhas carícias avidamente, e sinto o corpo dela se tensionar, e ela geme.

- Se fizer barulho eu paro, Lizy, está me ouvindo?

- Estou. Ah, Jamie... Isso é... isso é... - ela não consegue continuar, sei que seu alívio está próximo.

- Eu sei, querida.

Então, puxo o decote do vestido liberando seus seios, cada parte dela é mais perfeita do que meus pensamentos pervertidos imaginaram, e levo minha boca até eles, os chupando vorazmente, mordendo levemente seus mamilos rosados.

Com um suspiro forte, finalmente o gozo toma conta de Lizy, e sinto seu corpo tremer e se retorcer sob mim.

Isso, somado a sua expressão de puro prazer, são mais excitantes para mim do que tudo que fiz até agora, e quase perco o controle.

Aos poucos o corpo dela relaxa, sinto seu sexo pulsar, prova do prazer que teve.

Lizy respira profundamente e abre os olhos, os mirando diretamente em mim.

Nos olhamos por um tempo, até que retiro a mão de sua intimidade e a levo a minha boca, chupando toda a umidade de Lizy.

Isso parece desperta-la, e ela avança para mim, beijando-me, provando do próprio sabor.

E, que sabor delicioso.

- Está aliviada, minha Lizy? - pergunto.

- Ah, estou. Eu faria isso todos os dias. - ela responde, com um sorriso enorme, e olhar de mulher saciada.

- Tenho certeza de que sim. Agora preciso ir, já estou atrasado.

- Mas... e você? Não vai... hã... - ela aponta o volume assombroso em minhas calças.

- Não se preocupe com isso. Logo meu companheiro ali se acalma. - dou-lhe um beijo, agora de despedida.

- Até logo minha doce Lizy.

Ela olha cada centímetro do meu rosto e me faz uma carícia antes de responder.

- Até logo meu Jamie.

É nesse momento que percebo a verdade de sua frase, pois, nesse momento também percebo: me apaixonei profunda e totalmente por ela.

Dou-lhe um beijo na testa, contendo a emoção de minha descoberta, e sigo porta afora, apressado até meu banheiro para buscar meu próprio alívio antes da viagem.

Aconteceeeeeeuuuu
👏👏👏👏👏

Esquentou aí, pessoal? 🔥
Spoiler: só vai piorar kkkk

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