Chapter Fourteen: When All The Girls Vanished Away•🆘

「Capítulo Catorze: Quando Todas as Garotas Desaparecem」

❝Running through the parking lot

He chased me and he wouldn't stop

Tag, you're it

Tag, you're it

Grab my hand and pushed me down

Took the words off out my mouth

Tag, you're it

Tag, you're it

Can anybody hear me?

I'm here underground

Can anybody hear me?

Am I talking to myself

Saying tag, you're it

Tag, you're it❞

TAG, YOU'RE IT - MELANIE MARTINEZ

NOITE DE TERÇA-feira, próximo as nove e quinze da noite. As garotas estavam reunidas no quarto de Bree fazendo coisas de garotas, como fofocar, rir, ouvir músicas antigas e etc.

O dia havia sido normal considerando aos anteriores, e essa seria a primeira noite em que elas passariam sem chorar de sufoco, medo ou outro sentimento negativo, então, essa cesta serviria de comemoração.

Com uma caixa de pizza quase devorada por inteiro e refrigerantes sendo bebidos, Bree subiu em sua cama e levantou seu copo, fazendo todas a observarem.

— Um brinde ao primeiro dia pacífico que todas nós tivemos no meio desse tumulto!

Todas brindaram e começaram a festejar, era finalmente o que as seis pediram, uma noite de paz.

— Quem vai comer o último pedaço? — perguntou Wynter, apontando à caixa.

— Addy, divide comigo? — perguntou Lori. Por mais que a novata tinha se enturmado com todas, qualquer coisa que ela queria fazer ela pedia ajuda à Addison.

A platinada hesitou. Havia comido muito pouco aquela noite, por mais que as meninas tentavam fazer ela comer e impediam ela de ir ao banheiro após refeições.

— Tá bom.

Ambas pegaram o pedaço e cortaram ao meio, comendo o mesmo. Lori não sabia da condição de saúde da Wells, e as garotas não queriam contar à ela logo agora, quando as duas estavam pegando intimidade.

Passaram algumas horas dançando e cantando as músicas da Dua Lupa, com Addison e Bree ensinando as coreografias as outras e fazendo o que mais gostam de fazer, bagunça.

Porém, enquanto pulava na cama com Lori, Wynter avistou um homem com uma camiseta azul bebê e um óculo redondo observando pela janela as seis dançarem. O mesmo sorria com os lábios, o que assustou a Barkowitz.

— Wynter, tá tudo bem? — perguntou a Talbot.

— Não.

— Gente, desliga a música! — exclamou a loira em um tom de desespero.

Eliza pausou a música e as quatro foram até Wynter, assustadas.

— O que aconteceu, Wyn? — perguntou Willa enquanto acariciava os ombros da melhor amiga.

— Tinha um pervertido olhando a gente dançar.

Todas ficaram pálidas. Willa, pelo contrário, ficou vermelha de raiva e saiu porta a fora, determinada a acabar com esse homem.

As outras foram em direção a ela, de repente estando todas no meio da rua espalhadas procurando pelo homem. Willa caminhava pela rua escura procurando o mesmo, enquanto as outras se desencontraram e começaram a imitá-la. Caso não achassem, iriam até a polícia denunciar.

Quando menos percebeu, Willa estava longe da casa de Bree, e com medo, resolveu retornar ao local. Porém, quando chegou ao mesmo, não encontrou suas amigas nos arredores da casa.

Entrou no estabelecimento e continuou a procurar por elas, não obtendo nenhum resultado. Começando a ficar assustada, saiu da moradia e começou a caminhar ao lado oposto ao que havia ido, gritando pelo nome das suas amigas.

De repente, ouviu um grito curto de Wynter vindo das ruas de trás, e em desespero, correu até o local de onde veio o som, e o que achou lá foi desconfortante.

O colar da Pedra da Lua da melhor amiga estava caído e rodeado de gotas de sangue no chão, fazendo a coloração de sua pele sumir e sua pupila dilatar.

Deu alguns passos para trás e começou a gritar por socorro, mas antes de finalizar o segundo grito, sentiu alguém tampar sua boca e atingir sua cabeça com algo duro, o que fez a Lykensen perder a consciência por completo.

