Garota Mimada

Emma e Isak iriam juntos para o Retrô Roller, foi o irmão que a chamara, a garota estava tão desanimada que não queria nem sair de casa, mas foi convencida a ir quando ele jurou que não a deixaria sozinha nem um só minuto.

- Você jura que não vai me deixar sozinha? – ela perguntou, enquanto o irmão sorria.

- Prometo. E se eu for te deixar sozinha, vai ser coisa rápida, não se preocupe. – disse ele.

- Isak! – a menina gritou e em seguida não conseguiu evitar uma risada.

- Qual é Emma... Que carência. Agora me conta a verdade. Por que está assim? Tão pra baixo? Não adianta mentir, você não me engana. – falou o menino, pegando na mão da irmã, sentando-se ao lado dela, na beirada da cama.

- Você me conhece tão bem...

- Natural, crescemos juntos, somos irmãos, impossível não te conhecer. – brincou e ela sorriu de lado.

- Tudo bem. O garoto que a Angeline está ficando no momento se chama Francis e ele... É o mesmo menino por quem eu me interessei no primeiro dia de aula, mas ela não sabia disso quando começou a ficar com ele. E quando nós duas descobrimos que ele era o mesmo de quem eu tanto falava, ela ficou mal, e eu não quis ser estraga prazeres e disse que não me importava se ela ficasse com ele, que eu o esqueceria, que só havia me interessado e nada mais.

Isak suspirou. – Mas você ainda pensa nesse menino e talvez até goste dele, não é mesmo? – o irmão deduziu.

- Sim. Não foi apenas um súbito interesse. Eu não consigo parar de pensar no Francis, e me magoa saber que ela está com ele.

- Você precisa contar isso para ela, é sua melhor amiga. – aconselhou o menino, que estava preocupado com o bem estar de sua amada irmã.

- Não. Não posso. Eu desisti dele por ela, exatamente porque ela é a minha melhor amiga, eu preciso honrar essa amizade. A amizade deve ficar sempre acima dos garotos, não acha?

- Sim, mas... Do que adianta colocar a amizade acima dos garotos, se no fundo do seu coração, você sente que ela quebrou essa regra? Admita... Mesmo ela não sabendo que era ele, você sente aí dentro que ela quebrou a regra.

A garota suspirou fundo, passando a mão pelo rosto. – Eu não devia ficar com raiva dela por isso, ele é só um garoto qualquer e ela, é a minha melhor amiga. Mas... É triste saber que ela sabia do meu interesse pelo Francis e ainda assim, ter preferido continuar com ele. Sabe, eu sei que fui eu que falei para ela que não me importava, que ela podia ficar com ele, mas... Como minha melhor amiga ela devia ter dito que a nossa amizade era mais importante e que iria acabar com ele, e o que ela fez foi continuar com a relação. Eu não devia sentir raiva por ela ter me escutado.

- É compreensível que você esteja se sentindo assim, mas se fosse ao contrário, se ela tivesse conhecido ele primeiro e você depois, como aconteceu. Você continuaria com ele mesmo depois de sua melhor amiga dizer que não se importava?

- Ei... Onde está querendo chegar com isso? – perguntou a garota sem entender.

- Só responda.

- É diferente. Porque a Angeline se apaixona com muita facilidade e por vários garotos em um único ano, tanto que ela não para quieta com um só. Então iria depender do que ela realmente sentisse por ele, caso estivéssemos em situações contrárias. Entende onde eu quero chegar? O Francis talvez seja apenas mais um caso sem importância da Angeline.

- E então você teria desistido dele por nada. – completou Isak, adivinhando os pensamentos da irmã.

- Exato. Eu já sinto isso.

- Mas pensa pelo lado bom, se ele for apenas mais um "da lista de ficantes dela", significa que quando terminar, você pode ficar com ele, ela não vai se importar.

- É claro que vai. Mesmo que tenha sido sem importância, nós, meninas, nos importamos com essas coisas. É muito errado ficar com um ex ficante ou ex-namorado da melhor-amiga, vai contra todas as regras. – disse Emma.

