Primeiro sequestro.
Esse capítulo é enorme! Eu to amando ver os comentários de vocês rindo das besteiras da história!!!! Espero que gostem, boa leitura!
— Gente! Ei, atenção aqui. — Lili falou largando o notebook de lado e caminhando para o meio da sala, indo de encontro com Mad e Cami, que estavam assistindo alguma espécie de série policial, acreditando que teriam alguma ajuda dali. — Descobri do que se trata o evento que a Bree vai dar, o motivo e como faremos para conseguir nossas entradas. — Informou.
— Ai não. — Cami bufou e sacudiu a cabeça em negação.
— Desembucha logo, ignora a vovó Mafalda aqui do lado. — Mad ordenou, arrancando risada das duas amigas ali presentes.
— Bom, a Bree tem um blog, mas o sucesso maior vem do Instagram, onde ela posta fotos que pessoas enviam para ela anonimamente. — Começou a explicar enquanto sentava-se no chão de frente para as amigas. — São fotos de partes do corpo, sendo eles com ou sem estrias, com cicatrizes ou sem, é algo para ajudar as pessoas a se amarem como são. — Continuou e Madelaine gesticulou com a mão para que ela continuasse. — A tal festa que a Cami ouviu ela falando com a Dayna é sobre isso, é para promover essa causa. Sendo assim, as mulheres que enviarem as fotos dentro dessa semana e morarem em Los Angeles e nos arredores, serão convidadas, porém, só receberão os convites na hora. — Respirou fundo e deu um leve sorriso. — Teremos que mandar fotos das nossas bundas pra ganhar um convite. — Gargalhou acompanhada das amigas.
— Isso está fácil demais, eu tenho certeza que nós vamos nos ferrar muito. — Cami suspirou.
— Camila, eu juro de pé junto que se você continuar com essa sua negatividade, além de um plano pra ocultar um sequestro, eu vou bolar um para ocultar o seu cadáver. — Lili ameaçou a amiga que arregalou os olhos.
— Vocês estão cada vez piores, sério. — Cami falou levantando-se do sofá e se dirigiu a cozinha da casa de Lili. — E um aviso, eu não vou mandar foto da minha bunda pra lugar nenhum!
— Deixa de ser chata, seu rosto não vai aparecer. — Lili gritou da sala na tentativa de convencer sua amiga. — Mas pode ser do peito também. — Debochou. — Mad, nessa festa nós já vamos pegar algum deles? — Lili questionou desvencilhando sua atenção de Camila que murmurava coisas aleatórias na cozinha.
— Na verdade, o último será pego nessa festa. — Mad explicou. — Eu andei dando uma olhada na internet e parece que esse evento vai acontecer dentro de alguns dias, sendo assim, pegamos primeiro o KJ, depois o Charles e por último o Cole, na festa.
— Ué, mas porque isso? — Cami falou voltando para sala com um pacote de sour patch em suas mãos, que logo foi atacado por Lili.
— O KJ será pego primeiro porque ele anda com muita gente, sendo assim, teria a possibilidade dele estar com mil pessoas diferentes, não ficará tão visado. — Mad explicou calmamente enquanto observava as duas amigas brigarem por conta de um saquinho de doce. — O Charles, em segundo, pois ele viaja bastante, casa do pais, casa do Hart, China, sendo assim é o segundo menos visado com relação a sumir. — Continuou. — E o Cole é o último porque ele não varia de amigos, vive com o irmão gêmeo, o KJ, a namorada e a Dayna, sendo assim é o primeiro que darão falta. — Concluiu.
— Cara, você pensa em tudo! Você é um crânio! — Os lábios de Cami formaram um perfeito "o".
— Megamente. — Lili falou rindo.
— Ok, comediante, levanta esse rabo magro e vamos procurar o nosso cativeiro. — Madelaine falou batendo as mãos espalmadas em suas pernas e levantou-se do sofá.
— Isso, fala mais alto, assim as próprias empregadas da mãe da Lili denunciam a gente. — Cami bufou tomando o pacote de sour patch da mão da loira e logo se levantou do sofá.
