12. UMA LUTA, UM LIVRO E UM SONHO.

٬ 🪄 ࣪. S A L É M ˵ ִ ۪۫ ˖ ֺ ☾︎
twelve 𓄵 a fight, a book and a dream.

O AR ESTAVA frio naquela manhã, mesmo que não houvesse vento algum. Ele beliscava meu nariz e bochechas, e penetrava no material de malha do meu cachecol e gorro.

A neve cobria a grama do campo de quadribol, fazendo com que o verde parecesse mais claro do que seu tom esmeralda habitual.

Eu estava torcendo junto com Ruby e Ernie nas arquibancadas da Lufa-Lufa, cercado pelo resto dos meus colegas de casa, que nos proporcionaram bastante calor, já que estávamos todos amontoados nas arquibancadas.

Já se passaram cerca de quinze minutos de jogo e, até agora, já vi muitos jabs, esquivas e faltas acontecendo. Afinal, a Sonserina sempre jogou sujo. Apesar da preocupação que me atormentava pela segurança de Harry, Ron e dos gêmeos, não pude deixar de rir dos comentários que Lee Jordan fazia e de como McGonagall continuava a repreendê-lo.

─ Você ouviu isso? ─, ouvi Ruby dizer em voz alta, fazendo minha cabeça girar para olhar para ela.

─ Ouvi o quê? ─ Ernie gritou de volta.

─ Parece que os sonserinos estão cantando.

Franzi as sobrancelhas e olhei de soslaio para as arquibancadas da Sonserina, ouvindo o canto que Ruby estava falando. Era bem difícil de fazer, já que tudo que eu conseguia ouvir a um metro de distância de mim era uma torcida alta e entusiasmada.

─ Esses bastardos ─, disse Ernie, escandalosamente.

─ O quê? ─ Eu sacudi minha cabeça para ele. ─ O que eles estão dizendo?

─ Acho que você não quer saber ─, ele respondeu sombriamente.

A resposta dele só fez minha carranca se aprofundar ainda mais. Olhando para as arquibancadas da Sonserina novamente, deixei minhas mãos enluvadas agarrarem as grades da arquibancada e me inclinei mais, como se a ação fosse ajudar minha audição um pouco melhor. Isto é, se eu não caísse para a morte.

Para minha sorte, eu ouvi e não caí.

Weasley não pode salvar nada. Ele não pode bloquear um único anel. É por isso que todos os sonserinos cantam: Weasley é nosso rei.

Ruby também foi rápida ao comentar sobre isso, virando-se para Ernie, e eu com uma expressão desagradável no rosto.

─ Quando eu colocar as mãos em quem inventou esse lixo, Merlin, eu juro...

─ GRIFINÓRIA MARCA PONTOS!

Concentrei toda a minha atenção novamente no jogo, ignorando as provocações do sonserino e deixando a adrenalina correr por mim enquanto observava atentamente.

Não havia a mínima chance de eu deixar os sonserinos estragarem isso para mim.

Era como se eu fosse o único sentado na vassoura, correndo atrás da goles e desviando de todos os oponentes. Eu não sabia que seria possível meu coração bater vigorosamente em antecipação e excitação. E eu nem estava jogando!

De um lado do campo, Harry imediatamente mergulhou, e Draco logo o seguiu.

─ Harry viu o pomo! ─ Eu comemorei, pulando no lugar. ─ Se ele pegar isso, Grifinória certamente vencerá.

Tudo aconteceu tão rápido. Em um minuto Harry estava esticando a mão para pegar a bola dourada, no outro ele estava deitado na grama fria. Em todo o estádio, as pessoas engasgaram e algumas até soltaram gritos de surpresa.

Xinguei alto, agarrando os braços de Ernie e Ruby enquanto eles também olhavam para o corpo dele no chão com os olhos arregalados.

Foi uma comemoração um tanto inesperada pela primeira vitória deles, mas eu realmente não questionei

Eu não sabia o que estava acontecendo até que vi. Os dois times estavam agrupados em uma área do campo, parecendo estar gritando no pescoço um do outro.

