A menina dos meus olhos

Boa Tardeee! Esse cap ficou um pouco grande, mas espero que vocês gostem e não deixem de comentar e votar! haha amo saber a opinião dos leitores sobre algum livro que eu escrevo, beijos e se cuidem <3 Boa leitura a todos <3

Angeline havia chegado no colégio um pouco depois da briga entre Emma, Francis e Nico, a loira ficou sabendo do ocorrido por Isak. - Oh... e onde está minha amiga Emma? - perguntou a jovem, preocupada com a situação.

- Deve estar em algum canto com o Nico.

- E como você ficou sabendo?

- Postaram no instagram de fofocas do colégio, chegaram a filmar a cena... eu acabei vendo e fui falar com Emma e Nico.

- Alguém precisa descobrir quem é o que comanda esse instagram... isso não está certo, é uma falta de privacidade, não estamos em Gossip Girl... - resmungou a loira, furiosa, Angeline detestava esse instagram de fofoca, se ela conseguisse descobrir quem é a pessoa por trás, ela iria fazer o possível para que a mesma nunca mais ousasse postar nada.

- Realmente isso não é correto, e a cada dia que passa as fofocas postadas lá estão ficando piores, semana passada, a vida sexual de uma aluna do segundo ano foi exposta... isso está fora dos limites - Isak comentou, Angeline suspirou, se ela pudesse descobrir quem é a pessoa...

O sinal tocou, Angeline fez careta e abraçou Isak, um rápido abraço antes de subirem juntos, e se separarem, a loira estava tão apaixonada pelo garoto que ficava triste em ter que ficar em uma sala longe dele.

Quando a garota entrou em sua sala, viu Ana Júlia abaixada perto da carteira de Emma, aparentemente consolando a menina, a loira não pode evitar de se enciumar, mas ela respirou fundo e tentou se conter, havia feito as pazes com a amiga e não queria que nada atrapalhasse isso, se Emma era amiga de Ana Júlia e ela gostava da garota, Angeline precisaria aprender a gostar também e claro, respeitar Ana Júlia, mas como fazer isso depois de tanto tempo odiando a menina? Pior que ela chegou a namorar o Isak, pensar em Ana Júlia beijando seu namorado a deixava furiosa.

A loira sorriu, e se aproximou das duas.

- Oi, Ana Júlia, tudo bem? - pergunou a loira, mostrando sua melhor versão, esperava que nenhuma das duas percebesse o quanto estava se esforçando.

Ana Júlia olhou surpresa para a garota, no mesmo instante, ela se levantou. - Oi, Angeline! Estou bem sim e com você? - a garota estava sem jeito, Emma sorriu ao ver a interação estranha das duas.

- Estou bem, fiquei sabendo do ocorrido com a Emma...

- Ah sim, eu estava conversando aqui com ela justamente por causa disso.

- O Francis me odeia, Angeline.

- Ele não te odeia, ele só está com raiva de você, em algum momento vai passar, mas ele não pode te acusar de nada, já que ele te traiu!

- Não foi bem assim que as coisas aconteceram... ele me explicou o ocorrido, parece que a Lola é uma amiga dele que ele não via há um tempo, eles se reencontraram de surpresa na festa e ela lhe roubou um beijo, só que ele me garantiu que não retribuiu e que eu cheguei bem naquele momento...

Angeline havia ficado pasma, por essa ela não esperava. - Bom, e o que você fez?

- Nada, o que eu poderia fazer? Eu estou namorando o Nico agora e eu gosto dele, eu não posso largá-lo para voltar com o Francis, afinal... meu namoro com o Francis já não caminhava bem.

O assunto foi cortado quando o professor chegou na sala, pedindo para que todos voltassem a seus lugares, a loira suspirou e foi para seu lugar, assim como Ana Júlia.

Durante o intervalo, Angeline avistou uma garota loira, com lindos olhos verdes e bem bonita conversando com o Francis, a garota decidiu ir até os dois.

- Você deve ser a Lola - disse a loira, olhando desafiadoramente para a garota.

- Sim, sou eu. O que quer? - perguntou Lola, confusa.

- Nada meu bem. Meu assunto é com o hipócrita do Francis - Angeline disse firmmente, o moreno revirou os olhos ao ouvir a loira.

- Não tem nada mais interessante para fazer, Angeline? - Francis perguntou de forma irônica.