• • •

Quarta-feira amanheceu com um lindo clima. Um sol de raiar e nuvens branquinhas no céu azul apagavam o fato do terror da noite passada. Zed caminhava pela procura de Buckt com passos fortes. Não havia encontrado Addison com suas amigas, e isso o assustou. Então, o mesmo resolveu ir perguntar ao Buchanan se ele tinha notícias de sua prima.

— Aí, Buchanan! — exclamou ele quando avistou falando com os Aceys.

O líder se afastou de seus amigos e foi ao encontro com o zumbi, num humor esplêndido. — Diga.

— Tem notícias de Addison?

— Sabe que eu iria lhe perguntar a mesma coisa? — foi nessa hora que o coração de Zed acelerou. — Ela não responde minhas mensagens e não está em nenhum canto da escola.

O zumbi arqueou uma sobrancelha, logo sentindo outros dois rapazes se aproximarem da dupla.

— Vocês por acaso viram a Willa ou a Wybter por aí? Elas não apareceram no local onde marcamos de nos encontrar aqui na escola. — perguntou Wyatt.

— Bree também sumiu, assim como Eliza. — questionou Bonzo.

— Não a vimos. Vocês viram Addison? — os dois negaram.

Tensos, sentiram o novato Brett Talbot se aproximar deles também, fazendo Zed o olhar dos pés a cabeça com desdém.

— Vocês viram Lori por aí? — todos negaram.

— Elas estavam todas juntas ontem, né? — perguntou Wyatt retoricamente. — Por que não vamos até a casa de Bree ver se está tudo bem?

Os quatro aceitaram e seguiram o lobo do grupo até a casa de Bree. Era muito estranho as seis passarem a noite juntas e não aparecerem na aula no outro dia de manhã. Tinha alguma coisa acontecendo.

Chegando a casa de Bree, bateram e tentaram abrir a porta, só que tudo estava trancado. Estranharam, resolvendo procurar por pistas nos arredores da casa. No lado esquerdo da casa, Wyatt encontrou os colares da sua melhor amiga e de sua irmã ensanguentados no chão. Entrou em pânico, os agarrou pelas cordas e os levou aos outros, segurando o choro de medo, de pavor.

— Aconteceu algo sério com elas. — mostrou as provas aos outros quatro, que se assustaram junto a ele.

— Vamos até a delegacia. — ordenou Zed com um tom de voz mais grosso que o normal.

• • •

Willa sentiu sua visão voltar ao normal. Não sabia onde estava, como foi parar ali e entre outros detalhes. Endireitou sua postura e olhou em volta, notando que estava em um lugar escuro, sujo e largo, onde tinha muito espaço para circular.

Não encontrou suas amigas lá, porém olhou para seu lado direito e se deparou com Addison desacordada, com sua testa sangrando. Se sentou em sua direção e começou a balançar seu corpo, tentando acordá-la. A loba tentou gritar, mas sua voz falhou forte, o que a lhe assustou.

— A-addy... — murmurou ela. Estava fraca e sem voz, para piorar.

A platinada acordou, o que tranquilizou a Lykensen. Ao menos, sua querida amiga não estava morta.

— Onde estamos? — perguntou ela com a voz rouca, observando o local amedontrador. — O que aconteceu? Cadê as garotas?

— E-eu não... — a voz de Willa sumiu novamente, fazendo Addison arquear as sobrancelhas.

A loba tocou em seu pescoço e viu que estava sem seu colar da Pedra da Lua, entrando em pânico na mesma hora. Sem ele, perdia seus poderes de lobo, sua voz e ainda ficava fraca.

Desesperada, derramoh algumas lágrimas de medo, fazendo de tudo para se comunicar com Addison. Não queria ficar vulnerável à ela, mas quanto mais se segurava, mais chorava.

Addison puxou a amiga num abraço, tentando fazê-la ficar mais calma.

— Vamos sair daqui. — afirmou ela, querendo que virasse realidade.

Ainda no abraço, olhou para o lado e avistou um vasto vidro separando esta sala com a outra, e nessa sala, Addison avistou suas outras amigas jogadas como se fossem objetos.