- Olha... Em minha opinião, você deve conversar com ela e confessar sobre como se sente em relação a isso, dizer também o que sente pelo Francis, porque se continuar escondendo isso tudo, guardando apenas para si, vai ficar pior e de alguma forma isso pode atrapalhar a amizade de vocês. As duas precisam se entender, conversar sobre isso e não apenas fingir que nada aconteceu. – disse o menino.

- É tão complicado... Não sei o que fazer. É muito difícil, acho melhor eu tentar esquecê-lo.

- Está evitando as coisas como sempre. Você sempre evita uma situação difícil, não vai poder escapar para sempre, Emma. Sabe disso, não é?

- Vou evitar até onde der. Mas obrigada pelo conselho, você é o melhor irmão do mundo e eu te amo tanto. – disse a menina, dessa vez pegando na mão do irmão.

- Eu também te amo muito, mesmo sendo essa dramática de carteirinha. – disse ele, rindo.

- O quê? Eu não sou tão dramática assim, para de ser bobo em! – ela discordou, sorrindo e Isak a abraçou forte.

- É a minha dramática favorita. – debochou.

- Só deixo me chamar assim, porque é meu irmão, se não fosse, você iria ver só. – disse a garota, e os dois riram enquanto compartilhavam aquele momento de união entre irmãos.

... ... ...

Assim que chegaram ao Retrô Roller, Isak se sentou em uma mesa, na área da lanchonete, onde vendiam de tudo, sucos, refrigerantes, hambúrgueres, vitaminas, Milk Shake, biscoitos, bolos e até sorvetes, salgados, doces, era o lugar favorito da maioria dos jovens de Porto dos Cristais, não só pela lanchonete, mas por causa do lugar todo, era como um ponto de encontro e tinha a área onde ficava a pista de patinação que eles também amavam, havia palco para que eles pudessem cantar e dançar, ás vezes até faziam concursos. Tinha muita música, o Retrô Roller era enorme e tinha praticamente de tudo, um lugar repleto de alegria, pois era um dos lugares onde os jovens costumavam ir para se divertir.

Emma se sentou ao lado do irmão, pediram um Milk Shake. – Seus amigos vão vir? – a garota quis saber.

- Sim. Seja gentil com eles. – pediu o garoto.

Emma riu. – Vou tentar. – disse ela. Emma não gostava muito das amizades do irmão, em sua opinião, eles eram "estranhos", não eram populares e ela sentia que a maioria deles também não gostava muito dela.

Isak revirou os olhos. – Eu vou ao banheiro e já volto, pode ficar sozinha nesse meio tempo? Prometo que não vou demorar. – falou o irmão, tocando no ombro dela.

- Não demora. – disse a jovem, ele riu e seguiu rumo ao banheiro masculino.

Emma permaneceu sozinha, até avistar Francis no local, a menina arregalou os olhos assustada, não podia acreditar no que estava acontecendo, sentia-se a garota mais azarada do universo. Não esperava encontrá-lo ali, o engraçado era que ele estava sozinho, de repente ele a viu e seus olhares se encontraram, a garota desviou o olhar, e fingiu que nada de mais estava acontecendo, mas seu coração estava acelerado, e ficou ainda mais ao perceber que ele caminhava em sua direção.

- Posso me sentar aqui? – perguntou.

- Claro. – respondeu ela.

Ele sentou-se na cadeira de frente a ela. – Está sozinha?

- Não. Estou com meu irmão, ele foi ao banheiro. – respondeu, estava sem jeito de conversar com o garoto por quem estava interessada e que por sinal era o atual ficante de sua melhor amiga.

- Ah sim. Quem diria que a melhor amiga da garota com quem estou, é a "distraída das balas"... – falou o rapaz, sorrindo.

Emma sentiu seu coração acelerar mais e se perguntou se ele também não estava escutando, pois para ela estava tão alto, que era ensurdecedor. Ela não lembrava mais qual foi a ultima fez que ficou assim por um garoto, Francis definitivamente fazia com que ela se sentisse uma "boba apaixonada". Ela não conseguia entender porque se sentia assim por alguém que nem conhecia direito.

- Pois é... Eu também não teria imaginado isso. – disse ela.

Ele riu do nada, fazendo a garota se perguntar o motivo da risada. – Desculpa, perdi algo? – ela perguntou, e ele riu mais um pouco.

- Acho que você nem percebeu que eu te chamei de "distraída das balas". – disse.

