Capítulo 4

3308 palavras - Arco introdutório

Sob o ilustre "pedido" de Anne, Edan havia organizado todos os seus materiais de desenho, retirou a poeira da mesa onde estava seu computador velho, empurrou várias coisas de lado para ter espaço o suficiente, e finalmente se sentou em sua cadeira. A garota lhe entregou uma folha em branco e um lápis, pedindo para que fizesse o que bem entendesse. Ela se afastou, indo na direção da estante, olhou por algum tempo com as mãos atrás do corpo, pegando então um pequeno e velho caderno bem no canto, e se deitando na cama do rapaz para ler. O único som no quarto era o do vento que entrava pela janela, o suave som das cortinas se movendo com o vento, o atrito do grafite do lápis com o papel e o virar de folhas do caderno nas mãos de Anne.

Durante alguns minutos, Edan se manteve concentrado no que fazia, se perguntando porque a garota estava fazendo aquilo. Rabiscava algo e apagava. Rabiscava novamente e em pouco tempo apagava. Esfregava a mão no rosto impaciente, encarando a folha e voltando a tentar rabiscar algo. Quanto mais tempo passava, mas se perguntava o que Anne estava ganhando fazendo isso. Sua cabeça da voltas repetidas em como gostaria de continuar fazendo vários nadas no sofá da sala, que certamente seriam tão interessantes quanto ter que desenhar. Independente do quanto tentasse, não conseguia sentir nenhum animo para esse tipo de coisa, muito menos interesse. Finalmente teve inspiração o suficiente e começou por criar novos traços, se esforçando tudo que podia para isso, assim fazendo um primeiro desenho depois de tanto tempo sem sequer tentar rabiscar o verso de seus cadernos de escola, o dando um sentimento de nostalgia.

- Acabei... – dizia, jogando o lápis na mesa, quase como se o lápis estivesse machucando seus dedos, encarando Anne.

A garota se levantou devagar, indo até a mesa do rapaz, pegou o desenho e observou por alguns segundos. Ela fez uma expressão de estranheza. Virou o desenho para um lado, virou ao outro, deixou invertido, e então falou – Não está bom. – falou de repente, amassando e jogando a folha sobre o ombro.

- Ei, é o que consigo fazer depois de tanto tempo sem desenhar! – Retruca, olhando para os lados, esperando que Anne entendesse seu ponto.

- Você diz que consegue fazer apenas traços tortos, tremidos e pressões irregulares? É... Acho que vou ter muito trabalho... – dizia colocando a mão na testa. – Bem, vamos tentar de novo.

Edan suspira, desabando a cabeça na mão. – Tudo bem, o que você quer que eu faça?

Anne pega uma nova folha em branco e a coloca em frente do rapaz – Quero que você tente de novo. O objetivo é o mesmo de antes, faça qualquer coisa que quiser. – Diz, se deitando outra vez, abrindo o caderno e voltando a ler.

- Qualquer coisa que eu quiser é amplo demais... – Rebate, falando como se tivesse um peso sobre seus ombros.

Anne sorri e responde, sem sequer afastar os olhos do caderno – Por isso mesmo.

Edan encara a folha em branco a sua frente, batendo os dedos na mesa com impaciência. Agarra o lápis, o apertando como se quisesse esmaga-lo até se partir em dois. Enfim respira, buscando se acalmar, tentando começar novamente, porém agora, sem nenhuma inspiração.
Pensava o que Raquel e Leandro estariam fazendo naquele momento, as quaisquer outras coisas que Anne poderia estar fazendo se não estivesse em sua casa. Se lembrou então que a ideia de Anne era chamar a todos para andar por ai e tomar sorvetes, então se questionou do por que ela simplesmente não saiu apenas com Leandro e Raquel e seguiu com sua ideia original sem ele desde o começo, afinal teria sido mais fácil para todos.
Afastou esses pensamentos, os tratando como sem nenhuma importância. Algo surge na mente de Edan, e como se estivesse tentado por algo, com o canto dos olhos, começa a observar Anne. Desde que a garota chegou em sua casa, só começou a prestar melhor atenção em Anne a partir daquele momento, no rosto da garota, nas roupas que usava. Vestia-se com um colete preto aberto, uma regata branca, calça jeans escura com pequenos cintos presos na cintura, meias brancas com detalhes rosas, e tênis brancos. Mesmo com apenas esse simples visual da colega, Edan conseguiu a inspiração que precisava e fazendo o que a garota o havia pedido, mesmo com inspiração, continuou a observando quando podia. Quando Anne o percebeu, o rapaz retornou seu olhar de forma rápida e mais discreta que poderia conseguir de volta para a folha pouco rabiscada, começando a desenhar imediatamente.

