126
˖࣪ ❛ CAPÍTULO CENTO E VINTE E SEIS
— 126 —
PARA SER TOTALMENTE HOJESTA, Miyeon não sabia exatamente como havia superado isso de maneira tão calma e organizada. Ela ficou surpresa por suas bochechas não terem ficado vermelhas de vergonha, ou por ela não estar gaguejando.
Ela não conseguia acreditar que a garota se trancou em um banheiro para se acalmar. Era a mesma garota que beijou Han Seojun com tanta ousadia na bochecha em um laboratório de ciências vazio.
A alegria passou lentamente enquanto ela descansava contra a parede azul, ainda capaz de ouvir seu coração batendo forte em seus ouvidos no silêncio. Miyeon também conseguiu fazer sentido - tudo o que ela disse era completamente lógico e fazia sentido.
No momento em que seu melhor amigo lhe disse que os sentimentos que ela tinha por ele eram correspondidos, ela sentiu um milhão de fogos de artifício explodirem em seu estômago e tantas coisas passando por seu cérebro. O mais proeminente foram os pensamentos que o seguiram ao beijá-la no hospital.
Não havia como ela estar com ele quando ele ainda estava apaixonado por outra pessoa. Era tão injusto. Mas ela iria ficar por perto, aguentar firme e permanecer na posição em que esteve durante anos. Miyeon poderia esperar, ela era muito boa nisso.
De qualquer forma, ela havia prometido a ele que faria isso. Miyeon esperaria que ele superasse, o que ela tinha certeza que ele faria em breve. Por enquanto, ela poderia manter sob controle o frio na barriga que flutuava em seu estômago e evitar corar tanto.
Lavando o rosto com água fria, a garota Hwang começou a voltar para a sala de aula, debatendo se poderia ou não contar a Jugyeong. Miyeon conhecia muitos de seus segredos, mas Ju quase não conhecia nenhum dos seus.
A garota Im conhecia o básico da história de Jeong Seyeon e que pessoa incrível ele era. Ela sabia um pouco das razões por trás da saída de Miyeon da casa de sua família. Mas em comparação com o que Miyeon sabia sobre ela, era minúsculo.
Mas ela poderia realmente contar a ela? Poderia Miyeon contar a Jugyeong que ela e Seojun haviam se beijado - e que a razão pela qual eles não eram um casal era porque ele também sentia algo por outra pessoa? Mesmo que ela mantivesse em segredo quem ele tinha sentimentos, isso faria Jugyeong fazer perguntas.
Miyeon sabia que não conseguiria lidar com isso ainda e, pelo menos por enquanto, ela manteria isso em segredo de Jugyeong. A preocupação a atingiu assim que ela se sentou no fundo da sala de aula, com os olhos pousados em Soojin.
Ela e Seojun não conversaram sobre como Soojin sabia, apenas chegaram à conclusão de que ela acidentalmente viu ou os ouviu conversando sobre isso. Mas não importava como ela descobrisse, o que importava é que ela sabia e que poderia denunciá-los a qualquer momento.
E considerando como a turma deles reagiu quando 'relacionamentos' passados vieram à tona, Miyeon poderia passar sem o drama. Mas ela ainda se preocuparia com isso.
— Puxa, olhe! — alguém exclamou, e Miyeon olhou para cima para ver Suho puxando Jugyeong para dentro da sala, aplausos vindo dos outros estudantes. Jugyeong encontrou os olhos da amiga, um sorriso honesto refletido neles.
Suho puxou a cadeira de Jugyeong para ela enquanto a torcida continuava, Miyeon arriscando um olhar para o assento de Seojun para ver o garoto sentando-se lentamente, apenas olhando para a interação antes de encontrar os olhos de Miyeon.
— Ei, acho que nunca perguntei. — Miyeon alcançou as costas da cadeira e ergueu a jaqueta pendurada nas costas. Seojun olhou para a massa de couro preto e para a garota que a segurava. — Isso é seu... Você deixou quando veio uma vez. Está tudo bem se eu usar, certo?
