Capítulo Quatro

Quando acordei, poucas horas após o dia ter clareado, sentia como se definitivamente, tivesse rolado barranco abaixo. Com os músculos doendo, arrastei meu corpo desolado para baixo da água e deixei que ela fizesse seu trabalho para não deixar eu me sentindo tanto quanto um cadáver. Eu ao menos esperava que não fosse a única a experimentar essa sensação horrível e enquanto cozinhava embaixo da água fervilhante, levei meus pensamentos de volta à noite anterior, que eu lembrava nos mínimos detalhes, por sinal.

Muito miraian, um pouco de rejeição, e vômito o suficiente para... bem, detalhes desnecessários que não fariam falta alguma.

Depois de passar um bom tempo com Jason e indo da cama ao banheiro e vice versa, seu companheiro chegou e os dois se revezaram no trabalho de observar se eu não aspiraria meu próprio vomito quando finalmente conseguisse apagar um pouco. Logo que tiveram certeza de que eu não tinha mais tripas para vomitar, eles se permitiram dormir; Jason foi para seu quarto, porém seu companheiro ali permaneceu. E desde então, havia apagado, ao menos supus.

Não tomei muito mais tempo debaixo d'água, ainda estava um tanto cansada e sabia que precisava dormir pelo menos mais um pouquinho para tirar o resto da sensação estranha que se instaurara em meu corpo. Ao sair do banheiro, tentando fazer com que meu cabelo parasse de pingar, notei Bianca cuidadosamente passando pela porta do quarto entreaberta. Ela sorriu quando percebeu que eu indicava com a cabeça para que me acompanhasse de volta para o pequeno cômodo. Nós nem chegamos a conversar muito, porque ela tinha uma aula para ir e só passara ali para ver se eu estava bem (Jason avisara à ela sobre mim) e me entregar algo: a parte importante. Assim que se foi, eu pude sentar na beirada da cama, e agradecer mentalmente à Lucien por aquilo.

Ele me enviara uma mistura de ervas especial, algo que, em suas experiências com infusões e afins, descobrira, para a alegria de muitos. Aquilo definitivamente faria eu me sentir completamente bem, enfim.

Sorvi todo o conteúdo do vidrinho que Bianca antes me dera e deitei mais uma vez, ao menos depois de secar o cabelo. Não fora problema algum deixar o meu corpo se esparramar pela cama, relaxando com o som da respiração tão calminha de Freddie. Fechei os olhos, disposta a deixar o agrado de Lucien fazer seu efeito esperado enquanto eu apagava por algumas horas. E fez.

Horas mais tarde, a luz já começava a escapar abusiva pelas frestas e a claridade então, tornou-se o bastante para me despertar. Piscadas desconfortáveis antes de retornar à realidade e constatei que, apesar de Frederick ter ido embora, eu não estava sozinha. A figura de costas, pendurando algo na porta do banheiro acabou revelando ser Rosalinda, em roupas de cavalgada, e, antes que eu pudesse perguntar o que ela estava fazendo ali, algo caiu em cima de mim, pesado.

Na verdade, alguém.

― Achei que você ia dormir para sempre e eu teria que te acordar com um beijo ― Lucien riu e eu quis dar uma cotovelada em seu rosto alegre. Pena que meus braços estavam presos debaixo do grosso cobertor.

― Se você sequer tentasse, eu definitivamente arrancaria seus lábios com os dentes ― e coloquei no rosto a expressão mais adorável que conhecia. ― Agora sai de cima.

Mas meu pedido fora negado, ou melhor me expressando, ignorado. Afinal, ele apenas virou na direção da minha consorte e perguntou se aquele seria o primeiro dia de neve, ou se nós ainda estávamos com sorte. Eu já estava ficando sem ar e doida para cabeceá-lo com o tanto de força que pudesse; só que não precisaria: eu ainda tinha outros truques.

