Encontro com o Destino

Havia se passado algumas semanas desde que Isak terminara tudo com Ana Júlia, desde então, a garota tem se esforçado o máximo para não ficar triste, mas durante a noite, quando estava em sua casa, ela não conseguia evitar, sentia saudades do garoto romanticamente, ela sabia que o garoto gostava de Angeline, mas pensou que ele poderia esquecer a loira ao namorar com ela.

Estava se sentindo tão tola por pensar que poderia fazer com que Isak esquecesse de Angeline.

- Afinal, quem sou eu perto da Angeline? Ela é linda, popular e segura de si, eu não chego aos pés dela... - se lamentou com a voz fanha.

A garota estava deitada em sua cama, era sábado a noite e estava assistindo uma série da netflix, mas estava sem ânimo algum para continuar vendo qualquer coisa na TV, pausou a série quando seu celular tocou, era Emma.

"Emma?"

" Ana Júlia... poderia sair comigo?"

" O quê? Agora? Para onde?"

" O Francis está dando uma social na casa dele, e você é minha amiga, gostaria que fosse comigo."

" Para quê? Para ficar de vela entre você e ele? Não, obrigada, prefiro ficar em casa."

" Ana Júlia... Não seja assim! Aposto que está na fossa por causa do eu irmão, não é? Vai ser bom para você se divertir, vai que conhece algum gatinho legal por lá... E eu prometo que não vou deixar você sozinha."

"Não prometa o que você não pode cumprir, Emma."

" Por favor, quero que você se divirta, você é linda, amiga! É um desperdício ficar trancada em casa em pleno sábado chorando por causa de um pé na bunda!"

" Nossa, você sabe mesmo como fazer alguém se sentir melhor em... Ok, Emma. Mas se eu não gostar, voltarei para casa."

" Ai que ótimo! Vista a sua melhor roupa, pois linda você já é!"

Ana Júlia sorriu e se depediu da garota, após, desligou o celular, estava desanimada, havia se arrependido por ter aceitado o convite, mas resolveu convidar suas outras duas amigas que andavam com ela antes de Emma se aproximar, já fazia um tempo que ela não conversava direito com as meninas e se sentia uma idiota por isso, afinal, antes de Emma se aproximar, Ana Júlia só conversava com elas, Karolina e Valentina.

As garotas aceitaram o convite, seria bom, pensou a garota, assim ela apresentava as duas para Emma.

Ana Júlia vestiu um vestido lilás rodado, batia um pouco acima do seu joelho, não era exageradamente curto e nem exageradamente grande, um tamanho ideal, pensara a menina. Ela adorava aquele vestido lilás, era de manguinha curta, sua mãe a presenteara um pouco antes do pai morrer e a mãe entrar em depressão.

Depois d efazer uma maquiagem básica e pegar sua bolsa, ela caminha até o quarto de sua mãe. - Mãe... Eu vou sair com uma amiga, não vou demorar. Olha, estou bonita? - a garota perguntou, ficando no centro da visão da mãe, a garota queria mostrar o vestido lilás, mas a mãe não esboçou nenhuma reação ao olhar a menina.

- Não demore. - foi tudo o que a mulher que estava deitada na cama, disse a filha.

A esperança que a garota tinha, desapareceu por completo ao escutar a resposta da mãe. - Não sei porque eu esperava mais de você... como sou tola - admitiu baixinho e então saiu do quarto rapidamente, batendo a porta com força.

Ana Júlia nunca havia levantado a voz para a mãe desde que a mulher entrou em depressão, ela sempre foi muito paciente com a mãe, com esperanças de que assim, ela pudesse melhorar mais rápido, mas já fazia algum tempo em que a mulher não apresentava melhora e Ana Júlia já estava farta de ter que viver e fazer tudo sozinha, ela estava a um ponto de enlouquecer, ela era adolescente, mas agia como adulta, ela estava sozinha, não tinha mãe, pai, e passava aperto ao cuidar da mãe doente, que recusava qualquer tipo de ajuda.

A garota saiu de casa decidida a se divertir, por mais difícil que fosse, ela queria se divertir. O carro da mãe de Emma estava esperando-a, a garota entra e cumprimenta a mãe da garota que estava no volante.

