05. A MULHER DE ROSA.

٬  🪄  ࣪. S A L É M  ˵ ִ ۪۫ ˖ ֺ ☾︎
five 𓄵 the woman in pink.

O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? ─ Ruby engasgou assim que entrei no compartimento.

─ Oh. Draco, aconteceu, ─ Eu disse simplesmente, pegando minha varinha e murmurando um feitiço rápido para parar o inchaço.

Ruby soltou um gemido tão alto que foi difícil acreditar que ela não era meio baleia.

─ Por que você sempre o provoca, Margo?

─ Não é minha culpa! ─ Eu defendi. ─ Ele me bateu com a porta!

─ Mas você não precisava dizer nada ─, Ruby gemeu novamente.

─ Se você fosse atingido por uma porta, B, você não teria dito nada ─, eu zombei.

Ela fechou a boca.

─ Desde o nosso terceiro ano, vocês dois estão brigando ─, afirmou Ernie.

─ Ele começou. ─ Dei de ombros.

Na verdade ele fez. O que Draco Malfoy fez comigo no início do nosso terceiro ano foi algo que nunca esquecerei.

Flashback on

Foi durante a aula de Feitiços e o Professor Flitwick decidiu que era uma boa ideia colocar um Sonserino e um Lufano como parceiros para encorajar a unidade entre as casas, ou na minha opinião, a receita perfeita para o desastre.

Para minha infeliz sorte, fui emparelhado com o próprio chamado Príncipe da Sonserina.
Quero dizer, não me entenda mal. No começo eu não me importei nem um pouco com ele, desde que ele não começasse nada comigo. Eu conhecia sua reputação com as outras casas e seu ódio intenso por Harry e companhia.

Nós dois nunca trocamos uma palavra, eu não estava disposto a ser o primeiro a iniciar uma conversa agora.

Meu plano era fazer a tarefa sozinha, sabendo que ele nem se
incomodaria com a minha presença. Estávamos praticando o feitiço Aguamenti invocando água em uma bacia colocada em nossa mesa. Então, por alguma razão, tenho certeza de que ele lançou o feitiço de propósito em mim, molhando minha cabeça até os ombros.

A água estava fria e já comecei a senti-la escorrendo pela minha camisa e no meu peito. Meu corpo queria tirar minhas vestes, mas fiquei tão chocado que nem consegui pensar nisso. Tudo o que eu queria era azarar o garoto ao meu lado repetidas vezes.

─ Que porra é essa ─, eu sibilei, encarando-o com o olhar mais cruel que pude.

O idiota realmente teve a audácia de sorrir e encolher os ombros, relaxando em sua cadeira e aproveitando a forma como seus amigos estavam rindo e torcendo por ele

─ Calma agora ─, ele riu. ─ Eu não sabia que vocês texugos podiam xingar.

Flashback off

Estremeci com a lembrança. Após o incidente, parecia que a máscara invisível que me rodeava ficou subitamente visível para ele. Seus amigos começaram com os
típicos xingamentos e provocações nos corredores no início, ele também se juntou a eles, mas eu ignorei todos eles. De jeito nenhum eu iria deixá-los me irritar. Mas uma garota não aguentava muito.

Eventualmente, eu me cansei e comecei a revidar quando ele levou as coisas longe demais. Eu aguentava me insultar, mas quando se tratava de ele me fazer comentários sobre meus amigos e familiares, tive que tomar uma posição.

─ Devíamos ir ─, disse Ernie, tirando-me dos meus pensamentos. Ele olhou para o relógio, ─ antes que as carruagens fiquem lotadas.

Nem percebi que o trem já havia parado. A estação de Hogsmeade parecia pacífica a esta hora da noite. Saímos do trem e entramos na noite fria.

Já estava escuro, o céu estava azul marinho e os postes de iluminação ao redor funcionavam como única fonte de luz. Pisei na calçada, esticando as pernas e sorri para tudo ao meu redor.

Sempre gostei da pacata cidade de Hogsmeade. Eu podia sentir o cheiro do orvalho da grama e o cheiro persistente de pão fresco assando em uma das casinhas pitorescas. Grossos pinheiros cobriam a clareira onde tínhamos de esperar pelas carruagens. Eu teria parecido estranho e misterioso se não fosse pelas risadas alegres e pelas conversas ao meu redor.

Enrolei minhas vestes com segurança, saboreando a doce brisa que passava. O outono sempre foi minha estação favorita. Não estava muito frio nem muito quente; a quantidade certa de sol e vento, com tons de marrom, laranja e âmbar que davam um toque aconchegante.

─ Sabe, sempre me perguntei o que puxa as carruagens ─, Ruby ponderou em voz alta.

─ Testrálios ─, respondeu Ernie.

─ O que?

─ Testrálios ─, repeti, olhando para o lugar vazio onde aparentemente deveriam esta.