— Achei as outras. — cortou o abraço e se rastejou até o vidro. Willa a seguiu.

Addison colocou suas mãos no vidro, tentando chamar atenção. Todas as garotas já tinham despertado da pancada, menos Wynter, que não aparentava estar bem, provavelmente pelos mesmos motivos de Willa. Lori estava de pé, procurando alguma saída, não tendo a mínima ideia de como elas pararam ali se o local não tinha nenhuma porta.

A platinada bateu nele duas vezes rapidamente, fazendo as garotas se virarem a ela. Lori e Eliza correram até o mesmo, parando-se de joelho em frente a divisória.

— Como a gente vai para aí com vocês? — perguntou Lori, ficando em todas as áreas da parede transparente.

— Eu nem sei como que a gente chegou aqui. — disse Addison. As vozes saiam embarcadas por causa de não estarem no mesmo ambiente.

— Cadê a Willa? — perguntou Eliza.

Addison olhou para trás e viu Willa tentar se levantar, tossindo logo em seguida, não tinha noção do quão faziam falta a Pedra da Lua em seu corpo. Correu até a amiga e ajudou a mesma a se sentar, dizendo-a para não fazer esforço. Voltou ao vidro.

— Está aqui comigo. — Eliza se sentiu aliviada. — Porém roubaram sua Pedra da Lua e ela não está muito bem.

— Wynter também não está se sentindo bem, acho que deve ser porque sua Pedra da Lua também sumiu. — a zumbi se virou para trás e viu a Barkowitz desacordada com Bree a reparando.

Addison mordeu o lábio inferior. Como uma tentativa de paz em apenas uma noite se transformou nesse inferno vivo? Agora elas não sabiam onde estavam, não tinham como se comunicar com seus outros amigos ou até mesmo com a polícia e ainda por cima, não sabiam como entraram ali ou quando iam sair.

Lori se apoiou no vidro e olhou fundo nos olhos nervosos de Addison. A Talbot sabia que seus amigos de Beacon Hills dariam conta disso tudo, porém também não sabia quando.

— Nos vamos sair daqui? — perguntou por fim a loira.

— Eu espero.

• • •

De volta a Seabrook, os cinco garotos chegaram a delegacia de polícia de Seabrook e foram imediatamente até a secretária, com a intenção de pedir para falar com o Chefe de Polícia Wells e seus colegas de Beacon Hills.

— Como posso ajudar? — perguntou a mulher após dar um clique em seu mouse.

— Queremos falar com o Chefe Wells e os oficiais de Beacon Hills. — disse Brett, como ele já tinha mais experiência com o pessoal de Beacon, resolveu por conta própria falar com eles.

— Espere um minu...

— Agora! — deu uma batida na mesa da secretaria e seus olhos brilharam em amarelo, assustando a funcionária, o que fez a mesma sair correndo para chamar eles na sala. As garotas não podiam esperar nenhum minuto.

Bucky arregalou os olhos e deixou o queixo cair. — Como você faz isso?

— É tudo uma questão de poder. — Brett sorriu e piscou a Wyatt, não era qualquer poder em que o mesmo estava falando.

A secretária voltou e pediu para Brett ir até a sala falar com os policiais, enquanto os outros se sentaram na sala de espera e ficaram esperando, tensos.

O chefe Wells abriu a porta para o Talbot, e o mesmo se sentou em uma cadeira cinza. Em sua frente, Amity, Scott, Parrish, Stiles e Dale estavam parados de braços cruzados, olhando ao garoto. Amity se sentou na cadeira em frente a Brett, colocando seu peso em em seus cotovelos que estavam apoiados na mesa, olhando ao garoto com um olhar intimidador.

— Minha irmã, sua filha — apontou a Dale. — Willa, Wynter, uma zumbi e uma humana foram sequestradas essa madrugada. Elas não apareceram na escola essa manhã e quando fomos até a casa da humana, não tinha ninguém, porém as Pedras da Lua de Willa e Wynter estavam no chão ensanguentadas.

