Maneira sádica.
— Você está sugerindo tirá-las daqui? — KJ questionou em total confusão e Cole assentiu.
O moreno havia chegado à conclusão de que a melhor coisa a se fazer era tirar as garotas daquela casa, afinal, eles precisavam voltar para suas casas e prestar contas de onde estavam para os outros amigos e família.
— A questão é, onde vamos colocá-las? — Charles cruzou os braços após umedecer os lábios. — Afinal de contas, não é nada fácil esconder três garotas amarradas e amordaçadas. — Cole o encarava, enquanto KJ concordava apenas com a cabeça. — E eu acho difícil que se nós desamarrarmos elas, elas vão ficar quietas e não vou fugir.
— Claro que vão. — Cole riu e jogou as mãos pro alto. — Elas estão morrendo de medo de que nós resolvamos denunciá-las por sequestro. Acha mesmo que elas vão fugir? — Deu um sorriso debochado.
— Ok, nisso eu devo concordar. — KJ assentiu. — Porém, onde vamos colocá-las? Não podemos alugar um lugar só pra isso.
— No apartamento do Cole. Ele é o único de nós que mora sozinho e não precisa dar satisfações a ninguém, então, é o único jeito. — Ditou Melton. Cole deu de ombros um tanto quanto relutante, porém, assentiu.
— E quando vamos fazer isso? — Cole questionou, enquanto prendia o cabelo em um coque.
— Por mim? Agora mesmo. Ou eu mato aquela garota de cabelo de água de salsinha. — KJ ditou sem se procurar em conter a raiva que sentia de Madelaine, fazendo os amigos rirem.
— Então, vamos buscá-las. Pegamos a chave do carro com que elas nos trouxeram para cá, e damos a notícia. — Charles falou indo em direção ao quarto em que Camila se encontrava.
Os garotos subiram as escadas da casa e entraram em seus respectivos quartos. Cole encontrou Lili ainda emburrada, e cortou um dobrado para tirar a garota do quarto e levá-la até a sala. KJ praticamente arrastou Madelaine, contra a vontade da garota, escada a baixo. Já Charles, desceu conversando e explicando o que aconteceria para Camila.
— Reunião do clube da Luluzinha? — Madelaine debochou.
— Onde estão as chaves do carro em que vocês nos trouxeram para cá? — Cole questionou sério. As meninas se entreolharam, e Lili que tinha as chaves da mãe no bolso de seu shorts manteve-se quieta.
— Vocês não dizerem onde está não vai dificultar em nada, só para constar. Nada que uma ligação direta não resolva. — Ditou Cole.
— Ou, uma ligação para polícia. — Debochou KJ.
— Está no bolso de trás da Lili! — Camila confessou nervosamente, fazendo com que os três garotos rissem e recebendo olhares mortais de suas amigas.
Cole fez com que a loira se levantasse e pegou as chaves do bolso da garota.
— Nós vamos levar vocês para um lugar mais confortável. — KJ debochou, fazendo as garotas se olharem um tanto quanto assustadas.
— Vamos. — Cole puxou Lili pela mão.
— Dá pra você me largar? Eu sei andar sozinha. — A loira respondeu de má vontade e começou a caminhar para fora da casa. Cole bufou impaciente e acompanhou a garota.
Camila acompanhou Melton em silêncio, enquanto Madelaine e KJ discutiam.
O carro cor de rosa da mãe de Lili era um caos total. Cole gritava com Lili, tentando fazer com que a garota falasse com ele. Madelaine e KJ praticamente se batiam, enquanto Camila dormia encolhida no colo de Charles.
•••
— Só pra deixar claro, se entramos pela porta da frente será como se estivéssemos assinando nossa passagem de ida pra cadeia. — Melton falou em um tom calmo.
Cole bufou, mas acabou fazendo o retorno para entrar por outra garagem, o rapaz estacionou o carro em qualquer vaga perto do elevador de carga e pulou do carro batendo à porta.
— Ei, esse carro nem é meu, então cuidado! — Lili exclamou após ser retirada do carro pelo rapaz.
— Resolveu falar comigo? — Questionou de maneira debochada.