─ Ouvi dizer que eles são como um cavalo fantasma com asas. Eles só podem ser vistos por pessoas que testemunharam e aceitaram a morte.

Por um momento pensei em Harry, me perguntei se ele pode vê-los agora.

─ Merlin, ─ Ruby sussurrou. ─ E aqui eu pensei que estava tudo encantado para se mover por conta própria.

Atirei-lhe um sorriso divertido.
Ao contrário de Ernie e eu, Ruby era uma bruxa nascida trouxa, que só cresceu para aprender sobre magia quando completou onze anos. Ainda havia muitas coisas que ela não sabia, mas Ernie e eu estávamos lá para
contar tudo o que sabíamos.

─ Olha, ─ Ernie acenou com a cabeça para uma carruagem vazia que estava sendo puxada em nossa direção. ─ Vamos em frente antes que seja levado.

Olhei uma última vez para o espaço vazio na frente da carruagem, minhas próprias palavras ecoando em minha cabeça: elas só podem ser vistas por pessoas que testemunharam a morte.

Quanto tempo até eu ser uma deles também.

𖤐

Quando chegamos ao castelo, o Salão Principal estava intensamente iluminado pelas velas encantadas que flutuavam acima e pelas tochas de fogo que se alinhavam ao longo das paredes. Quatro mesas compridas ocupavam o corredor, cada uma contendo vermelho, verde, amarelo e azul.

Apesar de quantas vezes eu vi a festa de boas-vindas nos últimos quatro anos, ela ainda me arrepiou. Suspirei contente como se me sentisse revigorado, era quase como se eu estivesse absorvendo a energia
entusiasmada do salão.

Pegando a mão de Ernie e Ruby com entusiasmo, arrastei-os para os poucos espaços vazios à direita, no meio da mesa da Lufa-Lufa.

─ É tão bom estar de volta ─, falei, admirando tudo ao redor como se fosse a primeira vez novamente.

─ Quem é aquele? ─ Ernie disse.

Meus olhos vagaram para a frente da sala onde ficava a mesa dos professores. Parecia o mesmo de sempre, com os professores sentados pacientemente enquanto esperavam o início da Seleção. O que era diferente era que Hagrid não estava à vista e em uma extremidade da mesa estava
sentada uma mulher vestindo uma quantidade desconcertante de rosa. Ela ostentava cabelos castanhos curtos e encaracolados, com um rosto que lembrava assustadoramente um sapo.

─ Ela parece familiar ─, murmurei, apertando os olhos.

Ao meu lado, Ruby fez uma careta. ─ Não sei, mas tenho a sensação de que não vou gostar muito dela.

─ Onde está Hagrid? ─ Murmurei para mim mesmo. Procurei minha resposta na mesa da Grifinória, mas eles também pareciam tão confusos quanto eu.

O burburinho das conversas no Salão Principal só se acalmou quando as grandes portas de carvalho se abriram para revelar a Professora McGonagall liderando uma longa fila de alunos do primeiro ano, cada um
deles parecendo prestes a explodir de excitação ou vomitar na esquina mais próxima.

─ Lembro-me de quando éramos iguais a eles ─, disse.

─ Eu estava tão animado que quase fiz xixi em mim mesmo ─, Ruby sussurrou, segurando uma risada enquanto eu bufava alto,
captando alguns olhares estranhos de nossas colegas de casa que só fizeram eu e ela rirmos baixinho.

Apoiei o queixo na palma da mão, observando preguiçosamente enquanto os alunos do primeiro ano eram classificados. Contei alguns que foram classificados na Corvinal, alguns foram para a Sonserina, alguns para a Grifinória e para minha alegria, muitos na Lufa-Lufa.

Deixei minha cabeça correr solta novamente, pensando no que iríamos aprender este ano, por que a senhora rosa na mesa dos professores parecia familiar e um monte de outros pensamentos aleatórios. Então
deixei-o vagar por algo que quase esqueci que aconteceu; conversa dos meus pais.

Olhei para meus amigos e mordi o lábio. Não contei a ninguém o que ouvi, nem mesmo Ron e Os outros.

Eu sei, eu sei, eu deveria ter contado a eles assim que ouvi, mas na época parecia tão inacreditável. Pensando nisso agora, no entanto..

─ Tenho algo que preciso contar a vocês dois ─, eu disse humildemente, inclinando-me discretamente para mais perto para evitar que alguém intrometido escutasse.

Felizmente, todos pareciam estar
conversando também.

─ O que é? ─ Ernie perguntou, de repente parecendo interessado.

─ Ontem, ouvi meus pais conversando sobre algo.

─ Você ouviu ou ouviu? ─ Ruby disse.

Revirei os olhos levemente.