Pelo canto do olho, vi alguém do time da Grifinória se afastando de todos eles, desanimado. Ele era alto e magro, eu soube imediatamente que era Ron.

─ O que vocês acham que está acontecendo lá embaixo? ─, Ernie perguntou, esticando o pescoço para olhar para os dois times.

─ Não sei ─, murmurei, distraída, enquanto observava Ron voltar para o vestiário.

─ Acho que é uma briga de socos! ─, disse Ruby animadamente.

─ Estou preocupada com Ron ─, eu disse a eles, tamborilando meus dedos nos trilhos. ─ Pelo que parece, acho que ele ouviu aquela música idiota que os sonserinos fizeram.

Ruby deu um murmúrio de compreensão e acenou com a mão desdenhosamente. ─ Não se preocupe conosco ─, disse. ─ Você deveria ir ver como ele está. Além disso, tenho uma luta para assistir.

─ Obrigado, gente ─, eu suspirei antes de manobrar meu caminho pelas arquibancadas e entrar no chão congelado do campo.

─ HARRY! GEORGE! NÃO!

Eu me virei rapidamente e vi a cena se desenrolar. Acho que Ruby conseguiu a luta que estava esperando.

Harry, cujo rosto parecia pronto para matar, avançou e desferiu um soco doloroso diretamente no estômago de Draco.

Então o caos se instalou.

Mordi o lábio, observando os garotos darem socos uns nos outros descontroladamente, vendo os gêmeos e Harry na mistura. Mas outro irmão estava esperando, e eu sabia que ele precisava de mim mais do que eles.

Não me incomodei em perder tempo tentando ver quem os separou.

Quando cheguei ao vestiário masculino, duas coisas me ocorreram: a) o cheiro horrível de suor e b) o lugar estava muito silencioso comparado à agitação lá fora.

Procurei por Ron, mas não recebi nenhum sinal.

─ Ron? ─, gritei.

─ Vá embora.

Franzi a testa ao ouvir o tom de sua voz. Ele parecia tão chateado que meu coração foi parar no estômago.

Lentamente, caminhei até onde ouvi o som, virei uma esquina e fui recebido pela visão dele encolhido, com o queixo apoiado nos joelhos.

─ Ah, Ron.

Sentei-me ao lado dele, puxando os joelhos até o peito também, esperando que ele dissesse alguma coisa.

Quando éramos mais jovens e sempre que Ron ficava chateado, apesar de quantas vezes ele me dizia para deixá-lo em paz, eu não ouvia. Eu sempre me sentava ao lado dele ou ficava ao seu lado e esperava até que ele falasse. Foi a mesma coisa desde então.

Desta vez não foi exceção.

Ron suspirou pesadamente. ─ Eu nunca deveria ter me inscrito. Eu era um completo lixo, não sabia o que estava pensando.

─ Você não era lixo.

─ Você ouviu o que aqueles sonserinos estavam cantando? ' Weasley é nosso rei ', uma ova. Eles estavam certos. Todas aquelas coisas que eles cantaram sobre mim estavam certas- ai!

Ele embalou a parte de trás da cabeça, olhando para mim incrédulo. Eu olhei para ele inocentemente.

─ Para que foi isso?

─ Da próxima vez que você disser alguma mentira sobre si mesmo, vou lhe dar um tapa feio.

─ Mas é verdade... ─ Ele se interrompeu e suspirou quando viu o aviso em meus olhos se voltar para ele.

Não conversamos por alguns minutos depois, apenas deixando o silêncio confortável se instalar entre nós. Por um momento, esqueci o motivo pelo qual estava aqui; esqueci o que aconteceu antes com a música, a briga, o jogo.

─ Você duvida demais de si mesmo, Ron. ─ Eu disse calmamente. ─ Mesmo quando éramos crianças. Mas você não percebe o quão incrível você realmente é. Embora eu admita, às vezes você pode ser extremamente insuportável.

Eu ri quando senti sua mão me empurrar suavemente para o lado. Mas fiquei feliz que pelo menos consegui obter uma reação dele. De pé, ofereci minha mão para ele pegar.

─ Para onde estamos indo? ─ Ele perguntou curioso, olhando para minha mão com um lampejo de dúvida.

