Chapter Fifteen: Amusement Park•🎡
「Capítulo Quinze: Parque de Diversão」
❝They are the hunters, we are the foxes
And we run
Just grab my hand and don't ever drop it
My love❞
I KNOW PLACES (TAYLOR'S VERSION) - TAYLOR SWIFT.
OS POLICIAIS COLOCARAM Caleb sentado em frente a uma mesa, onde o mesmo colocou suas mãos algemadas sobre. Amity sentou-se em sua frente com o tórax encostado no encosto da cadeira, cruzando seus braços soj o móvel. Ao seu lado, Stiles estava em frente ao computador exercendo o trabalho de escrivão e dois guardas estavam detrás do réu caso ele tentasse cometer alguma outra atrocidade.
— Bom, Caleb Martinez. — iniciou a oficial Blind. — Qual era seu propósito com esses sequestro?
— Eu só estava seguindo ordens da minha chefe, oficial. Ela tá no pé da Willa, alfa da Alcatéia Lykensen. Então, pediu para eu sequestrar apenas as amigas dela, mas um dos capatazes não entendeu o recado e pegou ela junto.
"E como eu já não soubesse da sua chefe." pensou Amity.
— Qual o nome dela? Da sua chefe? — se fez de sonsa.
— Tamora Monroe.
— Aham, aham. Sei quem é. — olhou de relance a Stiles. — E por que a persistência dela em machucar Willa?
— Ela tem algum remorso relacionado a alguma rixa com uma alcatéia de Beacon Hills, e agora quer descontar aqui em Seabrook. Foi por isso que ela me contratou, porque sabia que eu estava pela região e me viu como um bom aliado.
— Aham, e quanto ela te ofereceu por mês?
— Dois mil.
— Porra, uma mixaria! — Stiles argumentou da mesa do escrivão, levando olhares da Blind.
— Porém agora ela aumentou para nove mil.
— Certo... — pausou e pensou um tempo. — Por acaso essa alcatéia do passado possui alguma ligação com o sobrenome McCall?
— Sim, senhora. — Amity e Stiles se olharam.
Ele estava ocultando mais alguma coisa.
— Eu vou te questionar novamente... — se inclinou olhando fundo nos olhos dele, fazendo-o engolir seco. — O que ela realmente queria com esse sequestro?
— Era pra ser só um sustinho, porra! Eu juro, a minha intenção não era machucar elas, caralho! Eu usei a tortura porque não tinha mais o que fazer, já que tudo saiu do controle.
— Deu! — bateu na mesa ao ver que ele estava se alterando. — Aqui é oficial Blind e tu não tá na tua casa! Desembucha logo, era pra matar a Willa ou não, porra?
Caleb não respondeu.
— Vamo!
— Tá, talvez! — soltou. — Ela disse que era pra traumatizar Willa, deixá-la vulnerável pra ser mais fácil de pegá-la. Você nem sabe como funciona os caçadores, oficial Blind.
Amity se levantou e passou a mão pelos seus cabelos cacheados castanhos. Aquele caso só não seria tão complicado porque perderia ao de Ziva Norman.
— Quando que ela decidiu perseguir novamente a alcatéia?
— Na noite do assassinato de Ziva Norman.
Amity suspirou. Um puta quebra-cabeça estava sendo espalhado sobre sua mente. Sentou novamente em sua cadeira e inclinou seu corpo para frente, o encarando.
— Bom, a festa de vocês acabou, então. Tu tá preso, ela logo vai ser, e é melhor já ir tirando o cavalinho de vocês da chuva. — olhou aos guardas. — Levem-o até a cela.
Os guardar pegaram o instrutor pelo braço e tiraram-o da sala de interrogatório, deixando apenas Amity e Stiles ali. Stiles se levantou e parou em frente a colega.
— Notou que você só perguntou coisa que você já sabia pro infeliz, né?
— Não tinha outra opção... — olhou à ele. — Pelo menos ele desembuchou. Confessou uma boa tentativa de feminicio, sequestro e cárcere privado... As peças todas se encaixam de uma maneira ou outra, desde a noite do assassinato até o dia do sequestro...
— Tem mais isso ainda... — Stiles bufou ao lembrar do assassinato que até hoje não conseguiram subir um único degrau nessa investigação.
— Mantemos o desgracado preso aqui mesmo até acabarmos com Monroe. Temos que ouvir os depoimentos das vítimas, principalmente o de Willa, que quase comeu capim pela raiz. — caminhou de um lado para o outro. — Salva esse interrogatório no inquérito e me traz um daqueles quadros de investigação, vamos juntar as evidências desse caso para impedirmos uma tragédia caso Monroe escape e também vamos analisar o de Ziva para avançarmos na investigação.
