A primeira vez
Angeline havia se divertido bastante na noite anterior ao lado de Francis, os dois andaram de patins na pista de patinação do Retrô Roller. Na manhã seguinte, a garota se emperiquitava em frente ao espelho, queria estar mais divina, para impressionar seu novo gato. Foi quando a porta do quarto abriu, e a garota se assustou ao perceber que era sua mãe. Ana Brenda nunca entrava de manhã no quarto da filha, na verdade, já fazia anos que a mulher não entrava no quarto de sua filha.
- O que faz aqui? – perguntou Angeline, intimidada com a presença da mãe em seu quarto, era algo estranho para a loira.
- Quero avisar que hoje, o Leandro virá para cá à tarde, trabalhar comigo, precisamos resolver uns assuntos e só podemos fazer isso daqui. – disse a mulher em um tom frio.
- Sei... Vocês só podem transar aqui. – disse a garota em pura ironia.
Ana Brenda assustou com o que a filha dissera, e se segurou para não bater na garota.
- Tenha cuidado com o que fala comigo, lembre-se que eu sou sua mãe, e você me deve respeito, garota. – Ana Brenda estava bem séria e falou em tom firme.
Angeline deu um sorriso falso, de puro deboche. – Engraçado. Você só se lembra de que é a minha mãe quando eu falo coisas que você não gosta. Mas nada do que eu falo é mentira, e você sabe disso, não é?
- Não venha com seus dramas de filha mal amada. Não tenho tempo para tanta infantilidade. Leandro e eu só vamos trabalhar, era isso o que eu queria avisar.
- E por que se deu ao trabalho de me avisar? O que eu tenho com isso? – a loira revoltou-se.
Ana Brenda respirou fundo, estava tentando se acalmar, a filha sempre a tirava do sério. – Simplesmente, porque eu não quero que você o veja de surpresa e arme um escândalo. Ele está aqui a negócios e não vou permitir que você nos incomode.
- Vocês dois se merecem mesmo.
- Cala a boca.
- Cuidado em, ele com certeza só está interessado no seu dinheiro, enquanto você for a chefe dele, ele vai continuar transando com você. – disse a menina, e em seguida foi esbofeteada pela mão de Ana Brenda.
A garota assustada com o tapa que recebera, olhou com raiva para a mãe, e seus olhos se inundaram de lágrimas, mas não permitiu que caíssem, não na frente da mãe.
- Sai do meu quarto. – ordenou a garota com raiva.
- Esse quarto não é totalmente seu. Essa casa é minha, quem comprou fui eu, o que significa que esse quarto também é meu, e eu saio dele na hora que eu quiser. – falou Ana Brenda.
- Pode deixar que eu saio então. – disse a loira, pegando sua mochila e caminhando em direção à porta.
- Volta aqui, Angeline. Agora!
A menina fingiu que não ouviu e saiu do quarto, batendo com a porta bem forte. Quando saiu para rua, ela ligou para sua melhor amiga, para contar o que tinha acontecido, e as duas combinaram de se encontrar na porta do colégio. Era um pouco cedo, e os alunos costumavam chegar mais tarde, mas Emma foi o mais rápido que havia conseguido para que pudesse conversar melhor com a amiga.
A loira esperava e não percebeu que o carro da amiga já havia chegado. – Tchau, mãe! Obrigada pela carona. – dizia Emma, despedindo da mãe, já descendo do carro.
Isak também se despediu e desceu logo em seguida. Ambos caminharam juntos até onde Angeline estava. Emma deu um abraço na amiga. – Não fica assim Angeline, minha mãe também já me bateu algumas vezes. – falou Emma, para ver se conseguia ajudar de alguma forma a amiga a se sentir melhor.
- No rosto? Porque a Ana Brenda deu um tapa na minha cara, e foi forte. Está doendo até agora. – reclamou à loira.
- Mas você também exagerou, como fala desse jeito com a sua mãe?
- Como assim Emma? Ela nunca exerceu o papel de mãe! Eu fiquei abandonada desde que o meu pai se mudou do Brasil. Ela ficou amargurada, fria, se afastou da própria filha, é como se ela me odiasse, e eu nem sei o que eu fiz para ela me odiar tanto. – disse a garota, deixando algumas lágrimas rolarem por seu rosto.