─ Só venha comigo. ─ Revirei os olhos. ─ Eu conheço um lugar que pode te animar.

─ Se for a maldita biblioteca... ─ Ele parou de falar, levantou-se e ajeitou o suéter.

─ Não se preocupe, é um lugar muito melhor. Tenho a sensação de que a comida resolverá tudo.

─ Ainda nem é hora do almoço ─, Ron ressaltou, parecendo mais hesitante do que antes.

─ Meu querido irmão ─, eu disse, ─ você sabe onde fica a Sala Comunal da Lufa-Lufa?

─ Sim, no porão da Lufa-Lufa, ao lado da cozinha, ah.

─ Sim. ─ Sorri maliciosamente.

─ Vamos.

Já faz alguns dias que a Grifinória venceu a partida e era tudo o que a escola falava. Principalmente o que ocorreu logo depois, no entanto.

A escola inteira estava presente durante a briga, então fazia sentido. Depois que Draco foi liberado da Ala Hospitalar por ter levado um soco no estômago, ele fez disso sua meta diária de intimidar os Grifinórios mais do que o normal.

Harry, Fred e George foram infelizmente banidos do campo para sempre. Cortesia da única Umbridge. Era algo que não agradava aos três.

Ron, felizmente, não ficou tão chateado por fazer parte do time, mas ficou furioso quando descobriu a situação deles.

Ginny também tentou a posição de apanhadora e conseguiu, o que me fez gritar “eu avisei!” no ouvido dela quando ouvi.

Quanto a mim, eu estava indo para a biblioteca.

Astronomia nunca foi meu ponto forte. O livro didático que eles forneceram não ajudou quase nada. 

Não era como se eu fosse um completo lixo, eu ainda conseguia responder algumas perguntas, mas quando se tratava de nomear constelações minha mente ficava em branco.

Talvez fosse porque sempre tínhamos aulas tarde da noite, quando eu geralmente ia dormir.

Ao entrar na biblioteca, meus pés me levaram até as primeiras fileiras, abrindo os olhos e encontrando um livro inteiro com as constelações que aprendemos, de preferência com imagens também.

Parei quando vi um dos livros se destacar mais do que os outros. Era de capa dura, assim como os outros livros da biblioteca. Constelações no Céu estava gravado ao longo da lombada.

Eu sorri. Era exatamente o que eu precisava. Infelizmente, estava fora do meu alcance.

Estendi a mão, equilibrando-me na ponta dos pés, para pegar o livro na prateleira, ao mesmo tempo em que uma mão pálida o puxou facilmente de trás de mim.

Pisquei e me virei, pronta para agradecer à pessoa que viu minhas dificuldades e foi gentil o suficiente para ajudar. Mas, vendo quem estava na minha frente, vacilei.

Revirei os olhos e tentei arrancar o livro da mão dele. ─ Caso você não tenha visto, mas pretendo dar uma olhada naquele livro hoje.

Draco apenas levantou o livro mais alto do meu alcance e arqueou uma sobrancelha.

─ O que você gostaria de saber sobre constelações? Da última vez que tivemos uma aula de Astronomia você mal prestou atenção ─, ele ressaltou.

─ É por isso que preciso disso, e como você sabe disso? ─, eu disse com desdém.

Draco imediatamente fechou a boca, um pó de rosa claro esvoaçando por suas bochechas. Antes que eu pudesse sequer reconhecer seu silêncio repentino, pulei e rapidamente arranquei o livro de suas mãos.

─ Amorzinho!

Em algum lugar na biblioteca, ouvimos o forte silêncio de Madame Pince.

Olhei para ele com raiva. ─ Preciso deste livro, Draco. O que você está fazendo aqui?

Draco revirou os olhos. ─ Eu estudo aqui, Lovett, caso você não tenha notado."

─ Quero dizer, a biblioteca ─, respondi bruscamente e me afastei dele, indo em direção ao balcão de check-out antes que ele pudesse pegar o livro de volta.

Merlin, ele é insuportável.

─ Eu também preciso desse livro, Lovett ─, ele disse bruscamente.

