06. ACIDENTES ACONTECEM.
٬ 🪄 ࣪. S A L É M ˵ ִ ۪۫ ˖ ֺ ☾︎
six 𓄵 accidents happen.
A PRIMEIRA COISA QUE FIZ QUE EU FIZ quando eu cheguei a solitária sala de poções foi me deixar cair em uma cadeira vazia e ficar exausta. Achei que meu primeiro dia de volta seria gentil comigo, mas descobri que estava muito errado.
Quando recebi minha programação naquela manhã, poderia jurar que meu coração se partiu ao ver que a maioria das aulas básicas seria no primeiro dia da semana, o que significa que eu iria desmaiar no final do dia.
Somando-se ao fato que todos os professores ficavam nos lembrando dos nossos próprios NOMs, eu estava prestes a hibernar.
Minha primeira aula foi transfiguração com a professora McGonagall, que começou bem. Ocupei-me escrevendo notas e fatos importantes do livro que poderiam ser úteis quando junho chegasse.
Minha próxima aula foi herbologia - minha matéria mais fraca (sim, há Lufanos que são uma porcaria nessa matéria) - com a professora Sprout, depois feitiços e, finalmente, poções.
Suspirei interiormente ao perceber que tinha Defesa Contra As Artes Das Trevas. Eu estava ansiosa para isso.
Depois de cada aula, minha cabeça começava a doer de tanto listar mentalmente todos os deveres de casa que recebíamos enquanto tentava lembrá-los. Eu já tinha começado minha redação de transfiguração sobre feitiços de desaparecimento com Hermione na biblioteca antes de desistir de almoçar com meus amigos.
Eu sabia que, assim que voltasse das férias de inverno, logo perderia o fluxo de estudos.
Há, engraçado, pensando nas férias quando as aulas acabaram de começar.
Mais pessoas começaram a entrar na sala de aula, todas com expressões taciturnas enquanto se sentavam. Era como se o cenário deprimente das masmorras e o sempre tão azedo professor Snape estivesse sugando nossa energia.
Eu visivelmente me animei quando vi meus dois amigos um de cada lado de mim.
— Onde vocês dois estavam? — Eu sussurrei para eles.
— Desculpe, — Ernie soltou um sorriso tímido, — Eu tive que pegar meu livro de poções na sala comunal e arrastei Ruby comigo.
— Ainda não consigo acreditar que você me fez fugir. — Ela sussurrou separadamente.
— Acalmem-se. — Snape falou lentamente, seus olhos pousando em nós com um olhar de advertência antes de esperar o a turma se sentar.
Até a voz dele foi o suficiente para me fazer dormir. Eu tentei o meu melhor para ficar acordada, ocasionalmente me beliscando e piscando rapidamente, tentando ao máximo ouvi-lo tagarelar sobre os NOMs.
Felizmente para mim, fui excelente em poções, graças ao meu pai. Desde que sofri uma queda feia depois de praticar quadribol, percebi que o esporte não era para mim. Ao contrário da minha mãe, que foi a melhor artilheira que a lufa-lufa já viu durante seus anos em Hogwarts.
Em vez disso, passei o tempo livre que tinha em casa observando meu pai preparar poções para me divertir ouvindo-o explicar passo a passo.
Eu não sabia por que ele escolheu torna-se um Auror em vez de um picionista. Ele deveria simplesmente ter aceitado o trabalho de Snape e acabado com isso.
E por causa do que aprendi com meu pai, quando chegou a hora de preparar uma poção do esquecimento no primeiro ano, fiz isso melhor do que a maioria e ganhei elogios um tanto relutante do professor Snape.
Por mais que meus amigos dissessem que eu era um dos alunos favoritos de Snape, eu ainda não queria acreditar, sabendo que ele era particularmente exigente com os alunos, a menos que eles fossem sonserinos como ele também.
— Hoje estaremos preparando uma poção que muitas vezes surgem no nível bruxo comum: a poção da paz, uma poção para acalmar a ansiedade a agitação. — Explicou o Snape, com uma expressão de quase puro tédio no rosto.
Foi uma poção complexa. Eu sabia que, para prepara-lo com perfeição, é preciso ter toda a atenção na tarefa. Era uma poção frequente em nossa casa porque minha mãe as vezes tinha acesso aleatórios de ansiedade e passava o dia trancada no quarto, bêbada com poções da paz.
— Os ingredientes e o método estão no quadro negro. Você encontrará tudo o que precisa no armário da loja. — Com dois movimentos de sua varinha, as instruções foram escritas no quadro e a porta do armário abriu-se.
