Capitulo 20

Ficamos abraçados por um tempo, até que ouvimos sua mãe sua mãe gritar que já está saindo. Então nos dirigimos até a porta da casa, onde nos despedimos dela e de Jake.

- Foi um prazer conhecer vocês. - eu digo.

- Digo o mesmo Alicia, depois de ouvir o Bryan falando tanto de você, pode ter certeza que estávamos muito ansiosos para te conhecer, inclusive o Jake aqui, né Jake?

- É. - responde um Jake emburrado e com o rosto vermelho.

- Eu gostei muito de você Alicia, e agora, quero que volte mais vezes. Afinal, você ainda precisa conhecer o pai do Bryan, né. Desculpa sair assim. E juizo vocês dois.

- Também gostei muito da senhora e do Jake, e pode ter certeza que vou voltar sim. - Eu digo, evitando pensar na última frase dita por ela.

Ela da uma piscadinha de olho e acena com a mão, antes de fechar a porta praticamente na nossa cara. Meu coração começa a bater mais rápido no peito.

Bryan chega mais perto de mim e envolve seus braços em minha cintura.

- Não temos muito tempo, logo precisarei me arrumar pro jogo. - diz ele.

- O que isso significa?

- Que temos tempo pra nos beijar, mas, não o suficiente pra algo além disso. Então, controle-se, eu sei que sou irresistível mas tenta se esforçar tá bom.

- Você se acha demais, você não é irresistível. - Eu digo e aproximo minha boca da dele.

- Não sou? Então você consegue ficar sem me beijar?

- Claro que eu consigo. - Eu digo, com uma certeza que eu definitivamente não tenho, eu gosto desse nosso jogo, mas qual é, nós dois sabemos que eu não vou conseguir ficar sem beijar ele.

Bryan aperta ainda mais suas mãos envolta de mim, nossos corpos colados completamente um no outro. Sua boca chega ao meu ouvido, e só de sentir sua respiração meu corpo se arrepia inteiro.

- Vamos ver se consegue mesmo. - Ele fala bem baixo na minha orelha.

Não sei como consigo ter forças pra olhar pra ele quando ele afasta a boca do meu ouvido e a põe em frente a minha. Alguns poucos centímetros nos separando, porque eu fui dizer que conseguia, sendo que eu claramente não consigo ficar sem beijá-lo?

- Olha nos meus olhos Alicia, ou você só consegue olhar pra minha boca agora? Tem certeza que consegue resistir?

Eu olho nos seus olhos, e eu vejo seu olhar de desafio misturado com puro desejo. E não consigo resistir nem mesmo um segundo a mais. Simplesmente afundo meus dedos no seu cabelo macio e o puxo para mim.

Nossas bocas se colam uma na outra, minha língua pede passagem e logo ele abre sua boca fazendo com que nossas línguas se encontrem. Eu o puxo ainda mais contra mim, como se de alguma forma ele pudesse de aproximar mais.

Nos beijamos ferozmente até que ele se afasta para se arrumar pro jogo, e eu fico ali, sem ar, vendo enquanto ele se afasta.

Ⅱ ▶ -----•---------- ↺

Depois que Bryan toma um banho e coloca seu uniforme, vamos pro carro rumo ao estádio.

- Eu nunca diria que você é um cara que passou por tudo aquilo. Se você não tivesse dito. - Eu digo, e tudo bem talvez eu esteja cutucando o elefante na sala, mas, eu precisava falar.

- Acho que eu finjo que ela nunca existiu a tanto tempo que é quase como se tivesse só sido um pesadelo. Muita gente nem sabe nada disso, dela... o Noah é um dos únicos.

- Noah? Aquele Noah?

- Sim, eu sei, ele foi um babaca com você, mas tenta dar uma chance pra ele,
Desde tudo que aconteceu, eu nunca fui tão longe com uma menina... Mesmo quando ele ficava me enchendo o saco, pra... Você sabe, ir pra cama com alguém e tal. E agora, sei lá, acho que ele tem medo que eu me machuque. De novo.

- Eu também não me envolvi com ninguém desde que... Desde sempre na verdade.

- Não foi o que eu ouvi. Mas, tudo bem.

- Ah, eu já te disse que fiquei com algumas pessoas na outra cidade que eu morava. Não foram muitas, nunca senti nada além de mal-estar, não é como isso aqui. - Eu digo apontando de mim pra ele.

- Não é disso que eu estou falando.

- Do que você tá falando então?

- Olha, eu entendo você não ter falado nada, e eu não me importo, ok. Mas as pessoas falam, e como eu disse o Noah estava preocupado comigo.

- O que quer dizer? O que eu não falei? Do que está falando?

- Noah andou perguntando sobre você. E algumas pessoas disseram que antes de ficar comigo, você estava saindo com aquele cara, o músico. Disseram pro Noah ter te visto com ele no dia que você me dispensou. Eu não tô bolado, nem nada, nem ia falar disso com você, mas, eu estou sendo sincero aqui... Espero que seja sincera comigo também.

- O James? Ele é meu amigo, nós, bem, não sei como explicar, rolou uma química entre a gente no começo, e a gente ficava, sei lá, flertando. Mas nunca rolou nada, só um quase beijo, e andar de mão dada.

- Porque?

- Muitos motivos, ele namora, ele nunca se mostrou realmente interessado, ele nunca sabe o que quer, é sempre confuso e misterioso de um jeito ruim, que acaba enchendo um pouco o saco. No dia que eu desmarquei com você, eu realmente estava com ele, mas não é o que você pensou, eu só fiquei preocupada porque ele estava estranho.

