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˖࣪ ❛ CAPÍTULO CENTO E TRINTA E TRÊS
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SEOJUN EMPURROU A porta do prédio, deixando a garota atrás dele passar primeiro e os dois passaram pelo batente menor de madeira para o dojo.
— Ei, Suho. — Seojun levantou a mão em um aceno, os melhores amigos não ficaram nem um pouco surpresos ao ver o garoto Lee segurando outra pessoa contra o tapete. — Parece muito bom. — Seojun apontou para ele com a mão livre, depois estendeu a mão para pegar o saco plástico que balançava na mão de Miyeon e puxou-a para ele enquanto ele se levantava.
Os dois adolescentes passaram a maior parte do dia vagando, de vez em quando encontrando uma loja que queriam entrar. Seojun foi chamado para cobrir alguém por cerca de uma hora no café, o que passou um bom tempo e encheu Miyeon de morango e matcha lattes antes de decidirem fazer mais compras e depois ir ver Suho.
— Ei, vocês estão aqui. — Suho respondeu, os olhos oscilando entre eles e suas roupas enquanto se levantava, enxugando as mãos ao ficar na frente deles. Seojun esvaziou a sacola e jogou a bebida azul na direção de Suho, que - claro - a pegou.
— Por que você não está em um encontro? É fim de semana? — Seojun perguntou.
— Jugyeong está ocupada. — Suho respondeu enquanto abria a garrafa e tomava um gole. Seu olhar mais uma vez voltou a olhar entre eles, com suspeita em seus olhos.
— Você está chateado porque não pôde se encontrar? — a pergunta do menino Han, embora Miyeon estivesse revirando os olhos e enfiando o cotovelo na lateral do corpo dele. — O quê? Só estou curioso.
— Eu não estou chateado. — mas apesar de suas palavras, Suho estreitou os olhos se perguntando exatamente o que Seojun queria dizer.
Claro, Seojun estava brincando com ele, inclinando a cabeça ligeiramente para trás e enfiando as mãos nos bolsos. — Eu me pergunto por que ela não se encontrou com você mesmo estando ocupada? — ele perguntou. — Ela já não pode estar cansada da sua aparência.
— Tudo bem - isso é o suficiente. — Miyeon interrompeu a discussão antes que ela pudesse começar, vendo a tensão familiar se enraizar nos olhos de Suho e ameaçando não se acalmar. — O que Seojun realmente quis dizer é que ele está muito feliz por você não estar ocupado com sua namorada, porque isso significa que você pode nos ver.
— Não foi isso que eu quis dizer. Viemos aqui porque estamos.. — Seojun não conseguiu terminar a frase quando Miyeon deu uma cotovelada nele novamente, virando-se para encarar a garota.
— Vocês dois estão em um encontro? — Suho perguntou, tomando outro gole de sua bebida e erguendo as sobrancelhas diante da interrupção visível dos movimentos de seu melhor amigo. — Tenho estado tão ocupado que não tenho certeza do que aconteceu entre vocês dois.
— Estávamos em uma espécie de encontro. — Seojun encolheu os ombros e tirou o cabelo dos olhos. — É complicado. — ele repetiu as palavras de Miyeon quando ela estava falando com sua mãe.
— Hyunwoo percebeu que tenho sentimentos por Seojun. — Miyeon disse a Suho em um tom muito mais calmo. O garoto Lee sabia dos sentimentos dela desde que ela percebeu quais eram e assentiu lentamente. — É só que... Seojun..
— Eu vejo. — Suho assentiu bruscamente. Ele viu os dois inquietos, percebendo o quão desconfortáveis eles estavam discutindo isso com ele - visto que sua namorada parecia fazer parte dessas complicações, por mais que isso o irritasse. — Então porque vocês estão aqui?
Os dois relaxaram visivelmente com isso. — Estávamos entediados. — Seojun respondeu encolhendo os ombros. — Nenhuma outra razão. Mas por que você aprende artes marciais no dojo? Eu poderia ter te ensinado em vez disso.
— O que você sabe? — Suho zombou, Miyeon se beliscou para parar de rir das afirmações de Seojun. Claro, ele poderia lutar, ela tinha visto muitos exemplos disso para negar. Mas as artes marciais eram algo diferente.
— Não há nada para aprender. — Seojun respondeu com uma confiança aprendida, a cabeça inclinada para trás mais uma vez e o canto dos lábios se curvando para cima em um sorriso malicioso. — Lutar é uma questão de instintos.
— Instintos meu pé. É tudo uma questão de habilidade. — o garoto Lee respondeu, e quando Seojun deixou cair a sacola com as bebidas dele e de Miyeon e ergueu o punho até o rosto de Suho, a garota Hwang desceu para pegar a sacola e se afastou do tapete, caminhando até a porta e sentando-se.
