Nada mais me prende a ela, eu consegui!

Nem estou acreditando nisso.

Entrei no carro, voltei para a minha casa muito feliz.

Eu iria limpar, mas lembrei das malas.

Comecei com isso, tirar as roupas da mala e guardar. Estava quase terminando quando ouvi a campainha tocando, saí do quarto e desci.

Café estava em cima do armário da cozinha, e coisas no chão que ele usou para subir.

Fui até a tela perto da porta, Seungmin e Jeniffer.

Liberei o portão, eles entraram, abri a porta.

— Oi! — falei.

— Oi! Pensamos que estaria na faculdade, mas suas amigas disseram que você veio embora após o intervalo. — Jeniffer falou.

— Olá, licença. — entraram os dois, tiraram seus sapatos.

— Podem colocar de volta, essa casa está imunda. — olharam.

— Onde? — Seungmin perguntou.

— Deixa para lá. — o viciado em limpeza sou eu. — Mas fiquem de sapato. — colocaram de volta. — Sobre a faculdade, eu saí, não vou mais cursar direito.

— Sério? — ela perguntou, confirmei.

— Já tirei minha matrícula, sou um homem livre. — falei.

— Parece radiante com isso. — Seungmin observou. — Se está feliz, tudo bem!

— Exatamente. — Jennifer concordou. — Seu almoço.

— Obrigado! — agradeci. — Que horas irei fazer meu portfólio?

— Em uma hora, pode comer tranquilo. — Seungmin falou. — O que fazia?

— Estava arrumando meu closet. — sentei à mesa, os dois também sentaram.

Tirei tudo da bolsa térmica, peguei meu talher.

— Isso me lembrou algo. — precisei subir e voltar com meu celular.

Tirei uma foto do que iria comer, adicionei ao story e depois aos meus destaques de comida.

Também postei a foto que tirei mais cedo, foi no closet.

— Atualização. — Jeniffer olhou pelo celular dela. — Minha comida está no story de um famoso.

— Nada de chorar. — Seungmin falou, ela secou perto dos olhos e eu ri. — Qual a agenda dele hoje?

— 13:00 horas, portfólio para marcas. — ela olhando no iPad. — 15:30 horas, viagem para a China...

— Como é? Como assim China? — perguntei.

— Vou terminar e ele te explica. — ela falou. — Terminar a gravação do MV, 20:30 horas, jantar com toda equipe. — dia corrido. — 23:00 horas, voltar a Coréia.

— Agora eu explico porque vamos à China. — Seungmin começou. — O novo diretor é extremamente perfeccionista, e hoje cedo eles mostraram como ficaria com tela verde a última cena do MV, ele odiou, então vamos presencialmente para gravar.

— Ah! Mas é coisa rápida, né? — confirmaram. — Onde da China iremos?

— Vamos à Montanha Arco-íris. — nem vou pesquisar, quero ver ao vivo.

— Conhecer mais um país, terceiro em menos de uma semana. — que alegria!

— Minha Lua de Mel foi lá, vai gostar. — Seungmin afirmou.

— Vou mesmo. — concordei. — Você é casado há quantos anos?

— Doze. — respondeu.

— Nossa, bastante. — Jeniffer cozinha muito bem.

— E você já sabe quando vai casar com o Hyunjin? — os dois me olhando.

— Depende dele. — falei, encarei minha comida.

— Então logo. — Seungmin concluiu. — Jeniffer, já procura os melhores fotógrafos para fazer o álbum. Primeiro famoso coreano legítimo a ter um casamento gay, e com um empresário poderoso.

— Nós poderemos ir? — Jeniffer perguntou.

— Não, Felix não quer ninguém no casamento, só ele e o Hyunjin, mais o juiz para celebrar a união. — Seungmin respondeu. — Vão se casar onde?

— Bom, meu sonho sempre foi casar na praia, e meus sogros deram uma casa na praia para o Hyunjin, iremos casar lá. — já tenho até lugar para o casamento.

— Praia, combina com vocês. — eu sei.

Após terminar de comer eu subi para o meu quarto. Tomei banho e vesti um conjunto de moletom lilás, escovei os dentes antes de sair.

Passei creme no rosto, e hidratante labial.

Desodorante antes do perfume, Bea que me deu.

Após calçar meu tênis branco, eu desci. Alimentei o Café, ele estava do lado do potinho dele.

— Nós vamos direto do estúdio para o aeroporto, então precisa de uma mala pequena. — Seungmin falou.

— Eu posso arrumar. — Jeniffer se ofereceu.

— Não, obrigado! Eu mesmo arrumo. — falei.

Subi e arrumei a minha mala, em uma bolsa menor, separada dos meus documentos.

— Essa mala não é pequena, Felix. — seungmin observou.

— Sou precavido. — Jeniffer já levou minha mala lá para fora. — Vou deixar o Café com a minha vizinha.

Liguei o sistema de segurança da casa, e levei ele lá.

— Eu volto a noite, mas não quero deixá-lo sozinho. — expliquei.

— Tudo bem, ele não dá trabalho. — certeza? Esse gatinho é meio doido.

— Tchau! — me despedi do meu gato. — Obrigado!

— Por nada.

Fui para a van, o caminho até o estúdio foi tranquilo. Logo estávamos entrando em um prédio grande, seungmin indicou o caminho, acompanhei eles.

Só olhando as fotos de outras pessoas famosas que já fotografaram aqui, no corredor tem quadros bem grandes com fotos.

Entramos em uma sala, já tinha gente nela.

— Cuidem bem dele. — seungmin falou e se sentou com Jeniffer.

— Prazer felix, sou a Paolla, sua maquiadora. — uma loira se apresentou.

— Jonathan, cabeleireiro. — só falta uma.

— Stefany, personal stylist. — legal.

— O prazer é meu, já sabem meu nome. — não tô acostumado com isso.