- O que estava olhando? – pergunta a garota, voltando seus olhos ao livro.

Edan relaxa aos poucos, enfim respondendo. – Não... Não é nada demais...

Os mesmos momentos de silêncio voltam. Anne fecha o caderno com uma das mãos – Sabe, é um livro bem pequeno e de leitura rápida, por mais que esteja todo a caneta, com uma letrinha estranha em umas páginas e um ou outro errinho de português, mas nada que afeta a leitura... Mas tem uma história até interessante. – Olha o nome escrito também a caneta na contracapa esfarrapada do caderno, arqueando as sobrancelhas – É difícil imaginar que foi você quem escreveu isso Edan.

Ele não desviou os olhos do que fazia, porém o comentário da garota o deixou curioso e tentado a perguntar. – Por que diz isso?

- Você não tem cara de que escreve... E você mesmo disse que não gosta de fazer nada.

- "Não gostar não significa não fazer, não é?" – devolve, parando de desenhar.

- Touche! Me pegou. – diz ela.

- Eu tenho algumas ideias e deixo anotadas, mas nunca me interessei em desenvolver de verdade. – Comenta, sem olhar para a garota.

- Você só escreveu esse?

- Não, tem mais uns dois no guarda-roupa, e mais três dentro de uma caixa de sapatos. E também mais um guardado na estante, naquela última gaveta. – Comenta apontando para os lugares. – Fiz eles quando era muito novo, meu pai me contava algumas histórias dos livros e da vida dele, eu imaginava coisas diferentes e tentei escrever... E acabou que boa parte das vezes meu pai me instruía e dava ideias muito mais densas, por mais que eu não as entendesse quando eu era criança. Pode pegar se quiser, mas cuidado com a poeira.

- Legal! – comenta, saltando da cama, abrindo o guarda-roupa primeiro e indo direto na caixa que Edan disse. Ela puxa e abre a caixa, revelando vários outros cadernos e condições bem parecidas com a do primeiro caderno. Anne esfrega uma mão na outra – O que vou ler agora? – diz, semelhante a uma doce e meiga criança, enquanto Edan a observa. Quando termina de escolher um dos 'livros', Anne ouve seu celular tocando e o atende, já o jovem rapaz se vira para continuar seu desenho. – Oi mãe... Eu to bem sim... Fica tranquila, eu estou na casa do Edan... Sim, ele mesmo... Não, só vou ficar mais um pouco e já vou para casa... Ta bom, eu ligo sim. Até depois mãe.

- Anne já falou de mim para seus pais? – pensou enquanto ouvia a conversa – É um pouco estranho, por que ela faria isso?

A garota deixa seu celular sobre a mesa do colega e se aproxima da janela, olhando fixamente para o quintal, e principalmente para a estufa que havia bem nos fundos. Ela olhou fixamente, tentando enxergar o que havia na estufa, porém o vidro de cor azulada não a deixava descobrir. Ela se debruça na janela, apoiando o rosto sobre a mão, alcançando seu celular novamente e começa a desferir vários toques na tela. Pouco tempo depois, parece receber duas respostas, sorrindo depois. – Edan, já vou para casa. Depois você me mostra como ficou.

