Ela é Demais

Nathan estava em sua casa, quando recebeu uma mensagem de Emma, era o período da tarde, a mensagem dizia para ele ir até sua casa, ele ficou sem entender porque a namorada do seu irmão estava querendo vê-lo repentinamente, ele era amigo da garota, mas estranhou que ela estivesse procurando ele ao invés do namorado, seu irmão Francis.

Ele resolveu dizer ao irmão que iria ver Emma em sua casa, agora que haviam feito as pazes, ele não querer se desentender mais com o irmão.

- Nós dois discutimos ontem a noite, talvez seja por isso que ela queira te ver, deve estar querendo conversar - Francis disse em um tom tristonho.

Nathan suspira, ele notou que seu irmão estava triste por causa disso, estava disposto a ajudá-lo no que fosse preciso. - Se quiser contar o motivo de terem brigado, eu estou aqui.

Francis sorriu e puxou o irmão para que sentasse de frente a ele. - Parece que desde que resolvemos namorar, ela não está nessa relação 100%, se é que me entende... Isso tem me deixado chateado e aí brigamos.

- Como assim? Seja mais específico - Nathan pediu. Francis suspirou.

- Eu pensei que as coisas seriam diferentes agora que começamos a namorar, pensei que seríamos felizes juntos depois que Angeline descobriu que nos amamos, só que desde que ela descobriu, tudo piorou... Nada ficou melhor. Emma não está 100% feliz, porque está brigada com a amiga, todo esse drama das duas está me colocando para escanteio, é como se Emma não se orgulhasse de estar comigo, ás vezes, eu sinto que ela sente que estar comigo é algo errado, algo que ela não deveria estar fazendo, sabe? E eu falei sobre isso com ela, e ela disse que eu estava vendo coisas que não existem e aí discutimos e desde então, não nos falamos mais - O garoto confessou, Nathan não imaginava que o irmão estava tendo esse problema na relação, pensava que ambos estavam curtinndo juntos.

- Complicado... Acho que você precisa ser mais paciente com a Emma neste momento, ela era amiga da Angeline há tantos anos, essa separação entre as duas deve estar sendo terrível para ambas. Talvez com o tempo, as coisas melhorem, isso não significa que ela não te ama.

- Acontece que isso me machuca, estar com ela e senti-la tão distante de mim... A maior parte do tempo em que ficamos juntos, ela está nervosa, triste e distante. Esses dias eu tenho notado que até daquele garoto, o tal do Nico, ela se aproximou dele, ela parece gostar de conversar mais com ele do que comigo. Estou tentando me controlar, não disse nada sobre ele a ela, mas eu estou inseguro. E se ela estiver gostando dele? Quando foi que os dois se aproximaram tanto? É como se eu estivesse perdendo-a aos poucos e eu não consigo fazer nada para mudar isso - Francis confessa com pesar, seus olhos refletim insegurança, Nathan nunca vira o irmão se sentir assim antes em relação a garotas.

- Calma, Nico e ela são só amigos, assim como eu também sou só o amigo da Emma. Não pense besteiras, isso pode prejudicar ainda mais a sua relação com ela. Seja paciente, e tente mostrar que se preocupa com ela, tenho certeza que isso vai amenizar e melhorar as coisas, mande uma mensagem a ela, pedindo desculpas, elas gostam quando o garoto pede desculpas - Nathan tenta dar um conselho ao irmão e Framcis sorriu fraco.

- Obrigado, irmão... Estou torcendo para que você consiga conquistar a Luna, e que não precise passar por nenhum perrengue para isso.

Nathan sorri ao se lembrar da Luna, ela era uma incognita para o rapaz, e isso o deixava ainda mais fascinado e curioso para conhece-la mais.

- Acho que vai ser complicado me aproximar dela amorosamente, mas continuarei tentando. Bom, vou lá conversar com a Emma, já estou atrasado. E faça o que eu te disse, mande a mensagem a ela - Nathan falara, antes de deixar o quarto de Francis.

Quando Nathan estava quase saindo de casa, sua mãe o parou.

- Querido... Vai sair? - a mulher perguntou.