— Com certeza. — Paolla apontou a cadeira, me sentei de frente a um espelho. — seungmin escolheu vários estilos para a sua maquiagem, se não gostar, a culpa é dele.

— Tudo bem. — enquanto ela começou a preparar minha pele, Jonathan explicou tudo que faria no meu cabelo.

Desde que não corte, ou pinte, o restante é tranquilo.

Ela foi rápida para me maquiar, e ele arrumar meu cabelo.

— Minha vez. — Stefany falou. — Vista isso aqui. — entregou dois cabides.

— Onde? — perguntei.

— Essa porta. — abriu e eu entrei, um trocador.

Após a porta ser fechada, troquei de roupa com cuidado, olhei no espelho.

Interessante as cores.

Saí do trocador.

— Agora vamos te entregar na mão do fotógrafo. — Stefany ajeitou minha roupa antes.

Nunca pensei que iria gostar de fazer fotos assim, e olha que eu não gostava de muita atenção.

Foram quatro trocas de roupa, na última foi de fotos espontâneas.

Eu tirei fotos dos jeitos mais estranhos possíveis com facilidade, mas as espontâneas não estavam ficando legais.

— felix, imagina que quem está atrás da câmera, não sou eu, e sim, a pessoa que você mais ama. — logo pensei no Hyunjin. — Isso, sorria assim e seja espontâneo.

Aí foi fácil, saudade do meu velhinho.

Ainda nem falei com ele hoje, no caminho para a China eu ligo.

— Conseguimos, parabéns! Felix, suas fotos estarão prontas na sexta-feira. — que rápido!

Troquei de roupa novamente, só meu cabelo que desfizeram, a maquiagem eu deixei.

Saímos do estúdio e seguimos para o aeroporto, dessa vez eu não avisei nada, nem postei que estaria saindo do país.

— Eles estão esperando o Changbin? — perguntei, apontando os repórteres lá fora.

— Ele foi cedo para a China, se fossem juntos iria voltar aquele boato de um relacionamento entre vocês, o que queremos evitar. — Seungmin respondeu. — Vamos? — confirmei.

Os dois saíram primeiro, eu saí em seguida, como esse povo descobre?

Acenei sorrindo para eles, até entrarmos em uma parte do aeroporto que eles não entram.

Meus seguranças acompanhando como sempre, povo prestativo.

— Sua passagem. — Seungmin me entregou.

Para embarcar não foi difícil, primeira classe, muito confortável.

Desliguei meu celular após o aviso.

Nem acredito que já estou indo conhecer um terceiro país, essa vida de famoso é interessante.

Após o avião decolar, liguei meu celular, tinha ligações perdidas dos meus amigos, liguei de volta.

— Oi... — não consegui terminar.

— China? Como você vai para a China e não fala nada? — ouvi a voz da Kamila.

— Como você sabe? — perguntei.

— Porque a dispatch postou, "A espera de Lee Felix, que estará indo para a China cumprir sua agenda". — fofoqueira essa dispatch. — Então, como aconteceu?

— Foi bem rápido, nem eu sabia que iria ir. — falei. — É uma longa história, mas eu volto hoje mesmo, será coisa rápida.

— Eu tenho tempo. — só após contar tudo ela me deixou desligar.

Agora liguei para o Hyunjin, ele não atendeu, liguei de novo, foram umas três vezes.

Ele deve estar ocupado com alguma reunião.

Coloquei meus fones, liguei em uma playlist, e fui ouvindo ela durante o voo. É bem rápido da Coréia para a China, pelo menos para o lugar que aterrissamos.

No aeroporto da China não tinha ninguém, ainda bem.

Me arrumaram em um hotel, e eu cheguei na famosa montanha Arco-íris de helicóptero.

É linda!

Aproveitei e tirei fotos.

— Oi Felix! — changbin surgiu na minha frente.

— Oi! Você parece assombração. — ele riu.

— Changbin e Felix, vamos começar? — o diretor perguntou, confirmamos.

Ele explicou toda a cena, não acredito que me arrumaram sendo que vou correr.

Ainda tive que cair dentro de um buraco, tinha colchão fofo me esperando.

— Corta! — levantei, apontando só minha cabeça para fora do buraco. — Bela queda, Felix! Terminamos!

Sou profissional em cair.

Me ajudaram a sair, passei a mão na roupa para tirar a sujeira.

Para voltar ao hotel foi com o changbin, foi me irritando o caminho inteiro, quase joguei ele para fora do helicóptero.

No meu quarto eu tirei maquiagem, e no banho lavei meu cabelo para tirar todo produto, estava cheio de laquê.

Fiz uma hidratação profunda, o coitadinho estava precisando.

Escovei meus dentes, e hidratei minha pele antes de sair do banheiro.

Vesti calça social preta, com blusa de lã lilás. Calcei um sapato creeper preto de verniz.

Passei desodorante e perfume, estou pronto!

Uma rápida passada de secador e meu cabelo estava ótimo! Só passei um óleo para proteger os fios.

— Felix. — com batidas na porta.

Abri a porta, Seungmin e Jeniffer.

— Está pronto? — confirmei, só peguei meu celular e saí com eles.

O jantar com a equipe de filmagem foi bom, todos falaram da diretora, e que ela não deu mais sinal de vida.

Hyunjin deve ter pagado para ela desaparecer.

No horário marcado eu já estava voltando para a Coréia. Quando cheguei em casa, e após pegar meu gatinho, apaguei na cama.

Cansado!

[...]

Acordei com meu celular tocando, peguei e atendi.

— Gatinho. — é o Hyunjin.

— Hum? — que sono!

— Estava dormindo? Desculpa te acordar. — falou.

— Tudo bem! O que precisa? — perguntei.

— Só queria ouvir sua voz. — que fofo!

— Fofo! — olhei o relógio. — São quatro horas da manhã, amor, não poderia esperar até às dez para ouvir minha voz?