- Oh querida... é a primeira vez que eu vejo a Emma se enturmar com uma garota que não é a Angeline - a mãe da garota disse com entusiasmo. - E a Angeline, meu bem? Ela não vai a festa?

Ema olhou para Ana Júlia em pânico, a menina do cabelo encaracolado ainda não havia contado a mãe que havia brigado com Angeline.

- Ela vai mais tarde - mentiu Ana Júlia.

- Ah sim, agora que o Isak está namorando ela, ficará tudo em família, isso não é ótimo Emma? - a mãe continuou dizendo.

Ana Júlia tentou não se incomodar o comentário, não tinha com a mãe da garota saber sobre toda a situação confusa entre eles.

- Sim, é ótimo...

Assim que chegaram, a mãe de Emma se despediu das meninas e pediu para que ambas se cuidassem e que ligassem para que ela pudesse buscá-las. Ana Júlia invejou Emma por ter uma mãe que se importava, que era presente, fazia tanto tempo que ela não sentia essa sensação.

Quando as meninas chegaram na casa de Francis, ficaram surpresas ao ver tantos adolescentes. - Parece que a escola toda está aqui... - disse Ana Júlia, em choque.

- Será que eu encontro o Francis nessa bagunça? - perguntou Emma, olhando ao redor.

- Se quiser ir procurá-lo, pode ir, eu ficarei por aqui, te esperando. Só não demore muito, Karolina e Valentina já devem estar chegando, quero lhe apresentar a elas.

Emma arqueou a sobrancelha. - Pensei que você não conversasse mais com elas...

- É, nos afastamos um pouco, mas acho que podemos retomar a amizade.

- Tudo bem, como quiser. Já volto! - a garota disse, e beijou o rosto de Ana Júlia antes de deixá-la sozinha.

A garota ficou procurando por um tempo suas amigas, quando enfim encontrou-as conversando em um canto. - Meninas! Pensei que não estivessem aqui, que bom que vieram, como estão? - Ana Júlia perguntou, enqaunto abraçava as duas garotas.

- Ana Júlia... Como está linda, amiga. - disse Karolina, sorrindo.

- Obrigada, vocês duas também estão lindas!

- Veio com a Emma? - perguntou Valentina.

- Sim! Ela me convenceu a vir aqui... Quero apresentar vocês duas a ela.

- Oh... Quem diria que a Ana Júlia um dia se tornaria amiga da Emma... - falou Valentina, com um sorriso de lado.

- Ela é uma boa garota, vocês duas vão amá-la! - Ana Júlia falou com muita expectativa.

- Claro, uma garota que rouba o namorado da melhor amiga, deve ser realmente uma ótima garota - ironizou Karolina, com um olhar e sorriso maldoso.

- Cuidado, ela pode te trair também. - completou Valentina, entrando no jogo de Karolina.

- Se bem que... vocês duas se merecem, não é? Você também nos deixou para se tornar amiga dela, não foi? - Karolina disse, olhando fundo para Ana Júlia, a menina havia ficado tão chocada com as palavras das garotas que ela considerava amigas que não conseguiu nem defender Emma.

- Não é nada disso, desculpa se magoei vocês duas, mas sempre que eu tentava chegar perto, vocês duas fugiam e ...

- E você nem ligou não é? Claro, já tinha uma nova "amiguinha", não é?

- Não é isso, aconteceram muitas coisas e eu acabei deixando... eu sinto muito, realmente eu não devia ter deixado para lá, devia ter insistido na nossa amizade, mas a Emma não é esse monstro que vocês duas estão pintando. Se puderem deixar as mágoas no passado e... - a garota dizia, até ser cortada por Karolina.

- Não seja sonsa, garota! Mas sabe que foi até bom? Achou mesmo que nós duas gostavamos de você? Só andavamos com você por pena! E claro, para rir da sua vidinha deplorável... Nunca te consideramos uma amiga de verdade! Nunca percebeu isso? Era tudo falso, você era o nosso brinquedinho, mas agora que o nosso brinquedinho resolveu nos trair, não queremos mais você.

- Karolina... o quê? - Ana Júlia estava com os olhos marejados e não conseguia falar direito, ela nunca imaginou que as duas garotas fossem tão más, não fazia ideia que elas não gostavam dela, se sentiu usada e queria gritar de raiva, mas não conseguia naquele momento.