Stiles assentiu a chefe. Definitivamente, a caneca e ambos iria fritar com esses dois casos de uma vez só.
• • •
Mais tarde, ainda no hospital, Wyatt e Wynter esperavam aflitos alguma notícia de Willa. Já haviam ido a polícia conversar com Parrish e Amiry junto com Addison, Bree, Lori e com suas respectivas famílias, e agora estavam caíndo de sono, sentados naquela sala de espera.
Estavam quase pegando no sono quando ouviram passos vindo em sua direção. Eliza, Derek, Peter e Malia. De imediato, Wyatt e Wynter se levantaram em um salto, suspresos com a visita.
— Cadê ela? — perguntou Eliza, ansiosa.
— Em observação. A temperatura corporal e pressão caíram muito, mas ela tá fora de perigo. — Eliza e Malia agradeceram mentalmente enquanto se abraçavam de um jeito desajeitado. — Você não deveria tá descansando, Eliza?
— Não saio daqui sem ver minha... — pausou.
Infelizmente, não sabia o que ela e Willa eram.
— Vocês entenderam. — finalizou sem dar explicações.
Na mesma hora, um médico se aproximou deles segurando uma prancheta, fazendo a atenção da "família" voltar-se a ele.
— Com licença, vocês são da família de Willa Lykensen? — perguntou ele enquanto lia o nome da paciente na prancheta.
— Sim.
— Trago boas notícias à vocês, então. A pressão e temperatura corporal já se estabilizaram e os ferimentos que ela apresentava já foram controlados. — de novo, o grupo agradeceu em um abraço. — Vocês podem visitá-la, mas de três em três.
Se entreolharam, decidindo quem iria.
— Eu vou. — disse Wyatt. — Sou irmão dela.
— E eu vou junto. — Derek acrescentou. — Pai dela e dele.
Wyatt fez a expressão mais confusa que conseguiu, e Derek apenas lhe deu uma encarada intimidadora.
— Eu também vou acompanhá-los. — disse Eliza antes que outra alguém abrisse a boca.
— Certo, venham comigo.
O trio seguiu o médico, permanecendo um pouco mais atrás do profissional para conversarem.
— Desde quando você é nosso pai? — perguntou Wyatt num sussurro a Derek. — Nosso pai já morreu.
— Só segue o roteiro, cara. Quem tá cuidando de vocês é eu. — sussurrou de volta.
Wgatt não se convenceu, mesmo fazendo bastante tempo que Derek e sua família estavam de olho nos Lykensen. Não se conformava com o fato de serem supervisionados.
O médico abriu a porta do quarto para o trio e eles adentraram ao pequeno local. Willa estava descansando, desacordada para ser mais específica, e Wyatt sentiu seu coração apertar ao ver a irmã assim, mal por uma maldade humana.
Derek permaneceu de pé perto da porta como um segurança, com aquela cara emburrada de sempre. Eliza ficou de pé ao lado da maçã do rosto da namorada, tocando em seus cabelos cacheados com cuidado. Wyatt pegou a poltrona que tinha para o acompanhante e arrastou para perto da maca, sentando-se e segurando a mão com fios de aparelhos cravados da irmã, feliz em sentir o seu toque.
No mesmo instante, Willa despertou do sono devagar. Olhou para cima e viu aquela luz meio amarelada, logo batendo o olho em sua mão que Wyatt segurava, vendo os aparelhos em seguida. Se sentiu aliviada, havia saído do cativeiro. Estava em um hospital. Aparentemente bem.
Suspirou com o sentimento, corando o rosto e vendo Eliza, que sorriu a Willa com os lábios. Sem falar nada, olhou a porta e se assustou com Derek parado ali como um segurança.
— Porra, Derek! — foram duas primeiras palavras após ter saído do sequestro.
Wyatt se estressou profundamente com a reação da irmã e com o fato de Derek ter assustado ela, mas demonstrou revirando os olhos. Derek assentiu e saiu da pose, caminhando pelo quarto.
— É, ela tá bem. Cem por cento Willa Lykensen.
Eliza abafou uma risada. Willa franziu o cenho e voltou a olhar em volta, relembrando que estava num hospital. Relembrando que apagou após Amity chegar no cativeiro.
— O que aconteceu depois que a Amity chegou? — perguntou olhando ao seu irmão.
— Você apagou e te levaram pro hospital porque você tava quase hipotérmica. — esclareceu ele. — Mas agora já está melhor.
Olhou a Eliza. — E você? E as meninas?
— Nós todas já depomos e a maioria tá em casa "bem". — fez aspas com os dedos. Ninguém estava realmente bem após esse trauma. — Só eu e Wynter que optamos ficar aqui até você acordar.
Willa digeriu a informação e ficou em silêncio por alguns segundos, olhando novamente para cima. — E o Caleb?
