|Chapter 13|

Feels Like This

No dia seguinte, depois de acordar e tomar café da manhã, Mad fez questão de mostrar cada canto da propriedade para Tom, que ficou ainda mais encantado com o lugar. Ela começou pela casa, que nos olhos de Tom, mais parecia um castelo. A morena explicou que o bisavô havia à construído sozinho e levado mais de um ano para finaliza-lá. Mas, com certeza todo o esforço havia valido a pena, já que ela tinha um ar acolhedor e de aconchego que só um lugar com muita história tem.
Depois de uma breve pausa para o almoço, eles foram para o jardim, que era tão lindo quanto. Mad mostrou para Tom a plantação de rosas da avó, os parreirais de uva, que já estavam cheios de cachos, prontos para serem colhidos, o galpão onde o vinho DeLari era produzido e por fim, sua parte favorita, onde havia passado grande parte da infância.

O sol já estava se pondo quando eles chegaram, não que isso fosse um problema, na verdade, o pôr do sol sempre deixava o cenário ainda mais lindo.
—Não acredito que ainda está aqui! — exclamou Mad ao ver o balanço no mesmo lugar.
Tom já havia achado os lugares que Mad havia o mostrado incríveis, mas esse era especial. Uma velha árvore com galhos enormes, segurava um balanço, que apesar de parecer gasto, ainda chamava atenção. O sol se pondo pintava o céu com tons de rosa e laranja, uma mistura que refletia perfeitamente na pele de Madison, que não perdeu tempo em sentar no balanço.
—Quer que eu empurre? — ele questionou, sorrindo ao ver sua expressão animada. —Então, porquê esse é seu lugar favorito? — indagou.
—Primeiramente, o balanço, foi meu avô que construiu pra mim. Segundo, o pôr do sol visto daqui de cima é lindo! — afirmou a morena, apontando para o horizonte. —E era daqui que eu observava as estrelas. Quase toda noite eu fugia de casa, com um cobertor, o colocava no chão e deitava pra observá-las. — Mad sorriu com a lembrança.
—Não achei que fosse do tipo que foge de casa, estou surpreso! — disse o garoto em um tom debochado.
—Cala a boca, não é como se eu fosse pra muito longe. — ela deu de ombros, os fazendo rir.
Depois de alguns minutos de silêncio, com Tom a empurrando levemente no balanço, enquanto observavam o pôr do sol, Mad decidiu que seria uma ótimo ideia descer do mesmo jeito que ela fazia quando era pequena, pulando com o balanço ainda em movimento.
Tom tentou avisa-lá de que não era uma boa ideia, mas ela apenas pediu que ele a segurasse e antes mesmo que ele pudesse se preparar, ela pulou, fazendo os dois caírem.
—Eu disse que não era uma boa ideia! — exclamou o moreno, tentando conter o riso.
—É, acho que cresci demais pra isso! — disse Mad, rindo com o amigo.
Naquele momento, o sol já havia sumido e dado lugar para a lua e muitas, muitas estrelas.
—Não é lindo? — Mad questionou, se referindo ao céu estrelado, mas é claro que Tom não tinha olhos pra outra coisa, há não ser a garota á sua frente e em como a luz da lua conseguia fazer o impossível: a deixar ainda mais linda.
—Perfeita! — ele respondeu, levando uma das mãos até o rosto de Mad, tirando alguns fios de cabelos de seus olhos.
Eles estavam próximos, tão próximos que bastava apenas um deles se inclinar, para que seus lábios se tocassem. Mad estava acostumada com isso, ela e o amigo sempre foram próximos, estavam inclusive dividindo um quarto e dormindo na mesma cama, então porquê sentia que seu coração estava pronto para saltar de seu peito, com o simples toque de sua mão?
Naquele momento, Tom só queria uma coisa, sentir os lábios de Mad mais uma vez, se inclinando, ele fechou os olhos, mas antes que pudesse fazer mais algum movimento, Mad o interrompeu.
—Eu acho melhor voltarmos, sabe... está ficando tarde e frio! — ela sussurrou, tentando disfarçar o nervosismo em sua voz.
—Oh, é... tem razão! — Tom afirmou, parecendo um tanto envergonhado.
Eles começaram a se levantar, mas assim que pôs o pé no chão, Mad sentiu uma forte dor no seu tornozelo esquerdo.
—O que foi? — questionou o moreno, ao ouvi-lá reclamar.
—Eu não sei, meu tornozelo... está doendo! — ela respondeu.
Merda! Consegue ficar de pé? — Tom voltou a questionar, mas assim que tentou, a garota soltou um grito de dor.
—Não... eu devo ter torcido. — ela resmungou.
—Eu disse que não era boa ideia! — exclamou o moreno, a fazendo revirar os olhos.
—Sério?! Agora?! — Mad cruzou os braços.
—Desculpa, desculpa! — respondeu, em sinal de rendição. —Vem, eu te carrego até lá, precisa colocar gelo nesse pé! — disse Tom, se abaixando.
—Me carregar? Tipo... no colo? — ela questionou, com os olhos arregalados.
—Tem ideia melhor? — ele indagou, assentindo ao vê-la balançar a cabeça. —Então, vamos! — Tom afirmou, passando um dos braços por trás dos joelhos da garota, a pegando no colo, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
—Bom, pelo menos todos aqueles treinos de futebol serviram pra alguma coisa. — disse Mad, em um tom brincalhão.
—Você sabe que posso te soltar á qualquer minuto, não é? — Tom retrucou, a soltando por uma fração de segundo, fazendo ela soltar um grito.
—Seu idiota! — ela exclamou, não conseguindo conter o sorriso.

