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˖࣪ ❛ CAPÍTULO SETENTA E TRÊS
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COM ELES CONFORTÁVEIS em casa após a viagem, não demorou muito até que voltassem para a escola, apenas o resto do dia, na verdade.
Miyeon estava bastante feliz por estar de volta; a viagem foi divertida, mas havia algum tipo de conforto em retornar a um horário definido, a um lugar onde você tem que estar. Principalmente depois de tudo o que aconteceu enquanto eles estiveram fora e antes disso.
A garota Hwang pensou que trataria a viagem como se fosse uma recompensa por ter se afastado dos pais. E tudo começou assim, e principalmente foi isso. Mas entre aqueles momentos felizes e relaxantes havia pensamentos amargos, coisas que Miyeon preferia que não acontecessem.
Como Seojun confessando a ela que gostava de Jugyeong. O que para ela estava tudo bem - só porque ela estava tendo esses sentimentos estranhos não significava que ele também estivesse. Quando ele contou a ela, isso doeu, mas ela percebeu que, se ela fosse a única a ter esses sentimentos, seria injusto contar a ele.
Era tão óbvio que ele gostava de Jugyeong. Miyeon não o culpava - Jugyeong era realmente uma pessoa bonita em todos os sentidos da palavra, não importando sua aparência. Ela era linda por fora e por dentro. Resumindo, Miyeon não culpava Seojun por gostar dela.
Por enquanto, seus sentimentos eram irrelevantes. Eles eram unilaterais e, portanto, problemáticos se viessem a público. Miyeon chegou a essa decisão momentos depois de ouvir Seojun admitir seus sentimentos, e ela iria persistir.
Chega de ciúme, chega de ler as coisas. Ela simplesmente se divertiria e tentaria não notar a sensação de dor. Não seria justo com Seojun ou Jugyeong.
Miyeon estava feliz por ter de volta quem ela consideraria talvez seu amigo mais próximo. Houve uma diferença óbvia desde que ela contou a Seojun o que havia acontecido naquela noite fatídica, e a garota parecia viver com mais liberdade. Como se um peso tivesse sido completamente tirado de seu ombro.
Ainda havia aquela culpa, mas com Seojun lentamente a perdoando e Suho já tendo feito isso, Miyeon decidiu que em vez de focar nesses sentimentos, ela trabalharia para ser capaz de perdoar a si mesma também.
Ela não foi a única que mudou, estava bastante claro que Suho ficou muito mais feliz desde sua confissão a Jugyeong e o beijo que se seguiu pouco depois.
Na verdade, isso pareceu aparecer no dia seguinte. Eles chegaram à escola de maneira semelhante, parando a algumas ruas de distância e se separando, Miyeon correndo para se encontrar com Jugyeong ou Sooa, e Suho seguindo atrás, demorando como sempre.
— Bom dia. — Miyeon praticamente cantou enquanto se sentava ao lado de Jugyeong e Sooa. Ela deixou a bolsa arrastar a manga da blusa por um momento enquanto colocava o telefone na mesa, colocando-o no chão. Ela não iria ficar lá, é claro, mas ainda faltava um pouco de tempo para a aula começar.
— Ah - Miyeon. — Jugyeong tinha um sorriso no rosto enquanto olhava para sua amiga. — Seu arco está um pouco torto, aqui, deixa eu consertar.
— Obrigada. — Miyeon se abaixou ligeiramente enquanto Jugyeong apertava o laço sob a gola, torcendo os cantos para cima para que ficasse bem acima de seu peito. — Sooa, como você e Taehoon estão? — ela perguntou, depois de agradecer novamente a Jugyeong pela ajuda.
— Estamos bem! — a garota parecia enérgica quando se sentou. — Nada como uma pequena pausa para te fortalecer. Ah, fiquei tão feliz. — ela sorriu, antes de se inclinar para tirar algo da bolsa.
Miyeon olhou para cima quando Suho entrou na sala, olhando para o que ele estava segurando. Ela se recostou na mesa em que estava sentada enquanto ele subia pelo corredor, silenciosamente colocando o suco no canto da mesa de Jugyeong.
