𝐈 𝐖𝐀𝐍𝐓 𝐘𝐎𝐔, chapter four.
MIL NOVESCENTOS E QUARENTA E DOIS.
KATHRYN LIA UM DOS LIVROS DE JULIO VERNE, quando ouviu três batidas suaves em sua janela. Ela não precisou fechar o livro e olhar na direção de onde vieram aquelas batidas para saber de quem se tratava, visto que naquele mesmo dia, mais cedo, combinou com Bucky de dormirem juntos (sem o consentimento dos pais dela).
A garota sorriu, abandonou a leitura e quase voou em direção a janela e a abriu rapidamente, cuidando para que os vizinhos não vissem seu namorado entrando de forma desastrada em seu quarto.
— Tem certeza que ninguém o viu? — Ela questionou, antes de conferir se a porta do quarto estava realmente trancada.
— Princesa, sou um soldado. Acho que sei bem como ser furtivo. — Ele riu para ela, se aproximando e deixando um beijo em sua bochecha. Ela, timidamente, o puxou na direção da cama, sentando ao seu lado.
A jovem se pegou pensando em como era sortuda por ter Bucky ao seu lado. Esses pensamentos eram bastante clichês, mas a verdade era que Kathryn Laurentis amava Bucky Barnes com todo seu coração, com todas as certezas e com todas as dúvidas sobre o futuro que sonhava em ter com ele preenchendo seus dias mais tempestuosos; o que, tristemente ou não, acontecia atualmente com o cenário da guerra. Há alguns dias, haviam chegado rumores de que o exército alemão ameaçava invadir o território americano.
Kathryn sabia no fundo da sua alma que se isso fosse verdade e eles de fato entrassem em seu país, seria o fim para ela. Por isso, se preparava dia após dia, sempre que abria os olhos pela manhã. Se perguntava se aquele seria o dia.
— No que está pensando? — Bucky questionou, a abraçando e os deitando na cama.
— Em como estou feliz que você esteja aqui. — Kathryn o apertou em seu abraço, deixando um beijo no pescoço dele. — Mas não posso negar que estou com muito medo do que vai acontecer. Não quero me prender a isso, eu juro. Mas é inevitável. Estar com você me tranquiliza mais do que qualquer outra coisa no mundo, mais do que fazer compras com minha irmã. — Ela soltou uma risada leve, e então mirou seus olhos amendoados na direção do azul intenso dos olhos de James. — Eu amo você. Isso sim é maior do que qualquer coisa.
Bucky não precisou dizer nada quanto aquilo. Os olhos dele demonstravam a verdade que ele jamais conseguiria colocar em palavras. O beijo que ele depositou nos lábios de Kathryn foi a melhor das respostas que ele poderia dar a ela.
— Eu amo você mais do que tudo, senhorita Laurentis. — Ele sussurrou contra os lábios dela, arrancando um sorriso sugestivo da garota.
O beijo de Kathryn ainda surpreendia Bucky. Sentir o beijo dela era como uma redenção completa, de todos os pensamentos ruins que ele tinha sendo um soldado, podendo ser convocado a qualquer momento. As coisas ruins sumiam dos seus pensamentos e as boas sensações tomavam o controle de tudo. E era com as boas sensações que ele escolheria amá-la todas as vezes que a tocasse. Era por causa das boas sensações que ele estava exatamente onde queria. Poderia ter ficado longe dela quando se deu conta dos seus sentimentos, mas essa escolha seria tão idiota quando percebeu que a tem. A verdade é que ela o salvou de um futuro obscuro e, certamente, solitário. Ele nunca mais estaria sozinho.
O toque e o acalento dela era como remédio para uma doença da qual ele sofria desde sempre. E se dar conta disso o faz querer ela ainda mais.
— Você tem certeza disso, Kathryn? — Ele inquiriu. Os olhos dela pareciam mais escuros que o habitual, implorando pelo calor dele.
— Eu quero, James. Quero você. — Ela respondeu em um sussurro com ele sobre ela, ambos ainda vestidos. Então, ela o puxa de volta para mais perto.