— Não, estava trabalhando e lembrei de você. — uma hora dessa?

— Vai dormir, Hyunjin! Já te falei para não ficar até de madrugada trabalhando, depois se você ficar doente, não vou cuidar de ninguém. — isso não é hora de trabalhar.

— Eu não vou ficar doente, e você está muito estressado! — por que será, né?

— Não estou estressado, estou bravo com você. — ele vai acabar adoecendo. — Vai dormir! Depois nós conversamos.

— Sim, senhor. — estou doando. — Tchau! Gatinho.

— Tchau! Amor, bons sonhos. — desliguei. — Quatro horas da manhã trabalhando, eu vou bater nele.

Voltei a dormir, e não acordei até às dez da manhã.

Levantei meio dormindo e fui ao banheiro, fiz minha rotina de sempre, um banho. Por último, minha Skin Care, uma pele linda assim, só eu tenho.

Fui ao closet, e vesti camiseta branca e calça moletom branca. Passei desodorante e perfume, calcei a pantufa antes de sair.

— Abrir a cortina. — começou a abrir, arrumei minha cama que estava um ninho.

Café não está no quarto, já deve estar esperando a comida dele.

Peguei meu celular e desci ao primeiro andar, Café estava mesmo ao lado do potinho.

Coloquei comida para ele antes de tudo.

Fiz meu café da manhã, e comi olhando as coisas do meu Instagram.

Começou a vibrar, Jennifer me ligando.

— Oi! — falei após atender.

— Oi, bom dia! — falou.

— Bom dia! Precisa de algo? — perguntei.

— Não, só liguei para avisar que hoje você não tem nada programado, dia livre. — livre nada, eu vou limpar a casa. — Ainda quer que eu leve seu almoço?

— Obrigado, mas não precisa. — eu mesmo irei cozinhar.

— E o Seungmin, sugeriu que você gravasse uns story, seus fãs querem ver como é seu dia. — já pensei nisso, mas tenho vergonha. — E se tiver vergonha, pense que seu namorado que vai assistir.

— Tudo bem, obrigado! — ela desligou.

Fui lavar as louças, meu celular tocou de novo.

É o Chan, atendi.

— Oi sumido! — coloquei no viva voz.

— Eu não sumi. — falei.

— Não te vejo há quase quarenta e oito horas, muito tempo. — grude.

— Você não está na faculdade? — perguntei.

— Eu estou doente. — tá nada. — Não, eu tive uma crise de ansiedade antes de ir, então fiquei em casa.

— Você está bem? — parei de lavar a louça.

— Agora sim. — certeza?

— Qual foi o motivo da crise? — o Chan não tem crise sem motivo como eu, sempre tem alguma coisa. — E não minta.

— Lembranças. — sabia — Por que você não está na faculdade?

— Eu saí da faculdade ontem, não farei mais direito. — ele engasgou com alguma coisa.

— Por que não me contou ontem? — perguntou.

— Não tive tempo. Eu saí da faculdade e vim para casa, arrumei minhas roupas no closet, almocei, fui tirar algumas fotos para um portfólio, depois direto para o aeroporto, cumpri minha agenda lá e voltei a noite. — cansei só de lembrar.

— Amigo blogueiro é outra coisa, né. — nada a ver.

— Está sozinho em casa? — perguntei.

— Sim, minha mãe e meu pai estão trabalhando, minha irmã está na escola. — respondeu. — Por que?

— Quer vir aqui? Não é bom ficar sozinho. — sugeri.

— Preguiça de ir. — preguiçoso.

— Vou pedir para um dos meus seguranças te buscar. — simples assim.

Em trinta minutos Chan estava passando pelo portão, veio até a porta e entrou.

— Você tinha que mandar um gostoso assim? — não muda essa vida de piranha.

— Para de ser puta, Chan! — ele disfarça o que está sentindo desse jeito, pensa que me engana.

— Ei, eu ser de vários não me torna puta, me torna acessível. — puta!

Tirou o tênis e calçou a pantufa antes de entrar.

— O que está fazendo? — perguntou.

— Me preparando para limpar a casa. — virou para ir embora, segurei ele pela gola da camiseta. — Não vai a lugar nenhum.

— Eu não vou fazer nada! — nasceu no dia da preguiça.

— Te trouxe aqui para ser a sua companhia, não te fazer de escravo. — cada coisa.

— Grosso. — revirei os olhos e segui. — Você tem sido bem menos grossinho com o Hyunjin, no avião eu vi pelo menos vinte oportunidades de você meter o pé nele com força, mas não aconteceu, está evoluindo.

— Sim, um processo lento, mas vale a pena. — peguei meu celular em cima do balcão. — Ele está me ligando.

— Se for transarem pelo celular avisa, que eu sento para ficar mais confortável e ouvir. — bati no braço dele.

Atendi, e estava quieto.

— Você está aí? — perguntei.

— Oi, gatinho! — apareceu. — Prefere rosa ou roxo?

— Referente a que? — quero ter uma noção do que vou escolher.

— Ou será que preto vai ficar melhor? — parecia falar com ele mesmo. — Estou comprando algo para você.

— Presente, amo presente! Quando vai me entregar? — perguntei.

— Sábado à noite. — por que de noite? — Então gatinho, qual cor você prefere?

— Rosa, roxo e preto? — confirmou. — Preto.

— Excelente escolha, te vejo no sábado. — e desligou.

— O que ele queria? — perguntou.

— Vai comprar algo pra mim, ligou para saber a cor. — respondi. — Vou limpar lá em cima, vem.

— O que seu gato está fazendo? — olhei para onde ele está olhando, lá fora.

— Afiando as unhas no meu coqueiro. — saí. — Café, tira as patinhas daí agora.

Me olhou assustado e tirou, sentou, sonso.

— Gatinho terrível. — têm um arranhador enorme, mas quer o meu coqueiro. — Vou te chamar de Hyunjin.

