|Chapter 4|

Safe In My Hands

Atenção: O capítulo contém cenas de assédio. Se você não se sente confortável, por favor, não leia!
Aviso: Que fique claro que eu não apoio esse tipo de violência e acho sim, que precisamos nos conscientizar e denunciar todo e qualquer tipo de assédio. Se você já sofreu ou está sofrendo com isso, saiba que não está sozinho(a). Eu estou sempre aqui se precisar conversar!

Com o fim do ano e do campeonato de futebol se aproximando, Tom fez questão de convidar os amigos para um dos jogos da final. Todos eles. Incluindo Mad, que há algumas semana atrás, nem saberia dizer se Tom e ela eram mesmo amigos. Mas ela não podia negar que depois daquela noite regada á vinho e comida chinesa, sua relação havia mudado completamente e agora eles se aproximavam cada dia mais.
Por esse motivo que ela estava agora sentada na arquibancada do campo de sua faculdade, ao lado de Harrison e Lisa, esperando ansiosamente o início da partida. Depois de uma extravagante apresentação das líderes de torcida, o time entrou em campo ao som de muitos gritos e aplausos. Apesar de Mad não gostar de esporte e não entender o que estava acontecendo na maior parte do jogo, ela e o casal de amigos se divertiram muito. Eles gritavam e torciam pelo time de Tom, que mesmo com certa dificuldade e um jogador a menos, venceu a partida e ficou ainda mais perto do título de campeão.
No fim do jogo, Haz, Mad e Lisa se encontraram com Tom no gramado do campo e parabenizaram o amigo, que agradeceu o apoio os convidando para uma festa, é claro.