— O filho da puta tá preso, Willa. — Wyatt disse sério. — Acabou.
Willa soltou o ar que nem sabia que estava prendendo. Acabou. Ninguém mais iria sofrer. Monroe nunca deu as caras, e depois dessa prisão, não daria. A alcatéia estava salva. E ela ficou feliz com a notícia.
— Mesmo que tudo tenho acabado... — Derek se aproximou de Willa para Eliza não ouvir, começando a sussurrar. — Os McCall não vão tirar os olhos de vocês. Caleb tá preso, mas Monroe não.
Eliza, irritada por ouvir a informação, resolveu mudar de assunto enquanto se afastava de Willa. — Pelo menos não vamos nos sentir ameaçadas na escola.
Willa concordou, vendo Derek se afastar dos irmãos. — Eu quero ir para casa, Wyatt. Aqui não é tão confortável.
— Willa, você vai ter que ficar a noite aqui em observação mas amanhã você já pode voltar para casa. Eu vou passar a noite aqui contigo.
Bufou, mas não armou uma guerra. Não queria ficar presa naquele lugar, queria ver sua gente, sua melhor amiga, mostrar a eles que estava bem.
— Bom... — Derek se aproximou da porta. — Acho que já vou. Eu, Peter e Malia vamos levar Wynter para casa e acalmar todos por lá.
— Eu também vou para casa. — Eliza disse e beijou o tipo da cabeça de Willa. — Fique bem.
— Tchau, Eliza. Tchau, "pai". — Wyatt fez aspas com os dedos ao se referir a Derek.
— Pai? — a alfa perguntou confusa, certificando-se de que Eliza já estava longe do quarto.
— Disse que era pai de vocês para poder vir... Qual é? Só não temos o mesmo sangue.
Willa riu. Gostou da mentira, até.
— Tchau, pai.
Ele saiu do quarto sorrindo e deixou os irmãos sozinhos.
— Precisa de algo, Willa? — perguntou Wyatt enquanto se levantava.
— Uma comida boa. Que não seja essas de hospital.
Wyatt riu do pedido da irmã. Ela não mudava nunca.
• • •
Dois meses se passaram desde o sequestro. Monroe não deu as caras nesse período, o que aliviou todos os envolvidos nesse caso. Mas o sumisso não foi algo a menos a se preocupar, porque a polícia se afundou no assassinato de Ziva Norman, mesmo não conseguindo nenhum progresso. Tinham suspeitos em mão, quase tudo pronto para seguuir com o inquérito, mas não tinham permissão e muito menos provas o suficiente — apenas deduções que um zumbi matou outro e o depoimento de Eliza. E isso frustrava Amity, porque sua anisedade não se saciava com essa investigação que não se concluía de vez.
Entretanto, as coisas ficaram melhores. As alcatéias Lykensen e McCall unificaram seus laços ainda mais, além de se sentirem mais livres para prosseguirem fazendo o que sempre fizeram antes desse caos todo começar. Além disso, o tratamento de Addison começou alguns dias depois que a poeira do sequestro baixou, com consultas diversas e alguns medicamentos antidepressivos. Bucky estava cuidando dela mais do que seus próprios pais, uma mudança radical para aquele que destruiu reputações e felicidadess de muitos há alguns anos atrás.
Outra coisa que se fortificou foi o relacionamento de Willa e Eliza. Mesmo a relação não tendo um rótulo, ambas agiam como namoradas — o que, na mente de Eliza, elas realmente eram, só faltava uma aliança e um pedido.
Voltando ao presente, uma notícia abalava a cidade pequena: A chegada de um parque de diversão. Não ficaria por muito tempo na cidade, apenas duas noites, ou seja, a noite de sexta — no caso, amanhã — e de sábado. Todos estavam muito eufóricos com o fato, nunca havia acontecido uma atração desse nível antes, e é óbvio que os jovens só falavam disso na escola. Mas a atração também preocupava a polícia, porque as chances de Monroe dar as caras era grande.
Enfim. Era a hora do recreio em Seabrook High School. As panelinhas presentes estavam formadas e espalhadas pela escola, conversando e lanchando juntas. Eliza e Willa optaram por passar o recreio juntas nas arquibancadas ao invés de ficarem com seus outros amigos. Sentadas na última fileira, bem no topo, Eliza degustava uma maçã enquanto observava o campo de futebol vazio e Willa lia um panfleto roxo com azul do tão falado parque de diversão. Lia e relia o enunciado, pensando se ia curtir um pouco ou não.
— Você vai nisso? — mostrou o panfleto a amante, que pegou-o de sua mão e começou a ler.