Brett tirou os colares do bolso e colocou em cima da mesa. Amity aproximou sua cabeça aos acessórios e enxergou o sangue seco em cima das pedras e do cordão. Aquilo era preocupante. Deu seu lugar aos seus colegas de trabalho para olharem aos colares, ouvindo Brett voltar a falar.

— Com certeza foi aquele demônio do novo instrutor de torcida. Minha irmã não torce, mas sua amiga... Addison? Acho que é... Ela torce! E esse instrutor é muito estranho, tanto que Willa até disse pra gente sábado que ele trabalha para a Monroe e que iria acabar com os lobos daqui, e olha que estranho! Quem perdeu sangue foi duas lobas e a minha irmã, que é lobaz sumiu também. — parou para respirar. — E outra! Hoje de manhã eu passei pelo ginásio e não vi ele e muito menos senti cheiro de spray de cabelo barato.

— Brett, respira. — pediu Scott com calma. — Como é o nome do instrutor?

— Caleb Martinez.

Scott olhou para Stiles e o mesmo começou a pesquisar seu nome nos registros. Não encontraram nada.

— Que estranho, não tem nenhum Caleb Martinez aqui. — disse ele verificando os registros de cima a baixo.

— É por que ele não é daqui.

— E você sabe de onde ele é, Brett?

— Eu não. Acho que ninguém sabe.

O grupo se entre olhou, pensando no que fazer. Sequestro era um negócio grave, principalmente quando quase todas as garotas mais populares de Seabrook e uma loba de Beacon Hills estavam entre as vítimas. Se eles não acharem elas o mais rápido possívelz o sequestro poderia se agravar e outras garotas poderiam desaparecer. E se eles estavam realmente lidando com um aliado da Tamora Monroe, o troço estava a ficar feio.

— Parrish, avise a Patrulha sobre o ocorrido e mande eles já iniciarem as buscas por toda a cidade, principalmente pela área florestal. Se não acharem no território de Seabrook, avise o Xerife Stilinski para a Polícia de Beacon Hills tomarem as buscas. — ordenou Amity. — Stulesz preciso de um mandado de busca.

— É pra já! — Stiles se virou ao computador e pôs se a trabalhar.

Dale, Parrish, Scott, Amity e Brett saíram da sala e voltaram a decepção, decidindo por onde iriam iniciar as buscas. Dale também se encontrava nervoso, até porque sua filha estava naquele meio, e se alguma coisa acontecesse com ela, o envolvido nisso tudo não iria se escapar.

Pararam perto a Zed, Bucky, Wyatt e Bonzo, o que fez os quatro se levantarem rapidamente, ansiosos para descobrir o que os policiais haviam combinado entre si.

— E aí? — perguntou Zed curioso.

— Vamos salvar essas garotas.

• • •

Algumas horas se passaram, mas para as garotas que estavam presas dentro do Arsenal, parecia nem ter passado um minuto. Estavam com frio, tontas e com muito medo, desesperadas por resposta e ajuda.

Willa batia na parede com as duas mãos com o pouco de força que tinha, rezando por dentro para que assim, alguma porta se abrisse. Addison estava sentada contra o vidro que dividia ela das suas outras amigas, observando a cena com sono e enjôo. As outras garotas tentavam achar um jeito de meterem o pé dali para, ao menos, irem à sala maior e resgatarem Willa e Addison e derem o fora dali juntas. Wynter já havia acordado, e nunca esteve com tanta raiva. 

Argh! — Willa reclamou ao bater novamente na parede, quase caindo para trás por causa de suas tonturas consecutivas pelo fato de estar sem sua Pedra da Lua.

— Willa, não perde tempo. Você só vai se machucar. — disse Addison enquanto olhava para o lado, querendo que o seu enjôo passasse de uma vez.

No mesmo instante, ouviram a parede se abrir num passe de mágica, o que fez Willa se rastejar para trás e se abraçar em Addison com medo. Da entrada, um homem de camiseta azul, calça jeans, sapatos formais, óculos redondo e cabelos castanhos com cheiro de spray de cabelo barato entrou no local com uma espingarda em uma mão e roupas ensanguentadas noutra. Não passava de ninguém mais ninguém menos que o instrutor Caleb Martinez.

