O grande dia
Carmen estava frente ao espelho, nervosa. Encarava o vestido de noiva que Jimmy havia feito. Era realmente belo. O loiro ajeitava os últimos detalhes da barra do vestido, agachado, enquanto ela se mantinha estática.
— Ok, falta apenas uma hora para o grande momento — Larry adentra o quarto, sorridente. — Quem diria que a minha maninha estaria se casando... — diz emocionado.
— Eu estou tão nervosa — confessa com um risinho envergonhado.
— Ah, normal — Jimmy se levanta. — Mas de uma coisa é certa: esse vestido te deixou muito linda.
— A Carmen sempre foi linda — o maior se aproxima da irmã, tocando seus ombros. — Ele vai ficar de boca aberta quando te ver — sorri. Carmen retribui, corada.
~ ♡ ~
— Leon, tem como se apressar, por favor? — Pede impaciente. — Eles não vão esperar pela gente o dia todo.
— Tá bom, tá bom — responde na mesma impaciência, descendo as escadas ainda de roupão.
— O qu- Mas ainda de roupão?! — Encara o marido, indignado. — O que tava fazendo lá em cima esse tempo todo?!
— Estava me arrumando pra me aprontar, amor. É um processo — dá de ombros. Franz se joga no sofá, respirando fundo. Leon revira os olhos. — Quer relaxar, por favor? Eu já estou quase pronto.
— A menos que queira bancar um juiz de paz, é melhor usar um terno, né? — Ironiza, encarando-o de cima a baixo.
— Meu querido, eu vou colocar um terno, eu só não decidi qual deles usar — responde sarcástico e analisa os dois que trouxera em suas mãos.
— Nãããão! — Abre a boca com deboche. — O Leon indeciso sobre alguma coisa?! Quando foi que isso aconteceu?! — Leva as mãos ao rosto, fingindo surpresa. Leon lhe lança um sorriso amargo.
— Esse é o preço pra eu ficar lindo e maravilhoso, entendeu? — Joga o cabelo com um olhar arrogante.
— Olha, eu fico simplesmente com "bonito" se você se aprontar logo — responde, levantando-se do sofá.
— Tá bom, qual eu uso: o preto ou o vinho?
— O preto — responde rápido.
— Muito obrigado, vou usar o vinho — sorri.
— Por que você pede a minha opinião se vai usar o outro?!
— Porque eu queria que fosse uma opinião pensada, Franz, mas você falou a primeira coisa que passou pela sua cabeça de gente rabugenta — dá as costas para ele, observando o terno vinho.
— Isso porque toda vez que eu peço pra você usar esse, você usa aquele!
— Se eu sentir que sua opinião foi pensada, quem sabe, talvez, eu siga ela? — Olha para o marido por cima do ombro.
— Da próxima vez eu vou pensar bastante, então. Mas vai ter que usar o que eu disser — propõe.
— Feito! — Faz um breve aceno com a cabeça.
— Agora vai se arrumar, pelo amor de Deus! — Reclama.
— Tá, tá, tá bom! — Sobe as escadas enquanto as crianças descem correndo. Leon as repreende, pedindo para não correrem nas escadas.
— Papai, papai! — Chega Zoe ao pé de Franz. Gael aparece logo em seguida ao lado da irmã. — Deixa a gente comer pudim de chocolate?
— Não, Zoe, agora não. Quando voltarmos.
— O papai Leon vai demorar ainda, deixa, deixa! — Dá pequenos saltitos.
— Zoe, eu já disse não — responde firmemente.
— Papai, por favooor — apela para os olhos pidões. Gael a acompanha assim que a vê fazendo. Os seus enormes olhos verdes que tinha herdado de Leon brilhavam pelas lágrimas que começaram a brotar no canto dos olhos da menina. Ela conseguia ser tão manipuladora quanto o seu outro pai. Se Franz não conseguia resistir aos "olhinhos de boneca" nem de Leon, quem dirá de Zoe.