Como toda sexta-feira na fraternidade, a casa estava lotada, pessoas dançavam na sala de estar, que havia sido transformada em pista de dança enquanto na cozinha, a bancada mais parecia um bar, com tantas opções de bebidas.
—Eu não acredito que de todas as pessoas, foi Tom quem te convenceu á vir a uma festa. — disse Lisa, que tinha os braços entrelaçados nos de Mad.
—Eu nem sei o que eu estou fazendo! — respondeu Madison, rindo com a amiga.
Tom foi enaltecido assim que colocou os pés na casa, seus amigos gritavam seu nome, enquanto garotas praticamente faziam fila para falar com ele.
Depois de passar pela multidão de corpos que se espalhavam pela casa, o grupo de amigos chegou á cozinha, onde se serviram de algumas bebidas.
—Quer alguma coisa? — Tom questionou, lançando um olhar curioso para Mad.
—Só água, por favor! — respondeu a morena, vendo-o rolar os olhos.
—Vamos lá, Mad! É sexta-feira, não temos aula amanhã! — ele retrucou com um de seus melhores olhares de cachorro.
—Urgh, tá bom! — ela exclamou, fazendo um sorriso aparecer no rosto de Tom.
Ele comemorou, colocando vodka e um estranho líquido em um dos copos e o entregando á ela.
Com um pouco de coragem líquida agora em seu corpo, Mad arrastou Lisa até a sala/pista de dança, ao ouvir uma de suas músicas favoritas. As garotas dançavam, quando Mad ouviu seu nome ser chamado, encontrando Zoe ao se virar.
—Hey! Não achei que te veria por aqui! — disse a morena, a abraçando.
—Nem eu! — Mad afirmou, as fazendo rir. —Tom nos convidou depois de jogo e... aqui estou! Oh, essa é Lisa, namorada do Harrison! — Mad as introduziu e Zoe sorriu, dando um leve aceno.
—Já que estamos nos apresentando, essa é minha namorada, Nora! — a morena apontou para a garota ao seu lado.
Com mais alguns sorrisos e cumprimentos, Zoe e Nora foram rápidas em se juntar ás garotas na pista de dança, onde ficaram grande parte da festa.
—Eu vou pegar água, querem alguma coisa? — Mad questionou, antes de ir até a cozinha, recebendo respostas negativas das amigas.
A morena passou novamente pela multidão, até chegar á cozinha, onde se servia da única garrafa d'água no meio das bebidas, quando sentiu alguém se aproximar.
—Precisa de ajuda? — ele perguntou ao ficar ao seu lado, na bancada da cozinha.
—Oh, eu só estava pegando um pouco de água, mas obrigada! — Mad respondeu educadamente.
—Eu sou Brad! — o loiro de cabelos longos se apresentou.
—Madison! — ela respondeu, sorrindo.
—Você é nova aqui? — perguntou ele.
—Eu me mudei já faz alguns meses, mas eu... não costumo vir á festas. — respondeu a morena.
—Isso explica porquê nunca te vi antes. — Brad acrescentou.
—Festas não são muito a minha "praia". — afirmou Madison, fazendo aspas com os dedos.
—E o que seria sua "praia"? — ele insistiu, repetindo seus gestos.
—Eu diria... livros, uma xícara de café e um cobertor quentinho?! Clichê, eu sei! — disse ela, rindo.
—Eu ia dizer... clássico! — afirmou Brad, arrancando um sorriso de Mad.
A conversa continuou e para surpresa de Mad, Brad era uma pessoa fácil de conversar, apesar do seu exterior aparentar outra coisa. Eles engataram um assunto no outro e acabaram perdendo a noção do tempo enquanto trocavam palavras. Mad foi tirada da conversa apenas ao sentir o peso do braço de alguém em seus ombros, o braço de Tom, mais especificamente.
—Mad, finalmente! Estávamos te procurando pra ir pra casa! — ele exclamou.
—Oh, desculpa! Eu perdi a noção do tempo. — disse Mad, enquanto os garotos ao seu redor trocavam olhares. —Tom, esse é Brad! — ela os apresentou.
—Eu sei quem você é! Bom jogo! — o loiro elogiou, antes que Tom pudesse falar alguma coisa.
—Obrigado! Então, vamos? — Tom questionou.
—Sim! Tchau Brad! — Mad acenou.
—Foi um prazer te conhecer, Madison! — respondeu o loiro.
No caminho até Harrison e Lisa, que já os esperavam do lado de fora, Tom não tirou nem sequer por um segundo o braço dos ombros de Mad.
—O que foi aquilo? — ele questionou ao se afastarem o suficiente do loiro.
—O que? Ele pareceu legal! — ela afirmou.
—Sério?! Com aquele cabelo? — Tom implicou.
—Oh, cala a boca! — Mad rolou os olhos para o amigo.
—"Foi um prazer te conhecer!" Quem fala isso hoje em dia? — insistiu ele, com um sorriso no rosto.
—Pessoas educadas! — respondeu a garota, o fazendo rir.
—Eu achei ele sem graça! — Tom resmungou, finalmente tirando o braço dos ombros de Mad.
—É por isso que ele estava conversando comigo e não com você! — ela piscou, deixando o lado do garoto, para se juntar á Lisa.
Ao encontrar o amigo, Harrison não pode deixar de perceber a expressão surpresa e risonha do amigo.
—O que aconteceu? — indagou ele.
—Aquela garota, Harrison! Aquela garota! —Tom respondeu sorrindo, se juntando ao restante dos amigos.

Na manhã seguinte, Mad só lembrou de ter trocado número de celular com Brad, ao acordar com uma mensagem do garoto, que perguntava como ela estava. Depois de receber uma resposta da garota, eles continuaram trocando mensagens de texto pelo resto do dia e da semana.
Era sexta-feira á noite outra vez e enquanto Tom e Harrison brigavam por conta de um video game na sala, Mad se olhava pela última vez no espelho do quarto, tendo certeza de que sua maquiagem estava perfeita, antes de pegar sua bolsa e sair.
As reclamações sobre o jogo no pequeno aparelho em frente aos garotos parou assim que Madison colocou os pés na sala, dando lugar a expressões de choque e surpresa.
—O que?! — ela os questionou.
—Onde você vai? — Tom foi o primeiro á falar.
—Eu tenho um encontro! — a morena respondeu.
—E quando pensava em nos contar? — Tom insistiu.
—Me desculpa, mas desde quando eu tenho que falar tudo pra vocês? — Mad retrucou.
—Você não precisa, Mad! Tom tá exagerando! Você está muito bonita! — Harrison interferiu.
—Obrigada, Haz! — ela agradeceu. —O que vocês vão fazer? — questionou a morena.
—B.L.U.E.S, Lisa está trabalhando, então nós vamos encontrá-la. — Haz deu de ombros.
—É aquele Brad, não é? — perguntou Tom, com um sorriso malicioso nos lábios.
—Cala a boca, Tom! — disse Mad, rolando os olhos para o amigo e indo até a porta.
—É sim, é ele! — ele insistiu, fazendo questão de tirar sarro da garota.
—Tchau, Haz! — ela acenou ao sair, deixando que Tom falasse sozinho.