- Não, não tenho. Olha... eu entendo a sua raiva, entendo que você esteja furioso com a Emma, mas você não acha que está sendo um hipócrita em relação a isso? Você namorava comigo antes de namorar a Emma, e ainda assim você me traiu com ela, e eramos melhores amigas, mas você pode não é? Você é um garoto, e o fato da Emma ter me traído com você, isso você sempre achou normal, afinal... não se manda nos sentimentos não é? Que culpa vocês tinham se ambos se apaixonaram um pelo o outro enquanto você estava comigo? Agora você diz coisas ruins sobre ela, porque ela se apaixonou por outro que não é você? Está chamando-a de fácil, porque ela resolveu namorar o Nico tão rápido? Mas quando ela fez isso com você, estava certo não é? Pelo menos ela nunca te traiu enquanto estava com você, diferente de você que estava aos beijos com essa aí... - Angeline disse tudo o que estava agarrado em sua garganta, ela havia ficado revoltada com o garoto desde que soube que ele acusara Emma de ser uma garota fácil.

- Não enche Angeline, eu já disse que não retribuí o beijo da Lola.

- Então por que vocês dois estão conversando? Você iria continuar a amizade com a Lola ao namorar a Emma? Mesmo sabendo que ela viu o beijo entre vocês dois?

- Eu estou aqui, garota - Lola disse, em um tom raivoso.

- Sim, eu percebi meu bem, mas o meu assunto é com ele e não com você.

- Então para de envolver o meu nome.

Angeline afiou o olhar e apertou o punho. - Você gosta do Francis não é? Então faz o seguinte, fica com ele, faça com que ele se esqueça da minha amiga, porque a Emma já esqueceu você, Francis.

- Claro... você conseguiu o que sempre quis não é? Estragar o meu namoro com a Emma, sabia que desde que eu fiquei com ela, nós dois nunca conseguimos ser verdadeiramente felizes juntos? Sabe por quê? Por causa de você, Angeline! Por causa do seu egoísmo ela nunca conseguiu ficar comigo da forma como deveria ter sido! Você estragou o nosso romance antes mesmo de começar.

- Engraçado que quando você escolheu ficar comigo, você não estava nem lembrando da Emma não é? Se você havia se interessado por outra, nunca devia ter tentado nada comigo! Idiota... você brincou não só com os meus sentimentos mas com os sentimentos da Emma também.

- Jura? E você não acha que também está sendo hipócrita ao me acusar, sendo que você ficou com o Isak momentos depois de terminar comigo? E ainda voltou comigo estando apaixonada por ele... quem é você para cobrar algo?

- Eu nunca devia ter ficado com você, Francis, é verdade. Mas quer saber? Eu não me arrependo de ter ficado com o Isak, porque foi assim que eu descobri de quem eu gosto de verdade, e olha, tente superar a Emma, e não estrague a relação dela com o Nico, ele é um garoto legal e os dois combinam bem mais juntos.

- Está com medo de que sua amiga volte comigo? Não vai suportar nos ver juntos?

- Se a Emma ainda te amasse, eu a apoiaria, eu não me importaria se ela te escolhesse, mas eu vi no olhar dela o quanto ela está gostando do Nico, então... eu não quero que você estrague isso.

- Só vai estragar se ela permitir, por que você tem medo? - o garoto revidou, estava se divertindo ao ver a raiva de Angeline.

- Sabe... eu gostava bem mais do antigo Francis, esse garoto cheio de raiva não é um garoto legal.

- Que bom, só você pode ficar com raiva, não é?

Angeline suspirou, ela não estava mais com vontade de falar. - Só não diga mais coisas ruins da Emma, se você já gostou verdadeiramente dela um dia, não fale mais coisas ruins sobre ela - a loira disse e se retira em seguida, caminhando rapidamente para longe de Francis e Lola.

... ... ...

Era fim de tarde quando a mãe de Angeline chegou do trabalho, ela bateu na porta do quarto da filha. - Filha... posso entrar? - perguntou a mulher do outro lado.

Angeline foi pega de surpresa com a voz da mãe, a menina não esperava que ela chegasse antes do horário, a garota estava nua, assim como Isak, ambos se levantaram desesperados, tentando se vestirem antes que a mulher pudesse abrir a porta.

- Espera só um pouquinho mãe...

Mas a mulher entrou mesmo assim e teve uma surpresa desagradável ao ver a filha apenas de calçinha, Isak só de cueca, a filha pegou um lençol e se enrolou ao notar que a mãe já havia entrado, a loira havia ficado com o rosto vermelho de tanto vergonha.