Isak sentiu seu coração se partir ao ver a garota de seus sonhos chorando. E Emma também, por mais que estivesse inconformada pela loira estar com Francis, ela não gostava de ver a melhor amiga sofrendo, chorando.
- Você tem razão. Mas o que eu quis dizer, é que talvez ela esteja querendo se aproximar e você não esteja permitindo, entende? Sempre que ela chega para falar com você, o que faz? Você já vai logo jogando mil pedradas na direção dela, antes mesmo que ela possa conseguir terminar a frase.
- É muito tarde para ela querer ser a minha mãe.
- Não, nunca é tarde, Angeline. – respondeu Emma.
A garota dos cabelos escuros ondulados abraçou sua amiga, um abraço forte, e Angeline sentiu que poderia enfrentar o mundo se tivesse a amizade de Emma para sempre. A loira sorriu enquanto abraçava a amiga. – Obrigada. – agradeceu Angeline.
- Obrigada, pelo quê?
- Por ser a minha amiga, por ser a minha melhor amiga. Eu te amo. – disse a loira.
Emma sorriu carinhosamente. – Obrigada por ser a minha amiga também, a melhor. E eu também te amo maluca. Amo muito, nunca se esqueça disso. – falou a garota.
- Eu não vou me esquecer disso, eu prometo. – respondeu à loira.
- Desculpa interromper esse momento fofo entre amigas, mas eu quero dizer que... Eu também estou com você para o que precisar Angeline. Assim como minha irmã, eu também gosto muito de você e posso ser seu ombro amigo, caso precise. – falou Isak.
Emma se segurou para não rir, ela tinha achado fofo da parte de seu irmão. – Obrigada Isak. Eu também gosto muito de você. Que tal entrarmos logo? – sugeriu a loira.
- Fazer o que não, é? – brincou Emma. E os três entraram juntos, rindo e conversando.
.........
A loira não havia visto Francis, por mais que tenha procurado, então só restava encontrá-lo no intervalo, e era exatamente por isso que ela estava super ansiosa para que o sinal tocasse. Queria muito vê-lo e poder beijá-lo. Houve um momento em que a garota chamou por Nathan, baixinho em sala aula.
- Nathan.
O rapaz olhou surpreso, não imaginava o que a loira queria com ele, já que era de seu irmão mais velho de que ela gostava.
- Sim?
- O Francis veio à aula? – perguntou.
Nathan suspirou fundo, devia ter imaginado, foi o que pensou. – Sim. Está na escola. Por quê?
- Eu não o vi ainda.
O garoto riu. – Esse é o Francis, ele sempre encontra um jeito de desaparecer depois que enjoa da nova garota. – falou em um tom irônico.
Angeline ficou abalada. – Está dizendo que ele se enjoou de mim?
- Não. Eu não sei. Mas o Francis é assim, só estou te avisando porque gosto de você e não quero que sofra.
- Ele não teria coragem de sumir sem falar a verdade. Ele não é desse jeito.
- Acredite no que quiser Angeline. Não quero me meter nessa furada. – falou Nathan.
- Obrigada por ser um ótimo amigo. – ironizou a loira.
- Eu não sou seu amigo. Sou o irmão do garoto com quem você fica.
- Mas eu te considero o meu amigo. – disse a loira, tentando compreender o motivo de Nathan não gostar do irmão.
- Tá bom Angeline, deixa eu me concentrar na aula. – pediu o rapaz.
A loira revirou os olhos revoltada com a atitude do garoto e ficou calada, torcendo para que tocasse logo o sinal.
.........
Estavam no intervalo, quando a loira foi ao banheiro, sozinha, e ao voltar encontrou Francis conversando com Emma, estavam sozinhos, e estavam rindo bastante, a loira não conseguiu evitar e uma pontada de ciúmes se apoderou de seu ser.
- Francis... Não te vi mais cedo. – disse Angeline, se aproximando.
- Oi, Angeline. Eu me atrasei um pouco, desculpa. – disse o garoto, um tanto sem jeito para a surpresa de Emma e da própria Angeline.
- Tudo bem. O que conversavam? – a loira se atreveu a perguntar. Francis e Emma se entreolharam, e então desviaram os olhares, focando a atenção em Angeline.