Antes que alguém pudesse ir até o armário da loja, o professor Snape estalou a garganta ruidosamente.
— Antes que qualquer um de vocês começar, atribuirei assentos a todos nesta sala que permaneceram os mesmo até o resto do ano.
A sala explodiu em gemido e protestos. Cruzei os dedos, esperando que Snape deixasse nossas casas juntas.
— Quieto! — Ele perdeu a cabeça. — Não quero ouvir um único ruído vindo de ninguém... Abade, você está com Hawthorne.
Ao meu lado, Ruby relaxou e dirigiu-se a Hannah depois de lançar a Ernie e a mim um sorriso tranquilizador.
— Avery com Macmillan.
Ernie abafou um gemido e relutantemente sentou-se ao lado do sonserino. Lancei-lhe um olhar de simpatia.
Snape gritou mais nomes, alguns deles foram chamados junto com alguém de sua própria casa. A maioria dos outros não teve tanta sorte.
Observei a sala mudar enquanto as pessoas movimentavam-se, esperando até que meu nome fosse chamado junto com uma pessoa esperançosamente tolerável.
— Lovett, você está com Malfoy.
Meu coração pulou uma batida. Olhei para Snape incrédula, mas ele já passou para o próximo conjunto de nomes.
Eu queria gritar, mas também queria jogar meu livro na cabeça gordurosa dele. Mas xinguei baixinho e mordi minha língua antes de fazer algo que me mande para uma detenção.
Lançando olhares de dor para Ernie e Ruby, fui em direção ao Draco, que parecia tão furioso quanto eu.
Isso faz de nós dois.
Assim que Snape terminou de chamar os nomes e todos finalmente acomodaram-se, ele finalmente nos disse para começar.
— Você tem uma hora e meia, — Ele falou lentamente. — Começar.
Eu mentalmente me dei um discurso estimulante antes de iniciar a conversa com ele primeiro. Meu objetivo esse ano era evita-lo a todo custo, mas o destino estúpido parecia ter outros planos.
— Vou buscar os ingredientes. — Eu disse sem emoção. — Você acende o fogo.
Ele revirou os olhos para mim, mas mesmo assim preparou o caldeirão e acendeu a chama. Eu coloquei meus lábios em uma linha reta e lembrei-me que Draco fazendo alguma coisa era melhor do que ele não fazer nada.
— Ok, — Eu respirei antes de caminhar apressadamente em direção ao armário da loja, reunindo todos os ingredientes escritos do quadro.
— Você esqueceu a raiz de valeriana. — Disse ele quando voltei.
Eu olhei para ele estupidamente, — O que?
— Você é surda, Lovett? Eu disse que você esqueceu a valeriana...
— Eu sei o que você disse. — Respondi calmamente. — E não esqueci. Sei que tirei tudo daquele armário.
Ele virou-se para mim com uma sombrancelha levantada, suas feições praticamente me provocando e eu me senti irritada. — Eu não sabia que você era cega também. Por que você não verifica o que trouxe de volta?
Merlim.
— Eu já te disse que... — Parei no meio do caminho quando meus olhos perceberam que uma certa raiz verde estava faltando na mesa.
Fechando minha boca, senti meu rosto esquentar furiosamente quando encontrei vergonhosamente os olhos divertidos de Draco.
Merlim, isso foi embaraçoso. Eu odiava como as vezes eu tinha uma boca grande.
— O que? — Ele disse divertido, — nada a dizer agora, texugo?
Eu dei a ele um sorriso sarcástico antes de me aventurar no armário novamente, amaldiçoando o Snape mentalmente enquanto olhava fixamente para seu nariz grande enterrado em algumas redações.
Eu sei que não sobreviveria a essa aula se ele continuasse balbuciando. Quando voltei com a raiz de valeriana, enfrente-o com a mão na cintura.
— Escute, Draco, — Eu disse exasperada, — Não estou com humor para lidar com essas besteiras, e sei que não está com humor para lidar com as minhas. Então, por que não agimos como pessoas civilizadas somente essas vez? OK?
Ele zombou arrogantemente, pegando os ingredientes da mesa e começando a medi-los. Revirando os olhos, comecei a trabalhar na minha própria poção.
Desde que o enfeiticei durante nosso quarto ano, tenho tentado ao máximo evita-lo a todo custo. A raiva que senti aquele dia foi incontrolável. Então pensei em uma maneira de evitar isso seria fugir de Draco Malfoy.
Mas parecia que a vida tinha outros planos.