Brad esperava por Madison em frente ao local que eles haviam combinado mais cedo. Diferente da festa, ele usava uma calça preta e uma manga longa da mesma cor, o deixando ainda mais bonito, algo que Mad achava ser impossível.
—Hey! — disse ela, chamando a atenção do loiro, que estava em seu celular.
—Oi! Você está linda! — ele elogiou sorrindo.
—Obrigada! — Mad agradeceu, sentindo suas bochechas corarem.
Depois da pequena interação, Brad a convidou para entrar no restaurante, onde escolheram uma das mesas para sentar. Como na festa, a conversa entre eles foi mantida durante todo o jantar, trocando histórias, risadas e claro, alguns flertes. Brad se mostrou ser um cavalheiro e Mad se sentiu feliz por estar dando esse passo, afinal seu antigo relacionamento havia durado seis anos e ela não sabia se conseguiria voltar a namorar depois de tanto tempo comprometida.
Mas tudo parecia estar indo bem e quando eles terminaram o jantar, Brad a convidou para dar uma caminhada até um dos parques, que ficava próximo ao restaurante. E foi aí que as coisas começaram a dar errado. Eles caminhavam tranquilamente pelo gramado iluminado do parque, quando o garoto simplesmente segurou a mão de Mad e a puxou para um local mais afastado, selando seus lábios. Mad ficou tão surpresa que soltou um grito, colocando as mãos no peito de Brad, tentando afastá-lo.
—Brad, para! — ela murmurou, virando seu rosto.
—O que foi, Mad? — ele perguntou com um sorriso sinistro, que assustou a garota.
—Para! — Mad exclamou, usando toda sua força para tirar seus lábios dos dele.
—Porquê? Não era isso que queria? Praticamente se jogou em cima de mim na festa e foi rápida em aceitar meu convite. — ele insistiu, segurando seus pulsos e a prensando contra a parede.
—Brad, para!!! — com lágrimas nos olhos, Mad conseguiu gritar, o que felizmente chamou a atenção de um grupo de amigos que sentava á alguns metros de onde eles estavam.
—Hey, hey!!! Ela disse pra parar! — um deles exclamou ao se aproximar.
—Quem você acha que é?! Volta pro que você estava fumando e não se mete nisso! — retrucou Brad.
—Cara, ela claramente não está afim! —outro deles afirmou.
—Se afasta dela! — exclamou o garoto, dando um passo á frente.
—Quer saber? Tudo bem! Podem ficar com ela, ela não vai me dar o que eu quero mesmo. — disse Brad e nos momentos que as palavras saíram de sua boca, dois dos garotos o afastaram de Mad, fazendo com que ela soltasse a respiração que, sem perceber, estava segurando.
—Tá tudo bem? Ele te machucou? — questionou o garoto, ao praticamente segurá-la em seus braços.
—Não, eu estou bem! Obrigada! — ela murmurou, enquanto os outros dois faziam questão de tirar Brad de perto dela.
—Você quer chamar alguém? — indagou ele.
—Não, eu... só quero ir pra casa! — disse Mad.
—Vem, vamos te colocar em um táxi! — afirmou o garoto, pegando a bolsa da morena, que havia caído.
Ao ter certeza de que Brad estava bem longe dali, os garotos que o afastaram, se juntaram ao amigo e acompanharam Mad até o táxi mais próximo.
—Obrigada por tudo! De verdade, eu não sei o que faria se não tivessem me ajudado. — agradeceu a morena, já dentro de um dos carros.
—Tudo bem, aquele cara era um idiota, fizemos o que é certo! — um deles afirmou.
—Ainda assim... obrigada! — Mad tentou sorrir.
—Se cuida! — disse um dos garotos.
—Eu vou! Tchau! — acenando, ela se despediu, sentindo imensa gratidão pelos desconhecidos.
Ao chegar em casa, tudo que Mad queria era falar com alguém, desabafar sobre o que havia acontecido. Ela sabia que Harrison estava com Lisa, decidindo não interrompê-los, ela foi até a porta do quarto de Tom, mas parou ao ver uma meia pendurada na maçaneta. Desde que Mad havia pego ele e uma garota na cama ao entrar em seu quarto, a morena os obrigou á, sempre que estivessem "ocupados", colocarem uma meia na maçaneta da porta.
Com lágrimas nos olhos e um profundo aperto no peito, Mad percebeu que o melhor que ela tinha á fazer era tomar um banho, dormir e tentar esquecer o que havia acontecido.