- Nada de mais, coisas relacionadas à escola. – disse Emma.
- É mesmo?
- Claro, mas por que está tão interessada em saber o que falávamos? – perguntou o moreno.
- Curiosidade. – respondeu à loira com a cara fechada. Estava irritada com ele.
- Ah sim, bom, eu vou atrás de uns amigos, depois nos falamos, ok? – falou ele, para a loira, beijando apenas o rosto da garota.
Angeline não respondeu nada. – Tchau, Emma! – disse o garoto, sorrindo.
- Tchau. – respondeu ela, completamente sem jeito com a situação.
Após a saída do rapaz, Emma chegou mais perto da amiga. – O que aconteceu? Vocês dois estavam estranhos um com o outro. Brigaram? – ela perguntou.
- Não. Pelo menos não que eu saiba. É que eu fiquei cismada com ele, desde que o Nathan contou que quando o irmão se enjoa da garota ele tende a sumir. E foi o que aconteceu hoje cedo, ele sumiu, eu não o vi na escola. Aí volto do banheiro e o encontro aqui, conversando com você. E ao invés dele me abraçar, me beijar e ser carinhoso comigo, o que ele fez foi me tratar estranho, distante, como se eu não fosse nada dele. Nathan tem razão, ele se enjoou de mim. – disse a loira suspirando.
- Ei não... Claro que não. Não escuta o Nathan, pelo menos não para isso. Acontece que ele não se da bem com o irmão e gosta de você, é claro que vai falar coisas assim. Mas fora isso o Nathan é um cara muito legal e fofo também.
- O Nathan não gosta de mim.
- Gosta.
- Não gosta.
- Gosta.
- Como sabe?
Emma riu. – É um tanto nítido, e... Ele me contou. Nós dois estamos mais íntimos.
- Ui... Íntimos? Em qual nível? Amizade ou romance? – perguntou Angeline, fazendo à vozinha irritante que Emma não suportava.
- Para sua boba! Se ele gosta de você, é óbvio que é amizade.
- Então se depender de você, rola romance?
- Não! Que coisa, Angeline. Você é tão chata quando quer ser. Não rola romance, eu não gosto dele com esses olhos. – disse Emma.
- Mas ele é um baita gatinho, admita. – a loira insistiu. Queria conseguir arrancar algum tipo de confissão da amiga.
- Sim, ele é. Mas isso não significa que vou beijá-lo apenas por isso.
- Eu beijaria. – confessou Angeline, sorrindo maliciosamente.
- Ótimo, então o beije, e termine com o Francis. Pois é isso o que vai acontecer, caso resolva beijar o Nathan. – falou Emma.
- Boba. Boba e estraga prazeres. O que tem eu sonhar? – disse por fim, dando língua para a amiga, que acabou rindo sem querer.
.........
Eram duas da tarde, quando Angeline tocou o interfone da casa de Francis, o rapaz havia mandado mensagem para a menina, chamando-a para ir até a casa dele, que precisavam conversar.
A loira estava com um pouco de medo de que ele só tivesse a chamado para terminar o lance que haviam iniciado, seria a ficada mais rápida de sua vida, caso fosse isso. E das outras vezes, era sempre ela que terminava um rolo, nunca ficou insegura com nenhum rapaz, como ficava quando estava com Francis.
A porta se abriu e quem estava a esperando do lado de dentro era Nathan. – E o Francis? Ele sabe que eu cheguei?
- Sabe sim, ele já vem. Está no quarto fazendo algo.
- Entendo. E você vai ficar comigo até que ele chegue. Obrigada. – disse a loira, sorrindo.
Nathan riu e a levou até a sala, ambos sentaram-se no sofá. – Você está linda. – ele elogiou.
- Obrigada. Você também está gato.
- Como vão as coisas com o...
- Seu irmão.
- É...
- Não sei. Acho que você conseguiu fazer um estrago na minha cabeça e agora ou ele está mesmo agindo estranho comigo ou eu acho que ele está agindo estranho comigo.
- Desculpa. Não foi minha intenção.
- Foi sim. Você o odeia e faz de tudo para atingi-lo.