— Acho que você já mencionou isso antes... E está tudo bem. — Seojun acenou com a cabeça, um pequeno sorriso descansando em seus lábios enquanto olhava para frente. Com toda a honestidade, ele notou Miyeon usando-o logo no primeiro dia que ela teve - o dia da primeira neve. E ele estava muito bem com isso - ele ficou surpreso como seu primeiro pensamento foi o quão bonita ela estava com isso.
Colocando o casaco alegremente nas costas da cadeira, Miyeon olhou ao redor da sala de aula. Sooa ainda não estava falando com Jugyeong - ignorando-a propositalmente, na verdade - e Soojin parecia horrorizada ao ver Jugyeong e Suho, aparentemente genuinamente surpresa por eles ainda estarem juntos.
O Sr. Han caminhou lentamente pelas portas da sala de aula, a cabeça inclinada para o chão e uma leve fraqueza em todo o seu ser - não o professor brilhante que a turma estava acostumada a ver. Ele parou no pódio, mal percebendo a saudação simultânea de seus alunos.
— Pessoal, vamos todos para casa agora. — as palavras do homem eram tão sem vida quanto o resto dele.
— Sr. Han... A escola acabou de começar. — uma garota o lembrou.
— Sim, eu sei. — o Sr. Han assentiu, o olhar vagando pela sala antes de se fixar em Jugyeong. — Você não deveria estar em nossa sala de aula, então, por favor, saia.
— Sr. Han! — Hyunkyu exclamou, muito mais animado que o homem que estava na frente de todos eles. — Essa é Im Jugyeong.
— Sim, eu sei. — o Sr. Han fez uma pausa, apenas absorvendo o que ele havia dito. — Jugyeong? — ele repetiu, um pouco mais de vida em suas palavras. — Jugyeong, é você? — Jugyeong assentiu obedientemente. — Jugyeong! Estou tão feliz que você esteja de volta... Quero dizer, eu estava tão... Eu estava tão...
— Ele está chorando? — Miyeon se inclinou na direção de Seojun, movendo-se para olhar para ele apenas para descobrir que ele havia feito o mesmo com ela, e seus narizes estavam quase se tocando. — Ei, você não pode fazer isso. — Miyeon o empurrou para trás, sentando-se enquanto fazia isso.
Ao lado dela, Seojun apenas balançou a cabeça e sorriu.
— Eu estava tão preocupado com você! — a voz do Sr. Han tremia de emoção, a turma olhava para ele maravilhada com seu comportamento. E ainda por cima, o Sr. Han virou as costas para eles, com a cabeça apoiada no quadro negro.
Palavras de apoio vieram dos alunos e ele finalmente se virou, enxugando o nariz. — Sinto muito, pessoal. Só não consigo acreditar que Jugyeong finalmente voltou... — suas últimas palavras foram interrompidas quando ele começou a chorar na frente da classe, entregando o pódio e escondendo o rosto.
— Não chore! Não chore! — um canto silencioso começou entre os estudantes. Foi incrível a rapidez com que o professor conseguiu se recompor ao se levantar mais uma vez.
Limpando a garganta, o Sr. Han começou mais uma vez. — Desculpe. — ele disse. — Por hoje é isso. — mas a calma não durou quando ele começou a chorar mais uma vez.
— Meu Deus, por quanto tempo isso vai durar? — Seojun murmurou, apenas para receber um soco no braço da garota ao lado dele. — Ei! Para que foi isso?
— Só porque a única emoção que você demonstra é a raiva, não significa que todos tenham que ser iguais! — Miyeon sibilou. — E não estou me desculpando por isso. Eu quis dizer isso.
— Isso não é verdade. Você sabe o quanto tenho sorrido recentemente? Minhas bochechas doem. — o menino Han revirou os olhos.
— Uau - isso é uma conquista. — a garota retrucou, interrompida pelo Sr. Han saindo da sala de aula aos prantos. — Acho que você realizou seu desejo, Han Seojun.
— Um soco por um desejo. Não é uma má troca. — o garoto murmurou para si mesmo, incapaz de parar de sorrir apesar de suas palavras anteriores quando viu a expressão no rosto de Miyeon.
Isso era uma coisa que o deixava feliz. Apesar da admissão de sentimentos, ela ainda era a mesma. A mesma garota que era sua melhor amiga e a mesma garota por quem ele estava prestes a se apaixonar.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top