E então Emma entendeu e riu também. – Nossa... Eu realmente não percebi, eu sou muito distraída mesmo... E isso é em um modo geral. – disse ela, rindo ainda.

Francis percebeu o quanto o sorriso de Emma era bonito, deixava a mostra suas lindas covinhas, o som de sua risada também era encantador, era o que pensava enquanto analisava a garota sorrir naturalmente, também pensou que ela parecia um anjo, de tão linda que era, e por um momento, seus olhares se encontraram novamente, mas ficaram se encarando, perderam-se no olhar um do outro, foram tirados do "transe", quando Isak voltara.

- Olá. – disse ele, um pouco confuso ao ver Francis conversando com sua irmã.

- Oi. Você deve ser o irmão da Emma.

- Sim, sou eu mesmo. – respondeu Isak e os dois se cumprimentaram, apertando a mão um do outro.

- Estava aqui conversando, enquanto a Angeline não chega. – falou Francis, e Emma sentiu um desconforto ao saber disso.

Não só Emma, mas Isak também sentiu o mesmo, ele ainda era apaixonado pela loira e doía saber que ela estava com outro.

- Ah sim. Você está com a Angeline então... Gosta dela? – perguntou Isak. Francis arqueou a sobrancelha, não queria responder na frente de Emma, mas ele não tinha outra escolha.

- Sim, gosto. Ela é legal. – respondeu o menino.

- Não a magoe. – pediu Isak.

- Isak... – disse Emma, para que o irmão não continuasse com esse assunto, pois não estava apenas desconfortável para Francis, para ela também.

Francis sorriu. – Não se preocupe. Eu não sou um cara ruim. – disse o moreno.

- Angeline chegou. – avisou Isak, ao olhá-la caminhar até eles.

Emma ficou um pouco nervosa pela primeira vez ao escutar que sua melhor amiga havia chegado, e sentiu-se estranha por isso. – Oi pessoal! Eu não sabia que vocês dois estariam aqui essa noite. – disse a loira, entusiasmada ao ver sua melhor amiga no mesmo local que ela, isso porque nem haviam combinado de saírem juntas.

- Oi. Eu arrastei a Emma até aqui. – explicou Isak.

- Oi. – disse Emma, sorrindo.

- Não se importam de sairmos? Vamos andar de patins. – anunciou à loira.

- Claro que não! Podem ir. Fique a vontade. – disse Emma.

Angeline estranhou o comportamento de Emma, mas não disse nada a respeito. – Bom, até mais pessoal! Adorei conversar com vocês dois, tchau. – disse Francis, se despedindo dos irmãos Bilson.

E assim, os dois partiram em direção a pista de patinação. – Ainda bem que eles foram embora. – falou Emma.

- Tente ficar menos estranha na próxima vez que encontrá-los juntos, se continuar assim, uma hora algum dos dois vai perceber. – avisou o irmão.

- Não enche vai. Seus amigos estão demorando em...

- Eles estão um pouco atrasados mesmo.

- Pouco?

Isak riu. E em seguida seu celular tocou. – Espera aqui, vou atender e já estou voltando. – disse ele.

Emma se perguntou o motivo do irmão não ter atendido a ligação em sua frente, e ficou curiosa para saber quem era. Enquanto Isak conversava no telefone, o primeiro amigo do irmão chegara. Era um garoto alto, magro, usava óculos de grau, tinha o cabelo loiro, olhos castanhos claros e era até bonitinho. Mas era o amigo mais estranho que Isak tinha. Emma sempre o achou o mais estranho da turma.

- Oi. – disse Nico. Seu nome era Nícolas, mas todos os chamavam de Nico.

- Oi. – respondeu Emma.

- E Isak?

- Falando no celular, com alguém que eu não faço ideia. Mas você deve saber, não é?

Nico ajeitou os óculos e afirmou a postura. – Claro que não faço ideia. Não sou adivinho. – respondeu.

- Meu irmão só fala no celular longe quando é algo que ele não quer que descubram. Você é o melhor amigo dele, impossível não saber. – falou a garota.

Nico suspirou. – Mesmo se eu soubesse, eu não te contaria, se ele quisesse que você soubesse, acho que você já saberia. Não é mesmo?