- Não é verdade. Eu não o odeio. Só não nos damos bem e... Você não sabe da história toda.
- Então me conta.
O rapaz suspirou. – Não. Você não percebe?
- O quê? – perguntou ela.
- Que eu estou completamente a fim de você. Eu gosto de você, e é outro gostar. O meu irmão não te merece. Eu sei que você pode gostar de mim. – ele disse.
- Nathan... Não é certo, eu estou com o seu irmão e gosto dele e... – ela foi interrompida quando a boca do garoto invadiu a dela, e um beijo aconteceu. Mas o beijo aconteceu bem no momento em que Francis se aproximava.
Ele chegou no momento em que o beijo acontecia. – Atrapalho alguma coisa? – ele perguntou alto e firme, fazendo Angeline se assustar, ela se desprendeu de Nathan imediatamente e olhou para o moreno.
Nathan parecia nem ligar para a situação. – Não é nada disso que você está pensando, Francis! – ela gritou.
- Isso é tão clichê. Eu vi um beijo, e você estava correspondendo. – falou Francis.
- Não tem que dar explicações a ele. – falou Nathan.
- Acho melhor você calar a boca, Nathan! Não me faça perder a paciência com você. – ameaçou Francis, que estava com os olhos esbugalhados de raiva.
- O que vai fazer? Me bater? Ou inventar mentiras a meu respeito?
- Chega, para. Nathan nos deixe sozinhos. – pediu Angeline com o coração a mil.
O rapaz assentiu e saiu de cena. – Foi o seu irmão que me beijou. Ele me pegou de surpresa, foi um beijo roubado, eu não esperava.
- Mas parecia gostar bastante de beijá-lo.
- Não entendo porque está arrumando essa "ceninha" de ciúmes, sendo que mal me olhou hoje na escola, nem beijou na minha boca. Você não gosta de mim, então para de fingir que gosta. – disse Angeline.
- Quê? Para... Quer saber, eu não quero falar mais nada agora. Vai embora.
- Para que havia me chamado aqui? – ela quis saber.
- Não tem mais importância. – ele disse.
- Ia terminar tudo, não é? Seja homem e diga a verdade.
- É. Eu iria terminar tudo sim! Mas você já fez isso por mim, não é mesmo?
- Idiota! Posso saber o motivo? Por que eu não quis transar com você?
- Não! Não foi por isso. Eu não sou esse tipo de cara. Está na cara que não me conhece mesmo.
Angeline passou as mãos por seu cabelo. – Eu pensei que você estava gostando de mim, o que saiu errado?
- Acho que aconteceu rápido de mais, eu não sei, e eu gosto de você...
- Mas não o suficiente.
- É melhor você ir. – disse ele.
- Claro. No final de tudo, o Nathan tinha razão. Você não me merece. – ela falou e saiu da casa dele.
.........
Angeline tinha ficado com raiva e triste, ela saiu chorando de lá e foi direto para a casa de Emma. Mas ao chegar lá, descobriu que a amiga não estava em casa, havia saído para resolver uns assuntos na rua a pedido da mãe. Quem estava em casa era apenas Isak, que foi quem a atendeu. – Será que ela vai demorar?
- Não sei. Você... Está bem?
- Não. Tem bebida aí? Eu preciso beber. – disse a loira.
Isak olhou para ela, sabia que tinha acontecido algo com a garota, mas não teria como ajudá-la se ela não se abrisse para ele.
- Bebida tem, mas você é menor de idade e...
- Você também é menor de idade. Por favor, só algumas bebidas, eu preciso de diversão.
- Promete que não vai beber muito?
- Prometo.
- Ok, vamos para o meu quarto, porque se minha mãe chegar e ver que estamos bebendo, ela vai nos matar. – ele disse, Angeline riu e assentiu.
Quando Isak chegou ao quarto, com algumas garrafas de bebidas, Angeline percebeu o quanto aquilo era estranho, ela nunca iria imaginar que alguma vez estaria no quarto de Isak, e para beber. Os dois nunca foram muito chegados, e de uns tempos para cá, isso tem mudado, ela começou a vê-lo com mais atenção desde o dia em que ele a ajudou naquela festa, onde perdera sua virgindade com um canalha.
