006

˖࣪ ❛ A AGENDA GAY NÃO FOI CUMPRIDA
— O6 —

WILL? WILL, OLHE PARA MIM. — Addison falou, sua mão colocada gentilmente em seu ombro. — Will, vamos lá, estamos bem aqui. Eu e Mike, e sua mãe. E Dustin e Lucas, e até Max! Todos os seus amigos estão aqui.

Max, Lucas e Dustin assistiram com preocupação escrita em suas feições.

Max se perguntou sobre o relacionamento entre Addison e Will. Ela não pôde deixar de pensar que os dois eram um casal, mesmo que a própria Addison tivesse dito que não eram e que ela era solteira.

Ela meio que esperava que não fossem.

— Will? — Mike o sacudiu ao lado dela. — Eu acabei de encontrá-lo assim. Acho que ele está tendo outro episódio!

Addison franziu a testa, apertando seu ombro com mais força enquanto falava baixinho com ele, tentando atraí-lo para fora de seu transe.

— Will, ei, ei, você pode me ouvir? — Addison repetiu, tentando mais uma vez antes de deixar Joyce assumir.

— Will? Will! Will! Querido, acorde! É a mamãe! — Joyce pegou Will nos braços, tentando acordá-lo.

— Will? Will, por favor. — Addison murmurou, alto o suficiente para Joyce e Will ouvirem. — Você está seguro, Will. Este é o mundo real. Não é o invertido.

Mike concordou com a cabeça. — Estamos bem aqui.

— Você pode me ouvir? — Joyce perguntou, ignorando as crianças ao seu redor. — Will, por favor, apenas acorde!

Segundos depois, os olhos de Will se abriram e ele soltou um grito. Addison não pôde deixar de se sentir aliviada por ele estar de volta e... Um pouco bem.

— Will! — Addison sorriu, sua mão caindo de seu ombro e em sua mão. — Você está bem?

O menino assentiu, trêmulo, mantendo os olhos fixos no céu.

— E-eu... Eu quero ir para casa. — ele gaguejou, seus olhos lacrimejantes caindo lentamente no rosto de sua mãe.

Joyce assentiu rapidamente. — Ok, querido, vamos pegar suas coisas.

— E eu vou mais tarde? — Addison começou, olhando para Joyce para confirmar. — Eu posso fazer chocolate quente para você e podemos assistir Star Wars.

— Chocolate quente não vai resolver tudo, Addie. — Lucas brincou, revirando os olhos.

Addison inalou e olhou para o chão, assentindo brevemente. — Eu acho que não...

— Woah, woah, hey, mas ela pode tentar, não pode? — Max defendeu, inclinando a cabeça para o lado.

Joyce falou em seguida. — Isso seria ótimo. Tenho certeza que Will vai adorar isso, obrigada, querida.

Addison acenou adeus para Will, embora soubesse que ele não podia vê-la.

— Ok, isso me assustou totalmente. — Max falou por trás de Addison. — Isso não assustou vocês?

Addison balançou a cabeça negativamente, sua mão descansando no skate de Max e gentilmente batendo com o dedo nele.

— Dois episódios em dois dias... — Lucas falou, ignorando a pergunta de Max.

— Não é bom. — Addison suspirou, puxando o cabelo nervosamente.

— Está ficando pior. — Mike comentou, olhando para seus pés. — Então, certo, não é bom.

— Você acha que é visão verdadeira? — Lucas sugeriu.

— O que mais poderia ser? — Addison cruzou os braços e lambeu os lábios de frio. — A verdadeira visão faz mais sentido.

— O que é visão verdadeira? — Max perguntou, cobrindo as mãos com o moletom amarelo.

— Não é... Nada — Lucas disse depois de um olhar de advertência de Mike.

— Ei, Addie? — Max virou a cabeça para olhar para a garota nervosa, sabendo que ela lhe daria a resposta: — O que é visão verdadeira?

— Uh, é apenas uma... Tipo, científica... Coisa de ficção científica. — Addison murmurou, olhando para ela. — Meio estranho, para ser honesta.

Max assentiu, não entendendo. — Uh... Tudo bem.

O silêncio passou sobre eles enquanto Addison olhava fixamente para onde o carro desaparecia na distância.

— Ele vai ficar bem, Addie. — Mike o confortou, virando-se para encará-la. — Eu sei que ele vai.