— Vamos no carro da minha mãe? — Lili ofereceu com um sorriso travesso nos lábios. — Ela voltou de viagem ontem de madrugada, mas já foi para um spa e deixou aquela belezinha aqui. — Disse sorridente.
— Você está pensando que nós vamos usar a BMW rosa da sua mãe, vulgo carro da Barbie? Ela vai nos esfolar, com lixa de unha! E aquele carro rosa choque não é nada discreto, afinal nós estamos indo alugar um cativeiro, Lili. — Madelaine alertou rindo.
— Que nada, não vai dar nem tempo dela chegar. — Lili assegurou pegando a chave do carro de sua mãe de cima da mesinha de centro. — E mais, ninguém sabe que estamos indo fazer isso, então relaxa.
— Além de sequestradoras ainda furtamos carros, nossa conta quando chegarmos ao céu vai ser quilométrica e nem o capeta vai querer a gente. — Cami falou debochando fazendo as amigas rirem.
Depois de enrolarem por algum tempo na casa de Lili, as três amigas finalmente saíram de casa a procura do tal cativeiro. Elas dirigiam por Los Angeles despreocupadas enquanto pensavam em um lugar afastado, óbvio, e que não causasse desconfiança.
— Eu estava pensando aqui, o ideal é nós alugarmos uma casa. — Madelaine falou enfiando seu corpo no meio dos bancos para falar com Lili e Cami . — Pois assim não terão muitas casas próximas e o risco de ouvirem é menor.
— A gente não pode esquecer de levar um som potente pro lugar, se não tiver um lá, pra mantermos ele sempre ligado, fazendo com que o som fique abafado do lado de fora. — Cami pela primeira vez pareceu querer ajudar as amigas por livre e espontânea vontade.
— Precisamos de cadeados, para as janelas e portas. — Lili falou com os olhos fixos nas ruas.
— Agora, o problema é, onde diabos vamos achar uma casa pra alugar, assim de uma hora para outra? — Cami questionou um tanto quanto frustrada.
— Cami, com dinheiro e com a sua idade, nós conseguimos alugar até um marido para a sua mãe, de uma hora para outra. — Lili falou com tom de deboche.
— Já sei! — Madelaine gritou assustando Lili, fazendo com que a mesma freasse o carro bruscamente, mas por sorte não aconteceu nada com nenhuma delas, apenas enfiaram a cara no volante, no banco e no vidro frontal do carro. E por uma sorte ainda maior, não aconteceu nada com o carro.
— Você tá louca? — Lili virou para trás gritando. — Eu podia ter arrebentado o carro da minha mãe, sua doente. — Falou largando as costas no banco do carro e respirou fundo diversas vezes.
— Desculpa, mas é que eu já sei onde podemos alugar uma casa. — Mad choramingou.
— Fala logo. — Cami falou de má vontade enquanto esfregava a testa compulsivamente tentando amenizar a dor.
— Malibu. Lá é óbvio, a distância de uma casa para outra é bem grande, e fora que em uma parte de Malibu só tem água, sendo assim, nem eles querendo conseguiriam fugir. — Mad explicou calmamente.
— Ok, então vamos para Malibu! — Lili anunciou voltando a dirigir, mas dessa vez, tão rápido que parecia estar apostando um racha ou coisa do tipo.
Não demorou muito para que as três destrambelhadas encontrassem algumas placas de aluga-se espalhadas por casas em Malibu. Elas escolheram a mais distante de todas, e para a sorte das três o corretor de imóveis havia acabado de chegar no local. Tudo o que elas precisaram fazer foi dar uma olhada pela casa, que estava muito bem mobiliada, sacar o dinheiro da conta de Camila, e pronto. Contrato assinado, casa alugada, cativeiro preparado. Agora só faltavam os cadeados, e as vítimas.
— Eu não sei vocês mais essa coisa de sequestro está me dando fome. — Lili falou alto.
— Entendemos que você quer comer Lili. — Cami falou sorrindo. — Agora tenta falar mais baixo por que estamos no mesmo ambiente que você criatura.
Lili deu em ombros deixando o carro em ponto morto ao parar no semáforo.
— O que tanto olha nesse celular Mad ? — Lili perguntou olhando a menina pelo espelho do carro.