As duas garotas começaram a rir na cara de Ana Júlia. - Tadinha, ela achou mesmo que fosse nossa amiga... você é uma perdedora, Ana Júlia, e andar com a Emma não vai te tronar popular, você jamais será alguém, cuidado, a Emma pode estar só te usando também, agora que ela não tem mais a Angeline. Não se cansa de ser o brinquedinho das pessoas? Nojenta. Ah, e esse vestido em você, está péssimo, mas posso melhorar um pouco - Valentina disse e antes que Ana Júlia pudesse dizer algo, a garota pegou um copo e espirrou o drink de cor avermelhada no vestido de Ana Júlia, as duas meninas riram ao ver a cara da garota ao olhar para seu vestido molhado e manchado.

- Agora está linda, meu bem! - disse Karolina, sorrindo de forma maldosa.

Lágrimas escorrem pelo rosto da jovem, que estava se sentindo humilhada, a forma como as dua sgarotas a trataram, como sujaram o vestido favorito dela, o vestido que sua mãe havia comprado com tanto amor, a garota começou a chorar, foi neste momento que um garoto loiro, com o cabelo ultrapassando um pouco a nuca, com o olho da cor azul, só um pouco mais alto que Ana Júlia, chegou e pegou na mão da garota, conferindo-a. - Você está bem? - o garoto fala de forma preocupada, olhando para a menina.

Ana Júlia não sabia quem era aquele garoto e nem o motivo dele estar tão prreocupado com ela.

- Vocês duas são más, garotas horríveis, estão com inveja da beleza e da bondade da Ana Júlia, vocês duas são nojentas. Vem, Ana Júlia - o garoto termina de falar e puxa a menina para longe dasquelas duas.

Ele a leva para uam parte da casa onde não tinha tantos adolescentes loucos. - Eu devia ter interferido antes... não pensei que elas fossem chegar a este nível, escutei um pouco da conversa, sinto muito. Seu vestido é lindo, assim como você, não ligue para aquelas duas, e acho que essa mancha pode sair...

- Obrigada... mas eu te conheço? - a garota perguntou, estava confusa com aquele garoto.

O loiro sorriu e colocou a mão no rosto da menina, limpando algumas lágrimas. - Não se lembra de mim? Gustavo, seu amigo de infância que se mudou para outra cidade...

A garota estava com os olhos esbugalhados. - Gus? Minha nossa, quanto tempo! Como me conheceu?

Ele sorriu. - Como eu não te reconheceria? Está a mesma, só que mais linda e maior...

Ana Júlia ruborizou, o garoto que estava em sua frente era seu amigo de infância, os dois viviam juntos, brincavam e estavam sempre uma da na casa do outro, mas quando tinham oito anos de idade, os pais dele se mudaram para outra cidade e ela nunca mais o viu, perderam contato, fazia tanto tempo que ela nem havia o recohecido.

- Você está diferente... Desculpa não ter te reconhecido.

- Estou mais bonito ou mais feio? - o garoto brincou, sorrindo alegremente.

Ana Júlia esboçou um pequeno sorriso. - Não seja bobo, você nunca foi feio. Mas, o que faz aqui? Voltou para a cidade? Como veio parar na festa do Francis?

- Meus pais voltaram para a cidade recentemente, devido a um novo emprego, e estou estudando na sua escola, entrei na quinta passada, mas acabei pegando uma sala diferente da sua, mesmo sendo da mesma idade... eu te vi no colégio, mas fiquei com receio de me aproximar e você não me conhecer, alguns alunos me convidaram para a festa e eu resolvi vir, mas quando vi aquelas duas te maltratando, eu não aguentei, tive que me aproximar de você - o garoto explicou, ele olhava para Ana Júlia com muito carinho e intensidade, a garota estava surpresa com isso, com o fato de seu amigo de infância ainda se lembrar dela e estar ali em sua frente, muito mais bonito do que ela costumava se lembrar.

- Que legal! Obrigada por ter me ajudado, eu sou uma fraca, eu devia ter me defendido delas, mas estava muito chocada com tudo...

- Não, você não é uma tola. Você é uam garota boa, diferente delas, não ligue para aquelas idiotas. Quer que eu te leve em casa?

- Eu vim com a Emma, mas não quero incomodá-la, ela deve estar com o namorado. Tem certeza que não vai ser um incômado me levar?

