Capítulo 7 - O primeiro dia do Justin
Saudações, pudinzinhos!
Enquanto os gêmeos estão no colégio, Justin está no primeiro dia no emprego.
Espero que gostem e
Sem mais delongas...
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"Eu não sou o senhor do tempo, mas eu sei que vai chover
Me sinto muito bem quando fico com você
Eu tenho habilidade de fazer histórias tristes
Virarem melodia, vou vivendo o dia a dia"
Senhor do Tempo – Charlie Brown Jr.
Justin
Ao me despedir de meus irmãos, eles desejaram a mim bom primeiro dia e eu segui para fora dos portões da escola. Sabia que precisava ir, mas não queria deixá-los, pois sabia também que, mesmo com seus amigos novamente, o nono ano é a introdução da etapa mais assustadora da vida de alguém: a maldita adolescência.
Só não dei meu melhor abraço apertado e disse que tudo ficaria bem porque não era o lugar para aquilo — já estive na pele deles e sei que seria um tanto vergonhoso. Então, eu segui para o meu carro rumo ao meu mais novo emprego, o qual consegui por pouco e foi graças ao Rob. Mesmo eu tentando recusar alegando que poderia conseguir sozinho, ele viu que minha alma suplicava por ajuda e assim o fez.
Ele tem basicamente uma dívida com os meus pais e sempre faz o que está em seu alcance, e às vezes até o que não está, para nos ajudar. E o melhor: tudo de bom grado, ao menos é o que ele jura de pés juntos. E se meus pais confiavam nele com as próprias vidas, não há porque duvidar da escolha deles para melhor amigo e nosso padrinho.
Dirigia procurando limpar minha mente de qualquer outro pensamento e focando nas ruas, que estavam muito tranquilas comparado ao que viviam me dizendo sobre o trânsito nova-iorquino. Dei Graças a Deus por isso, já que cheguei bem a tempo. Conversei com uma recepcionista, dei meu nome e expliquei que tinha uma reunião com o diretor, um tal de Alex William, segundo Rob.
Ela conferiu e permitiu a minha entrada. Entrei no elevador e apertei os botões. Fui até o 12º andar. Chegando lá, segui na direção da sala que indicaram ser o escritório do sr. William. Bati de leve na porta e o diretor anunciou que eu poderia entrar. Eu havia conversado com ele na minha segunda entrevista, a qual foi quando ele anunciou que eu estava contratado. Conversamos um pouco sobre minha estada na cidade e sobre minha oficial entrada na empresa.
Sr. Wiliam: Robson é um grande amigo meu e quando me falou de você eu disse que precisava de pessoas competentes para a minha empresa, mas que daria uma chance a você. Não demorou muito para eu ver que você é sério e determinado, para sua idade, devo acrescentar. — Nem me impressionava mais ouvir isto, já ouço desde sete anos atrás. — Bem-vindo mais uma vez à D&A. — Estendeu a mão na minha direção.
Justin: Obrigado, Sr. Wiliam. — Aperto sua mão e tive que me segurar para não sair comemorando.
Era bom estar ali, mesmo que não tenha sido bem isso que eu queria para a minha vida. Foi uma sábia decisão.
Sr. Wiliam: Ah, e também pedi à uma das minhas designers mais brilhantes para lhe dar auxílio, só se precisar, e se quiser, ela pode ser sua parceira.
Justin: Hum, está bem. — Assenti afirmando que havia entendido.
Após a reunião, eu pedi licença e fui em direção ao meu mais novo local de trabalho. O pessoal foi bem simpático e uma senhora gentil me indicou o meu escritório.
Devo ter me distraído com algumas papeladas que eu carregava, pois eu sem querer esbarrei com uma moça. Ela tinha cabelos bem escuros, pele pálida, olhos claros. Usava uma maquiagem muito delicada e óculos de leitura vermelhos. Acabo derrubando uma pasta dela no acidente e ao perceber que ela estava com as mãos ocupadas — uma delas inclusive segurava um copo de café da Starbucks —, eu me abaixei e peguei a pasta.
Justin: Me desculpe mesmo. Tudo bem?
???: Não, não. Está tudo bem, a culpa também foi minha. Hey, você deve ser o Sr. Franklin, não é? — Ela perguntou enquanto direcionava até com uma estranha facilidade algumas pastas para debaixo do braço direito, a qual a mão segurava o copo de café.
Justin: É Justin, e você é...?
???: Angel Smith, o sr. William deve ter falado de mim para você. Eu serei sua auxiliar. — Ela consegue com sucesso direcionar todas as pastas para um único braço.
Ela devia estar acostumada com esse pique de escritório, apesar da pouca idade.
Justin: Ah, sim. De fato, ele disse. É um prazer conhece-la. — Estendi a pasta para ela.
Angel: Igualmente, Sr. Franklin. E muito obrigada. — Ela pegou a pasta e segurou na mão livre, no caso a esquerda.
Então, uma moça mais velha com uma agenda nas mãos apareceu. Devia ser uma secretaria e tinha um crachá escrito "S. Pullman".
Sra. Pullman: Senhorita Smith, não se esqueça da reunião em cinco minutos! — Dirigiu-se à Angel.
Angel: Claro, já estou indo. Obrigada, sra. Pullman. — Ela se vira para falar comigo. — Nos vemos depois. Ah, e bem-vindo à empresa.
Justin: Obrigado!
A observo ir embora em direção a sala de reuniões. E logo em seguida, eu fui para o escritório.