De vez em quando, ela ainda se lembrava daquela noite, não da parte horrível por qual passara, mas sim do momento em que Isak entrou naquele quarto para consolá-la, tinha sido um fofo.
- Quer contar o que aconteceu? – ele perguntou, servindo um copo a ela.
- Por que não? Vamos lá, de uma forma bem resumida. Eu fui à casa do Francis, Nathan que é o irmão dele me deu um beijo surpresa, Francis viu, e terminou comigo. Mas antes disso tudo acontecer, ele confessou que havia me chamado lá para terminar, e quando eu perguntei o motivo, ele disse que as coisas tinham acontecido rápido de mais. Sério? É inacreditável! Como estou com raiva e vontade de... O Nathan tinha razão, Francis é um canalha. – disse a garota, e em seguida virou o seu primeiro copo de bebida.
Isak não sabia o que pensar e nem o que sentir. Tudo o que pensara era a quantidade de concorrentes que tinha e o quanto não suportava vê-la daquela forma por garotos que não a mereciam.
- E você gostou do beijo do Nathan? – ele perguntou.
- Ele beija bem, mas... Eu gosto do irmão dele.
- Talvez você não goste do Francis, talvez esteja só confusa, talvez você goste da ideia de achar que gosta dele.
- Não quero falar do Francis e nem do Nathan. – disse ela, bebendo mais.
Isak tomou dois copos de bebidas, ele não queria ficar bêbado, precisava ter o controle da situação, afinal, Angeline estava sobre sua responsabilidade naquele momento.
- Quer falar de que então? – ele perguntou.
- De você. – disse a garota sorrindo.
- Já é o terceiro copo de bebida Angeline, é melhor parar. Não quero que fique bêbada. – alertou o jovem.
- Para de ser careta, vai! Aproveita também, bebe!
- Não, obrigado.
- Fica tranquilo, eu não estou bêbada. Eu costumo ficar bêbada depois que passo do quinto copo. Ainda não cheguei lá. – ela brincou e riu.
- E não vai chegar.
- Você é sempre tão... Fofo assim? Certinho? Costuma cuidar das suas ficantes? Como é? Já se apaixonou de verdade alguma vez? – a loira fez várias perguntas. Isak ficou confuso sobre o que responder.
- Eu não sou sempre certinho, quer dizer, eu só não quero que você fique bêbada, pois fui eu que te servi às bebidas, e também... Não é legal ficar bêbada, você é linda e incrível, não merece se encher de bebidas por causa de um cara.
- Falei que você é fofo... – disse ela, tocando a ponta do nariz dele.
- Angeline...
- Mas e aí? Nunca se apaixonou? Conta tudo. – ela insistiu, se aproximando mais dele. Estava ficando perto de mais, e Isak não sabia se poderia se controlar.
- Já. Eu estou apaixonado ainda.
De repente, a garota sentiu algo estranho surgir dentro dela, um desconforto em saber que ele estava apaixonado por alguma garota. – E por quem? – ela quis saber.
- Você realmente não sabe? – perguntou Isak um tanto envergonhado.
- Não. Ah por favor... Não diga que é a Ana Júlia.
Isak riu. – Não...
- Mas então... Quem é? Conta, eu prometo que não vou contar para ninguém. Aposto que ela deve estar muito feliz.
- Ela não me olha com os mesmos olhos.
- Impossível. É impossível alguém não se apaixonar por você.
Isak riu. – Você se apaixonaria?
- Isak... A garota... – dizia ela, começando a perceber por quem ele estava apaixonado.
- Sim. Essa garota é você.
- Desde quando? – ela perguntou incrédula.
- Desde o dia em que te vi pela primeira vez aqui em casa. Desculpa, mas eu não pude evi... – dizia, até ser calado por um beijo, o lábio de Angeline tocava o dele, e se beijaram com intensidade. Enquanto se beijavam, a garota tirou a blusa do rapaz. Pegando-o de surpresa.
- O que é isso Angeline? Não podemos...
- Claro que podemos. Eu quero. – ela disse agora abrindo sua bermuda.
- Não. Você não quer. O que acontece é que você está bêbada e não está pensando direito. – disse ele se afastando.
- Eu não estou bêbada, acredite, eu só tomei três copos, isso não me deixa bêbada. Eu realmente te quero. – ela disse, voltando a beijá-lo.
