034
˖࣪ ❛ PLANTA DA CASA
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— VOCÊ ACHA QUE ELE ESTÁ LÁ? — a voz de Addison foi abafada. Embora ainda estivesse no carro, temia ser ouvida de alguma forma.
— É nossa única opção, ele tem que estar. — Max disse, determinada. — Você quer ficar no carro?
— Não! — Addison limpou a garganta, mexendo na bainha de sua blusa listrada. A jaqueta azul marinho que ela usava estava grande, passando pelas coxas. As mangas cobriam suas mãos, proporcionando uma sensação de segurança. — Não. Estou bem, quero encontrá-lo também.
Max entrelaçou seus dedos, puxando suas mãos para cima e dando um beijo nas costas de Addison. — Nós vamos.
— Vamos. — Max abriu a porta do carro, saindo antes de ajudar Addison a sair. Imediatamente, quando ambas estavam fora do carro, Max entrelaçou seus dedos novamente. Addison não pôde deixar de conter o sorriso que ameaçava se espalhar enquanto ela seguia Max pelos degraus velhos e rangentes.
Dustin, Robin e Steve já estavam lá, com Dustin tocando repetidamente a campainha.
Em um acesso de raiva, Steve revirou os olhos. — Você vai parar?
Dustin o ignorou, apertando a campainha novamente. Steve revirou os olhos, jogando a mão para cima em exasperação. — Quero dizer, cara, claramente ninguém está em casa...
— Eddie! — Dustin interrompeu Steve, batendo na porta. — Eddie! Eddie, é Dustin! Eu trouxe Addie!
— Estou aqui! Eddie, por favor, saia. Nós sabemos que você não fez nada! Ok? Eu estava lá! Eu vi, eu sei que você não fez isso. Por favor, Eddie! — Addison libertou sua mão da de Max usando os dois punhos para bater na porta. Com isso, Max tomou como desculpa para olhar ao redor do outro lado da casa com Robin.
— Excelente! — Steve zombou, virando-se para Robin em aborrecimento. — Inacreditável.
— Somos só nós, ok? Steve, Robin e Max também. Mas eles não precisam entrar, eu nem preciso entrar. Apenas por favor, deixe-nos ajudá-lo! — Addison tinha parado de bater na porta, espalhando os dedos pela madeira velha. — Apenas, precisamos ajudá-lo.
— Nós só queremos conversar, ok? Nós só queremos conversar. Sem policiais, só nós. Queremos ajudar. — A voz de Dustin estava cheia de desespero. — Por favor, queremos ajudar!
— Rick? — Addison tentou, movendo-se para olhar para a sala pela janela. — Você está aí? Ei! Reefer Rick! Reefer Rick! Abra! Rick, abra a porta!
— Reefer Rick! Reefer Rick! — Dustin gritou, parando na porta. — Reefer Rick!
— Pare de gritar isso! — Steve o repreendeu, puxando-o para trás. — Ele não está aqui!
— Talvez ele esteja com medo? — Addison sugeriu: — Ei, Eddie. Se você pode me ouvir, somos só nós. Nós nunca poderíamos machucá-lo, e nenhum de nós quer... Rick, se for você... Pare de dar drogas a ele.
— Ele pode estar muito chapado... Por causa das drogas. — Dustin acrescentou, dando de ombros. Steve revirou os olhos, virando-se e cobrindo o rosto em descrença. Ele murmurou para si mesmo, soltando as mãos lentamente.
Seu rosto se contorceu em desgosto quando ele rapidamente se virou, trêmulo, apontando para um objeto. — Isso é um pé?
Dustin suspirou em aborrecimento, ombros caindo. — Não, Steve, isso é um sapato!
Addison deu um passo para trás, olhando ao redor da varanda procurando uma maneira de entrar. Seus olhos se iluminaram quando viu um vaso de planta, embora a planta tivesse morrido há muito tempo, a terra ainda empilhada sobre o vaso.
Cantarolando para si mesma, ela caiu de joelhos e sentou-se sobre os tornozelos. Cuidadosamente, ela puxou a planta em sua direção e arregaçou as mangas. Ela começou a empurrar a terra ao redor.
— O que você está fazendo?! — Steve estava exausto.