— Não fode vocês dois. — Madelaine bufou. — Estão assim desde que foderam! Se quis meter a porra do seu pau nela pra pegar um celular e fazer essa brincadeira escrota de inverter o sequestro agora aguenta! Ou vocês se entendem e ficam bonitinhos achando graça da situação ou calem a porra da boca os dois. — Madelaine puxou sua mão fazendo com que KJ desse alguns passos à frente e começasse a andar com ela.
KJ segurou a risada e caminhou em direção ao elevador de carga junto a menina, seguido por um Charles gargalhando e uma Camila reclamando da falta de tato de sua amiga.
No elevador, ficou resolvido que Cole seguiria na frente para ver se não tinha algum vizinho ou até mesmo se as câmeras estavam viradas na direção da porta do rapaz, como era de costume aquela hora da manhã.
O rapaz saiu do elevador olhando para os lados enquanto Charles acionou o botão de trava do elevador e manteve as meninas e KJ dentro do mesmo.
Cole tateou os bolsos da bermuda que usava em vão, e acabou por pegar a chave reserva na soleira da porta, a abrindo em seguida.
— Mais que porra você está fazendo aqui? — A voz do rapaz saiu afetada.
Ele não esperava que Bree estivesse sentada no sofá de sua casa, muito menos havia cogitado da menina surgir naquele momento.
— Vim alimentar seu zoológico particular. — Respondeu como se fosse óbvio, com sarcasmo na voz. — E você, resolveu aparecer? — Ironizou.
— Nunca sumi. — Respondeu estranhamente rápido. — Só estava evitando contato com as pessoas. Sabe? Ficar longe da mídia um pouco. — Justificou.
— Eu sou mídia por acaso? — Perguntou. — Não custava dizer que estava vivo, mas ok, vou fingir que você não sum-
— Olha, eu não estou a fim de esperar ainda mais naquela bosta de elevador, e seus amigos estão agindo como os dois babacas que são e eu estou com fome. — A voz de Lili cessou no instante que ela viu Bree parada no meio da sala junto a Cole.
Um sorriso de canto surgiu nos lábios de Lili que terminou de entrar no apartamento do rapaz olhando diretamente para Bree.
— Charles? — Bree riu lembrando-se de que Cole havia dito quando ela perguntou quem estava com ele ao celular. — Vejamos. — Ironizou. — Peitos lindos, cabelos longos e roupa justa, Charles Melton virou uma linda menina. — Bufou.
— Nossa, obrigada pelos elogios. — Lili debochou. — Se eu gostasse da fruta, talvez até te desse uma chance. — Piscou com o olho esquerdo na direção de Bree.
Cole tentou falar alguma coisa, porém Bree apenas olhou na direção do rapaz e saiu pela porta deixando os dois no apartamento do garoto.
A menina resmungou algumas palavras tentando não ficar irritada e adiantou alguns passos achando que Cole poderia vir atrás da mesma para dar a desculpa mais esfarrapada do mundo.
— Meu, se eles estiverem transando eu vou socar alguém e não vai ser você. — KJ reclamou olhando na direção de Madelaine, que apenas rolou seus olhos e voltou a se escorar na parede de aço do elevador.
Bree deu alguns passos para trás quando escutou vozes e franziu o cenho ao ver KJ, Charles e duas meninas amarradas dentro do elevador de carga.
Apesar de Charles e Camila estarem perto o suficiente para que o rapaz passasse suas mãos no ombro da menina, ela ainda estava amarrada e aquilo ainda era estranho aos olhos de Bree, que negou com a cabeça e seguiu seu caminho até o elevador comum, entrando no objeto metálico, a tempo de ver Cole e Lili discutindo aos berros e os outros caminharem na direção deles a fim de apartar a possível briga.
•••
— Olha, eu sinceramente preferia a morte ao ter que servir de empregada pra esses babacas. — Mad resmungou irritada, enquanto lavava a louça que estava acumulada ali à dias. — Não tinham uma ideia melhor não? — Gritou na direção de KJ e Cole que jogavam vídeo game na sala, enquanto Lili varria o local.