─ Qualquer um dos dois. De qualquer forma, no começo eu
não conseguia entender direito o que eles estavam dizendo. Mas depois de um tempo ouvi algumas frases ─, expliquei.

─ O que eles estavam falando? ─ Ruby se inclinou mais perto.

─ É isso ─, fiz uma pausa, ─ não sei. Mas... acho que alguém pode estar atrás de mim.

Deixei o peso das palavras se estabelecer entre nós. As palmas e as conversas pareciam insignificantes comparadas ao silêncio que engolfava nossa pequena bolha.

Ruby e Ernie me encararam com um olhar tão intenso que tive que olhar para baixo para desviar o olhar deles. Quanto mais eles não falavam, mais meu coração batia violentamente contra meu peito.

─ Margo ─, Ernie disse sério. ─ O que você quer dizer com alguém pode estar atrás de você?

─ Eu... eu não sei, Ern ─, respondi, mordendo o lábio, tentando lembrar as palavras. ─ Eles estavam falando sobre alguma... alguma maldição e acham que essa é a razão.

─ E você tem certeza que eles estavam falando sobre você? ─ Ruby disse ceticamente.

─ Sim, quero dizer, não. Não ouvi meu nome, mas eles disseram 'ela estará segura conosco ,quem mais pode ser? ─ Eu disse um pouco agitado e Ruby franziu os lábios. Amaldiçoei mentalmente e coloquei minha mão em cima da dela.

─ Sinto muito ─, eu disse me desculpando. ─ É só que... não sei por que estão escondendo
isso de mim. Sinto-me meio traído.

─ Ei, está tudo bem ─, Ruby disse
confortavelmente. ─ Eu também sentiria o mesmo, mas talvez eles estejam fazendo isso para o seu próprio bem. Além disso, ninguém pode tocar em você, ok? Não enquanto você estiver aqui; onde Dumbledore está. Você está seguro aqui.

Não ousei contar a eles que Você-Sabe-Quem estava procurando uma arma secreta, isso era muita informação valiosa. Ainda assim, respirei fundo e balancei a cabeça
lentamente. Porém, eu duvidei muito do que Ruby disse.

Nosso antigo professor de Defesa acabou tendo Você Sabe-Quem atrás de sua cabeça, a Câmara Secreta foi aberta e Olho-Tonto Moody acabou sendo Barty Crouch Jr.

Voltei minha atenção para a seleção, tentando me fazer esquecer o que meus pais disseram até que finalmente não havia mais alunos do primeiro ano esperando e o Professor Dumbledore se levantou de sua cadeira. Ele ainda parecia o mesmo de sempre todos Os anos, com vestes roxas reais que eram
suas favoritas, óculos de meia-lua sobre seus brilhantes olhos lacrimejantes e uma longa barba prateada que quase chegava ao chão.

─ Aos nossos recém-chegados ─, ele explodiu, esticando os braços com um sorriso, ─ bem-vindos bem-vindos! Aos nossos veteranos de volta! Há um momento para fazer discursos, mas não é este. Aproveitem!

Num piscar de olhos, a mesa de mogno, antes simples, estava agora coberta com pratos coloridos que iluminavam ainda mais o ambiente. Eu conseguia identificar pratos de todos os tipos e de todas as culturas e o cheiro era suficiente para me deixar em coma alimentar.

Ah, era disso que eu precisava.
Perdi a conta de quantos pãezinhos e costelas comi. No final da festa, minha barriga estava inchada e eu estava com
muito sono. O diretor levantou-se novamente, sinalizando que estava prestes a fazer outro discurso e o salão se acalmou enquanto esperávamos.

─ Bem, agora que estamos todos digerindo mais um banquete magnífico, peço alguns momentos de sua atenção para os habituais avisos de início de semestre ─, começou ele. ─ Os alunos do primeiro ano deveriam saber que a floresta no terreno está fora do alcance dos alunos - e alguns de nossos alunos mais velhos também já deveriam saber.

─ O Sr. Filch, o zelador, me perguntou - pelo que ele me disse ser a quatrocentésima e sessenta segunda vez, para lembrar a todos vocês que magia não é permitida nos corredores entre as aulas, nem uma série de
outras coisas, tudo isso pode ser verificado na extensa lista agora fixada na porta do escritório do Sr. Filch.

─ Sim, Margo ─, Ernie se inclinou sobre a mesa para sussurrar para ele.

─ Cale a boca ─, eu imediatamente corei, sabendo do que ele estava falando, ─ foi uma vez

─ Aquele que lhe rendeu uma detenção ─, Ruby riu.

─ Achei que tínhamos concordado em nunca mais falar sobre isso? ─ Eu sussurrei.

Ambos encolheram os ombros em resposta.

Eu gemi. ─ Ainda me sinto culpado! Você se lembra, eu tentei me desculpar.

