Chapter Six: Murder Scene•🩸

「Capítulo Seis: Cena do Crime」

❝Tell 'em!

I burn down my house and build it up again

Tell 'em!

I burn it down twice just for the fun of it

Tell 'em!

So much money I don't know what to do with it

Tell 'em!

I don't pick up my phone ain't no one worth the time

Tell 'em!

I got me one gun and an alibi

Tell 'em!

So much love that the whole thing feel like a lie❞

MOUNT EVEREST - LABRINTH

SCOTT E STILES BATERAM A PORTA do Jeep, logo caminhando reto em direção a Amity, que também acabara de sair da viatura em que havia vindo.

— Então, quer dizer que você é a nossa babá? — Stiles perguntou com o mesmo sarcasmo de sempre.

— Exatamente. — respondeu Amity, prendendo seu cabelo em um rabo de cavalo baixo. — Isso também significa que tudo que eu mandar vocês dois farão, querendo ou não.

Stiles e Scott se olharam impressionados com o poder da oficial, e logo começaram a segui-la.

Amity parou de caminhar quando viu uma faixa amarela com preto escrita "Cena do Crime, Não Ultrapasse.", algumas viaturas estacionadas perto do lugar e vários policiais.

— Prazer, me chamo Dale Wells. Sou chefe da Patrulha Anti-Monstros de Seabrook. — Dale cumprimentou Amity, que aceitou o cumprimento com receio.

— Prazer, Sou a Oficial Amity Blind, de Beacon Hills. Vim representando o Xerife Stilinski ao lado do Agente Estagiário do FBI, Stiles Stilinski e de Scott McCall, experiente em acontecimentos sobrenaturais e, também, lobisomem. — Amity apresentou os dois companheiros ao mais velho.

Stiles acenou com um sorriso e Scott apenas disse um "Muito Prazer".

— Sei que a pergunta que farei não faz sentido ao caso, mas... Vocês são monstrofóbicos? — Stiles perguntou, chocando a todos.

— Stiles! — Amity e Scott exclamaram, sensurando o garoto que só murmurou um "que foi?" em resposta.

— Não. Se for pelo nome "anti-monstro", é apenas o nome que foi dado há mais de cinquenta anos atrás. Não temos permissão para muda-lo. — Dale explicou e Stiles assentiu.

— Sinto muito por isso. — Amity disse, caminhando mais para perto da cena do crime, ao lado de Dale. — Stiles fala as coisas sem pensar as vezes.

— Tudo bem. Tenho uma filha um pouco mais nova que ele que também fala sem pensar. — os dois se abaixaram perto da onde o corpo estava há algumas horas atrás, mas agora, só havia o contorno do mesmo e sangue, muito sangue.

Amity encarou os dois meninos, dizendo em seu olhar que era para eles irem até ela. Stiles e Scott logo obedeceram e foram até o local, se abaixando ao lado de Amity e Dale.

— A vítima se chama Ziva Norman. Era estudante de Seabrook High School, tinha dezesseis anos e foi morta por um outro zumbi, que ainda não conseguimos identificar quem foi.

— Foi um surto, uma pane nos aparelhos que ouvir falar que eles usam, ou...? — Scott perguntou, interessado no caso.

— Provavelmente um problema no aparelho do assassino, porque nos dos outros zumbis, tudo permaneceu tranquilo. — Dale explicou novamente, deixando Scott intrigado ainda mais.

Até que Stiles largou um sorriso, indo até a viatura de Amity. O mesmo voltou com um objeto específico para pegar provas.

Ele de abaixou, pegou um pouco de sangue que estava fora da marcação e guardou-o em um potinho.

— Levamos esse sangue ao hospital e descobrimos o DNA do assassino. Bum!

— Zumbis não ten DNA, Stiles. — Amity disse, lógica. — E para descobrirmos o DNA do assassino, precisaríamos da saliva dele.

Stiles assentiu, se sentindo o agente mais burro de todos.

— Ele até que tem razão. — Dale disse, se levantando. — Podemos ir até o hospital e pegar um pouco de saliva que está no cadáver, já que o assassino usou a boca para mata-la.

— Mas, mesmo assim não funcionaria, porque nenhum zumbi possui DNA. — persistiu Amity, sensata.

— Os de Seabrook, provavelmente tem.

Dale foi indo em direção a viatura, junto com os outros policiais ali parado.

— Mais algumas cosias. — disse Scott. — Ziva estava mortar quando vocês a encontraram?

— Não. Ela falava exatamente isso: "Foi ele... Z...". Foi a última coisa que ouvimos. — explicou Dale, com uma expressão séria.

— E nós vamos ficar aqui esperando vocês voltarem? — Stiles perguntou, quase tirando Amity do sério.