O loiro sorriu e tocou no topo da cabeça de garota. - Claro que não, essa festa estava chata mesmo, te encontrar foi a melhor parte dela.

Ana Júlia sentiu o rosto queimar. - Ah... não seja exagerado. Irei mandar uma mensagem para Emma avisando que estou indo embora com um amigo.

O garoto assentiu e esperou a menina mandar a mensagem, em seguida, os dois seguiram juntos para fora daquela festa. Uma antiga amizade estava prestes a mudar todo o rumo da vida de Ana Júlia, um amigo de infância que ela jamais pensou que fosse voltar a ver, ressurgiu como uma passe de mágica, a garota se lembrava de alguns momentos que viveram juntos na infância e lembrar destes momentos ao vê-lo no presente em sua frente, estava deixando-a um pouco envergonhada, houve um dia, quandos eles tinham seis anos, que o garoto havia confessado que gostava dela, a menina que era muito novinha, riu ao escutar ele dizendo isso.

" Eu gosto muito de você, Ana Júlia, mais que um amigo".

" Não seja bobo, somos crianças!" - a menina respondeu na época, rindo do menino.

" Mas eu gosto mesmo assim, quer ser a minha namorada quando formos grandes?" - o menino falou, embolando as palavras ao pronunciar a frase.

" Vai demorar muito, ainda somos crianças".

" Mas você quer? Ser a minha namorada no futuro?" - ele insistiu.

" Tá bom, seu chato, eu aceito ser a sua namorada, mas vai demorar muito ainda!"

" Oba, oba! Não se esqueça da nossa promessa em!"

Após se lembrar desse dia, ela riu sozinha, pegando Gustavo de surpresa, ele olhou para ela com curiosidade. - O que foi?

- Nada, só me lembrei doa dia que... Ah nada.

- Ah, qual é, fala...

- Não.

- Já sei, se lembrou de quando eu te pedi em namoro? - o garoto chutou, com um sorriso divertido no rosto, ele a olhava com intensidade, a garota ficou ruborizada ao encarar aqueles lindos olhos azuis.

- Que coisa infantil, crianças... - ela despejou, evitando olhá-lo.

- Eu não acho infantil. Eu estava falando sério naquela época, você ainda vai cumprir a promessa?

- Não seja bobo, Gus.

- Não é bobeira! - ele disse, e pegou na mão dela, ambos pararam, um de frente ao outro.

- Eramos crianças, pare de brincar.

- Não estou brincando, Ana Júlia. Eu gostava de você naquela época e gosto de você agora, quero te conhecer melhor, essa nova versão da garota por quem eu me apaixonei quando criança. Você está linda, e ainda mexe com o meu coração, sente só... - ele disse, pegando a mão dela e levando ao seu peito, na direção onde seu coração batia, a garota sentiu que seus batimentos estavam rápidos e ficou sem reação com a súbita declaração do garoto.

- Está mesmo falando sério? - ela estava chocada.

- Você prometeu ser a minah namorada - ele falou, sorriu, e puxou-a para mais perto de si, em seguida, ele aproximou o rosto com a intenção de beijá-la. Ana Júlia pensou em afastá-lo, mas estava cansada de agir com a razão, ela escolheu seguir seu desejo, não podia negar, estava tentada a beijá-lo, ele era lindo e havia a tratado bem, resolveu seguir seus instintos e permitiu ser beijada por Gustavo.

Ele a apertou contra seu corpo e a beijou com muita paixão, a garota segurou no cabelo do rapaz enquanto o beijava, e ele sentiu seu corpo se arrepiar ao sentir o toque da garota, após um longo beijo, eles afastaram os lábios, mas com as cabeças ainda próximas, um sentindo a respiração ofegante do outro.

- Eu tenho a namorada mais linda do mundo...

- Namorada? Não acha que é muito cedo para isso?

- Você acha que é cedo? Nos conhecemos desde a infância e... já estamos prometidos um ao outro - ele brincou, com um sorriso malicioso se formando no lindo rosto angelical que ele tinha.

- Quer saber... por que não? Me beija, namorado - disse a menina, sorrindo marota, estava sentindo um misto de adrenalina com alegria e desejo.

- É pra já, namorada.

Os dois se beijaram novamente e tanto Ana Júlia quanto Gustavo sentiram que o mundo era só deles.

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