- Tudo bem então. – diz, debruçando sobre a mesa.

- Vou levar esse livro. Quando eu terminar, te entrego. – Ela para de falar, pensando um pouco, e então continua a falar – Poderei pegar mais depois?

Edan concorda com a cabeça, a acompanhando assim até a porta. Anne partiu e acenou, Edan permaneceu na porta até Anne sumir de sua vista. Retornou para seu quarto e se sentou em sua cadeira, deixou os braços suspensos fora do suporte da cadeira, levantou a cabeça e fechou os olhos, sem saber se conseguia continuar, ou melhor, se queria continuar. Mesmo parte dele querendo, uma outra parte muito maior não queria continuar de jeito nenhum, além de não saber se teria força para continuar sozinho. Poderia simplesmente deixar tudo para lá, nem mesmo se dar o trabalho guardar as coisas, apenas abandonar sobre a mesa seria o bastante. Não tinha interesse nenhum por isso, diferente de como foi anos atrás, aquilo não tinha um significado. Pensar em voltar atrás o angustiava de forma torturante, sentia como se uma faca estivesse o atravessando. Sua mente o julgava em ecos, vozes repetiam como tudo era sem sentido, vazio e inútil de se tentar, como nada era importante. Como ele não era importante. Apenas queria apagar tudo de sua frente. Queria apagar a si mesmo.

- Você ainda gosta e tem vontade de desenhar, não é? – Edan abre os olhos, se lembrando do que Anne havia lhe dito. - Agora se levante, e volte a fazer o que gosta. – O sorriso de Anne veio em sua cabeça. O rapaz é tomado dentro do silêncio vazio da casa. Continuar ou não? O que queria de verdade? Por que não tentar? Mas também, por que deveria tentar?

A indecisão se tornava maior e mais forte, pensar nisso o deu uma sensação de como se diversos espinhos o prendessem o lugar, incapaz de decidir qualquer coisa sem se ferir. Duvidas surgiam e tomavam sua mente, tudo o faz fechar o punho com força. Queria que tudo isso, tantas incertezas, a agonia esmagadora e tanto incomodo simplesmente desaparecessem. Respirou fundo, e no momento seguinte, algo mais surge em sua mente.

- Edan... Eu sempre estarei com você meu filho... – A voz ecoa fraca, mesmo assim Edan reconhecia de quem era.

O que sentia começava a se dissipar aos poucos, até sua mente se encontrar tranquila naquele momento. As vozes desapareceram. – Eu sei que sim mãe... – diz em voz baixa para si mesmo, levando a mão na altura dos olhos e com a imagem de sua mãe em sua mente.

*****

Manhã de sábado, o quarto de Edan está iluminado apenas pela luz de seu computador. Edan dormiu em sua cadeira, debruçado sobre a mesa de seu computador, pois virou a noite e quase a madrugada inteira acordado, variando entre tentar desenhar, questionar se conseguiria e procrastinar.
Haviam folhas e mais folhas na cama e algumas no chão, todas que usou desde que Anne foi embora. Acorda aos poucos, esfregando os olhos e observando ao redor, tentando identificar onde estava. Sentia leves dores no pulso direito por ter se forçado além do que conseguiria aguentar, sua cabeça doía e se sentia tonto, além do extremo cansaço que sentia por ter dormido tão mal. Olhou lentamente ao redor, sem saber que horas eram, se levantou devagar de sua cadeira, seguindo para a sala com o corpo curvado para frente e a passos lentos, quase cambaleando. Se apoiou no batente da porta, e com dificuldade enxergou as horas no relógio da sala, 8:49h.
A casa estava o mais completo silêncio, olhou de um lado ao outro, porém tudo que enxergava era apenas a escuridão pela casa, tão vazia que se uma agulha caísse, ele conseguiria dizer a direção exata, porém tudo isso apenas aumentava um sentimento estranho mas ao mesmo tempo familiar, que não sabia explicar a si mesmo e nem mesmo se interessava em se explicar algo. Esfregou os olhos novamente e foi a para comer algo, fazendo força para ignorar a dor que sentia. Vasculhou os armários, e o que mais lhe atraiu foi um pacote de torradas, pegou maionese na geladeira e preparou algumas, separou um copo de suco e se sentou no sofá para comer seu café da manhã, ou na realidade se forçar a comer por não sentir tanta fome. Alcançou e antes de morder a primeira torrada, ouviu a campainha tocando.