- Ah... Sim, desculpa não ter avisado. Vou a casa de uma amiga. Mas não devo demorar - ele respondeu em um tom carinhoso e abraçou a mãe em seguida.

Nathan era muito próximo de sua mãe, o garoto estava sempre a enchendo de beijos e abraços.

- Só uma amiga mesmo? - a mulher quis saber, estava sorrindo, enquanto ainda era abraçada pelo filho.

- Sim, mamãe. Ela é até a namorada do Francis, eu estou gostando de outra garota, ma snão é essa que eu vou ver - O garoto se explica para a mãe.

- Oh... Seu irmão sabe que você está indo ver a namorada dele?

Nathan ri e solta a mãe do abraço - Calma, mãe. Não vamos brigar de novo se é isso que te preocupa. Ele sabe sim, como eu disse, Emma e eu somos apenas bons amigos, ela gosta do Francis como amor romântico. Mas eles discutiram, talvez ela queira desabafar comigo. - o garoto explica com cautela, a mulher escuta tudo com atenção e expressa uma reação de espanto ao escutar tudo.

- Entendo... Que pena, espero que os dois façam logo as pazes, espero conhecer essa Emma um dia.

- Vai sim, bom mãe, eu tenho que ir. Te amo muito, tchau - ele disse, beijando pela última vez o rosto de sua mãe.

- Eu também te amo muito meu filho - ela respondeu, sorrindo, enquanto observava seu filho ir embora.

Nathan pegou um táxi, estava atrasado e era um longo caminho até a casa de Emma. Quando o garoto chegou, avistou Isak no jardim conversando com Nico, ele cumprimentou os dois rapazes e seguiu até dentro da casa da menina, ao entrar na sala de estar, encontrara Emma deitada no sofá.

- Emma - ele chamou.

A menina do cabelo ondulado se levantou rapidamente e puxou a mão do amigo, ela o levou com pressa, e ambos subiram as escadas correndo, se a mãe da garota visse essa cena, com toda certeza surtaria e gritaria o nome de Emma.

Com a respiração acelerada, Nathan soltou a mão da garota após chegarem ao topo da escada - Emma... Calma! Essa escada cansa, sabia disso? - ele reclamou, enquanto tentava controlar sua respiração.

- Oh... Eu sei! Mas já estou acostumada, veho que você não - ela se da conta naquele momento o estado em que o amigo havia ficado.

- Você é maluca.

- Venha, vamos conversar no meu quarto - ela disse em um tom desanimado. Nathan suspirou, sabia que a garota iria desabafar e ele teria que consola-la, assim como fizera com seu irmão.

A garota fecha a porta do quarto e senta em sua cama, Nathan pede licença e se senta de frente a ela - O que está te atormentando, Emma?

- Nathan, eu... Eu discuti com o Francis, nós dois brigamos. Ele te contou?

- Me contou antes de eu vir para cá. Eu sei toda a história, na versão dele, pode me contar a sua se quiser - o garoto disse de forma compreensiva, Emma sorriu fraco e pegou na mão de Nathan com carinho.

- Quando a discussão começou, eu estava irritada e disse coisas ruins a ele, mas depois que a discussão terminou, e eu refleti um pouco, eu percebi que ele não estava tão errado assim. Eu queria muito poder namorar com ele sem nenhum impedimento, mas eu não consigo...

- Por que você não consegue?

- Toda vez que eu estou com ele romanticamente, eu me lembro do que eu fiz com a Angeline. Eu lembro que eu a traí da pior forma, eu fiquei com o namorado dela pelas costas, e não contei que eu estava apaixonada por ele. E mesmo que eu tenha brigado com ela, e dito coisas ruins a ela, e ela a mim, estar com ele... Ainda me parece errado. É tudo tão louco, porque... Ela está namorando o meu irmão, eu deveria conseguir namorar com o Francis sem ficar triste por isso. Ela nem ama o Francis, então por que eu não consigo ser feliz com ele? - Emma termina, Nathan percebe que os olhos da garota estão marejados.

- Talvez porque você não consegue se perdoar por ter traído a sua melhor amiga, talvez o fato de você ter a perdido por causa do Francis esteja afastando você dele. Você sente a falta dela, não é?