Não olhou as garotas, apenas foi em direção a uma bancada com uma bacia, colocando as roupas lá dentro e ateando fogo nelas, logo saindo e guardando a espingarda na estante que tinha ali perto, mexendo em outros aparelhos.

Willa e Addison se olharam preocupadas e em choque, vendo a ficha cair. Bree e Wynter estavam literalmente de queixo caído, surpresas ao descobrir o quão mau ele era.

A Lykensen estava explodindo de raiva. Claro que ela sabia que ele era malvado, mas só pelo fato de ele estar mexendo com suas amigas a deixou extremamente furiosa. A rixa era com ela e a Alcatéia McCall, e se Monroe quisesse resolver, que venha falar cara a cara com ela, não sequestrar ela e suas amigas e nunca dar as caras.

— Aí, engomadinho! Me conta o que tua chefe quer. — a loba ficou de joelhos. — Porque há um dia atrás tu tava todo meu amigo e jurando de pé junto que não ia machucar nenhuma de nós, agora tu me apronta essa? Você é o que, afinal?

— Estou sob ordens, Lykensen. Desculpa. — continua de costas a ela.

— Desculpa? — ficou de pé, juntando todas as suas forças junto a sua raiva. — Tu nos prende aqui e agora vem me pedir desculpas? Seu descarado!

— Aqui, te prenderam por engano, ouviu?! — se virou e foi até Willa, vendo a mesma perder suas forças e quase cair para trás, porém se segurando na parede. — A intenção era te dar um susto prendendo suas amigas para te fazer vulnerável, mas um incompetente te prendeu... Mas ele vai ter o que merece.

As outras também estavam com raiva dele, e Lori não via a hora de denunciá-lo à Diretora Lee para ele ser demitido, mas antes tinha que dar o pé desse lugar — e levar suas amigas junto.

— Então, nos larga. — pediu Addison, olhando à ele com uma expressão de preocupada.

Caleb olhou à ela e olhou as outras na outra sala. Podia muito bem largar elas e ficar só com a loba, até porque elas não tinham relevância ali — só teriam se Willa estivesse solta, mas já que não estava...

Aí ele se lembrou que estava sozinho no Arsenal. Que Monroe deixou o plano em suas mãos, que ela estava liderando aqui sozinho. Então, por quê não juntar o útil ao agradável

Se uma está condenada a sofrer, porque não fazer todo mundo sofrer junto com ela? Ninguém mandou ela ter aliados! Se ela fosse cair, que todo mundo caísse junto com ela, ora.

— Agora, não. — o não do Martinez ecoou pelo Arsenal, fazendo todas se arrepiarem.

O moreno agarrou Willa pelo braço e levou-a para o centro da sala, sentando-se em uma cadeira e a amarrando. Outros dois capatazes entraram no grande salão e seguraram Addison pelos braços, levando-a ao encontro com as outras na pequena sala ao lado, trancando-a ali.

Willa gritava pedidos de socorro, mas ninguém à ouvia. Se debatia na cadeira para tentar se soltar, mas nada parecia adiantar. Caleb pariu de frente à ela com as mãos atrás de suas costas, a encarando.

— Você vai queimar no inferno! — rusnou ela se jogando para frente.

— Se rende a Monroe que eu largo todas vocês.

— Vai ter que passar por cima do meu cadáver!

Caleb sorriu, mexendo os braços que estavam detrás do seu corpo. — Se você diz...

Eliza viu que ele segurava aparelhos de tortura e entrou em desespero.

WILLA! — gritou enquanto batia no vidro.

Mas era tarde demais. No instante em que terminou de gritar, o show de horrores começou. Caleb usou o método mais doloroso que sua chefe usava em sobrenaturais em Beacon Hills para fazer Willa vulnerável, a tortura.

Para as garotas, ouvir aqueles gritos vindo da líder era uma sensação péssima e dolorosaz querebdo fazer de tudo para dar um basta naquilo — mas não podiam, porque também estavam presas naquele lugar condenadas a sofrerem com ela.

Minutos após verem a amiga sofrer, as portas da sala se abriram e dois capayazes pararam ali, encarando o grupo.

— Quem quer ser a próxima?