─ Cansado de só conhecer a constelação do Dragão, então? ─ perguntei, sorrindo ironicamente para ele. 

Cheguei ao balcão e entreguei o livro à Madame Pince, lançando um sorriso educado à velha senhora antes de sair correndo da biblioteca, sem perceber que Draco ainda estava casualmente andando atrás de mim.

─ Não posso deixar de saber a constelação que deu seu nome, Badger ─, ele disse arrogantemente.

Ironicamente, era o único que eu conhecia também. Em cada aula, Draco fazia questão de contar a todos que seu nome era uma homenagem ao Dragão, sempre apontando para o céu.

Ele fez isso tanto que era a única coisa que eu lembrava de cada aula. O que foi bem lamentável.

─ Ei, Lovett ─, ele gritou, ─ da próxima vez que você ver Potter, diga a ele que meu pai vai ouvir sobre o que ele fez.

Eu me virei ferozmente e lancei-lhe um olhar furioso, apertando o livro com mais força em minhas mãos. Estávamos a apenas cinco pés de distância.

─ Por que você simplesmente aparece nos meus momentos de maior paz? ─, perguntei com raiva.

Ele deu de ombros, parecendo imperturbável. ─ Tudo o que eu quero é aquele livro, Lovett.

─ E eu já disse que preciso disso ─, respondi imediatamente.

Eu não tinha tempo para nada disso. No entanto, aqui estava eu, presa em uma situação complicada depois de semanas sem esbarrar nele. Além do fato de que ele estava disposto a ficar bravo por um livro, era quase engraçado para mim se eu não estivesse tão agitada.

Acho que sempre foi algo interminável entre nós. Por alguma razão, nunca consigo escapar dele.

─ Por que você não pegou antes de eu chegar? ─, perguntei a ele.

─ Eu ia fazer isso ─, ele disse, rangendo os dentes, ─ mas Goyle me ligou, disse que tinha que me mostrar uma coisa, então não tive a chance.

Eu nem registrei o fato do Goyle ter entrado em uma biblioteca. Eu me perguntei se ele ao menos sabia ler.

─ Bem, isso é uma pena ─, eu disse fingindo simpatia.

Draco apenas olhou de volta com igual aborrecimento, suas narinas dilatando enquanto ele exalava um suspiro frustrado.

─ Só me dê o maldito livro ─, ele ordenou.

─ Eu disse não, seu idiota ─, eu disse, ─ quantas vezes eu tenho que me repetir? Encontre seu próprio livro.

Fiquei extremamente feliz por não ter mais ninguém por perto para testemunhar outra de suas brigas. Eu já podia imaginar as pessoas falando: “Lovett e Malfoy estavam brigando de novo, brigando por algum livro bobo.”

─ Você é tão irritante quanto o Santo Potter e aquela família Weasley, sabia? ─ Draco provocou.

Cerrei meu maxilar com força, não confiando em mim mesma para falar, apenas olhando diretamente para ele, meus olhos começando a lacrimejar devido ao ar frio.

─ Não ouse mencioná-los ─, avisei, com a voz trêmula.

─ Você deveria ter visto a expressão no rosto deles quando eu mencionei as mães deles...

Num piscar de olhos, empurrei-o para a parede mais próxima e olhei fixamente para seus olhos. O livro ainda estava firmemente agarrado em minha mão.

Não sei o que deu em mim quando decidi avançar e encurralá-lo contra uma parede. Por um momento, lembrei-me do dia em que o azarei. A mesma onda de raiva que eu sentia agora estava saindo de mim, rolando como ondas de calor. Felizmente, eu não tinha minha varinha agarrada na mão.

Estávamos tão perto que eu conseguia sentir o cheiro forte de sua colônia, quase ouvindo como seu coração batia erraticamente através da camisa. Ou era o meu?

Fiquei muito feliz por não ter mais ninguém aqui.

Tudo o que eu conseguia ver era um sinal de alerta piscando na minha visão.

Eu estava respirando pesadamente agora, tentando controlar o quão bravo eu estava. Eu agarrei o livro tão forte na minha mão que senti meus dedos se esticarem.