— Procurando uma chave de casa. — Addison deu de ombros, olhando para ele. — Se ele não nos deixar entrar, entraremos nós mesmos.
— Um traficante não guardaria a chave de sua casa em uma planta. — Dustin apontou: — Você está sujando minha jaqueta. Pare com isso!
— Incorreto! Um traficante manteria a chave de sua casa em uma planta, porque pensam que um traficante não faria isso. — Addison olhou para cima, um pequeno sorriso se espalhando por seu rosto enquanto seus dedos roçavam um objeto de metal frio. — É a isca perfeita!
Steve piscou lentamente, a boca abrindo e fechando sem palavras saindo. — U-uh... Ok.
— Achei! — Addison aplaudiu, puxando o objeto de metal da planta. Dustin riu, apontando para ela.
— Por que eu subestimo você? — ele perguntou, ajudando-a a ficar de pé e limpando a sujeira de suas mãos e braços. — Você é um gênio!
Addison sorriu, puxando os lábios entre os dentes. — Obrigada. Vamos?
— Uh, Não! Nós não vamos! Nós não estamos arrombando e entrando! — Steve disse, arrancando a chave da mão dela. — Não!
— Steve. — Addison choramingou, tentando pegar a chave enquanto ele a levantava acima de sua cabeça para que ela não pudesse pegá-la de volta. — Não é arrombamento se temos uma chave! Isso é o que o ex-namorado da minha irmã disse... Foi assustador quando ele fez isso, mas é porque ela tinha uma ordem de restrição contra ele e... Deixa pra lá.
Steve olhou para ela, sobrancelhas franzidas em confusão. — Addison?
— Hum? — Addison inocentemente inclinou a cabeça para o lado. — O quê?
Steve abriu a boca para responder, sendo interrompido por Max antes que pudesse.
— Gente? Gente! — ao som da voz de sua namorada, Addison correu para onde ela e Robin estavam.
Addison parou ao lado dela, imediatamente pegando sua mão livre. Max torceu o nariz ao sentir. — Isso é sujeira?
Addison corou de vergonha. — Sim. Sim. Sim, eu cavei uma planta de casa. M-Mas eu tenho uma boa razão! Eu queria encontrar uma chave de casa. Não olhe para mim assim! Eu encontrei, ok? E eu estava certa.
Max balançou a cabeça, sorrindo suavemente. — Vamos lá. Robin acha que ele está na casa de barcos.
— Onde mais ele estaria? — Robin perguntou, apontando sua lanterna ao redor do pequeno prédio parecido com um galpão. — É meio escondido, quero dizer. Certo?
Addison cambaleou para trás de Max quando a ruiva de repente começou a andar rapidamente em direção à casa de barcos. Ela colocou a mão sobre a boca, uma sensação lúgubre que a invadiu fazendo com que ela quisesse acalmar sua respiração.
Max acendeu uma lanterna na janela incrustada de poeira. Ela acenou para a porta, indicando que Robin entrasse.
Robin engoliu em seco, empurrando a porta trêmula. Cada um do grupo fez uma careta com o gemido alto que soltou, o coração de Addison pulando uma batida.
— Olá? — Robin gritou cautelosamente, entrando lentamente na sala. Ela brilhou sua lanterna ao redor, a luz pulando nas armas e equipamentos de pesca exibidos na parede. — Tem alguém em casa?
— Que lixo. — Steve murmurou, franzindo o rosto em desgosto.
Addison olhou para ele, dando-lhe um tapa no peito. — Steve. Seja legal!
Addison se assustou, recuando para Max quando Steve de repente atingiu o barco com um remo que ele segurava.
— O que você está fazendo? — Dustin sussurrou, estreitando os olhos para Steve.
— Ele pode estar lá? — Steve deu de ombros, batendo na lona novamente.
— Então você vai machucá-lo! — Addison disse, puxando a manga dele com a mão livre. — Pare de bater...
— E tire a lona.
— Se você é tão corajoso, então tire a lona. — Steve apontou para a lona, apoiando-se no remo. Quando ninguém fez menção de puxar a lona, Steve suspirou e ergueu o remo para atingi-lo novamente.
— Ei. — Max puxou o braço de Addison. — Olhe para isso. Alguém estava aqui.