— Deixei uma câmera e equipamentos para limparem o lugar. Registrem e o limpem-o.

A polícia de Seabrook saiu dali, deixando Scott, Amity e Stiles parados.

— Eles fazem a parte divertida e nós limpamos a zona? Injusto! — Stiles disse com desaforo.

— Cala a boca e faça o que ele mandou. — Amity mandou, fazendo Stiles calar a sua boca e a obedecer.

• • •

Na escola, o sinal dando o fim aos testes acabara de soar. Willa e Eliza estavam quase caindo no sono quando isso aconteceu, então, as duas se espreguiçaram após se levantarem e olharem para os dois lados, vendo se seus amigos estavam vindo.

Do lado direito de Willa, a mesma avistou Wynter vindo com um sorriso no rosto. A mais velha logo entendeu o sinal.

— Passou, né baixinha?

— Passei! — Willa abraçou Wynter enquanto sorria, murmurando um parabéns em seu ouvido.

Logo por trás da mesma, Wyatt a cutucou. Willa se virou e viu ele sorrindo também.

— Você também passou, né?

— Passei, graças a Deus. — Willa abraçou o irmão cheia de orgulho. Wynter também entrou no abraço. 

— Vocês são os melhores, saibam. — disse ela, saindo do abraço.

Wynter e Wyatt logo se entreteram consigo mesmos, e Willa virou para a esquerda e viu Eliza parada, procurando alguém.

Willa caminhou até ela, apoiando sua mão no ombro da zumbi.

— Se for o Zed que você está procurando, saiba que ele já vai vir. — disse ela, calmamente.

— Valeu, Willa... — foi tudo o que Eliza disse antes de ver Zed saindo de dentro do campo, surgindo no corredor.

Willa se afastou e foi até seus irmãos, e agora, com Addison e Bree.

Eliza esperou seu melhor amigo se aproximar e logo o puxou para um abraço confortável, Zed também já sabia da notícia, e agora, só tinha Eliza e Bonzo para se confortarem.

No mesmo instante, Bonzo apareceu do lado dos dois e se juntou ao abraço. Ziva, pelo visto, iria deixar saudade para os três.

— Só de pensar que nós não vamos mais vê-la dói muito. — disse Eliza saindo do abraço e enxugando as poucas lágrimas que havia saído de seus olhos.

Zed olhou fundo para a amiga e limpou as que restavam no rosto dela, assim como Bonzo.

O trio foi se aproximando dos outros cinco, logo formando um círculo.

Addison foi em direção ao seu namorado e o abraçou, ela também já sabia da triste notícia. Bree fez o mesmo com Bonzo, e Eliza se dirigiu até os lobos, recebendo um abraço de Wynter e Wyatt, logo parando ao lado de Willa.

— Eu quero matar o desgraçado que fez isso. — Zed disse, saindo do abraço de sua namorada.

— A gente realmente poderia dar a louca e ir procurar o filho da puta. — disse Eliza, revoltada.

— Eu acho melhor esperarmos a polícia dar uma controlada para depois fazermos algo. — disse Willa, e Bonzo e Bree concordaram.

— Você acha que meu pai e sua gangue vão achar quem a matou sozinhos? — Addison perguntou retoricamente. —  Nem fudendo! A gente vai lá e vamos fazer a nossa parte.

— Addison tem razão, Willa. — Wyatt disse, sentindo que a alma da irmão havia invadido seu corpo. — Vai ser bom.

— Ok, vocês me convenceram. Vamos nessa!

O grupo saiu da escola destinados a fazerem só uma simples coisa: Matar o assassino.

• • •

De volta a cena do crime, Scott, Stiles e Amity trabalhavam duro para limpar todo aquele sangue da grama.

— Eu não aguento mais! — exclamou Stiles, parando um pouco de trabalhar.

— Deixa de preguiça, Stiles. Termina de limpar isso logo, nem falta dois dedos. — disse Amity limpando a marcação do corpo.

Stiles obedeceu a Oficial e voltou ao trabalho, agora com a ajuda de Scott.

— Stiles, você registrou, né! — Scott perguntou.

— Registrei. Vou te mandar as fotos assim que mandarei a Amity. — disse ele, limpando a última gota de sangue que restava. — Foi, acabou!

— Também terminei por aqui. — disse Amity, se levantando. — Quem quiser ver a cena do crime vai ter que esperar as fotos saírem no Diário de Seabrook e de Beacon Hills... Falando em fotos, Stiles me passa as fotos?

— Deixei meu computador em casa, não tem como. — Amity assentiu, murmurando um "tá bom".

Os três se encostaram sobre o capô do carro de Amity, refletindo sobre o caso.