- Vista-se agora, Angeline! - gritou a mulher, com os olhos furiosos, em seguida a mulher bateu forte a porta, deixando Angeline e Isak sozinhos no quarto.

Angeline se vestiu rapidamente, assim como Isak. - Ela vai me matar... viu o olhar dela? Ela está decepcionada comigo, agora que tínhamos nos aproximado, isso acontece... ela vai me odiar Isak - a loira disse de forma aflita.

Isak a puxou para um abraço. - Não pense besteiras... ela é sua mãe, ela só ficou assustada, devíamos ter trancado a porta, sinto muito por ter feito você passar por isso.

- Não diga isso, eu quis isso tanto quanto você... não é sua culpa.

- Sua mãe te ama, Angeline, a prova é que ela fez de tudo por você em relação aquele assunto... não fica pensando besteiras, só converse com ela, ela vai entender.

- Ana Brenda é muito rígida, não sei se ela vai entender bem que a filha adolescente esteja... fazendo sexo com o namorado.

- Calma, vai dar tudo certo, eu vou indo, depois me manda mensagem ou me liga, estou aqui por você, está bem?

- Seu fofo... Te amo muito, muito mesmo, Isak - ela confessa, com um sorriso que Isak amava ver.

- Eu também te amo muito, minha loira - ele falou, ao tocar com carinho a bochecha da menina e se despediram com um doce e apaixonado beijo.

Após a saída de Isak, Angeline resolveu ir até a mãe para tentar conversar sobre o ocorrido, no corredor da enorme mansão, ela se deparou com Sharon, a empregada da casa, ela estava chorando.

- Sharon... o que houve? - perguntou a menina, se aproximando da mulher, a loira estava preocupada, nunca havia visto Sharon chorar antes e a menina a conhecia desde criança.

- Nada, menina... são coisas da vida, você não tem que conversar com a sua mãe? Ela está te esperando no quarto dela.

- Sharon, por que você estava chorando? Minha mãe te deu uma bronca? Foi por minha causa?

- Não, sua mãe não fez nada, você... está se cuidando? - Sharon perguntou.

Angeline arregalou os olhos. - Minha mãe te contou sobre o que ela viu?

- Não... eu fico aqui quase todos os dias, querida, vocês dois ficam enfurnados no quarto, eu imaginei que pudesse ter acontecido...

- Não é verdade, minha mãe te contou...

- Angeline, sua mãe só está preocupada com você.

- Sim, estou me cuidando Sharon, não se preocupe.

As duas foram interrompidas com a presença da Ana Brenda. - Angeline, venha até o meu quarto - ordenou a mulher com o rosto sério, a loira revirou os olhos e resolveu seguir a mãe, despedindo-se assim de Sharon.

Ao entrar no quarto da mãe, a mulher trancou a porta. - Desde quando você está transando por aí? - perguntou Ana Brenda com a voz firme e um olhar furioso.

- Eu não vou te contra sobre isso.

- Ah mas vai sim! Desde quando?

- Que diferença vai fazer? Eu já fiz, isso é o que importa no momento, não?

- Não seja insolente garota!

- Se você quer mesmo saber, já faz um tempinho mãe... primeiro foi com um garoto que eu mal conhecia, foi em uma festa, depois eu quase fiz com um outro namorado que eu tinha e desde que estou com o Isak, tenho feito com ele, e aí? O que vai fazer sobre isso? - a loira respondeu irônicamente, Ana Brenda deu um tapa no rosto da filha.

- Você está completamente fora dos limites! Como ousa fazer esse tipo de coisa? Você é tão nova e tão... descarada.

Os olhos de Angeline marejaram ao sentir o tapa da mãe e todos as palavras dela.

- Fazer sexo agora é pecado?

- Você é uma adolescente! Menor de idade... não deveria estar fazendo esse tipo de coisa quando quisesse, onde eu errei com você, garota? - Ana Brenda falava, colocando a mão entre o cabelo escuro.

- Sério que você fez mesmo essa pergunta? Onde você errou? Talvez tenha sido quando você me deixou largada sem o amor maternal? Você parou de ser uma mãe presente na minha vida durante tempos... e agora está cobrando disciplina da filha que você nunca quis? - Angeline gritou, lágrimas escorriam por seu rosto.

- O que está querendo dizer com isso? De onde você tirou que eu nunca te quis? - Ana Brenda havia ficado chocada com as palavras da filha, algo no olhar de Angeline fazia Ana Brenda temer algo que ela pensou ter escondido bem durante anos.