Usei minha habilidade com o fogo para criar um "leve" aquecimento no cobertor, o que acabou sendo um tanto útil para fazê-lo pular para bem longe. Com tal abertura, sentei, livre e irritada, coisa que definitivamente não esperava ficar tão cedo assim; aquele era o efeito que ele tinha sobre mim, no fim das contas, certo? Tentei bufar os sentimentos ruins para longe e esfreguei os olhos.

― Minha querida, Katherine... ― a voz melosa e canalha de Lucien ecoou. Olhei para seu rosto, um sorriso ali encontrava-se. Quis torrá-lo, ah, os sentimentos ruins ainda estavam ali. ― Vamos, levante desta cama. Seus carcereiros não estão aqui e nós vamos cavalgar!

Cerrei os olhos, desacreditada.

― O que você fez?

A única resposta que obtive porém, foi um dar de ombros irônico, antes dele sair do quarto.

Ainda que pudesse ser uma ideia estúpida, não me faria mal algum ficar livre daqueles dois por algum tempo, pelo menos. Por isso, permiti que Rosa me ajudasse a colocar o traje de montaria que trouxera ― era da cor do de Lucien, em tons de roxo e lilás, e eu o odiei por tentar fazer com que combinássemos ― e logo então o encontrei no corredor, para irmos todos juntos ― ele, Rosa, alguns de seus consortes e eu ― até a área dos estábulos.

Minhas botas faziam plec, plec a cada passo que eu dava sobre a lama recentemente molhada com a chuvinha que há pouco caíra. Não só as minhas, como as de todos que ali estavam. O som acabava por se misturar com o relincho dos equinos alados que se encontravam, guardados dentro do estábulo.

Abri a portinhola de madeira, adentrando no local ― a refrescante brisa do esterco batendo no meu rosto ― e deixando os animais um tanto inquietos com a minha presença. Eles praticamente não viam gente por ali ― quase ninguém na Academia gostava de cavalgar e os cuidadores só apareciam na hora de alimentá-los, o que era uma pena ― e eu até tinha pedido a Kalanova para me dar eles como tarefa, todavia, o idiota achou que eu seria mais útil em qualquer outra coisa que não fosse algo divertido para mim; ele me odiava mesmo.Parei então em frente a uma cocheira, onde calmamente repousava uma égua de cor branca e cinza. Lindas asas acinzentadas: era a minha Cantara.

Alafer a encontrou para mim dentro dos bosques quando eu mal completara sete, mas só pude montá-la sem a ajuda de um adulto aos doze. Geralmente, saíamos para cavalgar juntas. Isso durou uns dois ou três miakdrirai, até o estopim da Grande Guerra e, então... ela morreu.

E eu provavelmente nunca voltaria a cavalgar com ela.

Só que não era a hora de me deixar abater por pensamentos tão opressivos, por isso, entrei na cocheira de Cantara, não sem antes pegar uma suculenta cenoura que havia em uma tigela. Eram deixadas ali para que nós amansássemos os animais antes de montá-los. Dei o alimento a ela, acariciando seu dorso, e então, suas lindas asas.

Ela deve ter me reconhecido, pois relinchou e baixou a cabeça, esperando um pouco do cafuné que sempre fazia; o fiz.

― Eu sou grato ― a voz de Lucien estava calma e sem o ar de safadeza que sempre teve. O encarei, confusa. Estava parado a pouco mais de um metro, plácido como raramente o via. ― Por ser seu substituto de cavalgadas ― E ele maneou a cabeça. ― Você cavalgava com Alafer. Antes de... bem, você sabe.

Por fim, limpou a garganta, parecia estar um tanto envergonhado, o que era estranho, tratando-se dele.

Eu quis chorar quando as memórias dela me ensinando a escovar os cavalos, selá-los e alimentá-los me invadiram sem piedade alguma. A garganta incendiou e não daquela forma amável que fazia o fogo, no entanto, com doses insuportáveis de crueldade e eu tive que esconder o rosto para que ele não notasse minha reação.