— Nunca em todos os meus dez anos de experiências en eventos sobrenaturais isso me aconteceu. — comentou Scott. — Zumbis? Fora de um videogame?

— É muita loucura. — concordou Stiles, desmotivado.

— Eu ainda não entendo como a vítima conseguiu ficar viva até a polícia local daqui a encontrar. Ela já tinha perdido metade do seu crânio, e persistiu viva! — Amity tentou raciocinar em voz alta, fazendo os outros dois garotos pararem para pensar também.

— Mas, pelo menos, temos algumas peças. — Stiles tirou uma caderneta do bolso de sua calça, logo puxando a caneta que tinha na mola da mesma e começando a escrever. — O assassino é do sexo masculino, é um zumbi e provavelmente começa com a letra "Z".

— Como você sabe da última informação? — Scott olhou para o melhor amigo confuso.

— A frase que o Chefe Dale disse: "Foi ele... Z."

— Ela poderia estar querendo falar "zumbi". — disse Amity, sensata. — É bem mais provável.

— Ou ela poderia estar usando uma abreviação. — sugeriu Scott. — Como aquelas da estante da biblioteca.

— Droga, as três fazem sentido. — resmungou Stiles, se desencostando da viatura. — Mas mesmo assim, vou anotar as três porque pode ser útil.

— Tem a possibilidade dela quiser ter falado o nome do assassino, já que ele era do convívio dela, mas a sua hora chegou primeiro. — sugeriu Amity, sem nenhuma pena em seu coração.

— Que horror... Vou anotar também porque faz sentido. — Scott e Amity riram com a bipolaridade de Stiles.

No mesmo instante, a polícia de Seabrook voltou ao local, e o trio foi logo na direção deles.

— Descobriram algo? — Scott perguntou.

— Pedimos o teste de DNA, agora só esperar o resultado. — o chefe Dale explicou con uma expressão séria.

— Tá bom. — murmurou Scott.

— Olha, eu seu que não faz parte do caso... — começou Amity. — Mas, poderia nos contar um pouco da história dos eventos sobrenaturais de Seabrook?

— Claro. — Dale respondeu.

Amity pegou a caderneta e a caneta de Stiles e se preparou para anotar o depoimento.

— Tudo começou a mais de cem anos atrás, quando os primeiros colonizadores encontraram os lobisomens e roubaram sua fonte de vida, a Pedra da Lua. Nisso, alguns anos depois, um acidente com refrigerante de limão e a luz da Pedra da Lua causou o famoso apocalipse zumbi, o que fez a Cidade Zumbi nascer. A ciência foi evoluindo em questão aos zumbis, criando os Z-lógios, aparelhos semelhantes a relógios, mas que distribuem descargas eletromagnéticas que impedem os zumbis de comerem cérebros. Cinquenta anos após o apocalipse, os zumbis foram aceitos na escola para humanos, o que fez uma rixa maior ainda surgir. Até um zumbi e uma líder de torcida transformar tudo em uma grande paz...

— Sinto muito interrompe-lo, mas... Poderia citar os nomes dos jovens? — pediu Amity.

— Zed Necrodopolis, o zumbi e Addison Wells, a líder de torcida.

— A garota é sua filha, certo? — Stiles perguntou, logo vendo o Chefe da Polícia assentir.

— Continuando, um ano após isso, os lobisomens voltaram as ruas em busca da fonte que foi roubada há anos e anos atrás, transformando a paz em uma grande rixa. Os lobos também vieram atrás de sua líder, a Grande Alfa, e tem boatos que ainda não acharam ela.

— Mas, a Pedra eles acharam, certo? — Scott perguntou.

— Sim. E tudo finaliza em paz de novo, até o assassinato ter acontecido.

— Só isso? — Amity confirmou, parando de escrever.

— Sim.

Stiles começou a aplaudir o depoimento, deixando todos confusos.

— Que história linda! — disse ele, encantado. — Isso daria um ótimo roteiro de filme, sério.

Scott não se conteve e largou uma risada curta, fazendo Amity se irritar e reprender os dois.

• • •

Não tão longe dali, basicamente na metade do caminho entre a floresta e a escola, o grupo caminhava enquanto jogava conversa fora e dava risada de suas próprias palhaçadas.

— Nós podíamos sair esta noite, né? — Wynter perguntou, com um sorriso.

— Acho que os três zumbis não vão querer depois de hoje, Wynter. — Willa disse para a melhor amiga, quase em um sussuro.

— Se for para esquecer desse dia turbulento, eu topo. — disse Eliza, e Zed e Bonzo concordaram com ela. Wynter sorriu, logo a abraçando.