— Vou. — disse após ler, entregando-o de volta a loba. — Pô, parque de diversão! Nunca fui em um. E é fato que o Zed vai me obrigar a ir com ele, Addy e Bonzo.
Willa riu fraco, levantou o papel e leu mais uma vez. — Se é assim, vou também. Wynter vai ficar feliz demais se eu levar ela.
Eliza riu com o comentário. — É verdade... Você sabe se o pessoal de Beacon Hills vai também?
— Ah, a maioria é da polícia, então provavelmente sim. — deu de ombros. — Mas por quê a pergunta?
— É que você tá sempre com eles, sabe? E o foda é que ninguém sabe ao certo do porquê de eles terem se aliado a vocês mesmo nem sendo sobrenaturais.
Willa suspirou. Eliza tinha razão. Por mais que dois meses tinham se passado, pouquíssima gente tratava o pessoal de Beacon Hills como cidadãos ou turistas normais. A maioria olhava com cara de nojo a eles por causa da desconfiança que sentiam, e apenas os Lykensen sabiam que se tratava de outra alcatéia de lobisomens, banshees, coiotes, etc. O povo achava que estavam cuidando do caso Norman, e provavelmente Seabrook iria pirar se a segunda intenção fosse revelada.
Mas Eliza não era boba nem nada. Ela sabia lá no fundo que aquela gente era diferente como ela, a companheira e os amigos. Sentia que eles eram diferentes, e principalmente após Zed ter comentado com ela que viu os olhos de Brett brilharem como o de um lobo, porém obviamente achou que era loucura. Mas após ver e rever Willa e Wyatt chamarem Derek de pai, Peter de tio e Malia de prima, consecutivamente durante esses dois meses, mesmo se fosse só na brincadeira como alegavam, ela começou a achar super estranho.
— A maioria é peça chave na investigação do caso da Ziva, e outro estão vindo para cá em busca de uma vida com menos preconceito, já te disse diversas vezes. — olhou a ela.
— Tá, e por que você e o Wyatt ficam chamando Derek e companhia de pai, tio, prima...? Fora que eles estão sempre na toca, junto com aquele Theo. Vai me dizer o que agora? Que o moleque é primo de vocês também?
— Já te disse também que ele, o tio Peter e a Malia e Theo compraram uma cabana na floresta e fizeram amizade com a gente. — mentiu de novo. — Não precisa entrar em parafuso por algo que não faz sentido, amor.
Willa se aproximou dela e deu um beijinho na bochecha da mesma, voltando a olhar ao panfleto. Eliza ainda estava intrigada com a situação, mas sabia que Willa não iria dizer nada da verdade a base de insistência, então resolveu tirar o pensamento da cabeça e curtir o resto do intervalo ao lado de sua amada.
• • •
Mais tarde, alguns minutos após as aulas terem acabado, Bucky havia passado na casa de Addison para levá-la até a terapia. Hoje, começariam suas sessões. Estava um pouco nervosa. Não sabia se seria como imaginava. Estava com medo de travar e não conseguir falar, e todas essas emoções estavam sendo descontadas nas diversas vezes em que estralou os ossos de seus dedos enquanto estava sentada naquela sala de espera.
Bucky viu o quão nervosa sua prima estava e colocou sa mão em seu ombro, tentando demonstrar algum conforto a ela. Viu a platinada sorrir fraco a ele e retribuiu o gesto. No mesmo instante, uma mulher de pele parda, longos cabelos castanhos e que vestia um jaleco branco apareceu no início do corredor enquanto segurava uma prancheta, olhando diretamente a Addison.
— Addison Wells? — chamou a mulher olhando, agora, ao redor da sala.
Addison se levantou e abraçou rapidamente seu primo, indo em direção a terapeuta.
— Prazer, sou a doutora Menck, sua terapeuta. — lhe disse enquanto lhe dava um aperto de mãos. — Vamos passar na minha sala.
Bucky viu a prima sumir em meio a aquele corredor ao lado daquela profissional e soltou o ar que nem sabia que estava prendendo. Esperava muito que as sessões ajudassem ela nesse momento delicado, que ela conseguisse se abrir, algo que não costumava fazer. Addison também começou a se sentir mais leve a cada minuto que passava com o fluxo da sessão. Se sentiu agradável, leve, como nunca se sentiu antes. Se abrir com alguém de confiança era tudo que ela precisava, e finalmente tinha aquilo.
As coisas iriam se alinhas, não importa quanto tempo levasse. Addy sabia que ficaria bem.
• • •
Outras horas se passaram, agora o entardecer já era mais próximo. Uma mulher toda de preto, óculos escuros, uma encharpe vermelha enrolada em seu pescoço e uma grande bolsa em seu ombro esperava para ter uma visita íntima no presídio em que Caleb estava cumprindo pena de tentavida de femincídio, sequestro, cárcere privado e tortura. Tinha paciência na espera, mas seu assunto era extremamente urgente.