• • •

A equipe de buscar havia chegado na divisa entre a Floresta Proibida e a Floresta de Beacon Hills, já longe de onde haviam estacionado seus carros. Já fazia horas que eles haviam iniciados as buscar e a cada minuto que se passava, uma gota de esperança se ia com o suor. Queriam achar as meninas o mais rápido o possível, mas a demora os deixavam aflitos.

A polícia já havia avisado a rádio, jornais, outras delegacias e aos pais das vítimas sobre o desaparecimento, assim como há alertaram a Patrulha Zumbi que eles poderiam mandar um mandado para acionar o Toque de Recolher a qualquer instante. A cidade toda estava em alerta, assim como estavam rezando e torcendo para tudo acabar bem.

Procuravam por todos os lados uma entrada. Chão, cantos, troncos... Porém, nada. Aquilo deixava Amity aflita. E se o sequestrador não for Caleb, e sim aquele assassino em série em busca de sua próxima vítima? Mas aí ela olhou para o lado se se tocou que o principal suspeito estava ao seu lado desesperado pelo sumiço de sua namorada e afastou o pensamento.

— E se a culpa não for somente do instrutor? — indagou Zed, chamando a atenção de Amity.

— O que quer dizer?

— Saca só: os registros apontavam que ele não é daqui, e sabe quem não é daqui também? O Brett.

Brett revirou os olhos, ignorando o zumbi.

— Mas eu, Scott, Amity e Parrish também não somos. — argumentou Stiles.

— Mas você são da Polícia, todo mundo conhece vocês pelos crimes em Beacon Hills. Já o Brett, ninguém nunca ouvi falar dele, não é?

— Não viaja, cara. Minha irmã tá lá. Por que eu prejudicaria minha própria irmã? — Brett chutou um monte de folhas e parou de caminhar, cruzando os braços enquanto observava o zumbi.

— E se for só uma desculpa? Por exemplo, você e sua irmã são cúmplices do Martinez, vieram para cá só para ajudar ele com alguma coisa que ninguém mais sabe e agora tão se fazendo de coitados porque faz parte do plano.

Todos que sabiam da verdade estavam com vontade de socar Zed.

— Cara, tu tá nervoso. — Wyatt se aproximou do amigo. — Não fala bosta.

— Podemos lhe garantir que Brett não está metido nisso. Eu conheço ele desde pequeno. _ mentiu Scott sobre a última parte, apenas para acalmar Zed.

— Ah, então vai ver todos estão metidos em algo paranormal aqui, hein? — Parrish colocou suas mãos em frente ao seu rosto, apenas ouvindo a tempestade em copo d'água que o zumbi estava fazendo. — Opa, e se todos vocês forem cúmplices do sequestro?

A Alcatéia McCall de entre olhou já estressados. Além do Necrodopolis ser o principal suspeito do assassinato de Ziva Norman, ele estava fazendo uma birra insuportável. Ele não podia saber da treta com as alcatéias, principalmente que os oficiais a sua frente eram sobrenaturais, mas se ele não souber, ele não vai calar a boca.

Mas não ia se agora que ele ia descobrir. Muito menos hoje.

— Cara, tu bebeu o quê? Fumou algum verdinho? Porque tu tá longe de estar sóbrio com esses teus papos do além. — brincou Sriles com seu humor sarcástico, cortando o estresse dali..

— Tô muito bem sóbrio, obrigado por perguntar. É que...

Ele continuou a falar baboseira, fazendo Brett se contorcer para não descer a porrada nele. Bucky revirou os olhos e continuou a procurar. Não queria brigar com Zed quando ambos tinham uma pessoa em comum desaparecida. Deixaria para brigar com ele sobre algum tópico do Grêmio Estudantil ou alguma rixa de popularidade na escola como sempre, mas não mais por Addison — ao menos se um dos dois for babaca com ela, mas isso não vinha ao caso.

Amity se cansou de ouvir as paranóias do jovem e resolveu dar um basta nele.

— Aí, sabichão! Quer que a gente encontre tua namorada ou não?

— Quero, né?

— Então cala a tua boca e deixa a gente fazer nosso trabalho em paz. Obrigada.