A sala de aula tornou-se uma bagunça nebulosa enquanto nuvens de fumaça saia de casa caldeirão subiam no ar e permanecia presa dentro da sala, sem ter onde escapar. Também começou a ficar quente e sufocante e tive que tirar minha vestes. Notei que Draco tirou o suéter e afrouxou a gravata também.
Coloquei o primeiro ingrediente na poção, mexendo cuidadosamente no sentido horário enquanto esperava a cor mudar de um azul profundo para um tom claro de cinza. Nós dois já estávamos trabalhando a cerca de 20 minutos, todos em silêncio, o que me deixou extremamente grata.
Até que Draco decidiu que era uma boa ideia abandonar o corte da raiz de valeriana e recorreu a mim para se divertir.
— Sabe, — Ele começou. — Você me odeia, mas me chama pelo primeiro nome, por que isso? — Ele estava usando um tom estranho, quase como estivesse genuinamente curioso, mas fingindo que estava tentando ficar irritado.
Apertei os lábios, não esperando tal pergunta dele e distraidamente continuei a picar o resto dos meus ingredientes.
— É o seu nome, não é? — Eu finalmente disse.
— Acho que é algo a mais do que isso, — Afirmou Draco. — Veja, apenas meus amigos mais próximos e meus pais me chamam assim, e você não é.
Mordi o interior da bochecha, cortando a raiz de valeriana enquanto desejava que meu cérebro encontrasse uma resposta. Vendo que ele ainda estava olhando para mim com expectativa, levantei meus olhos para encontrar os deles e os estudei cuidadosamente. A única saída era a verdade.
— Eu parei de te chamar pelo seu sobrenome desde o acidente, — Eu disse calmamente. — Achei que depois do que fiz, era o mínimo que eu deveria fazer.
Ele não disse nada depois disso.
Olhei furtivamente para ele, satisfeita por ter conseguido deixá-lo sem palavras. Não olhei para ele por tempo suficiente para descobrir o que ele estava pensando. Olhei para a raiz e comecei a cortar novamente.
— E você não tem certeza de não é por que gostou de mim?
Minha boca caiu em choque enquanto chicoteava para dar-lhe um olhar de nojo. O olhar sério desapareceu de seu rosto e foi substituído por um sorriso arrogante enquanto ele recuperava a compostura.
Soltei uma risada incrédula, surpresa por ele ter conseguido pensar em um pensamento tão escandalizado depois que decidi falar sério com ele pela primeira vez.
A expressão em seu rosto fez meu interior contorcer-se de raiva. Não importa o quanto eu quisesse tirar o sorriso estúpido de seus lábios, eu tinha que manter a calma. Afinal, eu estava em uma sala de aula - a de Snape, aliás.
Ele estava esperando que eu respondesse, eu podia ver isso no fogo dançando em seus olhos. Ele queria começar algo comigo, mas eu não deixaria isso acontecer.
— E triste como você se considera tão bem, Draco, — Eu respondi friamente, conseguindo me controlar.
— É triste como você nega isso, Lovett. — Ele brincou.
Que coragem dele! A única vez que consigo ser completamente honesta e séria, ele transforma isso em uma suposição distorcida e faz isso sobre si mesmo.
Recusei-me a deixá-lo me fazer perder o foco. Eu praticamente podia sentir o humor em sua voz, como se me provocar fosse levá-lo ao ponto mais alto de sua vida.
Merlim, por que ele não deixaria simplesmente me deixar em paz como estou tentando fazer com ele?
— Não estou negando nada, — Murmurei, descontando minha raiva na pobre raiz que estava cortando.
— Sim, você é.
— Não estou.
— Também.
— Não estou... Ai!
Uma dor aguda e alucinante percorreu meus dedos, fazendo-me fechar os olhos e deixar cair a faca na mesa com um barulho alto.
— Merda! — Eu sibilei e inspecionei a forma como o corte corria por três dos meus dedos, cada um vazando sangue vermelho e espesso.
Quão descuido foi conseguir me machucar? Profundamente também.
Caramba, foi tudo culpa do Draco.
— Lovett, Malfoy! — Snape latiu. — Não me lembro de ter dado permissão a vocês dois para falarem tão insuportavelmente alto.
— Sinto muito, professor. Eu...
— Ela se cortou, senhor, — Draco interrompeu e eu franzi as sobrancelhas, esquecendo momentaneamente a dor enquanto olhava para ele questionávelmente.
— Acompanhe-a até a Ala Hospitalar, Sr. Malfoy. — Snape ordenou, sem sequer nos dar outra olhada.