— Hyun é melhor. — Chan falou atrás de mim. — Por que diz isso?

— Hyunjin é sonso igual. — voltei para dentro.

Subi com Chan, no restante da manhã eu limpei todos os cômodos do segundo andar. A grande sacada com área para descanso, eu joguei água sem dó.

Chan atrás de mim, às vezes falava sem parar, depois ficava quieto olhando para o nada, eu chamava sua atenção com qualquer coisa.

— E aqui está o blogueiro mais falado nas redes sociais nas últimas semanas, lavando o banheiro. — olhei para o Chan, com meu celular na mão.

— O que pensa que está fazendo? — perguntei.

— Gravando um story. — levantei rápido demais e deu tela preta.

— Nem pense em postar! — sabia que seria má ideia deixar ele com o celular.

— Já foi. — terrível!

Após terminar o último banheiro, nós descemos.

Fiz o almoço e obriguei ele a me ajudar, pelo menos cortou as coisas. Nós almoçamos juntos, e ele lavou a louça, enquanto eu limpava a cozinha.

A sala de jantar foi a próxima, depois a sala de estar. Limpei tudo, coloquei roupa para lavar e depois secar.

A área de lazer foi a última, Chan quis entrar na piscina.

Pegou um shortinho meu emprestado (que eu nunca mais verei), emprestar para amigo é só desculpa para roubo.

Apertei o botão e a proteção começou a abrir revelando a piscina, água limpinha. Ele mergulhou.

Eu fui terminar de limpar a área, juntei as folhas que caíram das duas árvores e joguei fora, de restante foi bem fácil limpar.

— O que vai fazer agora? — perguntou enquanto boiava.

— Lavar os vidros. — estão imundos!

— Você não para? — neguei.

E lavei todos, primeiro e segundo andar. Ficaram brilhando!

— Por que você não pede para o Hyunjin, contratar alguém para limpar? — perguntou enquanto eu guardava as roupas já passadas no closet.

— Ele quis fazer isso, mas eu não aceitei, gosto de limpar. — falei.

— Gosta? — confirmei. — Puxou seu pai, aquela coisa que você chamava de mãe é porca. — sim, puxei meu pai. — Você comprou roupa para um cacete, e ainda tem muito espaço para colocar mais roupa.

— Vai demorar para eu encher ele completamente. — olhei ao redor. — Terminei!

— São 19:00 horas. — cedo ainda.

— Eu vou tomar banho, fica à vontade. — fui para o banheiro. — E não mexa no meu celular.

— Não faria isso. — já deve estar mexendo.

Eu tomei banho, e lavei meu cabelo. Hidratei minha pele após sair com um creme cheiroso, rosto mesma coisa. Saí com um roupão do banheiro, e Chan está deitado na minha cama assistindo à televisão.

— O que está assistindo? — perguntei.

— Um reality de blogueiras, mas é só barraco, não combina com você. — sou da paz. — Se fosse eu e Kamila, daria certinho.

— Com certeza, dois barraqueiros. — segui para o closet.

Vesti um pijama confortável, de seda preto, calça e camisa de botão.

Sequei meu cabelo, passei um óleo em seguida. Após o desodorante, saí do closet.

Ouvi a campainha.

— Não estou esperando ninguém. — calcei minha pantufa.

Saí do quarto e desci para o primeiro andar, meu gato pediu colo, peguei ele.

— Tão lindinho meu filho gato. — ele ficou no meu ombro. — Você não é papagaio. — miou.

Na tela ao lado da porta, olhei quem está lá fora, são as meninas.

Liberei o portão, elas entraram. Logo batidas na porta, abri.

— Noite da pizza. — cada uma com duas.

— Trouxemos os sabores que pediu. — Kamila falou e entrou, tirou o sapato e seguiu descalça.

— Eu pedi? Não pedi nada. — olharam para mim.

— Como não? Você mandou mensagem no grupo. — Jasmin falou sem entender.

— Não mandei nada. — falei.

— Eu disse que não tinha sido ele, Felix não fala daquele jeito, não é Chan? — Bea olhou o querido no pé da escada.

— Você sempre sabe né. — ela confirmou. — Se eu pedisse para mim, vocês não trariam.

— Traria sim, doido. — ela falou.

As duas também tiraram o sapato e foram descalças para a cozinha.

— Por que estão descalças? — perguntei.

— Gostamos de ficar assim. — nem vou falar nada.

— O que café está fazendo no seu ombro? — Kamila perguntou.

— Nem ele sabe, gatinho doido. — fui para a cozinha.

— Vamos comer? — Bea falou, colocamos as pizzas na mesa, as bebidas também.

— Espera. — tiraram a mão dos pedaços. — A foto.

Tirei de todas as pizzas, e com eles.

— Pronto. — atacaram as pizzas.

— Como será que o Hyunjin fica ao ver as pizzas da Coréia? Porque ele é italiano. — Kamila me perguntou.

— Ele come e não reclama, mas algumas ele olha emburrado. — italiano chato.

— Se ele for para o Brasil, e comer pizza de lá, tem um ataque. — Jasmin falou.

— Por que? — Chan perguntou.

— Já ouviram falar de Strogonoff, da Rússia? — confirmamos. — Tem pizza disso no Brasil.

— Como será que fica? — perguntei.

— Podemos fazer, Bea sabe fazer pizza. — Kamila sugeriu.

— Vimos no Instagram que estava faxinando aqui hoje. — Jasmin comentou.

— Sim, estava um lixo. — muito sujo. — Agora está impecável!

— No twitter estão falando que você é o primeiro blogueiro a ser visto lavando o banheiro. — os outros tem alguém para fazer isso. — Só não sabem que você tem mania de limpeza.

— Tenho, odeio coisa suja. — falei.

— Puxou ao pai, a mãe dele é uma porca. — Chan contou.

— Hyunjin já sabe que você deixou a faculdade? — Bea perguntou, neguei.