— Argh... — o moreno tomba a cabeça para trás, redendo-se. — Tudo bem... MAS, não poderão sujar a roupinha de vocês. Entendidos?
— Eu vou tentar não sujar esse vestido horrível — cruza os bracinhos. Franz os guia para a cozinha.
~ ♡ ~
— Eles já não deviam ter chegado? — Jimmy pergunta partindo para o lado do marido, Larry, que observava a decoração da cerimônia ao ar livre.
— Aqueles dois? Dever, eles deveriam. O problema é que eles não virão — dá de ombros. — Esqueceu que estamos falando do Leon e do Franz? — Arqueia uma sobrancelha para o loiro, que ri.
— Tem razão — revira os olhos sorrindo.
O noivo de Carmen aparece ao lado deles.
— A Carmen já tá pronta? — Pergunta nervoso.
— Tá, sim. Não se preocupe, Théo — Jimmy responde. O rapaz abre um sorriso apaixonado.
— Ah, cara! Eu não vejo a hora de vê-la! — Diz animado. Larry sorri.
— Parceiro, você não perde por esperar — dá um tapinha nas costas dele. — Ela está maravilhosa, acredite em mim.
— Ah, eu acredito — abraça o homem rapidamente. Antes que pudessem continuar a conversa, Amélia, mãe de Larry, chama-o de longe. — Eu tenho que ir, a sogra tá chamando — brinca e corre até ela.
~ ♡ ~
— Cuidado para não se sujarem, hein? — Avisa mais uma vez, entregando o potinho de pudim de chocolate para Zoe dividir com o irmão. — Eu vou ver se o pai Leon já está pronto.
— Tá bom! — Ela concorda ao ver o moreno subir as escadas.
Franz dá três batidinhas antes de entrar no quarto. Ao entrar, vê Leon frente ao espelho mexendo no cabelo.
— Olha, que coisa linda — elogia.
— Acha mesmo, Franz? — Vira o rosto para ele com um sorriso, corado.
— Claro, parece um anjo de repente transformado em um ser humano perfeito! — Leon sorri mais. — Tá pronto, né? Vambora — volta ao seu habitual jeito bruto.
— Eu tô quase pronto — fecha a cara. — Qual gravata eu uso, a branca ou a preta? — Ergue as duas na frente de Franz, que as analisa com cautela. Então põe a mão no queixo e se senta. Seu olhar reveza entre olhar para a branca e a preta. Ele suspira, não tirando o olhar das gravatas.
Leon começa a encará-lo confuso.
— A preta — responde depois de um certo tempo. Leon a encara.
— Tem certeza? — Olha para Franz de relance.
— Claro. Vai com a preta, combina.
Leon a analisa por mais um tempo.
— Certo — concorda —, agora eu vou ter que trocar os sapatos para que combinem com a gravata — Caminha até o guarda-roupa e o abre. Franz, estressado, pensou em fazer birra pela demora, mas decidiu apenas respirar.
— Tudo bem — diz em um tom sofrêgo —, põe o que quiser, só anda logo, vai! — Bate palmas. Leon rapidamente fica frente a ele.
— Ei, ei — chama —, nunca bata palmas para mim — diz de forma calma, mas em tom de aviso.
— Não bater palmas?
Leon mexe seu dedo negativamente.
— Acha que eu sou o quê, um poddle adestrado? Só falta você querer que eu dê a patinha e pule em um aro em chamas!
— Só se for na frente da janela do carro — ironiza. Leon quase revira os olhos, mas dá as costas para ele, caminhando até o banheiro do quarto.
— Eu não sou a Zoe ou o Gael, Franz. Eu disse que vou estar pronto e eu vou estar pronto!
— QUANDO?!
— QUANDO ESTIVER PRONTO! — Vira-se para ele, esperando que o questione mais uma vez. Franz se mantém em silêncio. Leon entra no banheiro com o nariz empinado.
Franz ouve o telefone tocar na sala. Suspira cansado e sai do quarto.