Zed se calou no mesmo instante. De repente, Bucky chamou a equipe para o seguirem e Zed voltou a implicar com o Buchanan, mas parou quando viu o que ele tinha achado.

— A entrada secreta do Arsenal de Gerard. — concluiu Scott, se ajoelhando perto do local.

— Às vezes tu realmente se presta. — Zed disse ao rival, vendo ele atirar um beijo ao namorado de sua prima.

— Chefe Dale, mandem acionar o toque de recolher. Parrish, chame os reforços espalhados pela cidade para cá. — Amity se virou de volta ao alçapão. — Vamos arrombar essa desgraça agora.

• • •

A sirene insuportável soava pela cidade de Seabrook inteira, fazendo todos correrem para algum esconderijo próximo, tendo alguma fonte de notícia ligada para terem notícias do resgate das seus garotas. Os seus pais estavam cada vez mais aflitos com a situação, não desjuntando as mais seladas em gestos de oração, sempre pedindo à Deus para fazer daquela operação um sucesso.

Logo, os reforços da polícia chegaram e encontraram a entrada principal do Arsenal, cercando ambas entradas. Amity sentia seu sangue correr por suas veias junto com a adrenalina, seria sua primeira operação concluída com sucesso em todos os seus anos de polícia, e quem sabe ela conseguiria dar sua primeira entrevista a TV?

Recebeu o sinal para arrombar o alçapão e fez a ação, descendo as escadas do mesmo com sua Glock em suas mãos, apontada para frente. Parrish desceu logo atrás dela, fazendo a mesma coisa que a fiel escudeira. Dentro do Arsenal, Caleb se preparava para tirar gritos de sua quarta vítima, Lori — completando o squad formado por Willa, Addison e Eliza. Claro que sempre tinha alguém maltratando Willa, até porque não seria à toa que ela já havia perdido a consciência pela quinta vez no dia.

Quando ia aplicar os maus tratos em Lori, ouviu barulho de polícia correndo nos corredores do Arsenal, e não demorou muito para chegarem na porta do grande salão do local.

— Polícia de Beacon Hills, Abra essa porta agora! — gritou Amity enquanto batia no grande portão, fazendo Caleb entrar em desespero e parar de fazer o que estava fazendo, sacando um revólver e apontando para a porta.

As garotas se sentiram aliviadas. Finalmente aquilo ia acabar.

— Se você não abrir, vamos ter que arrombar. — gritou Amity novamente.

Como não obteve resposta, olhou ao seu melhor amigo com um sorriso no rosto, e ele deixou ela arrombar sua primeira porta de sua vida — que no caso era um portão camuflado.

Se afastou do mesmo e deu uma corrida em sua direção, logo chutando o mesmo, o que fez uma cratera se abrir no meio dele. Amity cruzou ela e foi para cima de Caleb, que puxava o gatilho do revólver para incuiar um tiroteio.

— Polícia, arma no chão! — gritou Amity com sua Glock apontada a ele, com seu cabo já suado de tanta força que ela estava fazendo para segurar ela.

Caleb não reagiu, apenas fixou parado com a arma apontada a ele.

— Larga a arma e agente acaba com isso na paz. — disse ela, desviando a sua arma de seu rosto.

Como o Martinez continuou não reagindo, Lori sentiu que precisava dar uma ajudinha a sua parceira Amity. Se soltou da cadeira com sua força de lobisomem e engatinhou até as canelas do instrutor derrubando ele em um chute. Amity sorriu e guardou sua Glock na cintura, algemando o cara.

— Tá preso, seu falso. — disse a tão sonhada fala quando terminou de algemá-lo.

O levantou e o levou até Parrish, que o comandou até fora do Arsenal. Lori e Amity soltaram Willa, Addison e Eliza das cadeiras de tortura, o que fez Eliza e Addison se abraçarem com força, já que não estavam tão feridas. Já Willaz a mesma tentou de colocar de pé, mas desmaiou nos braços de Amity no mesmo instante. Estava extremamente ferida por causa da tontura, roxa de frio e com a pulsação fraca. Se ela não fosse imediatamente ao hospital, não iria sobreviver.