— Sábado eu vou almoçar com ele, quero contar pessoalmente. — é melhor.

— Antes de decidir ser promotor para irritar a sua mãe, o que você queria? — Kamila perguntou.

Pensei.

— Ter um canal no YouTube. — Chan respondeu. — Nós chegamos a brincar disso, e minha mãe tem um vídeo que fizemos, mas depois ele enfiou a ideia de ser promotor na cabeça e não tirou mais.

— Mantenha aquele vídeo longe da internet. — falei.

— Queria ver. — Jasmin falou.

— Vocês tinham quantos anos? — Bea perguntou.

— Doze anos. — respondi.

— O pudim devia ser uma fofura, com essas bochechas rechonchudas, todo pequeno e fofinho. — Kamila doida para apertar minha bochecha, coloquei as mãos nelas. — Chan nessa idade não era mais fofo, porque beijou com doze anos, puto!

— Realmente. — e ele concorda.

— Com quantos anos beijou alguém, Felix? — Bea perguntou.

— Dezoito, a minha ex. — que arrependimento! — Deveria ter esperado para beijar o Hyunjin.

— Namorou com ela por dois anos e pouco né? — confirmei.

— Antes não queria beijar ninguém? — Jasmin perguntou.

— Eu quis, ninguém queria me beijar, esse era o problema. — respondi.

— Nossa, chorei! — Kamila, emotiva como sempre. — Eu teria te beijado, na verdade, eu beijei.

— Ela vai se gabar disso para sempre. — Chan falou. — Tudo bem, eu já te vi pelado.

— Tínhamos sete anos, não vale. — cada coisa.

— Vale sim. — eu discordo.

— Você já se encontrou com o Jun-ho desde que voltamos, Jasmin? — perguntei.

— Ainda não, ele começou a ajudar o Hyunjin no Hotel, Hyunjin está treinando ele para mandar a filial dos Estados Unidos que vai inaugurar no próximo ano. — contou.

— Vai ficar sem o namorado. — Kamila cantarolou.

— Nós não namoramos. — ela falou.

— Ainda. — falamos juntos, rimos em seguida.

— Quando estiverem namorando, você terá um namoro à distância, largaria as coisas aqui para ir com ele? — negou.

— Largaria sim. — Bea falou.

— Mas e a faculdade? — Chan perguntou.

— Nessa mesa tem duas pessoas que vão terminar a faculdade, uma sou eu e a outra é você. — Bea entregando o jogo. — Jasmin nunca teve o sonho de fazer faculdade, muito menos de direito, ela veio junto porque não queria mais trabalhar no salão da mãe dela, e ouvir os parentes a julgando por isso. — logo ela sai. — A Kamila, é de Lua, cheia de fases, uma hora ela quer ser advogada, outra hora não quer mais, e assim logo ela também vai desistir da faculdade. Você vai terminar, mas não irá exercer nisso, porque até o final irá ver que nunca quis administração, e irá cursar moda, assim como a Jasmin. Agora a Kamila tão cedo não vai passar nem perto de uma Universidade.

Os três chocados, e ela plena.

— Ainda bem que eu já saí. — resmunguei, mordi meu pedaço.

— E se eu sair agora? — Chan falou.

— Vai evitar ter um certificado de enfeite. — ela falou.

Meu celular tocou, peguei.

— Sua mãe? — Kamila perguntou.

— Com certeza não, é a Jennifer. — não sabem quem é, esqueci disso. — Minha secretária pessoal.

Atendi antes que falassem algo, mas a cara já entregou tudo.

— Oi, Felix! Está ocupado? — perguntou.

— Oi, Jennifer! Não estou, pode falar. — separei a azeitona da pizza, gosto de comer separado.

— Tudo bem, só liguei para avisar que a partir da meia-noite, não come mais nada, você vai tirar sangue amanhã cedo. — beleza, ainda posso comer bastante pizza até meia-noite. — É para o teste de DNA, chegou hoje a tarde a amostra da sua mãe, então até a noite de amanhã você terá o resultado.

— Okay! Obrigado, Jennifer! Boa noite! — ela falou o mesmo e desligou.

— Então? — nem são curiosos.

— Eu vou coletar sangue amanhã para um teste de DNA, ele vai confirmar que minha progenitora é um falsário. — falei.

— Finalmente! — Chan falou.

— Estava na hora. — Bea comentou.

Não foram embora tão tarde, não eram nem dez horas.

Alimentei meu gato, e fui lavar a louça. Deixei a pia impecável de novo, casa limpinha.

— Vamos, Café. — peguei ele no colo. — Apagar as luzes do andar um.

Subi para o segundo andar, o coloquei no chão quando entrei no quarto.

Fui até o banheiro, passei fio dental e escovei os dentes. Fiz minha rotina noturna com a pele, coloquei uma máscara e saí.

Entrei no closet, escolhi um pijama e vesti.

Esperei o restante do tempo da máscara fazer efeito, assisti a um vídeo no YouTube, de uma blogueira dos Estados Unidos. Ela falava sobre o meu crescimento no Instagram, e reproduziu alguns looks meus.

Ela tem dois milhões de inscritos no YouTube, e cinco no Instagram. Segui ela e curti as fotos que postou da reprodução do que já usei.

— Felix, se você assistir isso, espero um dia gravar com você! — quando eu for para os Estados Unidos.

Fui tirar a máscara do rosto, perfeita!

Voltei ao quarto, Café está amassando pãozinho no meu antigo coelho.

Tirei uma selfie, postei no story "Boa noite!".

Me enfiei embaixo do edredom, nem está frio.

— Apagar a luz do quarto. — apagou. — Fechar cortinas.

Entrei no aplicativo de mensagens, no chat do Hyunjin não tem nada, que tristeza!

Se esse sem vergonha, me ligar de madrugada, não vou atender.