Chegando na sala, o moreno caminha até a estante perto do sofá e atende ao telefone.
— Alô? — Faz uma pausa. — Sim, aqui é Franz Vasselot, sim... Olha, pode dizer logo por que ligou? Que tal ligar em uma hora mais conveniente? Que tal quando eu estiver infartando? — Ironiza com um sorriso cínico. Enquanto esperava a pessoa respondê-lo, viu Zoe dando pudim a Gael. — Bom, fale com a pessoa que toma as decisões nessa casa.
Franz vai até a filha e lhe entrega o telefone. Ela o agarra e o moreno corre para as escadas em direção ao quarto.
— Alô? Você já ouviu falar da história das águias e das abelhas? — A garotinha pergunta para o desconhecido.
~
— Leon, faltam só 10 minutos — entra no quarto. — Me diga que você já está pronto, por favor!
— Eu tô, sim, Franz — responde ainda no banheiro. Ele põe a cabeça para fora da porta. — O cabelo tá bom? — Pergunta sorridente. Franz observa os cabelos ruivos com gel, mas ainda assim em um estilo bagunçado.
— Tá ótimo. Quando teve tempo de pintá-los?
— Ah, eu nem pintei. Eu consegui dar uma disfarçada aqui.
Franz então abre um sorriso lateral, percebendo que Leon ainda não saiu completamente do banheiro.
— Leon... mostra o pé aí pra mim.
— Ué, por quê? — Arqueia a sobrancelha, sorrindo. — Pra sua informação, eu tô de sapato.
— Mostra — ri. O ruivo sorri mais ainda, e com um risinho, estende o pé para fora da porta. — É, eu sabia. — Diz ao ver o tênis que ele usava.
— Não me julga, aqueles sapatos são desconfortáveis e você não me deixou usar os seus — ri e entra no banheiro novamente.
— Já tá pronto, né?
— Tô, mas eu não sei se tiro os piercings ou não. Eu tiro? — Pergunta enquanto se olha no espelho e põe metade do corpo para fora da porta novamente.
— Ah, por mim você iria. Eu gosto. Mas por quê, tá incomodando?
— É, acho que vou tirar, sim. Tá prendendo no meu cabelo.
— Beleza, então tira aí enquanto eu vejo se a Zoe cuidou do telefone lá embaixo — responde já saindo do quarto, ouvindo Leon concordar.
Descendo as escadas, vê a garota olhando confusa para o telefone.
— Ele desligou — diz.
— Bom trabalho, filhota — agarra o aparelho da mão dela e o põe de volta em seu apoiador na estante.
— Papai — ela se levanta do chão —, agora temos um novo problema...
Franz a encara por cima do ombro, vendo-a de costas.
— Qual novo problema, Zoe? — Pergunta apreensivo. Ela então se vira e o moreno, ao vê-la, arregala os olhos. — Zoe, eu falei pra você não sujar o seu vestido! — Corre até ela desesperado.
— E eu falei que ia tentar não sujar o vestido — dá de ombros. — Eu tentei.
— E como o Gael ainda tá limpo?! — Olha para o filho.
— Eu sou mais cuidadosa com ele, pai. Eu sou a mais velha, se liga — ela bate na testa.
Franz pensa em gritar de desespero, mas sabia que isso só iria assustar os meninos. Começa a caminhar de um lado para o outro com as mãos na cabeça, tentando pensar em uma solução.
Ele corre até a cozinha e pega papel-toalha. Voltando para a sala e agarrando levemente a gola do vestido de Zoe.
— Sai, sai, sai, sai, sai — repete enquanto esfrega o papel na mancha, parecendo piorá-la. — Arrrgh!!
— Tá piorando, pai, para!
— Eu sei, Zoe, eu sei! — Responde irritado. — Olha, faz o seguinte, eu não quero mais ver esse vestido. Sobe lá sem o Leon ver e põe a roupa que você quiser, só se livra dessa, pelo amor de Deus! Já estamos atrasados! — Suplica. A garota assente e corre para o andar de cima. Franz olha para o filho que agora está sentado no sofá balançando as perninhas. — Fica paradinho aí, entendeu, mocinho?
