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˖࣪ ❛ CAPÍTULO OITENTA E OITO
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O PAI DE Jugyeong está hospedado na minha casa. — Suho anunciou na manhã da segunda-feira seguinte.

Ele e Miyeon adquiriram o hábito de caminhar juntos para a escola e, como Suho queria ver o apartamento dela, ele foi encontrá-la lá.

Isso significava que eles teriam que pegar um carro durante boa parte da viagem até Saebom High, mas nenhum deles se importou, agradecendo ao motorista quando saíram a algumas ruas da escola.

— O pai de Jugyeong está o quê? — o queixo de Miyeon caiu enquanto ela caminhava ao lado de sua amiga, um casaco de lã preto puxado por cima do uniforme conforme os dias ficavam mais frios.

— Ele se meteu em alguns problemas... Caiu em uma fraude ou algo assim. — Suho encolheu os ombros. — Encontrei-o outro dia e ele me convenceu a deixá-lo ficar lá. Na verdade, está tudo bem.

— A Ju sabe? — as sobrancelhas de Miyeon franziram quando ela perguntou, continuando a andar com os olhos colados na calçada.

— Ele está se escondendo da família lá - por favor, não conte a ela. — Suho virou-se para ela e, após um momento de consideração, Miyeon concordou com a cabeça. Ela se sentiu mal por não ter contado a Jugyeong, mas obviamente havia alguma coisa de família acontecendo lá que precisava ser resolvida. — Na verdade, foi muito bom. Fiquei sozinho depois que você se mudou e ele assistiu ao futebol comigo.

— Foi uma daquelas partidas no meio da noite? — a garota Hwang torceu o nariz, lembrando de todas as vezes que Suho tentou convencê-la a ficar acordada e assistir a um. — Nossa, não acredito que as pessoas fiquem acordadas para assisti-los.

Os dois se aproximaram da escola e Miyeon espiou a bolsa balançando em suas mãos. Ela estava entregando a jaqueta de Seojun para ele, depois que ele a deixou no cabide do apartamento dela. Ela não tinha certeza se foi de propósito ou não, mas de qualquer forma, ela iria devolver.

Tendo mandado uma mensagem para ele alguns minutos antes, Seojun disse que estava em uma das áreas do pátio, e então Miyeon e Suho se separaram quando chegaram ao final do longo caminho da estrada até a escola.

Passando para a área aberta, Miyeon parou por um momento, as mãos girando em torno da alça da bolsa enquanto procurava por seu amigo, ficando na ponta dos pés para ver se isso ajudaria.

— Hwang Miyeon, certo? — Miyeon se virou no mesmo lugar ao ouvir seu nome, estabelecendo uma expressão menos investigativa e mais acessível em seu rosto. A voz era de um menino, sorrindo para ela. — Eu sou Song Hyunwoo. — ele se apresentou. — Estou na classe 2-3. Éramos amigos no ensino médio, mas não tenho certeza se você se lembra. —

— Eu acho que eu lembro. — Miyeon respondeu, parecendo pensativa por um momento antes de perceber sua expressão. — Desculpe - muita coisa estava acontecendo e aconteceu desde então, muitos nomes e rostos.

— Não, está tudo bem, eu entendo. — Hyunwoo assentiu. — Eu não tinha certeza se você faria isso. Lembro-me de você estar muito ocupada com aqueles seus amigos. E então você se tornou uma trainee.

— E então tudo aconteceu, fui para Nova York e agora estou de volta aqui. — a garota Hwang refletiu. — Mais uma vez, desculpe por não ter reconhecido você, às vezes sou bastante esquecida.

— Mesmo assim, não me esqueci de você. — o olhar de Miyeon subiu para ele, vendo-o ligeiramente com suas próprias palavras. — O que eu quero dizer... E não estou tentando mais falar frases desagradáveis ​​que meus amigos me disseram que funcionariam, é que você é bastante memorável.

— Você pediu falas aos seus amigos? — Miyeon repetiu, e Hyunwoo passou a mão pelos cabelos escuros, as pontas das orelhas ficando rosadas. — Erro de novato - ei, são eles, por acaso?

Hyunwoo se virou tão rápido que quase tropeçou. Miyeon estava apontando para um dos arcos que ligavam o pátio a outra passarela. Dois meninos estavam ali e, quando viram o menino Song se virar, se esconderam atrás dos pilares.

— Isso... Seriam eles. — Hyunwoo sorriu, uma covinha aparecendo quando os cantos de seus lábios viraram para cima e as pontas de suas orelhas continuaram a ficar rosadas.