— Não importa quão bons sejam seus instintos. — Suho começou mais uma vez depois que seus olhos se voltaram para a garota em seu telefone. — Você nunca pode vencer alguém que foi treinado profissionalmente.
— E se eu te derrubar?
— O que?
— Ah meu Deus. — Miyeon gemeu para si mesma.
— O que você fará se eu te derrubar? — Seojun perguntou.
— Você deve estar realmente entediado. — Suho parecia permanecer completamente complacente, e se algum deles tivesse ouvido o barulho de desespero de Miyeon, eles obedientemente o ignoraram.
— A primeira pessoa a derrubar a outra é a vencedora. — Seojun ainda estava com o punho levantado e apontou o dedo para Suho. — O perdedor tem que conceder um desejo ao outro. O que você me diz?
— Você vai perder tudo, sabia? — a ameaça foi dita com tanta calma que quase não foi, mas o fogo retumbante nos olhos de Suho dizia o contrário.
Minutos depois e as regras estabelecidas para o que contava e o que não contava, Miyeon estava observando dois meninos rolando em um tapete, sobrancelhas levantadas enquanto trocavam de posição várias vezes, levantando-se e tentando novamente antes de Suho finalmente vencer, Seojun preso no tapete.
Os dois garotos ficaram ali, Miyeon levantando-se do chão e sentando-se entre eles, com as pernas dobradas sob ela. Ela encontrou os olhos de Seojun, balançando a cabeça enquanto ele tentava recuperar o fôlego.
— Você não poderia ter me deixado vencer? — o menino Han ofegou, alcançando o pescoço.
— O que você diz? — Suho não se incomodou, exceto pela falta de ar. — Você quer ter aulas aqui?
— Esqueça, meu Deus. — Seojun apertou sua mão. — Meu Deus, o que você vai me obrigar a fazer?
— Ah, sim! — Miyeon sorriu, Suho pulando de susto por claramente não tê-la visto ali. — Lee Suho, como vencedor, o que você vai fazer Seojun fazer?
— Sim... Apresse-se e me conte. — Seojun apoiou-se nos cotovelos, observando Suho mover o olhar de seus melhores amigos para o teto.
— Vamos. — o garoto Lee anunciou de repente, levantando-se e indo para trás das cortinas para se trocar, reaparecendo minutos depois enquanto puxava o casaco sobre os ombros.
Seojun e Miyeon ficaram juntos enquanto esperavam, conversando baixinho sobre a interação anterior sobre os meandros de seu relacionamento e exatamente o quanto eles planejavam contar a Suho. Ele sabia que eles haviam se beijado e agora sabia até certo ponto que eles tinham sentimentos um pelo outro - se isso já não bastasse.
— Onde estamos indo? — Miyeon perguntou enquanto puxava a jaqueta de couro para mais perto de seu torso, ela e Seojun seguiram Suho para fora do prédio.
O garoto Lee havia liderado o caminho e, por fim, eles chegaram a um pequeno grupo de pessoas em frente a um palco. Um homem estava de pé no banco cantando, as pessoas à sua frente balançavam de um lado para o outro e agitavam bastões de luz brilhantes.
A música do homem chegou ao fim e antes que Seojun pudesse dizer qualquer coisa, Suho o empurrou para frente. Cuidado apareceu nos olhos do menino Han, olhando para Miyeon e vendo-a acenar encorajadoramente, um sorriso gentil aparecendo em seus lábios.
Seojun se aproximou do homem, curvando-se e perguntando se ele poderia tocar, ocupando seu lugar não muito depois, o vocalista original sentado ao lado dele tocando violão.
— Você caminha em minha direção de longe. — ele começou a cantar, claramente não totalmente confiante. — Como vou expressar o quanto meu coração palpita. Você roubou meu coração desde o momento em que nos conhecemos e me deu uma doença incurável...
Seojun continuou a cantar as letras tão familiares, Miyeon sentiu um calor confortável em seu estômago ao ver o quão confortável ele estava lá em cima. Quando ela compareceu a vários compromissos em lugares diferentes, ele lhe disse o quanto ela combinava em ser um ídolo ou artista de algum tipo, e ela nunca teve a chance de dizer isso, mas ele também. Ele estava claramente muito feliz por estar lá cantando.
E de repente, Miyeon se viu pegando seu telefone e gravando ele tocando, o sorriso gentil mantendo seu lugar em seus lábios.
Ao lado dela, Suho refletia sua expressão, os dois melhores amigos tão orgulhosos dele. Seus sorrisos levemente chorosos se alargaram quando ouviram as palmas soando e Miyeon parou de gravar, ouvindo-os pedir um encore.
E quando Seojun começou a cantar mais uma vez a pedido deles, ela carregou o vídeo e se perguntou se faria o que ela esperava.
Seojun fez muito por ela ao longo dos anos, mesmo quando alegou odiá-la. Agora, ela queria fazer algo por ele.
Mesmo que fosse apenas enviar um vídeo.
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