- Ora mamãe... eu sei que sou adotada! Pensou que eu não soubesse? Como eu não saberia? Eu vi a documentação da adoção dentro do seu escritório... ma so que nunca fez sentido para mim, foi saber o motivo, por que você me adotou se aparentemnete você nunca me amou? - a garota estava arrasada, a loira nunca contou a ninguém sobre ser adotada, nem mesmo a Emma, ela ficou tão chocada ao descobrir que nunca conseguiu aceitar, ás vezes ela se perguntava sobre quem seriam seus pais biológicos, mas tudo era tão absurdo que ela se recusava a pensar neles.

Ana Brenda havia ficado sem reação e lágrimas escorriam por seu rosto, a mulher não conseguia entender como ela nunca havia percebido que a filha sabia sobre a adoção.

- Angeline... desde quando você sabe?

- Isso faz diferença? Eu sei desde os meus 14 anos... bem na época que a minha adorável "mamãe" começou a se afastar de mim.

- Você sabe sobre a adoção há tanto tempo e nunca me contou nada?

- Como eu iria te contar? Você não ficava em casa direito, se afastou de mim! O que aconteceu? Se arrependeu de ter me adotado? Se você nunca me quis por que me adotou? - a garota gritou, e caiu no chão entre altos choros e soluços.

Ana Brenda não conseguia segurar as lágrimas que insistiam em descer, a mulher se abaixou e envolveu a filha em um forte abraço.

- Eu sinto muito, querida... sinto muito mesmo! Eu não me afastei de você porque não te amava, era só que eu estava muito ferida com a separação com o seu pai e você tinha a personalidade muito parecida com a dele... quando eu te via eu me lembrava dele e de todo o nosso processo para te adotar... eu sei que eu devia ter sido mais forte, eu devia ter continuado sendo a mãe presente que eu sempre fui, mas eu não consegui! Mas eu nunca deixei de te amar, Angeline! Eu te amei desde quando te vi pela primeira vez, eu realmente sempre me considerei a sua mãe! - a mulher dizia agachada junto a filha, agarrando com tanta força que parecia que se a soltasse poderia perdê-la para sempre.

- Por que você me adotou? Quem eu sou, mamãe? Qual é a minha história? - a loira quase suplicou entre lágrimas.

Ana Brenda soltou a filha e a levou para se sentar na cama. - Meu amor... eu vou te contra tudo, mas antes, eu quero que saiba e que tenha certeza do meu amor por você, eu sei que fui uma péssima mãe, mas eu nunca me arrependi de ter te adotado, nunca. Sei que eu disse coisas ruins a você em momentos de raiva, mas foi tudo da boca para fora, se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria e te adotaria novamente.

A garota assentiu, e enxugou algumas lágrimas de seu rosto. - Angeline... eu não posso engravidar, mas eu semprei sonhei em ter filhos, um dia seu pai e eu decidimos adotar, quando fomos ao orfanato, eu vi uma garotinha de 4 anos sentada no balanço sozinha, ela era loira, com os olhos azuis, tão bonitinha... e tão sozinha, seu olhar era tão triste naquela época, eu me aproximei de você junto a seu pai e perguntei porque você estava tão triste naquele balanço... sabe o que você me respondeu?

Angeline não conseguia mais segurar as lágrimas. - Não... eu não me lembro de nada mãe... - a voz da loira saiu rouca.

Ana Brenda acariciou levemente o rosto da menina. - Você disse que havia perdido a pessoa que você mais amava no mundo, eu fiquei sem entender e perguntei quem era a pessoa que você havia perdido, você disse que era a sua irmã.

- Irmã? Do que está falando mãe? Eu não tenho irmã...

- Angeline, você não se lembra de nada, porque você era muito novinha, mas você tinha uma irmã gêmea, vocês duas moravam naquele orfanato, quando eu perguntei a diretora do orfanato, ela me confirmou que você tinha uma irmã gêmea e que a menina havia sido adotada na semana anterior a sua adoção, a mulher havia me dito que você ficou muito triste e que vocês duas eram muito grudadas.

- Isso é sério mãe? - a loira perguntou, derramando mais lágrimas, Angeline sentiu um aperto no peito, era frustrante saber que ela tinha uma irmã gêmea e que não se lembrava dela.

- Sim, é sério. Se a sua irmã estivesse com você naquele momento, eu poderia ter adotado vocês duas, mas infelizmente outro casal já havia adotado a sua irmã... eu não pude fazer nada sobre isso. Então naquele momento eu decidi que iria ser a sua mãe e te daria todo o amor que você merecia, desculpa nunca ter te contado sobre a adoção e sobre sua irmã... eu tinha medo de que você pudesse me amar menos ao descobrir, ou que você ficasse ainda mais revoltada.