Ele estava a um passo de distância quando foi parado, e Miyeon olhou para Jugyeong, cujo rosto estava completamente vazio, desprovido de qualquer emoção positiva. — Jogue fora. — ela disse, Suho olhando para ela e ao lado de Miyeon, Taehoon parecia igualmente confuso.
— Desde quando você estava perto o suficiente para me dar algo assim? — Jugyeong perguntou enquanto pegava a bebida, empurrando-a de volta para ele. A sala de aula ficou em silêncio, apenas murmúrios de conversas passadas tocando ao fundo.
— Jogue fora. Você não está me ouvindo? — Jugyeong levantou a voz, chamando mais atenção para a situação e qualquer um daqueles murmúrios diminuindo. E sem dizer mais nada, Jugyeong se levantou e saiu da sala de aula.
Taehoon puxou Suho para longe da mesa de Jugyeong, Miyeon se levantou lentamente e puxou a bolsa por cima do ombro, seguindo-os. — É ela..? — Taehoon perguntou, Miyeon assentiu rapidamente antes de voltar para Suho.
Suho disse a ela que Taehoon estava lhe dando conselhos, mas que na verdade não estava lhe contando nada por medo de espalhar. Então, a partir de então, Miyeon era a única que sabia sobre o beijo e a confissão - ela não pôde deixar de se perguntar se Jugyeong iria perguntar a ela sobre isso, ou talvez ela pudesse insinuar que sabia que algo estava acontecendo considerando seu comportamento.
— Ela deveria saber o quão precioso isso é. — Taehoon começou, dando tapinhas no coração. — Você ainda não a convidou para sair? — ele continuou - Miyeon ficou um pouco surpresa ao ver o quão pouco ele sabia.
— Eu acho que vou deixar você também. — Miyeon disse rapidamente. Ela tinha a sensação de que poderia revelar algo com bastante facilidade e que era melhor sair da situação. — Suho, conversaremos mais tarde.
Suho assentiu levemente, sua expressão séria enquanto olhava para Taehoon. Miyeon escapuliu, indo em direção à sua mesa e sentando-se nela, deixando cair a bolsa aos pés ao notar a mesa vazia ao seu lado.
— Sentiu tanto a minha falta, Hwang Miyeon? — a voz provocativa de Seojun ecoou em seus ouvidos, e Miyeon olhou para cima para vê-lo parado acima de sua cadeira. — Eu entrei e você estava olhando para minha mesa.
— Eu estava? — os olhos de Miyeon se arregalaram quando ela se sentou, encolhendo os ombros. — Só estou cansada, suponho, tenho muito em que pensar ultimamente.
— Se você não está dormindo bem na casa de Lee Suho, então você está sempre livre para ficar na minha casa. Ouso dizer que meu sofá é muito mais confortável que o dele. — Seojun respondeu. — E acho que minha mãe ficaria feliz em descobrir que fizemos as pazes.
— Suponho que poderia aparecer em algum momento e sugerir a possibilidade disso.. Eu odeio a ideia de impor, e embora eu definitivamente esteja impondo enquanto estou com Suho, apenas ser ele é diferente de ser você, sua mãe e sua irmã. — a testa de Miyeon franziu e, sentando-se em sua cadeira, Seojun estendeu a mão e pressionou suavemente a área entre as sobrancelhas.
— Não se preocupe muito, você vai ficar com rugas. Nenhum deles vai se importar em você ficar aí, apenas pense nisso, ok? — Seojun perguntou, olhando para cima quando Jugyeong retornou, o Sr. Han seguindo atrás.
— Eu farei isso, eu prometo - mas talvez seja melhor encontrar meu próprio lugar para ficar. — Miyeon refletiu enquanto a turma se acalmava. — E eu quero tentar tirar Eunjoo daquele lugar também.
— Essa é uma boa ideia. — Seojun respondeu com voz gentil. Ele parecia gostar da velha governanta - a quantidade de vezes que ela o ajudou, ajudou Miyeon, era tão grande que ele só queria ver se poderia ajudá-la também. — Você vai... Nós vamos descobrir.
Essa era a questão de Seojun ser seu amigo. De repente, não era só ela. Apesar de sua aparência e comportamento, ele realmente estava lá para ajudá-la, no que ela precisasse.
Talvez por isso fossem tão próximos, duas pessoas que só queriam cuidar dos outros - apenas com formas diferentes de demonstrar isso.
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