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˖࣪ ❛ CAPÍTULO VINTE E SEIS
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MIYEON SAIU DO prédio do karaokê, uma lufada de ar fresco atingindo seu rosto. Isso fez com que ela se sentisse mais calma e obviamente menos aquecida em segundos.

Descendo rapidamente as escadas, Miyeon se aproximou da bicicleta de Seojun, enfiando a saia por baixo e apoiando-se nela, movendo os dois capacetes para que não caíssem.

— Ei! — o grito familiar pôde ser ouvido e Miyeon nem olhou para cima. — O que você está fazendo na minha... Hwang Miyeon.

— Han Seojun. — Miyeon sorriu, olhando para ele. — Linda música que você estava cantando naquele momento.

— Você estava lá? — ele perguntou, parando na frente dela. — Agora saia da minha bicicleta. — ele continuou, estendendo o braço e arrastando o pulso de Miyeon, tentando puxá-la.

— Não. — Miyeon sorriu. — Não sei se você tem prestado atenção em Jugyeong ou em sua mãe, mas é bastante óbvio que nenhuma delas quer que você ande de moto.

— Então isso é algum tipo de protesto? De alguma forma você acha que apenas ficar sentada aí vai fazer isso funcionar? Não vai acontecer, Miyeon, apenas saia. — Seojun respondeu. — Você não odeia motos? Você fez alguma coisa com isso? — ele estreitou os olhos em suspeita.

— E o que você acha que eu poderia fazer? Não tenho a menor ideia de como quebrar uma motocicleta e, mesmo que tivesse, não faria isso porque elas são perigosas o suficiente sem serem quebradas. — Miyeon cruzou os braços enquanto se levantava, olhando para ele. — Eu estava simplesmente descansando minhas pernas.

— Na minha moto? — ele perguntou, olhando para o lado e respirando fundo, balançando a cabeça. — Seus amigos lá dentro não estão esperando por você, não é...

— Cale a boca e venha comigo por um momento. — Miyeon olhou em direção ao prédio, viu quem estava ali e o interrompeu, agarrando seu braço e arrastando-o pela esquina. — Suho veio conosco esta noite e não permitirei que vocês dois briguem nas ruas.

— Porque definitivamente não serão vocês dois, considerando que aumentaram seu status de inimigos para amigos. — Seojun respondeu, antes de ter uma reação semelhante a Miyeon quando viu Suho, olhando por cima do ombro da garota Hwang como um cervo pego pelos faróis.

— Ei, Han Seojun! — uma voz gritou e a dupla olhou em volta. Os olhos de Miyeon piscaram para cima e para baixo, examinando os garotos à sua frente - ela os reconheceu, só que não tinha certeza de onde.

Seojun deu um passo à frente, empurrando-a ligeiramente para trás dele. — Por que você está saindo daí? — ele perguntou, Miyeon ainda quebrando a cabeça para tentar lembrar de onde ela os reconheceu.

— O que você quer dizer? — aquele que parecia ser o 'líder' do pequeno grupo disse, a garota olhando para Seojun por um momento, depois de volta para ele. Seus olhos se arregalaram quando ela os reconheceu como as pessoas de quem Seojun estava fugindo na noite em que ela esbarrou nele depois de estar na casa de Jugyeong e então ela soube que eles estavam em apuros.

— Oh, o que é isso? Por que você trouxe uma garota para este lugar discreto? — o de azul perguntou, dando um passo à frente com os outros atrás dele o seguindo.

— Você deveria se apressar e ir. — Seojun disse, empurrando Miyeon ainda mais para trás dele. A garota olhou entre ele e o grupo de garotos, que se aproximavam.

— Bem, se você não vai fazer isso sozinho. — Miyeon suspirou, antes de agarrar as mãos de Seojun e arrastá-lo, fugindo do grupo.

Ela não podia deixá-lo entrar em outra briga, então fugir parecia a melhor opção – ele já havia feito isso antes, então deveria ficar tudo bem.