Um guarda abrou a porta e deixou a mulher misteriosa entrar para dentro da cela, vendo o homem sentado com uma carranca. Parou em sua frente e tirou seus óculos escuros, mostrando melhor o seu rosto, o que chocou o réu.
— Monroe? — perguntou com o rosto e corpo paralisado.
— Surpresa, Caleb. — sorriu, tirou sua encharpe e sentou-se na cadeira em sua frente, o encarando.
— Por onde você esteve durante todos esses meses?
— Escondida, ora. Você conseguiu colocar minha cabeça a prêmio... Mas não podemos esperar mais tempo. — apoiou seus braços sob a mesa e curvou seu corpo para frente, passando a falar um pouco mais baixo.
Caleb riu. — E o que você quer que eu faça? Trancafiado nesse lugar, não tenho muita opção.
— É para isso que vim aqui... Caleb, você vai fugir desse presídio.
O Martinez tossiu em choque. — Como é que é?
— É! Fugir, dar o pé, cair fora, ir por ali que não tem espinho, deitar o cabelo...
— Tá, essa parte eu entendi! — cortou-a. — Quero saber como eu vou fazer isso.
Monroe tirou sua bolsa do ombro e colocou-a sob a mesa, tirando uma siringa, um pote de Boa Noite Cinderela e uma ferramenta para arrombar portas.
— Que porra é essa? — perguntou confuso, olhando os objetos.
— Você vai arrumar briga com um colega de cela e vão te mandar para a solitária. Nisso, você vai esperar uns minutos e, com essa ferramenta, vai arrombar a porta. Depois, rastejando, injeta esse Boa Noite, Cinderela nno calcanhar de todos os guardas, até seu caminho estiver livre. Nisso, seguirá até o pátio do presídio, fugindo entçao. Após a fuga, vá direto a esse endreço. — passou um papel a ele. — Entendido?
— Entendido. — disse guardando os objetos dentro de sua roupa.
— Espero que você não falhe. — disse enquanto se levantava e vestia seus adereços, em seguida saindo da sala.
Caleb estava meio apreensivo e nervoso em relação ao plano, mas como ordens são ordens, teve que segui-las. Na noite desse mesmo dia, fez tudo o que ela mandou: Brigou com outro presidiário, parou na solitária, arrombou a porta — que por sinal, foi a parte mais fácil — e foi rastejando e sedando todos os guardas que estavam em seu caminho até parar no pátio, que por fim, escalou as paredes de um corredor aberto até chegar no teto, saltando do mesmo e caindo em um lago que tinha na frente. Por fim, saiu do lago e correu daquele lugar em direção ao endereço de Monroe.
• • •
Três horas se passaram desde a fuga de Caleb. Amity estava sentada em uma mesa que pertencia a ela enquanto estava em Seabrook, lendo as fichas criminais de Zed e Eliza, tentando achar alguma ligação com o caso Norman, partindo do depoimento de Eliza. Lia e relia o ocorrido do jogo de futebol de 2018, e tentava entender como o Z-lógio dele se tornou um bug maior que a Vanellope de Detona Ralph. Bebeu um gole extenso de café e soltou um suspiro, e quando voltou a ler, foi interrompida por Parrish, que bateu de leve em sua mesa.
Tomou seu olhar a ele e franziu o cenho ao ver o quão assustado seu fiel escudeiro estava.
— Que foi?
— O Caleb fugiu do presídio.
O queixo de Amity caiu. Se levantou da mesa e furiosa e preparou suas cordas vocais para largar um grito.
— Como é QUE É?
— Se acalma, Amity.
— Que se acalmar o que? Eu prendi o filho da puta, Seabrook estava andando nos trilhos e eu e tu até voltariamos a morar sem Beacon Hills novamente. Como que essa segurança de merda deixa esse sociopata escapar, porra?!
— Parece que ele arrombou a porta da solitária, sedou todos os guardas em seu caminho e escapou escalando as paredes de um corredor aberto.
Amity riu do relato. Uma risada sincera, que assustou Parrish.
— Porra, palhaçada isso, hein? O cara me seda tudo os guardar e ainda escala uma parede normal? Como que pode?
Parrish deu de ombros. — A vígilias vão começar hoje e vão ser reforçadas amanhã na noite do parque. Se ele ousar aparecer, prendemos-o e o mandamos longe da Califórnia.
— Tá... — disse indignada, voltando ao trabalho.
Parrish deixou a amiga trabalhar e se retirou. Amity, agora, estava com sangue nos olhos para prendê-lo, e não descansaria até botar o desgraçado detrás das grades novamente.