— Alimentando meu bichinho virtual. — Madelaine falou com ironia.
— Desde quando você tem bichinho virtual? — Camila virou-se no banco olhando para Madelaine que naquele momento se questionava onde sua amiga havia esquecido o cérebro. — Senhor, nós estamos em meio a uma programação de sequestro e você alimentando a merda de um bicho virtual, cá pra nós Mad você tá pior que a encomenda. — Bufou sentando-se corretamente no banco.
Lili gargalhou da situação, apesar de não entender muito bem a ironia de Madelaine.
— Você tirou a porra do cérebro para lavar Camila? Meu Deus só pode ter feito isso! — Mad exclamou, largando seu celular no banco do carro.
— Cá pra nós, nem eu entendi esse lance de bichinho virtual. — Lili saiu em defesa de Camila, fazendo Madelaine bufar e bater levemente em sua testa.
— Eu usei de uma artimanha chamada ironia, normalmente ela é acompanhada por sarcasmo e eu sei que você Lili sabe muito bem como usar. — Madelaine falou sorrindo. — Mas enfim esquece e vamos parar em qualquer lugar para comer, pois essa conversa me deu fome. — Falou de maneira rápida.
— Eu sou a única que não consegue ficar com fome? — Camila perguntou.
— Sim. — As meninas falaram juntas e riram da careta que Camila fez.
Lili, Camila e Madelaine pararam em um café perto o suficiente do Walmart. Fizeram seus pedidos e conversaram coisas aleatórias, nada que envolvesse o sequestro ou algo do tipo. Lili ainda reclamava pelo sapato perdido, o que fez Madelaine começar a chamar a menina de "gata borralheira" e claro ganhar alguns tapas da mão nada leve de Lili.
Camila que colocou ordem em toda aquela situação e lembrou as meninas que elas ainda tinham que comprar cadeados e passar na casa de Madelaine para pegar o som do quarto da menina e algumas caixas de som em sua casa. Lili sugeriu que elas colocassem câmera nos quartos dos meninos, mas acabou que ficou apenas na sugestão.
A ida ao Walmart foi rápida, mas Lili não deixou de reclamar de como era mais fácil elas estacionarem o carro de sua mãe no estacionamento do mercado, aquela altura do campeonato Madelaine já tinha assistido séries policiais o suficiente e teve que colocar na cabeça de Lili que elas andando chamaria menos atenção e também lembrou a Camila para que a garota não olhasse diretamente para as câmeras de segurança assim que entrassem no mercado, pois a menina tinha essa mania estranha.
Camila empurrava o carrinho atrás de Madelaine e Lili, que falavam sobre cadeados como se tivessem desenvolvido aquele objeto.
— Grandes e com códigos. — Madelaine apontou para os cadeados.
— Eu concordo com a Mad . — Camila se fez presente. — Mas podemos comprar alguns médios também, afinal a únicas janelas que são realmente importantes são dos quartos.
— NOSSA! — Madelaine falou alto e segurou a cabeça de Camila. — Ela achou o cérebro dela! — Sacudiu a cabeça da menina e acabou por ganhar um empurrão da amiga.
— Babaca. — Camila resmungou e pegou alguns cadeados jogando dentro do carrinho.
— Nós podemos comprar ácido e sacos plásticos. — Lili indagou.
Camila e Madelaine olharam na direção da loira confusas.
— Bem eu explico o por quê. — Gesticulou. — Vai que temos que matar alguém. — Lili falou pausadamente. — Eu vi em Breaking Bad que para sumir com um corpo jogamos ácido e ele meio que se dissolve. — Explicou.
Camila estava com os olhos saltando dos orbes e Madelaine estava tentando não enfiar alguma coisa nos ouvidos para fingir que não ouviu tal barbaridade.
— Eu não quero ser assassina além de sequestradora. — Camila falou em meio de cochicho.
— Mas pode acontecer. — Lili deu em ombros e Madelaine não se segurou e deu uma tapa na testa da menina.
— Qual foi? — Mad falou séria. — A burra é ela. — Apontou na direção de Cami que mostrou o dedo do meio para menina. — Primeiro, não iremos matar ninguém, que isso fique bem claro. Estamos entendidas? — Olhou na direção de Lili que assentiu. — Segundo, não podemos comprar acido sem ter um comprovante, tipo isso é meio que impossível. — ditou. — Apesar de que eu acho que não é tão impossível assim, porém não vem ao caso!