Gael ri.
— Pronto, Franz — Leon desce as escadas. — Já podemos ir.
— Ah, graças a Deus — suspira aliviado.
Leon chega para perto de Franz e observa a sala.
— Ué, cadê a outra? — Arqueia uma sobrancelha, procurando por Zoe.
— Ah, ela? Ela subiu, agora vamos logo entrando no carro, anda — diz, empurrando Leon para a porta de casa.
— Não, Franz, a gente tem que... — Iria protestar, até olhar para baixo. — Ah, merda! Como você não conseguiu ver isso, Franz? — O moreno, confuso, olha por cima do ombro do marido. — A gravata tá rasgada. Eu não vou assim — passa por Franz, caminhando para as escadas novamente.
— O que é isso, uma rebelião contra sair de casa?! — Reclama vendo o ruivo subir as escadas e debochando dele com um sorrisinho de canto. Gael ri dá reclamação de seu pai. — Fica quieto você também — Franz cruza os braços em revolta. O garotinho ri mais ainda.
Suspirando, o homem ouve pezinhos descerem as escadas.
— Pronto, papai! — Pula o último degrau. — Já tô pronta — ela dá uma voltinha com seu macacão de Ladybug, feito por Jimmy.
— Filha, é... — é interrompido por Leon descendo as escadas.
— Pronto, Franz — avisa alheio. Podemos ir e... — olha para baixo e percebe a filha — Zoe? — Arqueia uma sobrancelha, confuso — O que você tá fazendo vestida de Ladybug?
— Derramei pudim no vestido — abraça inocentemente a perna do pai.
— Amor, ela não pode ir pra um casamento vestida assim — olha para Franz.
— Ué, por que não? Eu achei criativo — responde apressado. Não estava com paciência nem tempo para mudar a roupa da filha. Bateu palmas para alertá-los. — Vamos, né? Todos para o carro! — Aponta para a porta da frente, já aberta. — Um, dois, um dois — continua batendo palmas.
Gael desce do sofá e corre para fora de casa, logo após, vai Zoe. Ambos riem atrás do outro.
— É sério que ela vai ser a daminha vestida de Ladybug? — Leon aproxima-se de Franz, querendo rir.
— Homenagiando o trabalho do Jimmy. Agora vamos — segura o ombro do marido, empurrando-o levemente. — Ou eu vou descontar da sua mesada.
— Ah, merda! — Corre até o carro, sem perder tempo.
Franz ri e fecha a porta de chave.
~
Jimmy começa a bater o pé sentado em uma das cadeiras da fileira esquerda, ao lado da passarela. Observava o horizonte do ar livre a sua frente, percebendo o Sol descendo aos poucos.
— Larry, cadê eles? — Pergunta já nervoso, vendo o marido se aproximar. — Já são 16:13, eles têm que estar aqui no máximo às 16:30!
— Se acalma, tá. Eles vão aparecer — tenta tranquilizá-lo, tocando seus ombros. — Quer que eu ligue pra eles?
— Por favor!
~
Já no carro. Todos colocam os cintos. Zoe e Gael riem de alguma brincadeirinha íntima no banco de trás.
— Certo, vamos repassar tudo: Coisa 1 e Coisa 2, estão de cintos? — Ambos gritam um "sim!" animado. Leon ri ao lado de Franz. — Tá de cinto também, né, Leon? — Encara o marido e percebe que estava, sim. — Beleza, diz aí o endereço.
— Ai! — Leva a mão à testa.
— Ah, não. Não me diga que esqueceu o papel do endereço!
— É, Franz, eu esqueci — responde na defensiva. — Com toda a sua pressa, eu esqueci o maldito endereço. Isso é um crime capital, por acaso?
— Não, não é um crime capital! — Responde com impaciência.
— Ótimo — abre a porta do carro. — Eu vou buscar o endereço.