Na manhã seguinte, ela foi a primeira da casa ao acordar, sendo obrigada a fazer o café, de acordo com a regra que eles mesmos haviam criado. Quando o cheiro já tomava conta da casa, Harrison saiu de seu quarto, esfregando o sono dos olhos.
—Bom dia! — o loiro a cumprimentou.
—Bom dia! — Mad respondeu. —Lisa já saiu? — ela questionou.
—Sim, ela tinha que trabalhar! — Haz afirmou.
Como todas as manhãs, ele foi até o armário, pegou uma das xícaras e se serviu da bebida, sentando ao lado de Mad na bancada da cozinha, onde silenciosamente tomaram seus cafés.
Quando Tom finalmente saiu do quarto, os amigos já estavam quase finalizando suas xícaras. O moreno fez o mesmo processo de Harrison, se servindo de uma generosa quantia de café, antes de se juntar á eles na bancada.
—Então... como foi o seu encontro? — Tom questionou, depois de cumprimenta-lós.
—Foi... ruim?! — Mad respondeu, dando de ombros.
—O que aconteceu? — Harrison indagou.
—Ele foi um idiota, tentou me beijar á força enquanto caminhávamos no parque, depois do jantar. Quando eu o mandei parar, ele questionou, dizendo que era isso que eu queria já que tinha "se jogado" em cima dele na festa e aceitado o convite pra sair. — a morena tentou se manter firme ao explicar a história mas, quando as lembranças da noite anterior passaram novamente na sua cabeça, as lágrimas começaram a rolar.
—Ele te machucou?! — Tom exclamou, olhando para a morena, procurando qualquer sinal de injúria.
—Não, tá tudo bem! Só ficaram algumas marcas nos meus pulsos, onde ele me segurou. Alguns garotos que estavam por perto me ajudaram. — disse Mad mostrando as manchas arroxeadas nos seus braços, que ela percebeu na noite passada, depois do banho.
—Mad, porque não contou isso antes? — disse Haz, se aproximando da garota.
—Eu ia contar quando cheguei, mas você estava com a Lisa e Tom tinha uma meia na porta, eu não quis incomodar. — Mad murmurou, tirando os braços das mãos de Tom, que ainda observava as marcas em silêncio.
—Mad, você devia ter nos contado! — Harrison exclamou.
—Tá tudo bem, Haz! Eu só tomei um banho e fui dormir. — ela novamente deu de ombros.
—Não está tudo bem, Madison! O que ele fez foi errado, olha pra você! — disse Tom, que até agora havia ficado em silêncio, soando nervoso.
—Tom, olha pra mim, eu sei que o que ele fez foi errado, mas ele não me machucou, ok? A minha pele que fica marcada facilmente, eu juro. — ela explicou.
—Você deveria fazer alguma coisa. — ele afirmou.
—Não! — Mad foi rápida em negar.
—Isso não está certo, Mad! — insistiu o moreno.
—Eu sei, Tom! Eu sei, mas eu só... quero esquecer o que aconteceu, por favor?! — ela implorou, vendo o amigo respirar fundo.
—Tudo bem... eu não concordo, mas respeito sua decisão. — Tom afirmou.
—Obrigada! — agradeceu Madison, afirmando mais uma vez que estava tudo bem e que eles podiam voltar para o café da manhã.