Ruby balançou a cabeça, incrédula. ─ Eu me lembro, você o perseguiu por uma semana inteira sempre que o viu ─, disse ela.

─ E eu ainda não tive sorte ─, retruquei, ─ porque ele sempre interpretou isso como
um sinal para me ignorar e ir embora. Além disso, era a coisa certa a fazer.

Eu sei que provavelmente deveria explicar. o dia em que azarei Draco Malfoy foi o mais chocante possível, tanto para meus amigos quanto para mim.

Nunca em nossas brincadeiras eu levantei minha varinha para ameaçá-lo ou lançar um feitiço, mas naquele dia em particular isso aconteceu.

Foi o cara a cara de sempre, nada duro foi cuspido ainda. Então ele teve que fazer aquele comentário sobre os Weasley e eu senti uma raiva borbulhar dentro de mim. A próxima coisa que sei é que minha varinha estava fumegando no final e Draco foi jogado no chão. Eu nem sabia o que aconteceu, foi como se a raiva que senti me cegasse e tomasse conta.

Depois que a notícia se espalhou, ninguém jamais acreditaria que eu seria capaz de fazer tal coisa e concordei com eles.

Foi tão inesperado da minha parte que até Draco passou os dias seguintes sem me reconhecer. Eu me senti tão incrivelmente horrível comigo mesmo que fiquei inconsolável. A única coisa que pensei que poderia ajudar era pedir desculpas a ele, mas não funcionou.

Nunca na minha vida esperei pedir desculpas a ele porque, durante todo esse tempo, sempre foi para ser o contrário. Mas depois de qualquer feitiço que lancei e o levou à ala
hospitalar, a culpa me comeu viva. Embora eu o odiasse, eu não era um monstro sem coração.

Eu estava pronto para ser expulso, para ser punido pela escola ou até mesmo pelo Sr. Malfoy, mas isso não aconteceu. Nem uma vez o pai dele veio à escola pedir minha expulsão, eu não sabia se deveria estar
agradecida ou confusa.

Provavelmente foram ambos. Afastando meus pensamentos, concentrei minha atenção novamente no Professor Dumbledore.

─ Tivemos duas mudanças na equipe este ano. Estamos muito satisfeitos em receber de volta o Professor Grubbly-Plank, que dará a aula de Cuidando das Criaturas Mágicas. Também temos o prazer de apresentar a Professora Umbridge, nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. ─ continuou o diretor.

Juntei-me à rodada de aplausos sem entusiasmo que ecoaram pelo salão, sem perder a forma como a nova professora olhou para nós com um brilho doentio nos olhos. De repente, senti uma onda de pavor percorrer minhas veias.

─ As seletivas para os times de Quadribol acontecerão no...

─ Hem, hem.

Dumbledore congelou, os olhos se arregalando ligeiramente quando percebeu que alguém o havia interrompido no meio do
discurso. Procurei pelo culpado e fiquei horrorizado ao descobrir que era a Professora Umbridge, cujos lábios exibiam um sorriso doentio e doce.

Normalmente não era eu quem julgava uma pessoa sem antes conhecê-la direito, mas essa mulher corpulenta que lembrava muito um sapo foi o suficiente para me fazer pensar sobre meu código moral.

Como se a presença dela não bastasse, no momento em que ela deixou sua voz ser ouvida por toda a sala, uma onda de irritação afogou meu ser.

─ Obrigada, Diretor, ─ ela riu, ─ por essas amáveis palavras de boas-vindas. Bem, é maravilhoso estar de volta a Hogwarts, devo dizer! E ver rostinhos tão felizes olhando para mim!

Sim. Feliz.

─ Ela é funcionária do Ministério ─, murmurou Ernie. ─ O que ela está fazendo aqui, então?

─ Então é por isso que ela parecia tão familiar ─ , murmurei, ─ e acho que tenho uma ideia do porquê, Ern.

Se eu não gostava do Ministério da Magia antes, definitivamente gostava agora. Desde que eles negaram as alegações de Harry e o chamaram de mentiroso completo, eu não conseguia acreditar na quantidade de
estupidez que o Ministro da Magia provou mais uma vez.  Agora, enviar um funcionário do Ministério para observar os terrenos de Hogwarts como se eles não confiassem nem um pouco em Dumbledore, era um insulto.

Não acredito que meu pai tenha que trabalhar para o idiota de classe mundial Cornelius Fudge.

─ Aperfeiçoar o que precisa ser aperfeiçoado? ─ Ruby disse. ─ O que isso significa?

─ Isso significa que o Ministério está interferindo em Hogwarts. ─ Balancei a cabeça solenemente enquanto Ruby e Ernie trocavam olhares incrédulos, confirmando suas piores teorias.

─ Concordo ─, eu disse. ─ Vamos Ern. Temos alunos do primeiro ano para orientar.

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