Edan estranhou, até porque não era nada comum receber visitas, muito menos a esse horário, mas foi até a porta para ver o que se tratava, endireitando sua postura até ficar completamente reto.
Hesitou um pouco e pensou antes de abrir. Esperava que fosse apenas uma entrega enviada por engano pelo correio. O que poderia ser? Informação de algum game que não pediu, ou pessoas que queriam comemorar uma promoção de trabalho ou casamento mas pegaram um endereço errado, mas estava cedo demais para esse tipo de coisa, pensou então que fosse um encontro de assassinos na sua casa. Possibilidades malucas, mas quem poderia saber? Balançou a cabeça e quando abriu, viu no portão Anne, acompanhada de Leandro e Raquel.

Ergueu uma sobrancelha, incrédulo do que estava vendo. Olhou para o relógio e viu as horas de novo. Pegou as chaves e uma torrada e foi receber os colegas – O que estão fazendo aqui a essa hora da manhã? – perguntava.

- Ontem os chamei para virem aqui, antes de voltar para casa. Tenho quase certeza que iria passar o dia todo sozinho dentro de casa. – Anne comenta, entrando em casa e tomando a torrada da mão de Edan, a mordendo logo em seguida.

- Fiquei sabendo que alguém voltou a desenhar – Raquel comenta, dando um soco leve no braço de Edan – Estou curiosa para ver o que você conseguiu.

- Agora só falta voltar a escrever. Qual será a próxima novidade? – Leandro caçoa

Edan permanece inexpressivo – Calem a boca e entrem logo... – comenta rígido, fazendo Leandro e Raquel se entreolharem antes de quase começarem a rir.

Ao fechar a porta, Edan se lembra que Anne foi a primeira a entrar. Relembrou que ela tomou sua torrada, e que havia deixado o prato com todas as suas outras torradas desprotegidas sobre a mesa da sala. Não teve pressa nenhuma, entrou em casa, sendo seguido por seus colegas, se dirigindo diretamente a sala, onde viu Anne devorando a última torrada do prato, e deixando o copo de suco já vazio.

- Minhas torradas... – Disse se lamentando, ao mesmo tempo tentando descobrir como a garota eliminou todas as torradas em tão pouco tempo.

- Sim, estavam ótimas! – diz sorrindo, limpando o canto da boca sujo de maionese.

- Ah, a Anne. Sempre uma graça de pessoa. – Leandro comenta, dando uns tapas de leve no ombro de Edan.

- Minhas... Torradas... – Se aproxima de Anne, colocando sua mão esquerda sobre a sua cabeça e fechando a outra mão, e em seu rosto, carregava um olhar e uma tentativa de um sorriso distorcido – Você não come na sua casa?

- Claro que sim, mas como acha que mantenho esse corpinho? – diz, fazendo pose para Edan, que ficou parado, sem saber como responder aquilo. A garota ri e se levanta. – E então, terminou?

-Terminei o que? – Edan então entende do que a garota quer saber, e então confirma – Sim, mas está longe de estar bom. – diz, indo para a cozinha, pegando mais torradas e volta para seu quarto. Seu computador tinha várias páginas abertas, enquanto Raquel entra primeiro no quarto, olhando para o chão, desviando das folhas.

- Nossa, aqui ta muito mais bagunçado que ontem... O que estava aprontando ai? – Raquel pergunta o encarando, assim que viu a tela do computador na página inicial.