— Agora você está sob pressão. — a garota oposta comentou, um sorriso semelhante florescendo em seu rosto. — E eu acho que sei aonde você quer chegar com isso... Então por que não te dou meu número e combinamos de nos encontrar em um lugar onde seus amigos não vão espionar você?

— Perfeito. — Hyunwoo correu para tirar o telefone do bolso interno do blazer, atrapalhando-se um pouco enquanto o tirava, destrancava e passava para ela.

Ela adicionou seu contato, um rosto sorridente digitado ao lado de seu nome. — Aqui. — ela devolveu. — Acho que seus amigos estão...

Mas a garota foi interrompida quando pulou para fora de sua pele, um braço aparecendo em volta de seus ombros. — Song Hyunwoo, eu lembro de você. — claro, não era outro senão Seojun, e Miyeon franziu a testa enquanto empurrava o braço dele.

— Han Seojun. Eu não sabia que você e Miyeon eram amigos de novo - não houve uma grande desavença? — Hyunwoo refletiu a atitude fria, o constrangimento desaparecendo conforme ele interagia com o outro garoto.

— Sim, mas todos nós fizemos as pazes agora. Exceto Lee Suho. — ele acrescentou com um resmungo, estendendo a mão e tirando o cabelo dos olhos.

— Vou conversar com meus amigos. — Hyunwoo disse, começando a se afastar. — Vou mandar uma mensagem para você, organizar essa reunião, Miyeon.

Miyeon sorriu enquanto ele se afastava, e quando ele estava fora do alcance da voz, ela se virou para olhar para Seojun. — O que foi isso? — ela perguntou.

— Hm, eu diria que ele tem uma queda por você. E já faz um tempo - desde o ensino médio, na verdade. — Seojun respondeu, e aproveitou o choque de Miyeon com suas palavras como uma chance de tirar a sacola de suas mãos. — Você não sabia? Ele costumava te seguir como um cachorrinho perdido nos intervalos.

— Éramos amigos e estávamos apenas saindo? — Miyeon deixou-o pegar a sacola, ainda surpresa com a interação antes de Seojun aparecer.

— Não significa que ele não te seguiu desse jeito. — Seojun abriu a caixa, uma carranca aparecendo em seu rosto. — Por que você trouxe isso de volta? Deixei na sua casa por um motivo.

— E qual é o motivo? — Miyeon perguntou, enquanto Seojun fechava a caixa e a devolvia para ela, deslizando a alça sobre seu pulso e colocando o braço em volta de seu ombro mais uma vez, começando a puxá-la em direção à entrada da escada; seu dia escolar começaria em breve.

— Caso eu tenha adormecido lá. Fiquei com frio e estava perto do seu apartamento - o café onde eu trabalhava meio período é bem próximo, e agora que Jugyeong vai trabalhar lá eu posso passar lá algumas vezes. — Seojun encolheu os ombros. — Algumas coisas. Você pode usar se quiser.

— Seria muito grande. — Miyeon desviou, mas admitiu que tinha pensado em fazer isso. — Mas Jugyeong finalmente conseguiu um emprego? Ela estava se esgotando procurando por um.

— Sim, ela faz. — Seojun parecia bastante orgulhoso de si mesmo ao dizer isso. — Mas então Suho veio e a arrastou embora.

— Então agora sabemos que Lee Suho é ciumento e superprotetor e tenho certeza que tem ataques toda vez que vê você com Jugyeong. — Miyeon ergueu as sobrancelhas. — Esqueça isso, ele simplesmente não quer que você chegue perto dela.

— Você pode dizer isso de novo. — Seojun tirou o cabelo dos olhos mais uma vez, a mão caindo dos ombros de Miyeon enquanto subiam as escadas. — Mas isso não vai me impedir.

— Claro que não. — Miyeon balançou a cabeça, um sorriso suave aparecendo em seu rosto enquanto eles passavam por outra sala de aula, Hyunwoo sendo empurrado em sua cadeira por seus amigos animadores.

Talvez tenha sido errado ela reagir às palavras dele dessa forma, mas considerando o estado em que Seojun se encontrava quando se tratava de Jugyeong, Miyeon sabia que não havia como acontecer algo entre eles. Ela sabia que nunca haveria, eles eram melhores amigos, simplesmente não poderia.

E então, ela iria tentar superar isso. Hyunwoo não era apenas bonito, mas ela o conhecia há algum tempo e ele parecia bastante gentil.

Ela só esperava que ele não se obrigasse a tentar sair mais por cortesia de seus amigos.

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