Ele sai e Franz resmunga alguma coisa que Leon não conseguiu entender, mas preferiu não discutir de qualquer forma.
Correu até a porta de casa e a abriu. Passando pela sala, sobe rapidamente as escadas até o quarto. Ao entrar, seu olhar procura pelos arredores o convite com o endereço.
Encontra-o em cima da mesa de cabeceira. Achei você! Pensa, indo até ela e agarrando o convite. Antes de se virar para sair, algo que vê de relance o faz voltar. Ele percebe as chaves do carro em cima da cama. O bonito esqueceu as chaves também, hã? As agarra e corre para a sala, deixando a porta do quarto entreaberta.
Quando Leon aparece na porta e passa para fechá-la, Franz buzina para provocá-lo. Primeiro, olha para trás e dá língua para o marido e volta a se concentrar em fechar a porta de chave. Franz buzina mais uma vez, agora, estava acompanhada das risadas dos garotinhos.
— Vocês estão muito engraçadinhos! — Ri, guardando a chave no bolso. — Eu já tô indo!
Enquanto caminha até o carro, seu celular toca. Ao pegá-lo, percebe que era Larry. Atende o telefone e gesticula para Franz que estava falando ao telefone. Abre a porta do carro e entra.
— Fala Larry! — O ruivo diz. — Sim, já estamos chegando, não se preocupe. Só falta o Franz ligar o carro pra gente meter pé — brinca. De relance, vê o marido paralisar. Ele percebeu que havia esquecido as chaves. Leon abre um sorriso malicioso e desliga a ligação. — O que foi, Franz? Algum problema? — Pergunta cínico.
— Err... as chaves estão com você? — Pergunta com vergonha. Leon sorri mais.
— Pra sua sorte, sim. — Mostra para ele as chaves penduradas em seu dedo indicador. — Que isso não se repita. — Debocha, vendo Franz fechar a cara para ele e tomar as chaves.
— Agora sim, prontos — diz ligando o carro.
— Partiu casamentoo!! — Leon estende os braços, animado, sendo acompanhado por Zoe e Gael com a mesma animação.
~
— Já estão vindo — guarda o celular no bolso. — Ainda bem, porque a Carmen ainda precisa de uma daminha e um pajem.
— Como eles conseguiram convencer a Zoe a usar um vestido?
— Certeza de que foi com doces. Aquela garota ama doces! — Revira os olhos.
— Puxou a quem? — Arqueia uma sobrancelha com a pergunta retórica.
Ambos se distraem observando os convidados chegarem, pensando serem Leon e Franz.
— Espero que eles não demorem tanto... — Diz Larry, meio apreensivo. Amélia se aproxima.
— Estão todos prontos? — A mulher pergunta distraída, olhando para os lados. Larry a responde avisando que ainda faltavam seus amigos chegarem. — Ah, mas aqueles dois sempre têm que chegar atrasados, né? — Põe as mãos na cintura. Embora adorasse os dois ‐ principalmente Zoe e Gael ‐, não se agradava nada da falta de compromisso deles.
— Ainda são 16:27 — Jimmy olha o relógio de pulso —, eles têm que estar aqui às 16:30, então...
— Estão atrasados. — Responde seriamente. Jimmy se assusta um pouco com a postura da mulher. Ela não costumava tratar ninguém daquela forma, normalmente sendo simpática e brincalhona. O que justificava seu comportamento era o nervosismo pelo casamento da filha.
Ela se distrai e caminha para conferir se realmente estava tudo pronto, saindo de perto deles.
— Ela tá nervosa, não é nada pessoal — diz Larry.
— É, eu sei — responde ainda com uma expressão surpresa. — Espero que a Camen esteja com um humor um pouco melhor, pelo menos.
— Falando nela, eu vou ver como ela está lá dentro — avisa antes de começar a caminhar para dentro da casa. — ela entra em alguns minutos, então é bom ir checar — dá uma risadinha.