─ Nunca mais fale deles desse jeito ─, eu disse perigosamente, olhando em seus olhos que pareciam conter um pouco de surpresa.

Eu observei enquanto seu pomo de Adão balançava para cima e para baixo antes de me afastar com a cabeça erguida e voltar pisando duro para a sala comunal.

Não me virei para ver se ele ia fazer alguma coisa.

Minhas mãos estavam úmidas. Fiquei tentado a largar meu livro e enfiar meus punhos nos bolsos, mas só segurei com mais força.

Meu coração batia de forma irregular, como se eu tivesse sido pego fazendo sexo ilegal.

Não pude deixar de me perguntar se ele já tinha ido embora e ido andando na outra direção. Mas a sensação do olhar penetrante de alguém nas minhas costas me disse o contrário.

QUANDO cheguei ao meu dormitório naquela noite, recebi uma carta dos pais — era a resposta à carta em que perguntei a eles o que ouvi naquela noite.

Querida Margo,

Você não deveria ter ouvido essa conversa, mas não adianta mais, não podemos repreendê-lo por isso.

Margo, há uma explicação para tudo o que seu pai e eu conversamos. Logo você saberá, mas agora não é o momento certo. É muito cedo e você não está pronta para isso.

Enquanto você estiver sob a proteção de Dumbledore, você estará seguro. Ninguém virá atrás de você. Eu prometo.

Nós amamos você. Por favor, fique seguro.

Mamãe e papai.

Eu estava cansada e brava demais para sequer imaginar o que diabos a carta significava. Joguei-a na minha mesa e me preparei para dormir, imaginando que seria o problema do amanhã.

Naquela noite, quando dormi, tive um sonho. Foi a continuação do último sonho que tive.

Assim como antes, tudo ao meu redor parecia o mesmo. Eu ainda estava com o mesmo homem bonito de antes, só que dessa vez não estávamos mais caminhando. Percebi que paramos em frente a uma árvore, a mesma grande árvore oca que vi no meu último sonho.

Na rica cor da noite, algo brilhante brilhou dentro do buraco, mais brilhante que a luz que brilhava através da varinha do homem. Mas tão rápido quanto chamou minha atenção, desapareceu.

Ele andou para frente com determinação, suas feições marcadas por admiração congelada. Fiquei onde estava, franzindo as sobrancelhas e esticando o pescoço para ver o que ele estava prestes a fazer.

Suas mãos finas e pálidas alcançaram cuidadosamente o oco da árvore e eu observei com a respiração suspensa e a expectativa crescente.

Como se tudo estivesse em câmera lenta, o homem dolorosamente puxou o que estava procurando. Quanto mais seu braço emergia da árvore oca, mais passos eu dava. Era como se uma força invisível estivesse enrolada em meu torso, me puxando para frente e apertando meu peito.

Quando eu estava a poucos metros da árvore, o homem finalmente estendeu a mão. Eu só vi um vislumbre dos mesmos dedos finos e um brilho cristalino ao luar antes de abrir os olhos.

Eu me sacudi na cama, abrindo os olhos freneticamente e examinando a escuridão do quarto até pousar em uma figura.

Gritei e me arrastei para trás o mais longe que pude na cama, com o coração batendo descompassadamente dentro da caixa torácica.

Uma luz foi lançada na sala para iluminar o rosto preocupado pela Professora Sprout.

Meus olhos se arregalaram, mas suspirei aliviada. ─ Professora ─, eu disse trêmula, ─ você me assustou, o que está fazendo aqui?

─ Não tenho tempo para perguntas, infelizmente ─, ela respondeu rapidamente, pegando minhas vestes do cabideiro e as empurrando para mim rapidamente.

Eu assisti confuso, notando a maneira como a Professora Sprout estava resmungando baixinho e como sua mão estava agarrando firmemente sua varinha. Pisquei para afastar o sono e lentamente me sentei mais ereto.

─ Professora-

─ O Professor Dumbledore me pediu para vir buscá-la, ─ ela interrompeu, me encarando com uma expressão sombria. ─ É Arthur Weasley. Ele foi atacado.

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