Mais tarde naquele mesmo dia, Mad e Haz sentavam no sofá da sala, com um balde de pipoca em mãos e um filme na tv. Tom havia dito que precisava sair mais cedo e ainda não havia voltado, o que pra falar a verdade, não era incomum para ele.
O que foi sim, e muito, foi o estado em que o moreno chegou. Assim que ouviram o barulho da porta, Mad e Haz tiraram a atenção da tv para a porta, mas nada podia os preparar para o que eles veriam.
—Tom?! Que porra é essa?! — Harrison exclamou.
—Ai meu Deus! O que aconteceu?! — disse Madison, correndo até o garoto.
Tom estava destruído, o sangue que corria de seus machucados, manchava suas roupas com o líquido vermelho. Ele tinha cortes e ferimentos pelo rosto todo, os punhos cobertos de sangue e uma das mãos no estômago, provavelmente indicando mais uma injúria.
—Eu fui dar uma lição naquele idiota, mas ele estava acompanhado. — Tom murmurou, grunhindo de dor logo em seguida.
—Brad?! — ela questionou, perdendo o controle ao ver o amigo assentir. —Tom!!! Eu não acredito!!! Porquê você fez isso?! — exclamou Madison.
—Ele merecia! — respondeu Tom, fazendo a garota olhar incrédula para Harrison, que tinha a mesma expressão.
—Tom, você não devia ter feito isso! Olha só pra você!!! — o loiro interferiu.
—Ele teve sorte de estar acompanhado! — disse Tom, vendo Mad rolar os olhos.
—Você é um idiota! Haz, ajuda ele a sentar enquanto eu pego o kit de primeiros socorros. — disse ela, recebendo um aceno de Harrison, que mesmo com protestos, ajudou o amigo.
A garota voltou minutos depois, com o kit em mãos e se ajoelhou em frente á Tom, que reclama de dores na cabeça. Depois de cuidar dos machucados, Mad percebeu que a situação era mais grave do que eles imaginavam e sugeriu que eles fossem ao hospital.
—Tom, você provavelmente teve uma concussão e pode muito bem estar com uma costela quebrada, tem certeza que não quer ir ao hospital? — ela insistiu, depois de receber uma resposta negativa do garoto.
—Não, sem hospital! Só me dê alguns remédios pra dor e eu vou ficar bem. — afirmou ele.
Respirando fundo, Madison foi até o armário de remédios, voltando segundos depois com alguns analgésicos e uma garrafa d'água, que Tom foi rápido em tomar.
—Está brava comigo? — ele questionou ao devolver a garrafa.
—É claro que eu estou, Tom! O que eu falei sobre esquecer o que aconteceu? — ela questionou.
—Me desculpa, mas alguém tinha que ensiná-lo á não ser um idiota. — disse o moreno.
—Mas eu odeio te ver assim, eu... eu sinto que foi minha culpa. — Mad sussurrou.
—Não foi culpa sua, Madison! — Tom afirmou.
—Mas eu sinto que foi! Só... promete que não vai mais fazer isso, Tom! Que não vai tentar resolver as coisas com violência. Por favor! — Mad praticamente implorou, vendo Tom rapidamente assentir.
—Eu prometo! — ele afirmou, segurando firme as mãos trêmulas da garota.
—Você precisa descansar agora! Haz pode te ajudar a chegar até seu quarto. — ela ofereceu, mas Tom balançou a cabeça negativamente.
—Não, eu vou ficar aqui mesmo, dói só de pensar em me mexer. — afirmou ele.
—Tudo bem, mas eu vou ficar aqui, te acordar de duas em duas horas e fazer algumas perguntas, caso você tenha mesmo tido uma concussão, ok? — disse Mad, o vendo assentir.
—Tudo bem, eu posso... deitar? — questionou.
—Sim, você pode! Aqui, coloca a sua cabeça aqui, assim fica mais fácil pra te acordar. — disse a garota, pondo uma almofada sobre suas pernas, onde Tom descansou sua cabeça.
Em poucos minutos, ele dormia profundamente, não para surpresa de Madison, que imaginou que isso aconteceria, devido a exaustão do garoto.
Enquanto leves respirações deixavam o corpo de Tom, Mad parou pra pensar que pouco tempo atrás, sua relação com Tom era nada mais, nada menos do que companheiros de casa. Mas agora, olhando para o garoto em seu colo, coberto de machucados e hematomas que haviam sido causados por sua causa, ela não podia deixar de se questionar sobre o que havia mudado nesse meio tempo, para fazê-lo agir desse jeito?

(...)

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