Coloquei o celular para carregar e fui dormir, dormi bastante. Não acordei de madrugada, sem sonhos ou pesadelos, uma noite tranquila.

Cedo o despertador fez barulho, o Café querendo sair do quarto para comer.

Levantei, calcei minhas pantufas e fui até a porta, abri e ele já saiu. Quando saí, ele escalou minha calça, nem doeu.

— Gatinho sem vergonha! — miou.

Descemos, coloquei comida para ele e troquei a água da fonte. Abri as portas que dá para a área de lazer, entrei na lavanderia, já troquei a areia dele, logo ele vem aqui.

Voltei para dentro, subi para o quarto.

Eu tomei banho para despertar, lavei meu cabelo ontem. Escovei os dentes assim que saí, passei o creme diurno no rosto e protetor solar. Fui para o closet de roupão, escolher minha roupa.

Olhei as muitas opções, vou com básico.

Calça cargo creme, regata gola alta da mesma cor, é bem justa por ser malha.

Passei desodorante e perfume. O cheiro irá ficar mais suave enquanto arrumo meu cabelo.

Deixei a chapinha esquentando enquanto escolhia o que usar na parte dos pés e jaqueta, assim que estava decidido, fui alinhar meus fios rebeldes.

Um óleo para proteger do calor, e outro para hidratar. Passei a chapinha nos fios loiros, dei uma leve dividida na franja, estava muito tigelinha.

Agora está perfeito!

Calcei o tênis azul-escuro, e coloquei uma jaqueta puffer curta, azul também.

Me olhei no espelho, preciso de uma foto.

Peguei meu celular no quarto, voltei e tirei duas fotos.

Arrumei minha cama, estava bem bagunçada.

— Abrir cortinas. — peguei minha documentação e desci.

Sentei no sofá, olhei o celular.

Meu amor - Bom dia, gatinho!

Bom dia, amor!

Finalmente lembrou que eu existo, pensei que não mandaria nada de novo.

Logo ele respondeu.

Meu amor - Por que está acordado tão cedo, anjo? Costuma acordar mais tarde para a faculdade.

Não vou hoje, irei fazer o teste de DNA.

E nem nunca mais.

Meu amor - Quando sair o resultado, me fale.

Será o primeiro a saber.

Fiquei esperando ele mandar mais coisa, não mandou mais nada, eu não falo é nada!

Falar com a Antonietta sobre isso, essa falta de atenção comigo, ele vai ver só.

Ouvi a campainha, fui até a tela perto da porta, Seungmin e Jennifer.

— Já vou sair. — liguei o microfone para falar.

— Estamos te esperando. — Seungmin falou.

Café está dormindo em um degrau da escada, não quis subir o restante.

Coloquei mais comida, caso eu demore para voltar.

Liguei o sistema de segurança e saí, abri o portão, após sair o fechei e ele trancou.

— Oi, bom dia! — falei.

— Bom dia! — falaram.

— Vamos? — Seungmin perguntou, confirmei.

Entramos na van, Seungmin olhou meus documentos do hospital.

— Já fez uma cirurgia? — confirmei.

— Eu era criança, nem me lembro. — tinha uns dois anos.

— Você já ficou internado várias vezes quando criança. — sim, por isso não gosto de hospitais.

— Ficava doente com facilidade, hoje não mais.  — ainda bem.

Meu celular tocou, olhei e é o Hyunjin, atendi.

— Oi! — falei.

— Oi, gatinho bravo. — não tô bravo. — Já está indo fazer o teste?

— Não tô bravo! Sim, estou indo. — confirmei.

— Pela sua voz sei que está bravo, gatinho. — está endoidando, tadinho.

Fomos conversando até a clínica, quando eu saí da van me despedi dele e desliguei. Entramos, Seungmin falou na recepção, fomos direto para uma sala.

A enfermeira que irá coletar o sangue, me deu "bom dia", respondi e sentei, tirei minha jaqueta.

Jennifer pegou, vai segurar para mim.

— Vou colocar esse elástico, senhor Lee. — colocou.

Logo meu sangue estava enchendo um tubinho, e mais um.

— Precisa de dois para DNA? — perguntei.

— Vai fazer mais exames, já deu mais de dois meses que fez os últimos, ele me ligou preocupado com a sua falta de memória em lembrar para repetir os exames. — Seungmin respondeu, está falando do Hyunjin. — E passar com um médico assim que sairmos daqui.

Legal.

Quando ela terminou, me deixou escolher um adesivo, de gatinho obviamente.

— Obrigado! — agradeci, me curvei e saímos da sala.

— Vamos ao quinto andar, um clínico geral te espera. — que maravilha!

Subimos de elevador, no quarto andar Rosé entrou, faz tempo que não te vejo.

— Felix oppa. — se curvou.

— Olá Rosé. — falei.

Acenou para Seungmin e Jennifer, acenaram de volta.

— Assisti ao teaser da música que vai lançar, você com o Changbin. — é, hoje que vai sair. — Estou ansiosa para ouvir mais da sua voz, ainda quero gravar com você!

— Claro, até mais Rosé! — a porta do elevador abriu.

— Até oppa! — saímos do elevador.

— De onde você conhece ela? — Seungmin perguntou.

— Hyunjin me levou no aniversário dela, foi desastroso! — contei.

— Você estava no aniversário da Rosé? — confirmei. — Tinha um monte de fotógrafos na frente daquele restaurante, como não tem fotos suas?

— Não faço a mínima ideia, também estranhei, Hyunjin deve saber. — Seungmin ligou na hora para ele.

— Sua música sai hoje, se isso sair na mídia, estamos literalmente fudidos! — Jennifer me guiou até o consultório do médico.

Ele me atendeu super bem, fez as perguntas que sempre respondo, examinou meu coração e pulmão.

— Você está ótimo! Assim que tiver o resultado dos exames, marcamos outra consulta, continue tomando as precauções certas. — okay! — Hoje, como você coletou sangue, em jejum, evite se esforçar, faça alimentações leves.