Addison abriu um sorriso. — Heh... Will. É engraçado porque o nome dele é Will e você...

Mike zombou, revirando os olhos em tom de brincadeira. — Você é tão idiota.

— Diz aquele que tentou me pagar em biscoitos para jogar masmorras e dragões com ele. — Addison deu uma risadinha, fazendo Max engolir em seco. — Duas vezes.

— E diz aquele em que funcionou. — Mike a cutucou no peito antes de levantar dois dedos. — Duas vezes.

Max olhou-os de cima a baixo, confusão escrita em suas feições.

— Qualquer que seja. — Addison zombou. — Cookies estavam queimados, de qualquer maneira.

— Precisamos conversar! Sala AV agora! — Mike falou em um tom apressado, correndo até o grupo.

Addison assentiu, levantando-se ao lado de Max e estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.

— Somente membros do partido. — Mike olhou para a ruiva, estendendo a mão e puxando Addison pelas escadas ao lado dele.

— Vamos, Mike. — Dustin balançou a cabeça quando Addison tropeçou ao lado de Mike.

— Ela é legal... — Addison murmurou, arrastando os pés contra o concreto. — Nós temos que dizer a ela algum dia.

— Não! Isso não é negociável. — Mike balançou a cabeça.

— Sinto muito, Max. — Addison franziu a testa antes de ser puxada para dentro por Mike.

Ele a puxou para a sala AV, enquanto ela tropeçava atrás dele devido a ele ser uns bons dez centímetros mais alto que ela. Lucas e Dustin fecharam a sala AV atrás deles e acenderam a luz.

— Então o que é? — Lucas cruzou os braços, esperando a desculpa de Mike.

— Então... Will não queria que eu e Addie contássemos a ninguém, mas no Halloween ele viu uma coisa de sombra no céu. — Mike começou, olhando para Addison para que ela terminasse.

— Ele disse que parecia uma aranha gigante. Com oito pernas e tal. — Addison assentiu, apoiando-se na mesa e cruzando a perna direita sobre a esquerda.

— Uma sombra? Que tipo de sombra?

— Eu não sei. Mas isso o assustou.

— Seriamente. — Addison terminou para Mike.

— E se Will realmente tem visão verdadeira, quero dizer... Se ele pode ver o Mundo Invertido...

— Então isso significa que o monstro das sombras estava realmente lá. — Addison continuou para ele, levantando-se para sentar na mesa. — E estamos em perigo. Grande perigo.

— E talvez ele tenha visto de novo ontem.

— Então é por isso que ele estava congelado assim. — Dustin percebeu.

— Pode ser. — Addison começou a balançar as pernas para frente e para trás enquanto repassava tudo isso em sua cabeça

— Pode machucá-lo? Quero dizer, se a coisa da sombra não for do nosso mundo.

— Não tenho certeza. Dustin?

— Bem, se você está em outro plano, você não pode interagir com o plano material, então, teoricamente, não. A sombra não pode machucá-lo.

— Mas foi.

— Se é mesmo isso que está acontecendo, sim. Isso não é D&D. Isso é vida real.

— Então, o que fazemos?

— Nós ajudamos Will. — Addison deu de ombros.

— E nós adquirimos mais conhecimento. Eu vou para a casa de Will depois da escola para ver o que está acontecendo. — Mike assentiu, voltando suas atenções para Addison. — Você pode vir comigo... Ou ir para casa. Você parece exausta.

Addison sorriu brevemente para ele. — Ok... Obrigada, Mike.

— Vocês dois fiquem aqui e encontrem Dart.

— Uau, o que Dart tem a ver com isso?

— Will o ouviu no Mundo Invertido! Eu não sei como ainda, mas ele deve estar conectado a tudo isso. Ele deve estar.

— Quero dizer, sim. Parecia um bebê demogorgan... Mas mais... Como... Mais lagarto. — Addison disse lentamente.

— Se encontrarmos Dart, talvez possamos resolver tudo isso. Talvez possamos ajudar Will.

Addison bocejou enquanto seus pés a levavam para os bicicletários. Ela não prestou atenção aos passos que se aproximavam por trás até que uma voz a chamou.

— Ei, posso ir para casa com você? E passar a noite? — Max perguntou, alcançando Addison antes que ela pudesse pedalar para longe da escola. — Acabei de ver uma garota entrar no carro de Billy e gostaria de dormir em paz está noite.