— Devo confessar que estou preocupado com uma coisa. — Cole falou chamando a atenção de Charles, que estava sentado com Camila na mesa de jantar. — Se as famílias delas derem falta, nós somos presos. — Falou em voz baixa e KJ deu uma cotovelada de leve no amigo.
— Podem ficar tranquilos, isso não vai acontecer. Nossos pais acham que Mad e eu estamos no Colorado, assistindo a competição anual de snowboard. — Camila assegurou calmamente.
— Mas e os pais da Lili? — KJ perguntou confuso. Lili ouviu o questionamento e se afastou, indo por fim ajudar Madelaine na cozinha.
— Eles não se importam. — Camila falou sem jeito. — Eles viajam muito e nunca sabem onde ela está. Já aconteceu dela ficar dois meses em minha casa, eles estavam em casa mas não deram falta. — Finalizou. Cole olhou a garota por cima do ombro, sentindo culpa, que não havia motivo, nem explicação.
— Ô escrava, me trás uma cerveja! — KJ gritou para Madelaine, cortando todo o clima de enterro.
Madelaine pegou a garrafa longneck de cerveja dentro da geladeira, sorriu de bom grado e debruçou-se no balcão que dividia a cozinha da sala do apartamento de Cole e tacou a garrafa de cerveja na direção de KJ.
— Faça bom proveito, 'sinhôzinho'.
— Você tá ficando maluca? — KJ gritou assustado, enquanto os outros na sala se dividiam em os que haviam se assustado e os que queriam rir. — Pode vir limpar isso aqui, e depois, você vai ficar de castigo no quarto e nós vamos ter uma conversinha. — Ditou irritado e Madelaine riu após revirar os olhos.
— Você é maluca. — Lili sussurrou para a amiga e riu baixo.
— Anda garota! — KJ ditou irritado.
— O que a falta de sexo não faz, não é? — Cole debochou.
— Pelo menos ele não fez sexo com uma garota que ele sabe que gosta dele, só pra conseguir o que queria, não é? — Lili debochou, fazendo um silêncio mortal se instalar na sala.
— Ok, chega de falar. — KJ levantou-se do sofá. — Lili, você limpa a bagunça que sua amiga fez. Madelaine, você vem comigo. — Puxou a garota pela mão, a levando em direção a um dos quartos de hóspedes da cobertura dúplex de Cole.
— Teria como você parar de me puxar? Tipo, quer ficar me carregando por aí a tira colo, coloca uma coleira no meu pescoço e bate palminhas quando eu fizer algo certo. — Madelaine ditou.
— Sabe que não seria uma má ideia...? O único lado ruim nisso tudo era que eu teria que te deixar junto ao meu cachorro e ele é bom demais para ficar do seu lado. — O rapaz sorriu de lado e empurrou a menina para dentro do quarto.
KJ sentou-se na ponta da cama e puxou Madelaine de qualquer maneira a fim de colocá-la em seu colo e do jeito que a menina caiu ela ficou.
— Ei! — Exclamou tentando levantar-se do colo de KJ e evitar aquela posição constrangedora no qual se encontrava.
Ela estava deitada no colo do rapaz com a bunda para o alto e quase colocava as palmas da mão no chão.
— Ou você aprende da maneira fácil ou você vai ter que aprender apanhando. — KJ falou sorrindo de maneira sádica, o que fez a menina bufar e mexer-se nas pernas do rapaz.
KJ deferiu o primeiro tapa na bunda da menina, que sucederam mais alguns e vários palavrões da parte de Madelaine, que não perdeu a oportunidade de machucar o rapaz após dar um mordida considerável e dolorida na panturrilha de KJ, que a derrubou no chão após um empurrão e xingamentos.
— Faz isso novamente pra ver se não te arranco um naco de carne. — A menina falou visivelmente irritada e com raiva.
KJ apesar de dolorido, irritado e de ter xingado até a milésima geração de Madelaine, por dentro ria do seu nível de maturidade, que naquele momento era quase nulo, e ele colocava culpa disso tudo em Mad, afinal se ela não tivesse o sequestrado aquilo tudo nunca iria acontecer.
•••
Não gostaram do capítulo anterior? Vocês não comentaram absolutamente nada):
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