Angeline sentia seu corpo se incendiar quando o beijava, ela sentia a urgência de tê-lo naquele momento, era algo que não sabia explicar. Sabia que se pensasse de mais poderia desistir, por isso queria aquilo naquele momento sem pensar nas consequências. Ela sabia que não seria ruim, pois ele não era como os outros.
Como Isak não era de ferro, ele já estava excitado com a situação, ele cedeu aos desejos da garota e permitiu que acontecesse o que tivesse que acontecer.
A garota já havia o despido por inteiro, ela o olhava com atenção e sorria. – Nunca pensei que você fosse tão gostoso assim. – ela disse fazendo o garoto rir e corar ao mesmo tempo.
Ele a despiu com cuidado e o mais rápido que pode, antes de tocá-la, ele parou para observá-la nua, assim como ela havia feito.
- Você é incrivelmente bela. Por dentro e por fora, nunca se esqueça disso. – ele disse, Angeline sorriu carinhosamente sentindo algo se derreter dentro dela.
Ambos se deitaram sobre a cama, ele por cima, se beijavam com prazer, e até um pouco descontroladamente. Estavam eufóricos um com o outro, e o fogo que sentiam era imenso, Angeline não havia sentido nem metade dessas coisas na sua primeira vez com aquele garoto da festa e Isak... Por mais que já fosse experiente, ele também nunca havia sentido todos esses sentimentos malucos, intensos e gostosos, pelo qual estava experimentando com a garota de seus sonhos. Ao mesmo tempo em que estava feliz por aquilo estar acontecendo, também achava uma loucura o que estavam fazendo, ele jamais pensou que faria isso com Angeline e que seria dessa forma.
A loira fechava os olhos e apertava a colcha da cama, Isak iniciou beijos no lindo corpo nu da loira, ela arfava e tentava se conter. Nos momentos em que conseguia ficar com os olhos abertos, ela de vez em quando o pegava sorrindo. Angeline abriu bem os olhos, ela queria ver aquilo, mais prazeroso ficava, tanto para ela quanto para ele.
Ela descia as mãos pelas costas do rapaz, fazendo caricias em seu corpo, para que ele também sentisse tudo o que ela havia sentido. Seu coração estava muito acelerado, assim como o de Isak, e então os dois chegaram ao limite. Ele se jogou para o lado e deitou a cabeça na barriga da loira, arfando, cansado, assim como ela. – Isso foi...
- Intenso.
- E gostoso. – ele completou, sorrindo.
- Deliciosamente gostoso. – disse ela, sorrindo também.
- Não está arrependida? – ele perguntou.
- Foi bom. Eu gostei. É um pouco estranho... Agora que acabou, estou com vergonha. – disse ela, cobrindo seu rosto com as mãos.
Isak riu de como ela ficara corada com a situação, era estranhamente fofa e sexy.
- Vergonha do quê exatamente, de mim? Ou da situação?
- Um pouco dos dois. Eu jamais pensei que fosse transar com você. – ela disse, sendo sincera. Ela nunca imaginou isso, nunca havia pensado nisso.
- Por eu ser o irmão da sua melhor amiga?
- Sim. – confessou à loira.
- Isso é um problema? – ele quis saber.
- Não. Claro que não. É só estranho. Eu não imaginava que era apaixonado por mim.
Isak sorriu e tirou uma mecha do cabelo loiro da frente de seu rosto, jogando para trás, para que pudesse olhar mais nos lindos e brilhantes olhos azuis que ela tinha.
– Eu ainda sou apaixonado por você, e muito. – ele falou.
- Você é tão fofo.
- Realmente gostou do que aconteceu aqui? – ele quis saber.
- Você tinha razão quando disse que eu teria outras primeiras vezes melhores. Eu tive. Essa sim foi a minha primeira vez, melhor até do que a minha primeira vez de fato. E eu amei que a minha primeira vez tenha sido com você. – confessou, era o que estava sentindo ali dentro de seu coração que estava batendo rápido de mais.
Ele sorriu, abrindo uma covinha que ela achou perfeito. – Eu fico feliz em saber disso. – ele disse e a beijou, mas dessa vez docemente.
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