Emma arregalou os olhos, não estava acreditando na ousadia daquele garoto, estava sendo irônico com ela, e sempre dava uma má resposta.

- Você não gosta nada de mim, não é mesmo? – ela perguntou, encarando-o.

- Você é uma garota mimada, que não sabe aceitar um "não", como resposta. Isso responde a sua pergunta?

A garota apertou os olhos com raiva, se antes já não gostava daquele menino, naquele momento então ela gostava menos ainda.

- Tudo bem Nico, eu também não gosto nada de você, nunca gostei. Você é esquisito e um nerd de carteirinha. Não tem uma vida social, talvez nunca tenha beijado uma garota na vida, o sentimento é mútuo, acredite. Não sei como meu irmão consegue ser seu amigo. – disse a garota, destilando seu veneno.

Nico havia ficado abalado com o que a menina dissera a seu respeito, mas tudo o que fez naquele momento foi dar a resposta que ela merecia ouvir.

- Você é uma pessoa horrível. Não sei como o meu amigo consegue ser o seu irmão. Tem certeza de que vocês dois são irmãos?

- Cala a boca. Você que é uma pessoa horrível, eu não te suporto. – disse ela, levantando-se. A garota estava com tanta raiva que foi embora do Retrô Roller sem se despedir do irmão.

Enquanto caminhava a pé de volta para casa, Emma se lembrou de tudo o que Nico falara. O que mais a prejudicou foi quando ele disse que ela era uma pessoa horrível e que não sabia como alguém como ela poderia ser irmã de Isak, e quando ele fez aquela pergunta, por mais que não tenha sido uma pergunta séria, a deixou abalada da mesma forma.

A garota se perguntou se mais alguém também pensava como ele, que ela não poderia ser irmã de Isak. Ela não compreendia porque estava tão incomodada com aquela pergunta, sendo que Isak era um tanto parecido com ela fisicamente, ele tinha o cabelo escuro como o dela, olhos escuros como o dela, pele branca como a dela, o formato do rosto dos dois era diferente, mas eles tinham alguns traços parecidos sim, até covinha ele também tinha. Ela não tinha certeza se havia ficado incomodada mais em saber que alguém poderia não considerá-los irmãos por causa da personalidade diferente ou por realmente não achá-los parecidos para serem irmãos biologicamente, ou se as duas coisas incomodava a ela.

Estava sentindo vontade de bater naquele garoto. Como ele podia ser tão atrevido? Ela tentou esquecer isso, afinal, Nico falara aquilo apenas para provocá-la. A jovem tentou retirar esses pensamentos da cabeça, pois só a estavam fazendo mal, até com vontade de chorar havia ficado, e era tudo culpa de Nico.

Enquanto caminhava, sentiu uma súbita vontade de ir à praia. Por coincidência, a praia ficava perto de onde estava passando, era noite, ela sabia que poderia ser perigoso ir sozinha a praia durante a noite, mas mesmo assim quis ir.

Era a única praia que havia na cidade, ao chegar lá, tirou a sandália e começou a andar descalça pela areia fininha, carregava suas sandálias nas mãos. Havia algumas pessoas na praia, mas estavam muito longe de onde ela estava. A menina dos cabelos encaracolados caminhou na beirada da praia, onde de vez em quando a água subia até seus pés. Seu celular começou a tocar, ela olhou a tela, era seu irmão, mas a garota não estava com vontade de atender e ter que explicar porque foi embora, por isso ela deixou que caísse na caixa postal, ela sabia que ele voltaria a ligar, então colocou no silencioso.

De repente, Emma avistou um garoto de longe, caminhando, vindo de encontro a ela. Não fazia ideia de quem poderia ser, pensou em ir embora, mas decidiu ficar, quando ele foi ficando mais próximo, ela o reconheceu e sentiu-se aliviada por saber que o rapaz não era um desconhecido.

Quando o garoto a reconheceu, primeiro ficou surpreso com a coincidência e depois sorriu, tinha ficado alegre por ser ela ali.

Os dois pararam frente a frente. – Nathan. – disse ela.

- Emma. – falou o garoto.

- Que coincidência. – os dois disseram ao mesmo tempo e instantaneamente, ambos riram.