~☆~
Quando deu o horário eu fui buscar meus irmãos. Eu avistei-nos no pátio com Bella e Dry. Eu buzinei e eles entraram no carro e bem cabisbaixos, o que me preocupou muito.
Justin: Oi gente.
Zoe/Nick: Oi. — Falaram sem o menor animo.
Nós fomos para casa, mas eles ficaram em silêncio o percurso inteiro. Tem algo estranho aqui. Eu conheço esses carinhas e eles não são de ficar em silêncio por muito tempo, principalmente o Nick. Quando chegar em casa vou ver o que eu faço.
Tenho que descobrir o que está acontecendo, depois que eles tomaram banho eu pedi comida japonesa, que eles amam. Tentei puxar um assunto no almoço.
Justin: Ah, esse sushi está ótimo, não é?
Zoe: U-hum. — Murmurrou.
Justin: Então, e na escola como é que foi?
Eles entreolharam-se por um tempinho.
Zoe: Até que foi... Legal... — Ela falou forçando um sorriso.
Nick: Vamos, Zoe. Podia ter sido pior. — Pude ouvi-lo murmurar para Zoe.
Muito bem, está mais difícil do que pensei, mas eu preciso saber o que é que está pegando. Eu tento outra coisa mais tarde, talvez eles estejam cansados.
Justin: Tá bom.
Está bem, esse papo com os meus irmãos não foi muito bom. De tarde, depois de fazer o dever de casa, eles ainda estavam tristes. Então fiz o que tinha que fazer.
Justin: Ei, carinhas, eu lembrei de uma música maravilhosa.
Justin:
Start spreading the news
I'm leaving today
I want to be a party of it...
Eles juntaram-se a mim na cantoria.
Os três:
New York
New York!
Eles ao menos se animaram um pouco.
~☆~
Um pouco mais tarde nós jogamos "Mario Kart". Depois de um tempo jogando, acabou que eu ganhei fácil porque eles ainda não estavam muito animados.
Justin: O que foi que houve?
Nick: Pois é... Não se ganha todas.
Agora já chega! Eles gostaram de Nova York, encontraram os amigos, estão estudando numa escola ótima e... Espera, por que eu não pensei nisso antes eu já fui adolescente e acho que sei qual é o problema.
Justin: Ah, eu já sei o que houve. Vocês tiveram problemas na escola?
Zoe: O que?! É claro que não. — Ela parecia esconder alguma coisa.
Justin: Zoe Bonnie Franklin, você tem certeza? — Pergunto incrédulo.
Os dois ruivos se olharam como se estivessem em alguma conversa telepática de gêmeos, a qual não consegui compreender nadinha.
Zoe: Okay, mas não foi nada demais. — Lançou-me um sorriso sem graça e melancólico.
Eu realmente não sabia o eu fazer naquele momento. Estava mais do que na cara que algo estava errado, porém eles pareciam não querer dizer. É uma decisão difícil: querer ajudar, mas a pessoa não me diz o que acontece e você não quer fazer pressão.
O que será que mamãe e papai fariam?
Decido o que dizer depois de pensar um pouco.
Justin: Olhem, tudo bem se não quiserem me dizer agora, mas eu suponho que tenham encontrado uma pessoa megababaca por lá... Estou certo? —
Nick: Sim. E, na verdade, eram duas... — disse coçando a nuca.
Justin: Entendi... Normal. Digo, é bem típico. Mas tentem não ligar muito para isso, sempre vão existir pessoas, sabe, megababacas.
Nick: Até onde você trabalha? Onde, tipo, só tem adultos? — Eu assenti. Claro que deveria haver.
Zoe: Bom, é difícil não ligar... — falou se encolhendo insegura.
Justin: Pode até ser, mas tem que tentar. Ser forte, ou vai sempre se abalar com qualquer coisinha.
Nick: Ah, tá bom! Vou fazer isso. — Falou confiante e Zoe apenas assentiu.
Passo aos dois um sorriso de confiança e estava prestes a iniciar mais uma partida do jogo.
Nick: Justin, como exatamente era a escola para você?
Justin: Ahn... bem ...
~☆~
A escola pra mim era horrível, horrível! Não bastava eu ser o maior nerd, também usava aparelho e era um magricela que usava óculos. E ainda tinha Ernie Drake, o garoto mais popular e chato da oitava serie, que vivia me pregando peças idiotas.
Eu estava passando pelo corredor, cuidando da minha vida, quando...
Ernie: E aí, Justin. — Ele falou com um tom de maldade.
Justin: O que você quer, hein Ernie?
Ernie: Nada. Eu só queria dar um tapinha amigo nas costas.
Eu fui embora pesando que estava tudo bem quando todos começaram a me beliscar e a rir de mim. Sim, ele pôs um papel escrito "me belisque" nas minhas costas. E uma vez no terceiro ano eu estava fazendo prova quando eu estanhei o Ernie e um amigo dele acabarem tão rápido a prova, enfim eu saí da sala e tinha uma surpresa esperando por mim, era um balde de tinta azul, fiquei com o cabelo azul por uma semana.
~☆~
Eu voltei para o presente com a Zoe e o Nick me chamando.
Justin: O que? Como era a escola pra mim? B-bem... Nem era tão ruim assim. — Tento disfarçar o nervosismo.
Zoe/Nick: Hum, então tá. — Deram uma risadinha logo em seguida.
Resolvo iniciar logo mais uma partida do jogo para evitar mais perguntas sobre minha época de colégio.
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Espero que estejam gostando.
Logo logo trago mais um capítulo.
"Mal-feito, feito" e
"Que a Força esteja com vocês".
Até mais!
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