Algumas lágrimas rolam pelo rosto da garota - Todos os dias... Eu sinto tanta a falta dela, Nathan... Eu tenho a Ana Júlia, eu adoro ela, estou amando ser amiga dela, mas uma não substitui a outra, eu gostaria de que as duas pudessem estar ao meu lado, nós três juntas, mas eu perdi a Angeline e ela nunca vai me perdoar.

- Nunca é muito tempo, Emma. Um dia, ela vai te perdoar sim.

- Quando? Ela também me magoou muito, mas eu esqueceria tudo se eu tivesse mais uma chance de voltar a ser a amiga dela.

- Mostre a ela que você ainda a ama, que sente falta dela, lute por essa amizade Emma.

- Ela nunca vai querer voltar a ser a minha amiga enquanto eu estiver com o Francis. Ela sempre vai me culpar por isso e eu também não me sentirei a vontade para ficar com ele perto dela. Entende? É horrível...

Nathan suspira fundo e puxa a amiga para um abraço - Calma, tudo vai se resolver, deixe a Angeline esfriar a cabeça, e faça o mesmo, talvez você consiga encontrar uma boa saída para essa situação.

- Obrigada, amigo... Eu te amo, quero que saiba disso. - ela falou em um tom sentimental, enquanto ainda estava abraçada a ele.

Nathan a soltou e segurou em suas mãos, olhando Emma de frente, o garoto estava sorrindo. - Eu também te amo, sua dramática sentimental - ele implicou e ela bateu de leve no braço dele, o garoto riu, e ambos começaram a rir um do outro, começaram uma guerra de cócegas, e estava rindo alto, quando a porta do quarto de Emma se abriu e Isak ao lado de Nico apareceram e viram os dois daquele jeito, Emma se assustou ao ver os garotos ali, Nathan se soltou de Emma ao perceber os meninos ali.

- Isak... Nico? O que vocês dois vieram fazer aqui? - perguntou Emma, sem entender.

- Desculpa, Emma. Achei que voce estava gritando, viemos correndo assustados, mas pelo visto, você estava rindo - Isak se explicou.

- Oh... Estavamos brincando um com outro - Emma explicou.

Nathan viu como o que a garota falara havia ficado estranho e começou a ter uma crise de riso, deixando Isak e Nico confusos.

- Brincando de fazer cócegas um no outro - Nathan explicou. Ele não queria que os dois garotos entendessem errado.

- Entendo. Tudo bem, vamos deixar vocês dois a sós - Isak falou e Nico o seguiu, saindo do quarto de Emma. Nathan olhou para Emma e riu mais um pouco.

- Espero que eles não tenham pensado besteiras, Emma, preciso ir para casa, nos vemos amanhã na escola, tudo bem? Fica bem, amiga. Eu te amo e vai dar tudo certo - Nathan disse, beijou o rosto da amiga, acenou um "tchau" e se retirou do quarto da garota.

... ... ...

Era uma nova manhã, Nathan já estava no colégio, quando avistou Luna caminhando em direção ao banheiro feminino, ele correu até a garota, pegando na mão dela, impedindo-a de entrar.

- Você me assustou! - ela reclamou. Ele sorriu, até mesmo bravinha ela ficava linda.

- Desculpa, não foi a minha intenção.

- O que você quer? - ela perguntou em um tom frio.

- Converar com você, no pouco tempo que nos resta antes do sinal tocar e as aulas começarem - ele disse de forma sincera, pegando a garota de surpresa.

- Posso ir ao banheiro antes?

- Claro, mas você está linda - ele falou, sorridente. Luna ficou corada ao escutar o súbito elogio.

- Somos amigos, lembre-se disso - ela disse.

- Amigos não podem elogiar? - Nathan provocou, ela revirou os olhos e entrou no banheiro apressada.

Nathan ficou aguardando ela do lado de fora, sorrindo feito um bobo, ele estava muito interessado na garota e queria muito que ela gostasse dele. Ele estava disposto a conquista-la. Ele achava Luna demais, ela é demais.

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