- Você gosta dele?

- No começo, eu achava que sim, mas, como eu disse, o jeito dele, não sei... Ele não é honesto. Não sinto nada além de amizade por ele hoje em dia.

- Então se ele tentasse alguma coisa...

- Eu ficaria "p" da vida. Eu amo você Bryan, não quero outra pessoa, eu tenho certeza disso desde que aceitei namorar com você.

- Obrigado Alicia, eu confio em você, e sei que não faria nada pra me machucar, mas, não vou mentir dizendo que não me preocupei com esse assunto.

- Você achou que eu... Faria como sua ex fez? - Eu pergunto quando ele para o carro.

- Não, nem por um segundo. - É a resposta que ele dá.

Quando saímos do carro vários jogadores estão saindo de carros perto do dele. Eles se reúnem em uma rodinha, a nossa volta, alguns sozinhos e alguns acompanhados.

- Então você é a famosa Alicia. - Pergunta um deles, alguém que eu imediatamente reconheço a voz.

- Você deve ser o famoso Noah. - Ele confirma com a cabeça, e não diz mais nada.

Os outros jogadores, e suas respectivas namoradas me cumprimentam, de forma bem agradável e amistosa, e no meio dos cumprimentos percebo alguém vindo em nossa direção.

Uma garota dos cabelos pretos, olhos azuis e um sorriso com dentes demais vai até o meu Bryan, com um vestido minúsculo, que sobe ainda mais quando ela passa os braços em volta do pescoço dele, e diz algo que eu não consigo ouvir, mas consigo imaginar pela reação do Bryan que tenta se afastar e fica com as bochechas vermelhas.

Ele está claramente incomodado, tentando afastar a garota que parece ter mais braços que um polvo fica em cima dele.

Eu não sou do tipo barraqueira, não sou mesmo, mas não consigo suportar olhar aquela situação, e aquela garota. Então me aproximo novamente de Bryan, vindo por trás da garota, o que me faz ouvir um pedaço da "conversa" deles.

- Podemos ir pra algum lugar depois daqui. - Diz ela com uma voz melosa demais.

- Rita, pelo amor de Deus, eu não estou interessado. - Bryan fala, com a voz mais irritada que já o ouvi fazer.

Então eu simplesmente tiro os braços dela do meu namorado. Empurrando ela levemente pro lado, e colo minha boca na dele.

Não o beijo com calma e gentileza, é um beijo furioso e desesperado, movido pelo ciúmes óbvio que eu estou sentindo. Mas, Bryan não acompanha meu ritmo, ele desacelera e me acalma. Me segura forte e retribui meu beijo, e quando percebe que estou mais calma. Ele se afasta.

- Bom jogo meu amor. - Eu digo, alto o suficiente pra que a garota escute, enquanto olha pra mim petrificada, com os olhos cheios de ódio e a boca aberta.

- Obrigado minha linda.

Os garotos aproveitam a deixa para entrarem, no estádio, imagino que em direção ao vestiário. Mas claro que antes de ir, ouço Noah falando baixo o suficiente pra apenas eu escutar.

- Isso foi legal, mas se você machucar ele. Eu arrebento você, sem me importar que você é mulher.

- Eu não esperaria menos de você. - Eu respondo. - Bom jogo Noah.

Logo ficamos só as garotas que praticamente me carregam até um camarote, beneficio de namorar um jogador, segundo uma delas.

Ⅱ ▶ -------------•-- ↺

Não entendo de futebol o suficiente para explicar a maior parte das coisas que aconteceram. Mas foi emocionante, as garotas são muito legais e também foi bem divertido ficar na companhia delas, mesmo que a Rita tenha ficado no camarote também. Uma das meninas, Flávia, me contou que Rita se joga no Bryan tem mais de um ano, e que ele sempre dá o fora nela. Ridículo de ver, as outras concordam.

O primeiro tempo passa, sem grandes acontecimentos, é um jogo difícil e ninguém fez gol ainda. Estou bebendo uma coca, mais um privilégio especial, bebidas grátis.

O segundo tempo começa, e continua muito acirrado. Apenas um chute pro gol foi feito até agora, pelo time adversário mas felizmente o goleiro, Noah, pegou a bola.

Já passou trinta e cinco minutos do segundo tempo, e estou nervosa com o placar ainda zerado, pelo tanto de xingos e palavrões que ouço das mulheres ao meu lado, imagino que não sou a única.

Faltam cinco minutos pro jogo acabar quando alguém do outro time derruba Bryan no chão, que vira a perna de um jeito que parece ter doído demais, eu solto um grito sem nem perceber. E em meio as indignações das meninas Flávia me acalma dizendo que era normal, e que ele "provavelmente ficaria bem", não digo pra ela que ouvir aquele provavelmente não acalma meus nervos.

Mas Bryan da a volta por cima, ele levanta e sai correndo e consegue recuperar a bola, a bola passa por vários pés a caminho do gol, até voltar pra ele, que chuta pra direita, enquanto o goleiro se joga pra esquerda. E a bola afunda a rede do gol.

Eu grito e pulo, e, confesso, até choro. Foi algo muito emocionante de ver. Ainda estamos todas comemorando, quando o juiz apita o fim do jogo. O mesmo momento em que "acidentalmente" Rita vira o copo da cerveja que ela estava bebendo em cima de mim.

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