- Não é nada importante. É só umas pesquisas da escola. – Responde mostrando algumas páginas de pesquisa na internet, pegando a folha desenhada no meio de tantas outras, entregando para os amigos. – Aqui está.

Todos começam a analisar o desenho sem falar nada, enquanto Edan aguardava o julgamento de seus amigos.

- Ruim! – Raquel comenta primeiro, erguendo uma sobrancelha e fazendo um olhar crítico.

- Horrível! – Leandro continua, com uma expressão de que não consegue entender o que vê.

- Está pior que o de ontem! Tenta de novo! – Anne finaliza, amassando e jogando o papel sobre o ombro da mesma forma que fez antes.

Edan da de ombros – Que pena né...

Anne pega uma nova folha e coloca sobre a mesa, sinalizando com a cabeça para Edan tentar outra vez. Ele resmunga, assim que sente seu pulso doer, mas não demonstra a ninguém. Raquel chama Anne para assistirem algo na sala, enquanto Leandro permanece ao lado do amigo, observando as garotas saírem pela porta.

- Mano... Eu te conheço a tempos da escola, e nunca vi nada nesse mundo te fazer mudar de ideia. O que exatamente te fez voltar a desenhar? – Leandro pergunta, se aproximando da janela.

- Não sei... Apenas estou tentando outra vez. – Pensa, esfregando o pulso direito. – Quem sabe?

- Sendo sincero, eu não acredito que seja por isso. – Leandro responde.

- Ah não...? – Edan pergunta, sem sequer olhar para seu colega. Seu tom de voz demonstra seu tédio em manter esse assunto.

- Com certeza não... Pelo menos não acho que esteja só "tentando outra vez".

Bufando e erguendo a cabeça, Edan então responde, demonstrando todo o seu claro descontentamento. Dentre todos é o unico que está odiando tal situação, e não faz questão de tentar disfarçar – Eu não tenho ideia do que exatamente me fez voltar.

- Será que foi por causa da Anne? – pergunta, porém ele começa a imaginar a resposta pelo longo silêncio de Edan. – Eu sabia.

- Anne só me fez ter a "coragem" que faltava, se é que posso chamar de coragem. – Ele pensa por um tempo, passando a mão no queixo – Na pratica, ela só me obrigou a fazer algo de anos atrás, e totalmente contra a minha vontade... E os resultados estão horríveis. Não tenho como me orgulhar de um lixo desses.

- Você parou há anos. O que queria? – Leandro pergunta. – Alias, não de desculpas. Ela te fez voltar a fazer o que curtia, por pior que seja seu desempenho atual.

Edan respondeu com cara de poucos amigos. – Por pior que seja o resultado atual. – repete ele. – E você falou certo, que eu curtia fazer. Hoje em dia eu não gosto, e não faço questão nenhuma.

- Claro, isso é você quem está falando. – Leandro ergue as mãos e recua um passo, com um largo sorriso no rosto – Eu sei bem que você não gosta disso hoje em dia.

Leandro não insiste mais, vendo o silêncio de Edan. Ele então caminha até a porta, observando as garotas, que já começaram a jogar na sala, e encara Anne por alguns segundos, falando para si mesmo – Claro... A verdade é que, talvez só mesmo a Anne poderia fazer isso por você Edan... Te fazer ter a "força" para levantar e tentar outra vez... Com toda certeza, nenhum de nós conseguiria fazer o mesmo que ela. Só espero que Anne ainda tenha tempo o bastante com você meu amigo... 

Considerações finais:

Então pessoal, o capítulo 4 é o último que considero do arco de "introduções" e dos clichês principais. A partir do capítulo 5 as coisas maiores começarão a acontecer.

Espero que acompanhem cada um dos capítulos, essa história vai trazer muito mais do que aparenta. Podem acreditar, por ser a primeira história da saga que estou fazendo, coisas grandes ainda irão acontecer em Rosas Gêmeas.

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje, e os aguardo no próximo daqui uma semana. ^^

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