Fifty-One / LOREN
Estacionei o carro e mandei uma mensagem para o Hayes avisando que eu já estava aqui em baixo, nunca que eu vou sair do carro para abrir a porta pra ele.
— Você sabe que se eu fizesse isso com você eu ia ser xingado, não sabe? — Hayes brincou enquanto entrava no carro.
— Correção: se você fizesse isso comigo de dois anos atrás, você ia ser xingado — Liguei o carro — Se você fizesse isso comigo de agora, eu ia aceitar numa boa.
Ele deu de ombros e começou a mexer no celular, provavelmente estava tentando manter a curiosidade escondida.
— Pra onde nós estamos indo?
Olhei para ele e neguei com a cabeça, eu não iria contar onde estávamos indo, a parte mais divertida de ser quem manda no encontro é ver a curiosidade no outro. Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, eu liguei o som, deixando bem claro que eu não iria falar mais nada durante todo o caminho.
(...)
— Nós já estamos chegando? — Escutei Hayes resmungar pela quinta vez e revirei os olhos.
— Depois as mulheres que vivem reclamando de tudo.
— Nós já estamos andando a meia hora e parece que nem saímos do lugar, tem certeza de que você não se perdeu?
Bufei e fechei os olhos, procurando a paciência que eu já havia perdido a alguns minutos atrás. Se eu soubesse que o Hayes ia reclamar tanto por andar um pouco, eu teria levado ele em algum restaurante qualquer no centro da cidade, mas claro que não, eu tinha que tentar ser original e trazer ele para um lugar diferente.
— Hayes, nós estamos andando a cinco minutos e eu tenho certeza que nós não nos perdemos — Afastei o último galho de árvore — Até porque nós acabamos de chegar.
Me sentei em uma pedra e observei Hayes admirar a enorme cachoeira que ocupava a maior parte do local. Antes eu estava até um pouco insegura de trazê-lo aqui, mas agora, vendo ele olhar tudo admirado, eu tenho certeza que esse é o lugar perfeito para um recomeço entre nós dois.
— Uou — Foi tudo que ele conseguiu falar depois de alguns minutos.
— Eu sei, aqui é maravilhoso — Comecei a tirar as coisas da cesta — Eu costumava vir aqui com a minha irmã.
Ele olhou para mim e abriu um sorriso, caminhando e se sentando ao meu lado. Fazia tanto tempo que nós não saíamos assim, sem preocupação nenhuma e sem aquela tenção pós término de relacionamento, que eu havia esquecido do quanto é bom admirar ele.
— Tem alguma coisa no meu rosto? — Ele perguntou preocupado.
Soltei uma pequena risada e neguei, levando minha mão até seu rosto e acariciando sua bochecha com os meus dedos. Ele fechou os olhos e apoiou seu rosto na minha mão, aproveitando o momento.
— Mesmo se tivesse, continuaria bonito do mesmo jeito.
Ele abriu os olhos e me lançou um olhar desconfiado, provavelmente não estava entendendo o porquê de tanta meiguice.
— Por que você está assim?
— Assim como?
— Toda meiga, carinhosa — Ele balançou as mãos — Não que eu esteja reclamando ou alguma coisa do tipo, mas você não é assim.
— Eu não sei — Dei de ombros — Talvez esses dois anos longe me fizeram entender o quanto você é importante para mim.
— Ou talvez eu, Hayes Grier, finalmente consegui amolecer o seu coração, Loren Lancaster.
Sorri e abaixei meu olhar até a sua boca, percebendo o quanto eu sentia falta do seu beijo, do seu toque, eu sentia falta de me sentir entregue à Hayes Grier. Passei a língua entre meus lábios e voltei a encarar os olhos azuis que sonhei por vários meses.
— Eu não sei mais quanto tempo eu aguento ficar sem te beijar — Ele disse — Por favor, me diz que eu não sou o único assim.
— Eu senti tanto a sua falta, Hayes.
Senti meus lábios sendo pressionados contra os dele e suas mãos descendo até as minhas coxas, onde ele apertou e me puxou para o seu colo. Minhas mãos, que antes estavam ocupadas arranhando sua nuca, agora estavam ocupadas tirando sua blusa.
E nós passamos a noite inteira assim, eu completamente entregue à ele e ele completamente entrego à mim.
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