- Éramos gêmeas univitelinas? - a loira perguntou, ela queria saber se existia uma outra garota pelo mundo com a mesma aparência física que ela.

- Não... a diretora do orfanato disse que vocês duas eram gêmeas bivitelinas, se pareciam sim, mas não eram iguais, sua irmã tinha o cabelo escuro.

- É só isso que você sabe sobre ela? E sobre meus pais biológicos?

Ana Brenda suspirou, era difícil para a mulher falar sobre isso com a filha. - A única coisa que fiquei sabendo da diretora, foi que sua mãe biológica havia falecido no parto, deixando vocês duas com a avó materna, mas sua avó não tinha condições de criar vocês duas e acabou levando-as para o orfanato, sua avó materna, mãe da sua mãe biológica é a Sharon... eu soube recentemente, Sharon veio trabalhar aqui um pouco depois de eu ter te adotado, eu nunca soube, fiquei sabendo semana passada que ela era a sua avó materna, eu não sei como ela descobriu que eu havia te adotado, mas ela me disse que uma amiga dela trabalhava no orfanato e foi ela que a ajudou a saber sobre isso.

Os olhos de Angeline estavam ainda mais esbugalhados. - Sharon é a minha avó? Isso é sério?

- Sim, ela disse se sentia culpada por ter entregado as netas ao orfanato e que veio trabalhar aqui para poder ajudar a te criar mesmo que você nunca ficasse sabendo...

- Eu sempre estive tão perto da minha avó... ela sabe onde minha irmã gêmea está?

- Não, ela tentou descobrir, mas nunca conseguiu encontrar o casal que a adotou, a única coisa que ela sabe é que a sua irmã foi adotada por uma família rica também.

- Qual era o nome da minha irmã?

- Alice, mas pode ser que a família adotiva tenta trocado o nome da menina...

- O meu nome sempre foi Angeline?

- Sim, quando eu cheguei ao orfanato seu nome já era Angeline e eu não quis mudar, afinal, seu nome faz parte de quem você é.

- Obrigada mãe... obrigada por não ter mudado meu nome e obrigada por ter me adotado, obrigada por ter me amado desde que me viu... eu sinto tanto por ter sido uma filha ruim e rebelde... - a garota chorava.

- Não meu amor... você não é uma filha ruim, é rebelde sim, mas não é ruim. Você tem um bom coração e sempre foi a menina dos meus olhos, eu que fui uma péssima mãe e perdi momentos importantes da sua vida... me culpo tanto por isso, enquanto eu vivia trabalhando e amargurada, você estava passando por dificuldades e fazendo coisas de adolescente que eu deveria ter te aconselhado e te ajudado... você deve ter sofrido muito ao viver sabendo sobre a adoção... pensou que eu não te amava por causa disso, não foi?

- Sim... pensei que você tivesse se arrependido de ter me adotado.

- Nunca meu amor, eu nunca me arrependi disso, eu te amo muito, para mim você sempre foi a minha filha - a mulher disse, enquanto acariciava o rosto da garota com carinho, em seguida as duas se abraçaram.

- Desculpa mãe... por tudo...

- Eu que peço desculpas, minha filha... eu devia ter sido mais paciente com você, devia ter estado mais presente, eu te amo, tá? Desculpa por ter te batido sem tentar te compreender antes... desculpa por todas as minhas falhas... - Ana Brenda chorava durante o abraço.

- Eu te amo mãe, eu já te perdoei, obrigada por ser a minha mãe.

Naquela tarde, Angeline teve a certeza de que a mãe a amava e que sempre a amou e Ana Brenda pela primeira vez na vida tirou um grande peso de suas costas, ela sempre temeu o momento de contra a verdade para a filha, ela adiou aquela conversa tantas vezes e sempre estava com medo de que Angeline descobrisse e que não aceitasse, mas naquela tarde ela sentiu que todo o medo que ela sentia era uma besteira perto de todo o amor que a garota sentia por ela.

Ana Brenda sabia que Angeline era sua filha mesmo sem terem o mesmo sangue, da mesma forma que Angeline sabia que Ana Brenda era a sua mãe e ninguém no mundo jamais poderia mudar isso.

O que vocês acharam? Ficaram surpresos com a notícia? Alguém imaginava isso?

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