As meninas compraram tudo que precisavam, que tinha dentro do Walmart. Isso incluiu cordas, uma pá – por que Lili colocou na cabeça que tinha que ter uma pá. – comida suficiente para lotar uma dispensa e lógico, os cadeados. A menina do caixa bem que tentou perguntar pra que tudo aquilo mas Madelaine usou todo seu dom de ser ignorante e calou a menina.
O carro da mãe de Lili teve uma excelente serventia e iria ter uma melhor ainda.
— Não acredito que ele não passou o antivírus no celular. — Madelaine falou alto jogando uma sacola de papel em cima da mesa do "cativeiro de luxo".
— Ele quem? — Lili surgiu de algum cômodo da casa, de cabelos presos num rabo de cavalo e rosto levemente sujo de poeira.
— KJ. — Camila falou ajeitando as compras no armário.
— Ah sim. — sorriu. — Mas isso tem serventia em que? — questionou curiosa.
— Simples. — Madelaine colocou seu iphone na mesa, mostrando a mensagem que KJ havia acabado de receber de um amigo. — Por isso, agora sabemos onde ele está e sabemos que temos um tempo com ele sozinho já que, uma das coisas que descobri sobre ele é que pontualidade é uma de suas melhores qualidades.
— Então tem que ser agora? — Lili perguntou.
— Tem que ser nesse instante, com carro rosa ou sem carro rosa. — Madelaine falou séria.
— Vão vocês duas. — Chamou. — Vocês vão pegar esse menino enquanto eu termino com a casa e, por favor, não sejam presas antes da hora. — abraçou suas amigas. — Por que pelo rumo que as coisas estão indo, nós seremos presas! — Afirmou rindo, fazendo as meninas rirem com ela.
Lili e Madelaine seguiram na direção do carro da mãe de Lili, desta vez quem dirigia era Madelaine. Lili dava as coordenadas que o celular de Mad indicava. O plano era simples, fingir que o carro deu defeito e fazer a melhor cara de menina precisando de ajuda possível, e, depois seria o que Deus quisesse, ou melhor, o que Lili quisesse, pois a menina teria que agir.
Lili escondeu-se no banco traseiro do carro, encolhida o suficiente para que ninguém a visse e os vidros totalmente escuros ajudaram bastante. Madelaine novamente colocava todo seu espírito de atriz para funcionar e chorava ao telefone em busca de uma ajuda para seu carro.
O capo estava aberto e a menina estava gesticulando e fingindo falar ao celular, e não foi nenhuma surpresa quando KJ surgiu ao seu lado oferecendo-a ajuda.
— Não sei o que houve. — Madelaine falou manhosa. — Ele simplesmente não funciona, já girei diversas vezes a chave e nada. — choramingou. — Eu não sei o que eu faço!
— Não sou mecânico, muito menos entendo de carros, mas às vezes é coisa boba. — KJ falou sorrindo e por obra do destino ele não reconheceu o rosto da menina.
KJ mexeu em algumas peças no carro, com Madelaine praticamente empoleirada nela para ver onde ele mexia e suspirou.
— Viu? — Madelaine questionou manhosa. — Ele não pega.
Madelaine não era a pessoa mais inteligente do universo, mas se tinha uma coisa que ela não gostava era se fazer de burra, aquilo matava a menina aos poucos.
KJ riu baixo negando com a cabeça, talvez ele achasse que poderia ser o salvador da pátria, afinal, Madelaine se mostrava uma pessoa totalmente desprotegida.
E ele mesmo sugeriu ligar o carro e entrou por conta própria no carro da mãe de Lili.
Madelaine mordeu o lábio inferior contendo uma gargalhada, enquanto Lili agia dentro do carro.
Madelaine bateu a porta no instante que KJ entrou no carro, ele estranhou mais não levou muito a sério. As coisas só de fato ficaram sérias quando as trancas abaixaram e o rapaz já não enxergava mais nada após ser apagado por Lili.
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Estão gostando????
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