— Tudo bem, obrigado doutor! — agora Hyunjin pode parar de se preocupar comigo.

Saí do consultório, os dois me esperam.

— Sua jaqueta. — Jennifer me entregou.

— Obrigado! — coloquei novamente. — Conseguiu descobrir, Seungmin?

— Sim, ele pagou para eles apagarem as fotos, disse que na época não sabia se você queria holofotes, ou sair nos sites de fofoca como namorado do bilionário italiano. — ele fez bem. — Maravilhoso! Ter essa dor de cabeça agora, está fora de cogitação. Agora que está baixando a poeira do último escândalo de relacionamento que te colocaram não pode entrar em outro.

— Fui colocado mesmo, aquele changbin idiota. — Jennifer riu pela forma que chamei o rapper. — Quando será que poderei tomar os cuidados para descobrirem que estou namorando o Hyunjin?

— Em um mês para mais. — tudo isso?

— Quanta coisa. — resmunguei.

Descemos de elevador, passamos direto na recepção.

— Não vamos pagar? — perguntei.

— Não, seu bilionário italiano já pagou. — esse meu velhinho gosta de me bancar.

Saímos da clínica, entramos direto na van.

— Onde irei agora? — não sei se tem mais algum compromisso.

— Algum lugar para você comer. — Seungmin falou.

— Vamos à cafeteria que eu trabalhava? — confirmou.

Fomos até lá. Na-yeon abriu a porta, Seungmin saiu primeiro, eu em seguida com a Jennifer.

— Então é aqui que você trabalhava?

— sim.

— Vamos entrar!

Entramos, vi meu antigo chefe no caixa, acenei sorrindo para ele, fez o mesmo.

Nós subimos ao terceiro andar, mais vazio e tranquilo. Apenas Na-yeon e Lipe, fazendo minha segurança aqui dentro.

Eles olharam as opções, eu já sei o que irei pedir.

Um rapaz se aproximou de nós, com uniforme, perguntou qual seria nosso pedido.

— Dois cupcakes de chocolate, e um pedaço dessa torta de limão, de bebida um capuccino com chocolate, por gentileza. — Seungmin pediu o dele.

— Um pedaço de torta de maçã, bebida um café simples sem açúcar. — Jennifer.

Ele olhou para mim, viu que não tinha cardápio nas minhas mãos.

— O senhor não tem cardápio? Quer olhar nossas opções? — neguei.

— Eu quero um pedaço da torta de nozes, e um chá de camomila sem açúcar. — fiz o pedido. — Por favor!

— Certo! Já trago os pedidos dos senhores. — e se retirou.

— Sabe o cardápio de cor? — Jennifer perguntou.

— Sim, eu trabalhei quase três anos aqui. — respondi.

— Era difícil? — neguei.

— Depois que você pega o jeito fica tranquilo. — falei. — Tira uma foto minha?

— Claro. — deixei na câmera e entreguei para ela o celular.

Após minha foto ser tirada ela devolveu o celular, assim que nossos pedidos chegaram, eu tirei a foto do meu. Postei a minha, mais a da torta com o chá, marcando o café.

— Após aqui vamos onde? — perguntei.

— Para a JYP. — Seungmin respondeu. — Gostoso o cupcake.

— Gostei da torta. — Jennifer falou.

Nós comemos, e Seungmin pagou a conta. Fomos para a empresa, eu tenho que gravar com o changbin, para a Deezer, Spotify, YouTube, e Instagram.

Primeiro eu passei por maquiagem, arrumar o cabelo, e troca de roupa. Uma roupa para cada um desses aplicativos, foi até fácil gravar.

— Acabou? — perguntei.

— Não, agora vamos gravar respondendo perguntas para o Google. — mais uma roupa.

Eu e ele sentamos no banco alto, reforçaram a maquiagem.

— Comida preferida? — primeira pergunta.

— Bulgogi. — changbin respondeu.

— Mandu, bolinho Mandu. — respondi.

— Ficar em casa ou festa? — isso é óbvio.

— Ficar em casa. — respondi primeiro.

— Festa. — festeiro o changbin.

— Gato ou cachorro? — terceira pergunta.

— Cachorro. — ele tem um cachorro.

— Gato, Café. — meu pretinho lindo.

— Por que deu o nome de café ao seu gato? — Changbin perguntou.

— Porque eu trabalhava em uma cafeteria. — entendeu.

— Música preferida. — Changbin respondeu a música que vamos lançar.

— Mockingbird - Eminem. — respondi, e teve risos atrás das câmeras. — Por que riram?

— Era para responder a música que vamos lançar. — changbin me explicou.

— Ah! Não sabia, mas ela não é minha preferida. — riram mais. — Está em terceiro lugar.

— Deixa assim mesmo, foi espontâneo e os fãs irão rir. — o diretor falou. — Voltem a gravar.

— Foto do wallpaper. — péssimo.

— Espera, minha foto de wallpaper não pode ir a público. — cortaram.

É minha foto com o Hyunjin na Itália.

Mudei para uma do Café, prontinho.

— Gravando. — Changbin mostrou a dele, é ele mesmo.

Quem coloca foto de si mesmo no wallpaper, doido!

Mostrei do Café.

— Algo que ama fazer? — pensei.

— Dormir. — dorminhoco.

— Passar o tempo com quem eu amo, amigos, família. — e namorado, principalmente o namorado.

— Primeira coisa que faz após acordar? — essa é difícil.

— Abro os olhos. — me fez rir o idiota.

— Vou dar comida ao meu gato. — ele que me acorda.

— Melhor momento da sua vida? — difícil.

changbin falou dos fãs dele.

Eu diria sobre quando eu conheci o Hyunjin, mas não posso, ódio!

— Quando estava com meus avós. — respondi.

— Uma música que indica para quem está assistindo. — agora eu falei certo.