— Talvez nós o tenhamos assustado? — Addison franziu a testa, olhando para uma janela quebrada.
— Talvez ele nos ouviu e fugiu? — Robin continuou.
— Não se preocupem! — Dustin bateu palmas, sarcasmo escorrendo de suas palavras. — Steve pode pegá-lo com seu remo!
Steve zombou: — Olha, eu sei que você está sendo engraçado, Henderson. Mas considerando o fato de que todos nesta sala quase morreram cerca de cem vezes, pessoalmente, eu não acho nada engraçado...
Addison gritou, pulando para trás quando alguém (Eddie) de repente saltou do barco, prendendo Steve na parede e pressionando uma garrafa quebrada em seu pescoço.
— Espere, espere, espere, espere! — Steve implorou, inclinando a cabeça para trás em uma tentativa de evitar as bordas afiadas do vidro.
— Eddie. Eddie! Woah, woah. woah.
— Eddie! Por favor! Não o machuque! Não o machuque! — Addison implorou. — Por favor.
A respiração de Eddie estava rígida quando ele se virou para o grupo, reconhecimento cintilou em seus olhos por uma fração de segundo antes de serem novamente tomados pelo pânico. Seu peito arfava quando ele pressionou o copo com mais força no pescoço de Steve.
— Eddie. Eddie. Sou eu, sou eu. Ok? Sou eu! Nós não vamos te machucar, ele não vai te machucar.
— Ele nunca poderia te machucar. Ele não iria!
— Certo, Steve?
— Sim, sim, certo. — Steve gaguejou, os nós dos dedos ficando brancos por causa do aperto que ele segurava no remo. — Certo.
— Por que você não larga o remo, Steve? — Dustin disse lentamente, gesticulando para Steve fazer o que ele disse.
Eddie pulou com o barulho do remo batendo no chão. Steve estremeceu, fechando os olhos. Ele prendeu a respiração, com medo de que, se respirasse muito forte, acabaria cortado.
Addison engasgou. — Eddie... Por favor, nós queremos ajudar.
— Ele é legal! Ele é legal! — Dustin implorou.
— Eu sou legal, cara, eu sou legal.
Eddie engoliu em seco. — O que... O que vocês estão fazendo aqui?
Sua voz estava rouca, cheia de medo.
— Estamos procurando por você. Estamos aqui para ajudar. — Dustin explicou cuidadosamente.
— Você é inocente! Nós sabemos disso. Você é inocente. — Addison disse: — Todos nós sabemos disso.
— E-Estes são meus amigos! Robin, você conhece Robin. Da banda. — Robin ergueu as mãos, imitando uma trombeta. — E Max, ela nunca quer jogar nada.
Addison sorriu confortavelmente. — E eu. Somos só nós.
— Estamos do seu lado! — Dustin estressado. — Eu juro pela minha mãe! Certo, pessoal?
— S-Sim! Pela mãe dele. — Addison concordou.
— Pela mãe de Dustin.
— Sim, nós juramos. — Robin continuou.
— Pela mãe de Dustin. Pela mãe de Dustin!
Addison soltou um suspiro de alívio, sua cabeça caindo quando Eddie cedeu, puxando o copo de seu pescoço. Ele recuou trêmulo, liberando Steve e permitindo que ele se movesse rapidamente para o canto.
Eddie deslizou pela parede, os olhos ficando desfocados enquanto ele segurava a garrafa perto dele.
— Eddie... — Dustin disse lentamente, agachando-se na frente dele. — Nós só queremos conversar.
Enquanto Dustin pegava a garrafa, recuando quando Eddie se encolheu, apertando seu aperto. — Ok.
Dustin chamou Robin, que se agachou lentamente ao lado dele. — Só queremos saber o que aconteceu.
— Vocês não vão acreditar em mim. — Eddie choramingou, fungando enquanto olhava para o grupo.
— Tente. — Max disse, mudando seu peso do próprio pé para o outro.
Eddie revirou os lábios entre os dentes, ainda não convencido. Addison tirou a mão da de Max, gentilmente pousando a mão no ombro de Eddie. — Nós acreditamos em você. Eu tenho muito a lhe dizer.
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