Quem diria que um dia Lucien ocuparia, de algum modo estranho e não tão parecido, o lugar de minha mãe em uma atividade que até então, era só nossa...

Respirei fundo e me controlei, antes de voltar meu foco para sua direção e concordar, assentindo com a cabeça. Todavia, em seu rosto, agora jazia o mais profundo pesar, tal como se algo terrível lhe viesse a mente e eu supus que se tratava de uma memória infeliz. Só não seria eu a perguntar exatamente o quê.

― Você teve sorte. ― foram suas primeiras palavras, embora não últimas. Dois passos e estávamos próximos. ― Ele sempre me tratou mal, sabe? ― Lucien estendeu a mão para Cantara a fim de lhe bajular com uma cenoura que eu nem notara que estava em suas mãos; agradou a nós duas. ― Minha mãe de útero... nem sei qual das consortes é. Ele me tirou dela e a ela de mim, para no fim das contas, só fazermos as refeições juntos. Engraçado que o sangue conta muito, não acha? Eu sou tão cretino quanto ele.

Sorrimos ao mesmo tempo; isso o fez erguer a sobrancelha e expulsar a tristeza.

Não era exatamente verdade. Lá no fundo, Lucien era um cara um tanto legal, enquanto o pai... Bem, Darin de Sila não era exatamente o mais divertido dos sacerdotes. Ele e o filho poderiam se parecer fisicamente, mas definitivamente o rapaz que olhava para mim naquele momento não tinha nem um pouco a sua aura de maldade.

― Uau, arranquei um sorriso seu. Isso é bom, certo?

Dei uma gargalhada bem alta, inundando-me de respostas irônicas para lhe dar, e contudo, a única coisa que fiz, foi suspirar e morder o lábio inferior: ― Muito bom... É difícil ser o que nós somos, não acha?

Ele concordou com a cabeça e eu me lembrei do quão parecidos éramos, de um jeito ou de outro. Era fácil demais esquecer disso.

― Às vezes só seria mais legal ser...

― Outra pessoa? ― Lucien completou a minha frase.

E sorri. Não era exatamente o que eu tinha pensado, porém servia.

Nossa conversa parou por ali ― nos separamos para cuidar dos nossos animais e só quase meia hora depois, nos reencontramos na entrada do estábulo, prontos para irmos. Os consortes ainda estavam lá dentro, com exceção de duas, Rosa e Lia, que saltavam por obstáculos, perto do bosque.

Os sinais de que a primeira neve estava para cair não pareciam mais claros. O vento batia em meus cabelos, suave, ainda que afiado o suficiente para com o choque térmico me machucar a pele tão sensível; ao menos agora eu estava voltando a ser capaz de controlar meu calor. A cada dia que passava a temperatura diminuía mais e aquele era o melhor e o pior momento para voar contra o vento. E era tão bom...

― Que tal uma corrida, para aquecer? ― Lucien sugeriu e eu quis gargalhar de animação. Apenas me limitei a lhe oferecer um sorriso de lado.

Eu nem hesitei em montar Cantara. Ela bufou quando estalei a língua contra o céu da boca duas vezes e bati com gentileza meu calcanhar contra seu corpo. Aquilo definitivamente seria divertido.

Posicionei Cantara ao lado de Eros ― uma homenagem a um dos muitos deuses terrestres ―, o alazão de Lucien, com um sorriso de excitação nos meus lábios. Estávamos ambos faiscando com a ansiedade, arfando, somente à espera do sinal de uma das meninas para que pudéssemos iniciar aquilo. Não era nem necessário mencionar o quão agressivos e animados ficávamos quando fazíamos algo do gênero, certo?

O fogo, antes adormecido agora se agitava em minhas entranhas, dominando, explosivo em cada célula do meu corpo. Competitivo como só ele poderia ser.

