24. O veneno

Assim meu pai acabou indo para o serviço dele, ele diz ser o mesmo emprego de antes e isso é um tanto estranho, pois afinal a pouco tempo atrás estavamos na lama.

Mas não vou me preocupar com isso, porque tem outras coisas bem mais importantes.

Minha mãe ainda está a me olhar de canto. Na verdade essa deveria ser a minha atitude afinal foi ela quem me vendeu, e agora tenho de me tornar uma fada contra a minha própria vontade.

Viver prisioneira disso a troco de uma vida boa é uma tragédia, eu nunca pensei que um dia teria de me tornar uma fada, aliás eu nunca acreditei nisso, mas agora estou aqui nessa situação.

O ruim disso tudo não é me tornar uma fada, se fosse do bem tá tudo legal, mas não é do mal.

Enquanto estou pensando sobre tudo isso, coloquei minhas mãos na cabeça demonstrando estar irritada.

Minha mãe ao perceber a minha atitude perguntou -me.

_ Filha, você está bem?.

_ Claro mãe, por que eu não estaria em?.

Respirei fundo. De certo eu deveria parar ali mesmo de falar, mas não eu tinha que continuar.

_ Como não estaria bem, ah talvez por que você me vendeu e agora tenho de me tornar uma fada do mal, e sair por aí fazendo maldade para os outros, mas saiba que a primeira vítima vai ser a senhora e o meu pai, de fato nem devo mais chamar ele assim.

Revirei meus olhos e suspirei aflita.

_ Sabrina, não dá, qualquer um vai afirmar que você está ficando paranóica, acho melhor te internar mesmo em um hospital psiquiátrica.

_ O QUE?.

Gritei, e arregalei meus olhos. Vi que realmente dessa vez ela parece estar falando sério.

Virei-me indo em direção ao meu quarto, e sim eu fico lá grande parte do meu dia.

_ Volte aqui Sabrina, eu estou falando com você.

_ Estava. _Falei por fim e me afastei dela.

Abri a porta do quarto e entrei com tudo, acabei por bater a porta bem forte e me joguei na cama.

_ Isso quebra, pode quebrar a porta. _Ouço minha mãe falando de lá da cozinha.

Não dei ouvidos afinal eu preciso ficar sozinha, colocar minha cabeça no devido lugar e ver o que vou fazer com essa confusão toda.

Acabei dormindo a tarde toda, mais tarde as 18:00h.
Acordei com os gritos de meu pai.

_ Sabrina, sua inútil o que faz da vida além de dormir em?.

Ele parece estar bêbado, eu nem sabia que ele consumia tudo isso de bebida alcoólica, mas agora estou vendo.

_ Alguém me ajuda, eu estou passando muito mal. _Falou meu pai.

Sai do quarto e comecei a rir sem parar, passando mal do que, pensei de tanto beber só pode.

_ Tô nem aí para você e nem pra ninguém, vou sair e não sei que horas voltarei.

Virei-me, abri a porta, e simplesmente dei no pé.

Mas eu mal sabia o que estava a minha espera.

Ao chegar em um bar próximo da minha casa, me sentei e estava disposta a ficar por lá a noite inteira.

Foi quando chegou um moço bem bonito por sinal e elegante, parecia ser até de outro mundo.

Puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado, parecia até mesmo já conhecê-lo antes, mas isso era impossível visto que nunca havia encontrado ele.

Seu sorriso é brilhante como uma constelação de estrelas, e não estou exagerando.

_ Boa noite. _Ele falou me dando um olhar lindo.

Ele disse sorridente, olhei no relógio e vejo que a hora está mesmo passando rápido porque já são 19:00h.

_ Boa noite. _Respondi sorridente.

_ Aceita algo para beber?. _Ele me perguntou.

_ Ah desculpe eu não bebo bebidas alcoólicas.

Ele riu, me pergunto do que esse cara está rindo.

_ Beleza, um refrigerante então?.
Ele insite, e acabo aceitando.

_ Você paga?. _Eu perguntei.

Ele riu novamente.

_ Claro que sim para uma dama igual a você.

Peguei o copo de refrigerante, mas eu já estava apertada para ir ao banheiro.

_ Eu vou ao banheiro, você se importa se eu me retirar por um tempo?.

_Não, quando você chegar eu ainda estarei aqui. _Ele respondeu.

Virei-me e segui em direção ao banheiro que ficava próximo.

Mas eu nem imaginava que isso seria o bastante, para aquele rapaz que tenho a impressão de conhecer, acabar colocando algo na minha bebida.

_Voltou foi?.

Ele perguntou vendo o óbvio mas mesmo assim balancei a cabeça dizendo um sim.

Comecei a beber o refrigerante e apesar de estar com um gosto ruim, não suspeitei de nada na hora.

Quase que automaticamente, após poucos minutos acabei começando a ter um sono bom e muito profundo.

_ Nossa que sono. _Falei abrindo a boca.

_ Você prefere ir embora daqui?.

Sim para minha casa de preferência, pensei comigo mesma.

Foi muito rápido logo minhas vistas começaram a escurecer e cai em cima do moço, após eu não sei mais o que houve.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top