Entrando na enorme casa, caminha em direção ao quarto onde a irmã estava. Ao entrar, após bater na porta, percebeu a irmã em um estado de nervosismo absoluto. Caminhava de um lado para o outro cochichando coisas para si mesma, seu olhar era distante e apreensivo.
— Err... tá tudo bem? — Larry pergunta ao fechar a porta atrás de si, meio receoso.
— Maninho, acho que eu não consigo fazer isso — diz com nervosismo. Larry se surpreende.
— O quê? Por que não? — Aproxima-se da irmã.
— Será que eu tô fazendo uma escolha certa? — Ela junta as mãos frente ao peito, apreensiva. Seu olhar demonstrava sua busca por refúgio.
Larry sorri de forma acolhedora.
— Maninha, é lógico que você está fazendo a escolha certa — põe a mão em seu ombro. — Como não? Seu futuro marido não te trata menos do que você merece, você mesma diz isso — ela assente. — E se, por acaso, for uma escolha errada no futuro, pelo menos você fez o que julgou certo. E principalmente, o que te fez feliz.
Carmen sorri.
— Obrigada, amor — abraça Larry com força. — Daqui a 5 minutos, certo?
— Certo.
~ ♡ ~
— Eu já te elogiei hoje? — Leon pergunta ao olhar o marido de cima a baixo. Ele estava virando a rua para chegar finalmente ao casamento de Carmen. O ruivo morde o lábio inferior. — Você está muito bonito.
Franz sorri ladino.
— Você também não está nada mal — brinca.
— Nada mal? Sério?
— Hahaha, é brincadeira. Você também está muito bonito — observa para ele rapidamente. — Mesmo que não tenha usado nada do que eu sugeri.
Leon se estica e beija a bochecha do marido, ouvindo um "eca!" de Zoe e a risadinha de Gael.
— Ué, bonita, por que "eca"? — Vira-se para a filha.
— Porque é nojento!
— Ah, então beijos são nojentos pra você? — Arqueia uma sobrancelha.
— É!
Leon analisa a filha e guarda essa lembrança.
— Se está dizendo — dá de ombros.
Franz estaciona. Finalmente haviam chegado no local.
— Nossa, que bonito! — Zoe se encosta no vidro da janela.
No ângulo de visão deles, somente o topo das cadeiras e um pouco do altar era visto, já que eles ainda precisariam subir o pequeno morro para chegarem no lugar. O casamento era ao ar livre, na chácara da família de Larry.
— Quem chegar por último é a mulher do padre! — Leon abre a porta com rapidez, vendo seus filhos se desesperarem para sair do carro também.
Franz ri, mas pede para eles terem cuidado. Leon para de correr para esperar por ele enquanto observa seus filhos correndo para chegar.
— Gostou? — Vira-se para Franz após ele trancar o carro e caminhar em sua direção. — Estou estimulando as habilidades atléticas dos nossos filhos.
— Uhum — concorda de forma sarcástica. — Você é um pai horrível, isso sim — agarra sua mão para caminharem juntos.
— Essa doeu — finge chorar.
Eles observam as crianças chegarem lá em cima e se agarrarem na perna de Jimmy. Logo chegam de encontro aos três.
— Chegamos, finalmente — Franz suspira.
— Estávamos esperando por vocês mesmo. Amélia já estava entrando em desespero. Aliás, acho melhor vocês se desculparem com ela — alerta. — E por que a Zoe tá com a roupa da ladybug?
— Diz o Franz que é porque ela é criativa — cutuca o marido.
— Ok, já chega, depois eu explico a situação — sorri ladino, com as mãos erguidas dos lados da cabeça, em rendição. — Temos um casamento pra adiantar, não?
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Ariadney123 Bagunhao Yumie1312 nuko099 finalzin ruim pq assim como eles eu tava demorando DEMAIS pra sair com essa fic. MEU DEUS ela já tava mofando aqui nos rascunhos! Mas como sempre digo, apreciem essa grande merda <3
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