Assim que Sally deu o alarme (um nem um pouco invasivo "agora", gritado em nossas mentes), fiz com que minha égua disparasse pelo grande campo aberto que havia antes da mata da Academia, deixando meu rival para trás sem muitos problemas.

Depois de poucos segundos de um trote ritmado e o vento sacudindo meus cabelos, Cantara abriu as belas asas cinzas e levantou voo, cortando o ar ambrosi como uma navalha. Pude sentir a brisa se tornando cada vez mais gelada à medida que ela aumentava a altitude vertiginosamente; aquilo sim era liberdade...

Eu esqueci por alguns segundos a minha vida: Alafer não estava morta... Em pouco tempo eu não seria uma sacerdotisa... E até isso não acontecer, eu não era uma prisioneira. Somente uma garota em uma égua alada, livre, livre, livre...

Então, o grito e as risadas de Lucien ecoaram com o vento, próximas demais, o que significava que era hora de voltar a correr de verdade.

Bati com minha bota na barriga dela, bem de leve, e fiz com que acelerasse.

A rajada que atingiu meu rosto veio com força o suficiente para trazer consigo a sensação de que eu estava sendo cortada. Um calafrio percorreu toda minha espinha.

Olhei para trás por um segundo e Lucien se aproximava; o nosso espaço diminuía e minha vontade de vencer se expandia sem fronteiras. À frente, o final do bosque se estendia e junto a ele, a linha imaginaria localizada onde acabava o território escolar. Disposta a não perder, cavalguei com velocidade absurda, cega, e acabei ultrapassando aquele limite.

Eu havia vencido! Era tudo o que importava.

Enquanto levantava umas das mãos para acenar para Lucien, com a outra, eu puxava as rédeas de Cantara, para que diminuísse sua velocidade.

Ela se manteve planando apenas, em círculos, enquanto eu a puxava para que déssemos a volta e adentrássemos novamente em território escolar. Ao prosseguirmos, alcancei Lucien, que já retornava e nós cavalgamos juntos, lado a lado, rindo como duas crianças arteiras.

Não demorou muito para que pousássemos naquela campina aberta e o sentimento de alegria expirasse.

O nosso retorno era aguardado. E não era apenas pelos consortes...

Assim que as patas de Cantara e Eros tocaram o chão, eu fui retirada à força de minha égua, por Jason e Freddie sem sequer poder contestar. Lucien desceu logo após. A seriedade que os tomava era assustadora, com resquícios de uma raiva que eu até então não vira neles; eu esperava que pelo menos aquilo fosse por culpa do meu companheiro.

― Os dois. Na minha sala. Agora ― Kalanova nem ao menos se deu ao trabalho de começar a gritar comigo ali mesmo, mas pelo tom vermelho de sua pele clara, ele estava furioso conosco.

Eu fui arrastada (embora não houvesse sequer a necessidade disso) em direção ao seu antro de maldades, enquanto Lucien caminhava ao lado de meus vigias ― como se ele não tivesse sua parte de culpa naquilo. Era a segunda vez que eu estava indo para aquele lugar em menos de dez dias e, ah..., isso não era nada, nada bom.

Depois de atravessar a Academia tal como uma prisioneira de guerra e ser praticamente jogada em uma das cadeiras na sala do diretor, Lucien e eu ficamos pelo menos uns dez minutos ouvindo a mistura de queixas e sermão dadas pelo querido Kalanova. Ele reclamou que eu não mudava, que meu companheiro estava se tornando cada vez mais inconsequente, que nós dois éramos um problema juntos, sem ao menos nos dar a oportunidade de uma explicação. Só quando tinha colocado tudo para fora, encarou a ele e então, a mim, à espera de algum tipo de resposta.

― Nós... sentimos muito...? ― Lucien ergueu lentamente os ombros, com uma expressão adorável no rosto. E eu obviamente precisei segurar uma risada.

― Por fugirem? Pelo que exatamente vocês sentem muito? Eu quero entender.