• • •
A noite seguinte, vulgo a noite do parque de diversão, havia finalmente chegado, e Seabrook nunca esteve tão linda. O campo reserbado estava com diversas barraquinhas de commidas, brinquedos e atrações cheias de luzes pelo local. Você podia também enxergar uma dupla de policiais parados em cada canto do parque, vigiando caso apareça uma movimentação suspeita que convenha as investigações. Os jovens de Seabrook High School também se faziam presentes. Lydia levou Lori e Brett a atração, mas o trio passava mais tempo com Stiles do que curtindo — por mais que Stile às vezes se disperçava do trabalho e ia nos brinquedos, sempre sendo arrastado de volta por Scott.
Liam, Mason e Corey também sairam de Beacon Hills para passar a noite no parque ao lado de Theo e o resto da alcatéia, e já decidiram que iriam passar o final de semana na cidadezinha. Addison, Zed, Bucky e Bree também já estava, no local fazia algumas horas, indo mais na roda gigante do que em qualquer outro brinquedo. Bucky se encontrava na defensiva, de hora em hora perguntando a sua prima se ela estava bem e diversas vezes sumindo e aparecendo com saquinhos de pipocas e pretzels ao quarteto.
Eliza e Bonzo, meio furiososos com Zed, ficaram de levar Zoey ao parque por ele, já que o mesmo passou o resto da tarde pós-aula com a namorada e iria dormir na casa dela. Novamente, a chance de Eliza falar com ele sobre o assassinato de Ziva se via cada vez mais longe. Por fim, a alcatéia Lykensen acabara de chegar ao lado de Derek, Peter e Malia, os agora nomeados "Pais da Alcatéia". Peter estava emburrado porque ficou responsável por cuidar dos filhotes — e de Wyatt — enquanto eles iam nos brinquedos para evitar uma tragédia, enquanto Derek se juntou a turma da polícia e Malia se viu na obrigação de seguar vela à Eliza e Willa, que quando se envontraram, se juntaram a um abraço que levou ao menos dois minutos para ser cortado, inclusive por Wynter, que como uma criança, queria ir nos brinquedos junto com as amigas.
A noite no parque estava ocorrendo bem, sem nenhum vestígio ou sinal de tragédia por perto. O grupo não permaneceu todo junto, mas se esbarraram algumas vezes e aproveitaram para ir em alguns brinquedos em companhia.
Próximo a meia-noite, o quarteto Malia, Wynter, Willa e Eliza resolveram ir na atração dos espelhos distorcidos e encarar aquele labirinto. Wynter estava se divertindo a beça, realmente jogando, diferente de Malia, que estava mas se admirando nos milhares de espelhos. Willa não estava muito afim de sair de perto da entrada, mas era puxada pela sua amada cada vez mais para dentro, automaticamente se vendo dentro da competição de chegar ao final mais rápido.
Após alguns minutos andando entre reflexos, o casal se perdeu de Malia e Wynter, resolvendo descansar um pouco para depois achar a saída. Eliza segurou a mão da Lykensen e a levou a um espelho que não tinha o reflexo distorcido, parando em sua frente e envolvendo seu braço direito na cintura dela.
— Tá vendo a gente nesses reflexos? São todas as nossas versões. E em todas elas, a gente acaba assim, juntas.
Willa sorriu com a frase, cheirando o pescoço da zumbi. Quando voltou a olhar ao espelho, viu uma figura familiar atrás delas, o que a fez paralisar por completo. Eliza notou a reação da loba e viu o mesmo reflexo, permanecendo ainda mai confusa. O susto final foi quando essa figura sacou uma arma de caça e apontou a Willa sem que ela percebesse.
— Willa, se abaixa! — agarrou sua mão mais forte e puxou-a para baixo, ouvindo o disparo ecoar e bater nos espelhos.
Ficaram naquela posição até a arma cair no chão, especificamente ao lado de Eliza. A zumbi pegou a bala e analisou, mostrando a loba.
— Isso é prata. — concluiu.
O rosto de Willa ficou pálido de medo, preocupando Eliza.
— Tem caçadores aqui. E eles tão aqui para me matar. — o caçador em específico era Monroe, mas como Eliza não sabia de sua existência e nem poderia, não disse o nome da mulher.
Eliza se levantou e puxou Willa consigo, correndo em direção a saída, mas esse era mais um dos problemas. Onde ficava a saída? Em meio a tantos espelhos parecia que o caminho as sufocavam, mas mantinham presas naquele labirinto. E quanto mais elas corriam, mais barulho de tiros escutavam e em todos os reflexos viam a tal caçadora que amedontrava a alcatéia McCall há anos e agora a Lykensen há meses.