— Eu também quero muito você. — Ele vozeou com os olhos brilhando em um pedido silencioso, fazendo menção de tocá-la. Ela assente, então ele o faz sob seu vestido, sentindo-a em seus dedos.
Bucky a deixa deitada sobre a cama de solteiro que havia ali, tirando todas as roupas que o impediam de sentí-la por completo. A Laurentis o olha com uma expressão suplicante e, ao mesmo tempo, louca para ver e sentir o que mais James poderia proporcionar a ela. Como se apenas a tocar não fosse o suficiente. O que, de fato, não era. Ela precisava de muito mais do que isso.
— Levante-se. — Ele fala de forma simples, mas apenas uma palavra exalada de forma tão limpa e baixa foi o suficiente para arrepiar o corpo dela.
Agora de pé, Bucky a auxilia a se despir de forma lenta, sem pressa alguma, beijando seu pescoço, falando intimidades em seu ouvido enquanto a morena sentia a umidade entre suas pernas aumentar apenas em sentir o hálito quente de Bucky contra seu pescoço.
Nada para ambos parecia interessante se não estivessem juntos.
— Eu poderia fazer um museu particular para cada expressão sua. — Ele a deita de volta na cama, voltando a acariciar, dessa vez, com um dos dedos dentro dela.
Para Bucky era lindo e absurdamente excitante ver os ombros e coluna de Kathryn se arquearem quando ele chegava nos pontos certos e se afastava de propósito apenas para ver o sorriso dela se alternar entre frustrado e gritando por mais. A Laurentis pressiona sua mão ainda mais contra si, o proporcionando sentí-la ainda mais em seus dedos e, para ela, a incrível sensação de um vazio sendo preenchido.
— Quero outra coisa agora. — A voz de Bucky é rouca, mas clara o suficiente para que ela entenda. — Você sabe o que acontece agora, não é? — Ele alisou seu rosto, tentando encontrar evidências de medo ou arrependimento em seus olhos. Mas tudo o que encontrou foi o amor e o desejo dançando nas orbes dela.
— Eu sei de tudo. — Ela o tranquiliza. — Sei que você não pode evitar que doa.
Bucky a beija outra vez, dessa vez de forma suave, ainda mantendo seus lábios contra os dela para abafar o possível grunhido, devido a dor, que ela soltaria, e evitar também um possível problema com os pais dela no dia seguinte.
Quando os corpos de ambos finalmente se encaixam, Kathryn sente a dor forte e ardente que a preenche. Mas tudo o que ele enxerga nela é a mais pura felicidade, e ambos sorriem em sincronia.
Ainda pela segurança, ele deposita uma das mãos sobre a boca dela. Ela o puxa pelo pescoço, querendo-o mais perto. Com isso, James mexe seu quadril de forma lenta, ambos sentindo o calor um do outro se misturarem. Os gemidos baixos que conseguiam escapar de Kathryn ainda assim eram constantes, fazendo com que Bucky desejasse que ela o fizesse esquecer de tudo e de quem ele era.
E ele sabia que nas próximas vezes que fizessem isso, seria tão surreal quanto a primeira.
E para ela, o toque dele era tão psíquico que a fazia desmanchar completamente.
E não poderia ser diferente quando ela tomou impulso para inverter as posições. Agora ela estava por cima, tomando controle da situação. A satisfação com aquilo ficou tão evidente no meu rosto do Barnes que ele não precisaria falar nada.
Kathryn movia sua cintura em uma dança perfeita que apenas ela seria capaz de fazer no ritmo perfeito para o deixar totalmente hipnotizado.
Não demorou muito para que ele chegasse ao limite e ela chegasse logo depois dele, claro, a estimulando com um dos dedos. O sorriso de ambos gritava satisfação. Aquela noite não poderia acabar de forma mais perfeita, agora com ela deitada sobre o peito dele, criando expectativas de um futuro que poderia não existir. Ela sabia que Bucky acreditava fielmente em finais felizes. E a fé dele era tão grande que ela, às vezes, se pegava acreditando também.
Por ora, eles deixariam por escrito o presente perfeito que tinham.
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