― Nós não estávamos fugindo ― respirei fundo. Não estava com vontade alguma de brigar com ele. ― Era uma corrida, juro. Nada mais do que isso.

― É verdade, não estávamos fugindo, só apostando corrida ― Lucien concordou; mas quem disse que alguém ia acreditar nele tanto quanto acreditava em mim?

A ideia de que ninguém acreditaria se concretizou no instante em que o nosso amado diretor deu uma gargalhada, altíssima.

― A senhorita Katherine me dá motivos de sobra pra eu não acreditar em você. Aliás, eu quero saber por que os Ahnkalov não estavam a vigiando ela ― e ele se virou para os dois que se mantinham ao seu lado, recostados próximos à janela entreaberta; Lucien e eu fizemos o mesmo.

Preciso dizer que a cara dos dois era impagável? Pareciam envergonhados e irritados e confusos; uma mistura louca de sentimentos. E coisa boa não era.

O futuro Sacerdote prendeu uma risada, mas o diretor conseguiu escutá-la.

― Só pode ser coisa sua... O que fez? ― perguntou em tom de raiva e eu concordei silenciosamente. Aquilo, definitivamente, tinha o dedo podre dele.

Lucien hesitou, antes de abrir a boca e começar a explicar.

― Bem, eu apenas ofereci seis consortes minhas para... é... "entretê-los" durante algumas horas ― ele franziu a testa, como se tivesse mais a falar. E então, prosseguiu. ― Elas estavam com o fogor espalhado por suas handark.

― Você colocou fogor? ― ri alto, não me importando com a cara que Kalanova faria para mim; não foi nada boa. ― Só pra gente cavalgar um pouco? Você realmente é maluco.

O fogor não era exatamente uma mistura fácil de se fazer ― requeria bastante destreza, alto conhecimento e uma capacidade impressionante de misturar ervas na dose exata. Tratava-se de um tipo de emplastro que quando posto sobre as handark, reagia criando uma atração devastadora sobre outras handark irmãs, ou seja, de espécie, ou cores, similares. E aparentemente, Lucien era uma das poucas pessoas que podia fazê-lo...

Se era complicado fazer para apenas uma pessoa, o que dirá para seis?

Praticamente impossível.

Com uma duração de pelo menos três horas de efeitos intensos, para quem lhe era enviado, esse fogor havia conseguido segurar Jason e Frederick por tempo suficiente. Por isso que não havia nem sinal deles em meu quarto naquela manhã, uma surpresa.

Pena que nem todo mundo estava se divertindo com aquilo, porque Kalanova bateu na mesa com o punho cerrado, agressivamente, e fazendo com que eu tomasse um susto e parasse de rir como uma bêbada. Olhamos todos para ele por alguns segundos, antes que se pronunciasse mais uma vez.

― O que vocês querem é me irritar, certo? Eu não vejo outra razão para tantas atitudes inconsequentes vindas dos dois! ― e estava começando a ficar vermelho, roxo, verde, todas as cores do arco íris. E suas handark negras e roxas, deslizavam, animosas pelo pescoço, como uma noite sem estrelas ou luar. ― Eu não acho que conversar adianta mais. Quem sabe uma punição adequada os ajude a repensar sobre o que vocês vêm fazendo. Eu vou decidir o que será melhor e...

Mas ele sequer teve tempo de completar a frase: batidas enérgicas na porta atrapalharam sua linha de raciocínio. E a minha também.

Algo estava errado e eu podia sentir isso na minha pele, no fogo que queimava pelo meu sangue e nas lágrimas que começavam a se formar nos meus olhos; não fora só a mim que veio aquela sensação. Lucien e eu nos levantamos ao mesmo tempo para atender aquele chamado e em frente a sala do diretor, chorando e com medo, estava uma garota. Ela devia ter uns treze ciclos de vida e só conseguira balbuciar uma palavra.

― Pietro...

E foi o que bastou para que eu e o sacerdote corrêssemos como nunca.

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