— Agarre-os! Agarre-os! — os meninos gritaram quando Seojun percebeu o que Miyeon estava fazendo e parou de tropeçar, correndo ao lado dela.

Eles passaram pela bicicleta de Seojun e desceram outra rua, ignorando os olhares das pessoas enquanto corriam.

— Pare aí! — os meninos do grupo continuaram, enquanto Seojun olhava para trás, trocando o aperto, puxando Miyeon e acelerando, puxando-a por uma rua lateral e depois por outra esquina, emergindo dela para uma rua mal iluminada, a única luz que vem do néon brilhante.

Pensando rapidamente, Seojun empurrou uma pilha de caixotes e puxou Miyeon para o outro lado, para cima de uma pequena plataforma onde eles se agacharam atrás de outra pilha.

Eles os ouviram correr para o outro lado e Miyeon soltou um suspiro, respirando enquanto olhava para baixo, esquecendo momentaneamente com quem estava enquanto equilibrava a cabeça no ombro de Seojun.

Ela sentiu um movimento em sua têmpora e deu um pulo, Seojun riu, mas quando a viu o sorriso desapareceu, mais uma vez parecendo irritado.

Eles permaneceram agachados, Seojun segurando-se nas grades. Os dois tentaram espiar ao redor e, decidindo ir em frente, Miyeon se levantou, dando um passo à frente apenas uma vez antes de Seojun puxá-la de volta.

— Você é burra? — ele perguntou, levantando-se e parecendo aliviado quando não viu ninguém. Miyeon o seguiu, olhando ela mesma para a rua. — Eu não disse para você ir, por que você me arrastou? — ele perguntou.

— Você sempre se mete em brigas - por que você tem que dar tantos problemas? Primeiro aquela moto e agora isso? Não admira que sua mãe estivesse tentando eliminar um dos problemas. — Miyeon disse, continuando a espiar a rua, cautelosa com o retorno de algum dos meninos.

— O que você acha que esses idiotas vão fazer? Se você correr assim, parece suspeito para qualquer um. — Seojun disse. — E então você foi verificar quando eles ainda poderiam estar lá? Nossa, você é tão estúpida. — ele continuou, começando a caminhar de volta pela rua por onde haviam corrido.

— Han Seojun, é melhor você me agradecer por salvá-lo. Por que você sempre se mete em problemas? — Miyeon suspirou, movendo-se rapidamente para alcançá-lo.

— Isso é como um déjà vu. — Seojun suspirou, tirando o cabelo dos olhos. — Eu não vou procurar por isso. E não me importo se você me salvar ou algo assim. — ele balançou sua cabeça.

— Tudo bem, tanto faz. — Miyeon suspirou, acelerando e indo na frente dele. Apenas para voltar para a sala de karaokê vazia e com um bilhete na bolsa explicando que eles haviam decidido ir.

Com um suspiro, Miyeon decidiu voltar ao andar térreo, saindo do prédio no momento em que Seojun subia em sua moto. — Você não escuta uma palavra do que eu digo? — ela perguntou, aproximando-se dele novamente.

— É claro que não, de que outra forma eu poderia levar você para casa se deixasse minha moto aqui. — Seojun respondeu, pegando o capacete da moto.

Não registrou totalmente o que ele havia dito e Miyeon olhou fixamente para ele. — O que? — ela finalmente perguntou, olhando entre ele e o capacete. — Não tem como, são armadilhas mortais! E o jeito que você dirige é simplesmente...

— Bem, eu não posso simplesmente deixar você aqui. Quem sabe para onde foram esses idiotas? — ele continuou. — E se você estiver voltando e eles te verem? Quem sabe o que eles farão quando você estiver sozinha.

Miyeon olhou para ele antes de respirar e dar um passo à frente. — Não dirija muito rápido, e é melhor eu não ouvir nada de você sobre isso. — ela disse, pegando o capacete e subindo, agarrando a cintura dele.

— Você não vai. Além disso, será como nos velhos tempos. — e com isso eles partiram, Seojun fingindo não notar o quão apertados os braços de Miyeon estavam em volta de sua cintura.

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