O engraçado era que Wynter e Malia não estavam mais lá, outro fator preocupante, porque assim como elas já poderiam ter sapido há séculos, elas poderiam ter sido pegas por Monroe, e só de pensar em mais um sequestro, Willa perdia todo o oxigênio de seu corpo. Continuaram com a corrida que garantia a vida de ambas, e parecia que quanto mais rápido corriam para se salvar, mais potente os barulhos dos tiros de arma de caça ficavam, muitas dessas balas atingindo os espelhos de sua frente, fazendo-as dobrarem curvas diversas vezes, talvez até permanecendo fugindo em um mesmo trajeto, correndo em círculos.
Após uma meia hora, com a Grande Alfa já pensando em se entregar a caçadora, avistaram um corredor que dava acesso a uma escuridão com luzes alaranjadas e o brilho branco da lua: A tão sonhada saída. Fortificaram o toque das mãos e aceleraram a corrida, atravessando aquele túnel e, mesmo após estiverem fora da atração, continuaram a correr até achare, Malia, Wynter ou qualquer outra pessoa da alcatéia que pudesse acalmá-las.
E foi próximo ao carrossel que encontraram a outra dupla que compunha o quarteto. O casal começou a gritar o nome das duas, obviamente as assustando. Malia e Wynter correram na direção de ambas e faltando alguns metros de distância para se aproximarem, Willa soltou a mão da namorada e correu em direção ao corpo de Malia, entrando em seus braõs em um abraço reconfortante. Um abraçi de sua "prima mais velha", como havia a apelidado após toda a questão da família Hale.
— O que aconteceu? Você está tremendo. — perguntou ainda no abraço, enquanto Eliza estava com suas mãos em seus joelhos recuperando seu ar com Wynter lhe ajudando.
Willa saiu do abraço mas permaneceu com suas mãos nos ombros da Tate-Hale, olhando fundo em seus olhos.
— A Monroe voltou e ela quase nos matou. A gente tem que avisar o Scott. — sussurrou para Eliza não descobrir a falsa identidade dos novos amigos, por mais que soubesse que tinha uma gente detrás da namorada por um motivo que não etendia.
Malia se soltou da "prima mais nova" e olhou a Wynter e Eliza, sabendo exatamente para onde levá-las para descansarem e esperarem o resto da alcatéia para a Tate-Hale anunciar o acidente.
— Venham comigo. Vamos para um lugar seguro.
Próximo ao estacionamento reservado a polícia de Seabrook e Beacon Hills, Amity estava sentada em cima do capô da viatura com um binóculo em uma mão e o cigarro na outra, fazendo o seu trabalho de vigia, mas de seu jeito, que se Parrish visse, estava morta.
Patrulhando a região com seu binóculo como se estivesse no meio de uma aventura daqueles realities shows de aventuras ou até mesmo num episódio de Dora, A Aventureira, ela olhou para seu lado e viu em aumento uma coisa parecida com pele tapando seu campo de visão. Tirou o binóculo e se assustou ao ver aquele cidadão de óculos redondos e sentir aquele cheiro de spray de cabelo barato.
— Oi, oficial Amity.
A cacheada colocou o cigarro na boca e sacou sua arma, apontando ao mesmo.
— Tá preso, Caleb Martinez... De novo. — disse entre dentes, causando risadas no foragido.
— Calma, não vim me entregar. — levantou suas mãos.
— Não perguntei isso. Você tá preso e ponto final.
Caleb riu de novo ao ouvir sua voz entre dentes, se aproximando dela lentamente.
— Olha, vamos fazer assim: Você me dá um cigarro, a gente entra na viatura, eu te falo tudo o que eu vim falar e depois eu deixo você me prender. — Amity não respondeu, apenas continuou com sua arma apontada a ele. — Eu prometo que não é uma emboscada.
Aos poucos, Amity foi abaixando a arma e logo a guardou em sua calça, pegando seu binóculo e entrando dentro da viatura. Caleb fez o mesmo. A policial pegou um cigarro e acendeu-o a ele, que pegou-o e já começou a fumar. Em seguida, jogou o que estava em sua boca fora e pegou um novo, repetindo o mesmo procedimento.
— Desembucha.
— Minha intenção não é machucar vocês.
— Jura? — olhou a ele com deboche.
— Me escuta... — olhou de volta. — Eu nunca gostei de caçar, de mortes. Até hoje eu não gosto. Só que após eu ter me formado em educação física, ter feito especialização em torcida e ter vindo para Beacon Hills, foi muito difícil encontrar um trabalho, porque nenhuma escola de lá tinha líderes de torcida. — deu uma tragada no cigarro. — Aí a Monroe me achou. Ela me acolheu, ofereceu aquela grana em troca dos favores malucos a ela. E como eu estava precisando, aceitei, achando que seria a maior loucura do mundo. O primeiro serviço foi um dia após o assassinato da Ziva Norman, em que eu consegui acertar Willa com uma bala de prata.