Assim que chegaram na casa, Mad foi bombardeada com perguntas sobre o que havia acontecido e se ela estava bem. Depois de explicar o ocorrido, mais do que uma vez, Tom levou a amiga até o quarto, a colocando gentilmente na cama.
Lucinda apareceu logo em seguida, com um saco de ervilhas congeladas, enrolado em uma toalha e amarrou no pé da garota, que já havia começado a inchar. Antes de sair, Carlo disse para a filha descansar e que chamaria o médico logo pela manhã.
—Então... como está se sentindo? — questionou Tom ao sentar ao lado dela na cama.
—Estúpida?! — ela respondeu, os fazendo rir.
—Eu disse que não era uma boa ideia. — ele voltou a afirmar, vendo a amiga rolar os olhos.
—Se disser isso mais uma vez, eu juro que te coloco em um vôo de volta pra Chicago. — Mad resmungou, o fazendo rir.
—Falando sério agora, precisa de mais alguma coisa? — Tom indagou.
—Eu estou bem, obrigada! — afirmou. —Na verdade, poderia colocar alguma coisa na tv? — ela questionou, o vendo assentir.
Depois de finalmente encontrar um programa que os dois concordassem em assistir, Tom voltou a se juntar á ela na cama.
—Tom? — disse Madison, chamando a atenção do amigo. —Podemos... nos aconchegar? — indagou ao perceber a distância entre eles.
—Oh, sim... claro! — Tom sorriu, se aproximando e abrindo os braços para que ela deitasse a cabeça em seu peito, como já haviam feito tantas outras vezes.
Mas, nenhum deles podia negar que dessa vez, o pequeno gesto pareceu diferente, mais... especial.
Mad conseguia ouvir os batimentos cardíacos de Tom acelerarem, assim como os dela, que pareciam querer formar uma orquestra dentro de seu peito.
Apesar de estarem sentindo o mesmo, nenhum deles teve coragem para iniciar o assunto, decidindo ficar em silêncio, apenas aproveitando o momento.
Não demorou muito para que os remédios para dor que Mad havia tomado fizessem efeito e ela estivesse dormindo. Sua respiração constante foi o suficiente para confirmar que ela estava de fato dormindo, fazendo Tom criar coragem para dizer as três palavras que nunca imaginou dizer, antes de fechar os olhos e cair no sono. "Eu te amo!"