Peguei minha bolsa do chão e saí correndo da sala de aula, sem me preocupar em esperar por Draco e ignorando os sussurros vindo em minha direção.
As pessoas são tão intrometidas hoje em dia.
Encontrei os olhos de pânico de Ernie e Ruby e assenti levemente. Eu ficarei bem, eu queria dizer a eles.
Draco infelizmente conseguiu me alcançar quando saí da sala de aula e revirei os olhos livremente. Eu queria xingá-lo por ter começado uma briga enquanto eu estava cortando algo com uma faca, mas o corte profundo doeu tão brutalmente que eu nem pude me preocupar.
Eu também queria me amaldiçoar por ser tão estúpida.
Fiquei tão agradecida por ter sido minha mão esquerda ao invés da direita, nem querendo imaginar como seria se eu não pudesse escrever por uma semana ou mais.
Tentei ignorar os passos barulhentos de Draco ao meu lado, apenas acelerando o passo para poder me libertar de sua companhia.
— Estou bem, Draco, — Eu disse rigidamente, colocando minha mão no peito para que o sangue não pintasse. — Você não precisa me acompanhar até lá, você sabe.
Ele encolheu os ombros. — Ordens de Snape, Lovett.
Fiquei quieta, colocando toda a minha energia para ter certeza de que minha respiração estava estável para que eu não estivesse perto de gritar alto.
— Aqui. — Draco de repente jogou um lenço branco para mim, parando nós dois no meio do corredor.
Eu olhei para ele.
— Você está pingando sangue no chão. Você precisa aplicar pressão no corte. — Explicou ele, sacudindo o pano branco na minha frente.
Estudei seu rosto com atenção, procurando algo em sua expressão que fosse pular e gritar, só brincadeira!
Hesitante, peguei-o dele, demorando para sentir a textura antes de colocá-lo firmemente contra os cortes. O que antes era de um branco imaculado agora estava coberto de um escarlate espesso.
Ele não disse nada e continuamos andando em silêncio, meu olhar vagando para ver se ele pediria para voltar atrás, me deixando incrivelmente confusa quando ele não o fez.
— Sério, — Tentei novamente e amaldiçoei minha voz quando ela falhou, — Estou bem. Posso caminhar até a Ala Hospitalar.
— Já estamos aqui, — Draco afirmou. — Não faz sentido eu andar todo o caminho de volta.
Ele empurrou as portas da Ala Hospitalar, gritando por madame Pomfrey enquanto eu me sentava em uma das camas vazia e continuava a pressionar meu ferimento.
Eu o observei pelo canto de olho, me perguntado porque ele ainda não estava indo embora.
Talvez seja por que você está com o lenço dele, Margo.
Certo, eu considerei isso. Mas imediatamente desliguei o pensamento quando eu percebi que ele não iria querer um lenço insaguentado de volta.
Eu bufei baixinho, percebendo o que tinha que fazer.
— Obrigada, — Eu disse alto o suficiente para chamar sua atenção, — por esta. — Eu levantei as mãos para da ênfase.
— Não me agradeça ainda, — Ele disse com um tom ligeiramente enojado. — Ainda há o seu sangue nele.
— Bem, isso não teria acontecido se você não estivesse sendo chato. — Respondi.
— Não é minha culpa que você seja tão desajeitada. — Ele disse simplesmente.
Revirei os olhos e lancei um olhar para ele, virando-me para ver que Madame Pomfrey chegou com um floreio, seus olhos oscilando entre Draco e eu antes de pousar a minha mão.
— O que aconteceu? — Ela perguntou-me, apressando-se para desembrulhar o lenço.
— Eu me cortei. — Murmurei.
Ela fez uma careta e balançou a cabeça, correndo para pegar seus suprimentos. Inclinando-se em uma das camas vazias, Draco riu.
— Você pode sair agora, você sabe, — Eu disse bruscamente.
— Acho que prefiro ficar.
Levantei uma sombrancelha, sentindo falta da maneira como ele pigarreou antes de olhar para mim com frieza.
— Eu não quero voltar para poções, — Ele terminou.
— Certo. — eu balancei a cabeça. — Mas eu disse que você pode sair da Ala Hospitalar, não necessariamente voltar para poções.
Eu o observei congelar, a compreensão surgindo antes dele limpar a garganta e se endireitar.
— Certo. — Ele disse sem jeito, — Eu vou deixar você fazer isso então.
Eu resistir a vontade de rir enquanto o observava sair correndo da Ala Hospitalar, com as costas retas como um alfinete, com o lenço na minha mão.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top