Amity pegou seu Walkie-Tokie e pediu reforços para dentro do Arsenal para levar as três para fora e Willa a uma ambulância. Segundo após, dois policiais apareceram e tiraram as vítimas do local, mostrando a elas a luz do dia.

Zed e Bucky abraçaram Addison fortemente enquanto ouviam ela chorar de alívio. Dale naodu a postura de Chefe de Polícia à merda e se juntou a família, feliz que a filha estava bem. Brett abraçou Lori também, porém não estavam muito emocionados como os Wells porque já haviam passado por perrengues maiores, mas estavam felizes que haviam sobrevivido.

Wyatt esperava pela irmã, e quando viu ela sendo carregada por um policial em direção a uma ambulância, entrou em desespero. Tentou correr atrás dela, mas Bonzo o segurou e oncciu cair no chão, chorando de desespero. Queria ir com a irmã até o hospital, mas parecia que nem isso ele podia.

— Fica aqui. Pela Wynter e pela Eliza.

Falando em Eliza, a mesma saiu do Arsenal e foi abraçada por Bonzo, com aquele abraço de urso que só ele sabia dar. Zed também foi em direção a melhor amiga e a abraçou, aumentando o conforto. Wyatt abraçou eles também, logo sentindo Addison em suas costas. Elas estavam bem, e era só isso que importava.

De volta para o Arsenal, Amity se preparou para atirar no vidro que dividia o grande salão com a pequena sala que Bree e Wynter estavam, pedindo para elas se afastarem. Atirou no mesmo e o viu se desmanchar, logo tirando ambas de lá e indo com elas até a luz do Diaz enrrgando-as as suas famílias.

Bree, Bonzo, Zed, Eliza e Addison se abraçaram enquanto Wyatt abraçava Wynter. Porém, o grupo imediatamente se juntou em um abraço coletivo. Acabado o sofrimento.

Wyatt colocou a Pedra da Lua de volta em Wynter, e a mesma já sentiu melhor. Explicou à ela sobre onde Willa fora e a caçula o confrou que ela havia sido muito torturada, fazendo o mesmo ficar com vontade de meter a porrada em Caleb.

Falando nele, o mesmo acabara de entrar no porta-malas de uma viatura da polícia e indo direto a delegacia. Amity estava parada no meio daquele furdunço de sentindo extremamente orgulhosa de seu trabalho, feliz em ter realizado com sucesso sua primeira operação policial.

De imediato, diversos reportes vieram em sua direção gritando o seu nome. Era a sua hora!

— Amity Blind, o que tem a dizer sobre a operação?

— Bom, foi uma operação extremamente tensa, onde a gente não só estava mexendo com um simples sequestrador, e sim um caçador de sobrenaturais e torturador, então toda a polícia teve que tomar muito cuidado para que nada de grave tivesse acontecido quando arrobamos o local.

— E vocês apreenderam algo?

— Sim. O sequestrador carregava consigo um revólver e objetos de tortura registrados no nome de Gerard Argent, falecido caçador de sobrenaturais, e Tamora Monroe, uma caçadora e assassina em série foragida. No Arsenal havia outras armas, mas como todas estavam com uso permitido, não podemos apreendê-las.

— E você sabe a identidade do sequestrador?

— Sim. Seu nome é Caleb Martinez, é um instrutor de torcida de escolas e provável cúmplice da senhorita Monroe.

— E falando das vítimas agora, como elas estão?

— Felizmente, todas saíram com vida e estão nos braços de suas famias. Quatro delas saíram com ferimentos de tortura, e uma das delas foi levada imediatamente ao hispit por correr risco de vida. Porém, esperamos que ela logo se recupere.

— Para finalizarmos, você possui algum alerta para os moradores de Seabrook e região?

— Só gostaria de avisá-los a não deixem seus filhos sozinhos de noite nas ruas e muito menos que eles cruzem a divisa com as florestas. Logo vamos pegar essa assassina e sua equipe e tudo ficará bem.

— Muito obrigada pela entrevista, oficial. — Amity assentiu com um sorriso labial a repórter, que logo se afastara com todos os outros.

Hoje, sem dúvidas, é o melhor dia da vida da Blind.


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