O médico da família chegou cedo na manhã seguinte para examinar o tornozelo de Madison, que como esperado, estava mesmo fraturado.
—Não está quebrado, mas aconselho o uso da bota por alguns dias. — disse o homem mais velho.
—Por quanto tempo? É o casamento da minha prima no fim de semana. — Mad resmungou, recebendo um olhar repressivo de seu pai.
—O tempo que for preciso, Madison! O casamento vai acontecer você estando com o pé machucado ou não. — disse Carlo, fazendo a filha rolar os olhos.
—Não será por muito tempo, mas infelizmente, terá que usá-la no fim de semana. — o médico afirmou, antes de ajudá-la a calçar a bota ortopédica.
Quando ele foi embora e todos saíram do quarto, Mad se jogou na cama e deu um suspiro tão alto, que chamou a atenção de Tom.
—Qual é, Mad! Não é o fim do mundo! — disse o moreno, se jogando ao lado dela.
—Porque não é você que vai ter que ir mancando até o altar, Tom! — ela retrucou, rolando os olhos.
—Se quiser, eu te levo no colo, sabe... como a princesa que você é. — Tom a provocou, com um sorriso brincalhão.
—Oh, cala a boca! — Mad respondeu, se juntando á ele em algumas risadas.

Depois de um almoço ao ar livre, a família DeLari se juntou para finalizar os preparativos do casamento. Como a cerimônia seria no jardim da casa e de certo modo simples, quase tudo foi feito por eles mesmos. Bella escolheu uma decoração rústica justamente para que eles não se preocupassem em contratar pessoas para fazer isso.
Tom e Mad sentavam na grande mesa que havia sido posta no jardim, ajudando com uma das muitas decorações. A tarefa era fácil, colocar algumas flores dentro de lâmpadas usadas e amarrar um cordão ao seu redor, para depois serem penduradas.
A morena estava tão concentrada no que fazia, que não percebeu alguém se aproximar, a fazendo soltar um leve grito ao sentir uma mão em seu ombro.
—Calma, Maddie! Sou eu! — disse a voz masculina, da qual ela reconheceu instantaneamente.
—Mateus!!! Quanto tempo! — a morena exclamou, o puxando para um abraço.
—Uau, você... não mudou nada! — disse o garoto, com um sorriso no rosto.
—Oh, por favor! — disse Mad, sentindo as bochechas corarem.
—Eu sou Tom! — o moreno se apresentou, já que parecia que Mad havia esquecido de sua presença.
—Prazer, Mateus! — o garoto segurou firme a mão de Tom. —Suponho que seja o namorado?! — disse Mateus, a fazendo sorrir.
—Não, Tom é meu amigo! — ela respondeu, pondo as mãos em um dos bíceps do garoto.
—Melhor amigo! — Tom sorriu, fazendo questão de corrigi-la.
—Ouch, esse lugar já foi meu... — Mateus exclamou, arrancando algumas risadas de Mad.
—É verdade, Mat e eu éramos inseparáveis quando pequenos e agora seremos padrinhos de casamento da Bella! Dá pra acreditar? — exclamou a morena.
—É louco como o tempo passa rápido! — disse Mat, concordando com a amiga. —Bom, eu vou procurar a Bella! Tom, foi um prazer te conhecer! Maddie, foi muito bom te ver de novo! — ele afirmou, antes de voltar á deixá-los sozinhos.
—Então... qual a história com esse Mateus? — Tom questionou assim que teve a oportunidade.
—Porquê? Está com ciúmes? — sorrindo, Mad o provocou.
—Eu deveria? — indagou o moreno, entrando na brincadeira.
—Idiota! — ela sorriu. —Mateus foi meu primeiro... bom, meu primeiro tudo. — respondeu, erguendo as sobrancelhas sugestivamente.
—Oh, não! Muitos detalhes! — Tom resmungou, fazendo careta.
—Você pediu! — exclamou Mad, rindo da expressão de nojo do garoto.
—Mas você não morava nos Estados Unidos nessa época? — ele questionou, confuso com a linha do tempo.
—Sim! Mas passávamos as férias aqui e nós meio que... namorávamos escondido. — explicou a morena, dando de ombros.
—Namoro escondido? Tenho que admitir, Mad... está me surpreendendo cada dia mais. — Tom sorriu ao vê-la envergonhada.
Naquela noite, Tom e Mad estavam tão cansados que acabaram indo pra cama mais cedo, o que acabou se repetindo nos dias seguintes, afinal, o grande dia estava chegando e tudo tinha que estar perfeito.

(...)

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