"Só que após esse serviço, eu achei que ela estava morta, aí eu pegaria minha grana e iria procurar emprego em outro lugar. Mas quando chegou nos ouvido dela que Willa não tinha morrido, ela ficou furiosa e pediu a minha lealdade a ela para caçar essa loba e o resto de sua alcatéia, que havia se expandido com a dos McCall que também era seu alvo."
— Sim, e aí você chegou em Seabrook.
— Correto. A Diretora Lee me ofereceu esse emprego, e eu aceitei. Mas como não podia largar Monroe, ela se aproveitou do meu emprego para conseguir informações da alcatéia.
— E aí o assunto veio a tona. — ligou os pontos, soltando a fumaça do cigarro.
— Veio quando Willa me reconheceu enquanto acudiamos aquela platinada, Addison, que desmaiou por causa da bulimia. A loba ficou furiosa, e uma "rixa" nasceu entre a gente. Eu achei que a Monroe iria ficar brava com a descoberta, mas novamente ela se aproveitou disso para executar o sequestro de dois meses atrás. — terminou de fumer seu cigarro, apagando-o e jogando para fora.
Amity assentiu, terminando o seu também. — E deixa eu adivinhar, ela apreceu lá e mandou você fugir?
— Sim, com o plano maluco que você provavelmente já deve estar ciente. Eu não ia fugir. Eu ia permanecer cumprindo minha pena para depois sair mudado, esquecer Monroe e as caçadas. Mas eu fugi. Por falta de imposição contra a minha chefe. E hoje ela tá aqui, tentando matar Willa de novo. E eu ia ajudar, mas resolvi te encontrar.
Amity permaneceu em silêncio, julgando o caso. Ele parecia estar arrependido, mas se acobertasse ele, estaria sendo corrupta em sua profissão dos sonhos.
— E o que você quer que eu faça? Você arrependido ou não, injustiçado ou não, você é culpado e está respondendo por sequestro, tortura e mais um monte de crime. E quando o império de Monroe cair, vai responder por cúmplice de muitos outros crimes.
— Eu sei disso. Por isso que eu vim mudar de lado. — Amity riu. — É serio. Eu posso ser informante de vocês. Delação premiada, não é que vocês chamam? Eu continuo com Monroe, mas saboto seus planos anuncniando a vocês o que está por vir. Eu cansei de machucar as alcatéias. Quando vi Addison sofrendo com a tortura, eu me senti mal e me perguntei o que eu estava fazendo da minha vida... Por favor, aceite minha proposta.
Amity suspirou, pensando no que fazer. Era uma ótima proposta, mas não sabia se sua equipe iria topar.
— Por mim... — deu de ombros. — Depende da resposta dos meus superiores nessa investigação. Eu falo com eles, mas preciso que você prove lealdade a mim antes.
— Pode deixar, oficial.
— Tá liberado.
Caleb saiu do carro e entrou mata a dentro, deixando Amity pensativa. O que ela iria fazer? Ou melhor, o que ela iria falar aos xerifes e a Parrish?
• • •
De volta a Willa e o susto em que ela levou mais cedo, ela, Eliza, Wynter e Wyatt estavam sentados em uma mesa perto aos food trucks enquanto Malia, Derek, Scott, or irmãos Talbot, Liam e seus amigos e Lydia conversavam sobre o ocorrido. Aquela conversa agoniava Eliza, porque ela era a única que , além de não conhecer a maioria da roda, não sabia o que caralhos estava acontecendo.
De repente, Peter chegou ao local com alguns filhotes, que se juntaram a mesa enquanto o Hale mais velho se juntava a conversa dos líderes da alcatéia. Um filhote que estava ao lado da Grande Alfa tocou no bolso de sua calça e tirou um papel de dentro, logo tocsndo Willa no ombro, que se virou a ele.
— Tia Willa, uma mulher pediu para eu te entregar isso. — deu o papelzinho a ela.
Willa agradeceu e abriu o papel que estava dobrado, percebendo que se tratava de um bilhete.
"Não foi dessa vez, que pena!
Mas não fique relaxada, Grande Alfa
Gostaria que soubesse que estou de volta, mais forte do que antes.
E espero que você, Scott McCall e as duas alcatéias de ambos estejam bem alertadas, porque agora é guerra.
— T. M"
Willa sentiu um arrepio percorrer sua espinha, e em um salto, se levantou e foi até os membros mais velhos da alcatéia, mostrando o bilhete a eles, que leram e se entreolharam em estado de alerta.
— Isso aqui vai virar a Terceira Guerra Mundial. — comentou Stiles, largando um suspiro.
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