— Se nós não formos pegos pela Patrulha do meu pai, eu também topo. — disse Addison, fazendo todos rirem novamente.

Caminhando mais um pouco, o grupo começou a avistar algumas viaturas estacionadas, e já deduziram o que significava.

— Eles estão por ali. — disse Addison, guiando seus amigos para detrás de um arbusto. — E pelo visto não estão sozinhos... Alguém conhece Beacon Hills?

Addison mal terminou de falar quando Willa começou a tossir como se estivesse engasgada com sua saliva. Como assim a polícia de Beacon Hills estava a poucos passos de distância dela?

— Willa, tá tudo bem? — Wyatt perguntou, colocando sua mão direita no ombro esquerdo de Willa.

— Tá, sim... — começou ela se acalmando. — Como é que é?! — ela perguntou confusa a Addison.

— Beacon Hills, tá escrito nas viaturas.

Willa se levantou um pouco e viu exatamente o que Addison havia descrevido. A polícia de Beacon Hills estava exatamente ali, investigando o caso também.

A loba sentiu seu rosto ficar vermelho, e só conseguia pensar em três palavras.

"Puta Merda, Fudeu!"

Willa voltou para detrás do arbusto, tentando deixar seu rosto na sua coloração normal, mas isso estava meio difícil.

— A gente vai ficar aqui e só aqui tentando descobrir quem matou, certo? — perguntou ela, olhando reto.

— Esse é o plano, por quê? — Addison perguntou de volta.

— Não, só para saber...

Na cena do crime, Scott ouviu as conversas do grupo por causa de sua audição aguçada.

— Gente, tem alguém nos observando. — Scott alertou, apontando para os arbustos.

— Consegue ver quem? — Amity perguntou.

Scott ativou seus olhos vermelhos e, detrás do arbusto, viu um cabelo platinado.

— Apenas um cabelo platinado.

Dale revirou os olhos e foi caminhando até o arbusto. Sabia muito bem de quem era o tal cabelo.

— Gente, alguém tá vindo. Vão! — Willa disse, logo saindo detrás do arbusto escondida, seguindo ela Eliza, Wyatt, Wynter, Bonzo, Zed e Bree.

Quando foi a vez de Addison seguir eles, uma voz a barrou.

— Addison Wells. — Dale chamou a filha pelo nome completo, fazendo a mesma de arrepiar.

— Pai! — disse ela, se virando para ele. — Como tá o trabalho? Vejo que tem novos aliados...

Stiles escutava a conversa de longe, e achou familiar o que Addison havia falado. Parecia que ele já tinha passado por isso.

— Aí! Essa garota é minha versão feminina. — sussurrou ele para Scott, fazendo o Alfa concordar.

— Sai detrás desse arbusto e tire seus amigos detrás da árvore. — Dale ordenou, fazendo Addison se levantar.

— Gente, a casa caiu. — disse ela, fazendo seus amigos saírem detrás da árvore.

— Vocês, venham comigo. Vamos conversar na delegacia. — Dale saiu andando, e o grupo o seguiu.

Scott olhou para o lado e notou outra coisa além de Stiles. Amity havia sumido.

— Senhor Wells. — chamou Scott. — A Blind sumiu.

Wyatt olhou para trás e também notou algo de estranho também. Willa e Eliza também sumiram.

— A minha irmã e nossa amiga também sumiu.

— Qual é o nome da sua irmã? — Scott perguntou, caminhando um pouco para frente.

Willa Lykensen.

Scott olhou para Stiles, e o Stilinski pegou o sinal.

— Mantenha a calma. Ela e a amiga de vocês já vão aparecer. — disse Stiles, logo caminhando um pouco para trás e se virando para a floresta. — Capturadas ou não.

• • •

— Tem certeza que nós não levamos o esconde-esconde meio a sério? — Eliza perguntou, preocupada.

— Tenho. A gente já vai voltar para lá. — disse Willa, olhando reto.

As duas caminharam mais um pouco em silêncio, até Eliza quebra-lo.

— Willa, eu acho que deveríamos voltar. A gente parece perdida.

— Ei... — Willa se virou e segurou a mão da amiga espontaneamente. — Nós não estamos perdidas. Eu conheço essa floresta melhor que eu conheço meu próprio cabelo. — Eliza riu, olhando para as mãos das duas entrelaçadas.

Willa também olhou para as mãos, e em sintonia, as duas se olharam profundamente, sem falar absolutamente nada por alguns segundos, até Willa quebrar o silêncio com um grito.

— Cuidado! — Eliza nem conseguiu olhar para trás, porque Willa logo a puxou para baixo. 

E neste momento, tiros atravessaram a floresta. Tiros de ninguém mais ninguém menos que Amity Blind.


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