— Corta. — finalmente! — Acabamos!

Graças a Deus!

Após vestir minha própria roupa, quis ir ao Shopping. Estava perto, e eu queria olhar umas coisas.

Abriu uma concessionária de carros dentro do shopping, como eles colocaram os carros aqui?

Entrei para ver, Jennifer me acompanhando mais os seguranças. Seungmin está no celular lá fora conversando com alguém que me quer como garoto propaganda.

De programa eu já fui, porque aquilo que eu tinha bem no início com o Hyunjin, era prostituição.

Que pecado!

E safado!

Logo cinco vendedores me cercaram.

— Senhor Lee. — como vocês sabem meu nome?

— Como sabem meu nome? — perguntei espontâneo.

— Gostamos de saber o nome de futuros clientes. — um homem respondeu.

— Só vou olhar mesmo, obrigado pela atenção. — se afastaram, mas não muito. — Ainda não me acostumei em ser famoso.

— Se acostume, vai aumentar sua fama. — faz parte.

— Eu sempre quis ter um desse. — falei ao lado do Cadillac preto, lindo!

— Compra. — Jennifer disse simples.

— Estou sem meu cartão. — e eu nem sei o preço. — Esse é o novo, lançou esse ano.

— Licença. — olhei Jennifer, ela chamou um dos vendedores. — Qual o preço dele?

— Seiscentos mil. — doeu, que caro! — É versão de luxo, pode entrar e olhar dentro, todo automatizado... — e foi falando tudo que o carro tem.

Abriu a porta, eu entrei, que lindo!

Os bancos são brancos, deu até vontade de comprar.

Olhei tudo por dentro, saí do carro.

Me afastei um pouco, liguei para o Hyunjin.

— Oi amor! — falei todo manhoso.

— Oi gatinho! — espero que ele esteja sentado.

— Sabe que eu te amo, né? — perguntei.

— Sei, eu também te amo! — excelente.

— Perfeito! Já que eu te amo e você me ama, que tal me emprestar seiscentos mil? — fala que sim

— Por que você quer seiscentos mil, gatinho? — perguntou.

— Comprar um carro. — respondi.

— Que carro é esse que custa tudo isso? — olha quem fala.

— Você tem quase trinta milhões em carros, não pode me julgar. — cada coisa.

— Tá! Está sem seu cartão? — sim. — Em que lugar vai comprar esse carro?

— Na concessionária que abriu no shopping, aquele de rico perto da JYP — informei.

— Vou te enviar o dinheiro. — obrigado!

— Te amo! Muito! — ele riu.

— Também te amo muito! — desligou.

Fiquei esperando pelo dinheiro, após quinze minutos, Lisa entrou na concessionária com uma maleta.

— Oi, Felix! — me cumprimentou.

— Oi, Lisa! — passa meu dinheiro.

— Desculpa a demora, tive que passar no banco. — ofereceu a maleta. — Um milhão certinho.

— Mas eram só seiscentos mil. — falei.

— Senhor Hwang disse que você poderia querer comprar algo no shopping, por isso tem a mais, e também vou te ajudar a comprar o carro sem que queiram te cobrar por impostos desnecessários. — legal.

Ela me ajudou em tudo na compra do carro, agora já sei como fazer.

O carro será entregue na minha casa essa tarde.

Lisa foi embora, e eu fiquei com quatrocentos mil, fui gastar.

Eu compro roupa e sapato, sem olhar o preço de nada, e no caixa na hora de pagar que escuto o valor de tudo, sempre vem uma lágrima no canto do olho.

— Quarenta mil, vai ser no cartão ou dinheiro, senhor? — aceita lágrimas?

Eu não ganhava isso nem em um ano.

— Dinheiro. — Jennifer entregou o dinheiro.

— Certinho, obrigada por comprar aqui. — por que tão caro?

Saí com minhas roupas novas, querendo chorar.

— Caro, puta que pariu! Como pode ser tão caro? — apenas quatro sacolas.

— Pensei que achava tranquilo comprar isso. — olhei para ela.

— Estou quase chorando! — quarenta mil, misericórdia! — Isso é muito dinheiro!

— Ainda não se acostumou a ser rico também, né? — neguei. — Quando aconteceu?

— Vai fazer três meses. — uma menina acenou sorrindo, é para mim?

Acenei sorrindo para ela, era para mim mesmo pela reação que ela teve.

— Como eu dizia, Hyunjin chegou mudando tudo na minha vida. — falei. — Olha aquela jaqueta.

Entramos na loja, comprei a jaqueta, estava na promoção.

— Achei vocês. — Seungmin apareceu.

— Então, eles aceitaram o preço que passou? — Jennifer perguntou.

— Sim, Felix você vai ser embaixador da Fenty Beaty, da Rihanna. — hilário esse Seungmin.

— Piada boa, qual é a marca verdadeira? — perguntei após rir.

— Essa é a verdadeira, eles querem um rosto mais jovial, um blogueiro novo nesse meio e gostaram do seu perfil, também é por ser muito bonito, era o que eles estavam procurando. — legal.

— Não é piada? — negaram. — É piada sim! Como a marca da Rihanna vai me querer como embaixador?

— Não se diminua Felix, você é perfeito para isso, e não será a primeira marca grande a te procurar. — meu Deus! — Já terminou suas compras?

— Sim! Eu preciso voltar para casa e surtar um pouco. — eles riram, mas é verdade.

Talvez eu grite.

Entramos na van, agora tenho mais coisa para contar ao Hyunjin amanhã, tô ansioso para ver ele!

Eu estava tranquilo durante o caminho, quando do nada alguém bateu no carro que estava na nossa frente.

Na-yeon freou bruscamente fazendo ficar no meio de um cruzamento, minha respiração até falhou um pouco.

— Estão todos bem? — confirmamos.

Olhei para o lado.

— UM CAMINHÃO...........................