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˖࣪ ❛ CAPÍTULO SESSENTA E NOVE
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PARECIA QUE SEOJUN ficou surpreso com as palavras, piscando para afastar quaisquer lágrimas que cobriam seus olhos. — Tem certeza? E... Você realmente quer? Não é porque eu... — ele parou, não querendo terminar a frase.
Seojun quase não sabia como terminar a frase. Ele era uma mistura de emoções, uma estranha mistura de sentimentos que não conseguia identificar. Em algum lugar entre raiva, decepção e ciúme.
— Meu Deus. — Miyeon estava balançando a cabeça e por um momento Seojun se perguntou se ele havia feito algo errado. — Nem tudo é sobre você, Han Seojun. Por que eu contaria a você porque você está chateado, hein?
— Você me assustou. — Seojun fungou, Miyeon desviou os olhos conscientemente e deixou o garoto tirar um momento para enxugar os olhos. — Nós... Deveríamos ir conversar então. Vamos caminhar?
— Claro. — Miyeon assentiu, assumindo a liderança e andando na frente, parando quando não ouviu passos atrás dela. Voltando-se, ela viu Seojun parado no mesmo lugar, com os braços cruzados sobre o peito e olhando para ela. — Você não está falando sério? Você disse que iria caminhar. Seojun, isso é sério!
— Você sabe o que é sério - por que Lee Suho te pegou jogando o jogo do jornal? — Miyeon estreitou os olhos para ele, parecendo confusa.
— Para deixar Jugyeong com ciúmes? Porque você acabou de buscá-la? — Miyeon sugeriu, sua voz suavizando. — Se for demais esta noite, então pode esperar. Só pensei em avisar que estou pronta para lhe contar.
— Não... Está tudo bem. Vou superar isso. — Seojun olhou para onde estava agachado com Jugyeong, antes de dar um passo à frente. — Então foi a apresentação que fez você se sentir pronta? — ele perguntou, acompanhando a garota.
— Como você sabia? — Miyeon respondeu, a dupla começando a subir a colina que ela acabara de descer. — Isso me faz feliz - me fez sentir confortada de uma forma bastante estranha. Foi a primeira vez que cantei corretamente desde que Seyeon morreu e saí da casa dos meus pais, acho que me sinto... Viva.
— Tão viva que você decidiu que me contaria tudo o que eu precisava saber? — Seojun perguntou. — Isso tudo é bastante... Repentino. Tem certeza?
— Se você continuar me perguntando isso, não direi nada. — Miyeon rebateu, erguendo os ombros em um encolher de ombros. — Eu estava vindo te encontrar depois que você desapareceu tão rapidamente. Não consegui te agradecer, e então me deparei com isso. Acho que decidi antes de estar pronta para te contar, agora isso só pode ajudar como uma distração.
— Eu não preciso de distração. — o menino Han respondeu. Miyeon decidiu ignorar isso, prestes a virar à direita quando gritos e um barulho baixo de passos puderam ser contidos.
Ela sentiu uma mão puxar suas costas, os dois observando com os olhos arregalados enquanto algo vestido de branco passava correndo, uma multidão correndo atrás dele. — O que é que foi isso? — Miyeon perguntou, os dois olhando para o grupo de estudantes.
— Não faço ideia - mas parece que o palco está livre. Podemos conversar lá. — Seojun sugeriu, Miyeon concordando e os dois caminhando em silêncio até o palco onde haviam se apresentado pouco antes.
O Sr. Han e o reitor dos estudantes ainda estavam sentados sob a coberta, conversando entre si, sem prestar atenção em Seojun e Miyeon. O adolescente previu corretamente e o palco estava livre, as luzes penduradas abaixo dele apagadas.
Eles se acomodaram no palco, sentaram-se na beirada com as pernas caindo para o lado, Miyeon não se impedindo de chutar os pés para frente e para trás como uma criança. Mas apesar dessas ações, Seojun observou enquanto ela respirava fundo várias vezes, preparando-se.
— Foi em um jantar de família - de certa forma. — Miyeon começou, uma risada triste saindo de seus lábios. — Eu deveria dizer um jantar de investidores, porque foi isso mesmo. Mas me disseram que era um jantar de família com algum parente do meu pai, e então fui.
— Recebi um telefonema no meio do caminho. Era Seyeon, e embora eu tenha tentado atender eu... Fui impedida. — a emoção apareceu pela primeira vez aqui, apenas um leve traço dela. — Minha mãe - ela me impediu de responder. Os escândalos tinham acabado de surgir e embora ela não gostasse dele antes, ela o odiava agora. Me disse que eu deveria bloquear o número dele.
Seojun cerrou os punhos, tentando não reagir ainda.
— É claro que não - eu nunca poderia... Ainda tenho isso até agora. — Miyeon disse com um suspiro. — E quando estávamos na metade da sobremesa... Bem, eu olhei para cima e ele estava parado na janela, chorando.
Ela conseguia se lembrar disso com muita clareza, a dor exibida em seu rosto com tanta clareza. Ela pediu licença rapidamente, abandonando tudo e correndo para fora, cumprimentando-o com um abraço.
'Está piorando'. Ele disse a ela entre as lágrimas, respirando fundo e com dificuldade enquanto tentava expelir. 'Isso simplesmente não para... Eu não consigo... Eu não consigo lidar com isso.'
Miyeon entrou em pânico ao ouvi-lo falar, puxando-o para fora do caminho e sentando-se com ele em um banco, o tempo todo dizendo-lhe coisas reconfortantes que ele precisava ouvir.
As lágrimas ainda apareciam, rolando por seu rosto, e parecia que seus olhos, nariz e lábios ficariam manchados de vermelho para sempre, manchados pelas lágrimas. Mas Miyeon não seria mais capaz de confortá-lo.
Yujin veio procurar sua filha, querendo saber por que ela estava tão desesperada que ela não conseguiu terminar a sobremesa, que ela teve que sair correndo daquele jeito.
— Ela sempre se importava com os investidores estúpidos. Não importava se Seyeon estava chorando ao meu lado, não importava que eu era amiga dele e o conhecia, não a mídia. — Miyeon engoliu em seco, os dedos agarrando o material da barra de sua jaqueta e apertando-o.
— Minha própria mãe gritou para eu me afastar dele - e ela disse algo sobre ele ser um valentão, então não me lembro o quê, mas... W expressão em seu rosto, a expressão em seu rosto era simplesmente... — Miyeon soltou um suspiro, incapaz de terminar a frase.
Sua voz parecia firme, mas quando Seojun olhou para ela, foi quase como se ela estivesse recriando a cena que havia descrito. Seus olhos estavam vermelhos, bochechas manchadas de lágrimas silenciosas, nariz com um tom rosado e lábios levemente inchados.
— E então... Ele simplesmente foi embora... Eu tive que vê-lo partir daquele jeito. Eu não iria... Eu não conseguiria vê-lo novamente. — sua cabeça caiu para baixo, lágrimas escorrendo em seu colo.
Seojun só conseguia olhar. Ele finalmente soube a verdade. Mesmo que a verdade fosse algo tão horrível de se pensar. E contando a ele, Miyeon poderia começar a se perdoar.
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