- Não sente medo de caminhar sozinha durante a noite aqui na praia? – ele perguntou, impressionado em vê-la ali, completamente sozinha.

- Um pouco. Mas é que eu precisava afastar certos pensamentos da minha mente e fiquei com muita vontade de passar aqui, sabemos que a praia é o melhor lugar para se relaxar. – explicou.

- Entendo... Eu também precisava afastar alguns pensamentos e resolvi vir até aqui, amo caminhar na praia, ainda mais a noite onde fica vazio. – ele disse.

- Ainda incomodado com o fato de o seu irmão estar com a garota que você sente interesse?

Os dois se afastaram da beirada do mar. Nathan se sentou, e Emma fez o mesmo, sentando-se ao lado dele. – Pior que sim. Ainda estou incomodado, isso é uma merda. – ele respondeu.

- Estamos juntos nessa, amigo. – disse ela, colocando a mão por cima da mão dele.

Ele a olhou e se perguntou o que Francis tinha de tão interessante para que todas as garotas caíssem aos seus pés. – Eu esqueci que você gosta do meu irmão. – disse.

- Tudo bem... Ás vezes eu também me esqueço de que você gosta da Angeline. – ela brincou, fazendo-o rir.

- Foi boa. Mas então... Temos muito em comum, você gosta do meu irmão e eu da sua melhor amiga, no entanto ambos nem ligam para nós dois. – disse ele.

- Pesado...

- Temos que ser realistas. – falou ele, e Emma riu. Para sua surpresa, estava se divertindo com aquela conversa.

- Estranho...

- O quê? – o garoto perguntou.

Emma já havia reparado antes, mas só naquele momento que sentiu a necessidade de saber, curiosidade. Um dos principais motivos para ela ficar surpresa ao descobrir o parentesco de Nathan e Francis, foi porque Nathan era branco, tinha os olhos verdes e cabelo castanho claro, e Francis era totalmente o oposto. O outro irmão tinha a pele morena, olhos escuros e cabelos escuros cacheados.

Ela sorriu e o encarou. – Vocês dois são tão diferentes, pelo menos fisicamente são, entende? – ela falou, completamente sem jeito, fazendo o garoto rir do nervosismo em que ela se encontrara.

- Pode falar da maneira mais simples, Emma. Quer saber por que eu tenho a pele branca e ele mais escura?

- É... É isso. Desculpa.

- Não precisa pedir desculpas. Não é a primeira vez que me fazem essa pergunta, relaxa, não é nada de mais, deve chamar a atenção mesmo, pois normalmente a palavra "irmãos" está sempre ligada a duas pessoas parecidas fisicamente. E quando não são meio que há duvidas.

- Pois é... – disse a menina.

- Minha mãe tem o mesmo tom de pele do Francis, eu te contei que meu pai é dos EUA, não é? Pois então, ele tem a pele clara, cabelo claro e olho claro, não só ele, mas como praticamente quase todos da parte da família dele, meu irmão Francis herdou semelhanças de minha mãe e da parte da família dela, e eu... A do meu pai. Foi isso o que aconteceu, temos o mesmo sangue, mesmo que não pareça. – disse ele.

- Entendi. Sabe, vocês dois são bem bonitos, mesmo sendo diferentes. O que significa que tanto sua mãe, quanto o seu pai devem ser pessoas bem bonitas. – falou Emma, e Nathan sorriu timidamente.

- São sim. Então você me acha bonito? – perguntou ele.

Emma riu, estava envergonhada, sentiu seu rosto queimar. – Seria mentira se eu dissesse que não.

- Obrigado, você também é muito linda. – disse o rapaz, olhando com mais atenção para a garota, ambos sorriram e ela se levantou em seguida.

- Tenho que ir. Meu irmão deve estar preocupado, eu não avisei que estaria aqui, na verdade, eu saí sem avisar. – confessou.

- Eu te levo em casa, aceita?

- Claro! Vou adorar voltar conversando.

- Comigo. – ele se gabou.

Ela riu e o empurrou de leve. – Sim, com você. – respondeu. E assim, os dois seguiram juntos, ele a levava de volta para casa, mas foi naquela noite que um laço especial surgiu entre os dois, os unindo mais, dois jovens caminhavam conversando e rindo alegremente.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top