— Hum? — Addison virou-se para Max, corando ao vê-la parada ali. — O-Oh? Oh! Eca... Uh, ye-yeah, sim, sim, claro, claro.

Max sorriu brevemente olhando-a de cima a baixo. — Você é fofa, Addie.

Addison pode ter entrado em combustão espontânea ali mesmo.

— Uh, não, e-eu, hum, quero dizer, o-obrigada, sim, isso é... Uh, ok, legal, legal, legal, incrível, legal, legal, legal, legal, legal, legal, legal, le... — Addison divagou seu rosto em um tom profundo de carmesim. — Obrigada.

— Você está enlouquecendo, Addie. — Max brincou, cutucando-a no ombro

— C-Certo, desculpe. — Addison desviou o olhar, gesticulando para ela subir na garupa de sua bicicleta. — Vamos.

Max obedeceu, enfiando o skate na mochila antes de subir na traseira da bicicleta laranja desbotada de Addison.

Ela passou os braços ao redor da cintura da garota mais baixa, entrelaçando os dedos.

Addison podia sentir seu coração acelerado e, para ser franca, tinha certeza de que sofreria uma parada cardíaca a qualquer momento.

Max, por outro lado, tinha um sorriso suave no rosto enquanto descansava a cabeça nas costas de Addison, aproveitando o momento com sua nova amiga.

Seus olhos se fecharam quando ela deixou o som do batimento cardíaco desenfreado de Addison seduzi-la em um torpor.

— E... Uh, este, bem... É o meu quarto! — Addison explicou alegremente, fazendo as mãos de jazz. — Ta-da!

Max olhou ao redor de seu quarto sorrindo suavemente. — Eu gosto... Combina com você.

Addison corou, os cantos de seus lábios se curvando quando ela olhou para seus pés. Max olhou em volta para as paredes. Cartazes, desenhos e fotos cobriam as paredes.

A cama de Addison estava encostada na parede no canto, coberta com colchas e travesseiros coloridos.

Seu espelho de maquiagem marrom escuro tinha minipoemas e letras de músicas sobre o amor colados nele. Colares, pulseiras, elásticos e anéis foram colocados ordenadamente na caixa de joias pintada de borboleta.

— Espere, onde estão seus pais? — Max perguntou, seus olhos continuando a escanear seu quarto.

— Ah, bem. Ambos trabalham à noite no hospital... Então, estou sozinha em casa por alguns dias da semana. Tipo, está semana foi quarta, quinta e sexta. Então eles estarão em casa no sábado, domingo e segunda-feira. — Addison explicou, tirando os sapatos e colocando a bolsa no armário.

— E as terças-feiras? — Max continuou, fazendo a mesma coisa que Addison fez.

— Eles estão de plantão, então eles podem estar aqui. — Addison deu de ombros, ligando o rádio na cômoda e se jogando na cama. — Ou no hospital.

Max teve uma ideia surgindo em sua cabeça, — Então... Você tem o monopólio? Você disse que adorou há alguns dias.

Addison assentiu. — Sim, está lá embaixo.

Max sorriu. — Legal. Volto já.

Minutos depois, Max reapareceu com a caixa na mão, com duas coca-colas em cima. — Tenho uma ideia.

— Oh, isso... Uh, isso soa bem. — Addison guinchou quando Max pulou na cama ao lado dela.

— Então. Chama-se monopólio secreto. — Max começou, permitindo que Addison assentisse.

— Certo.

— Eu e meus amigos costumávamos jogar antes de me mudar para cá, então pensei que, como somos amigas, poderíamos jogar.

Addison corou e desviou o olhar e Max continuou a explicar. — Então, é como um monopólio normal, exceto que se eu pousar em algo que você possui, eu tenho que te contar um segredo e se você pousar em algo que eu possuo, você tem que me contar um segredo.

Addison assentiu, de repente se sentindo ainda mais nervosa. — O-Ok.

Max sorriu e soltou uma risadinha suave, fazendo o coração de Addison pular uma batida.

Ah não. De novo não.

Addison sorriu nervosamente, seu rosto aquecendo quando ela começou a brincar com os dedos enquanto observava Max arrumar o jogo. Minutos se passaram, o único som sendo do rádio roxo de Addison, enquanto tocava.

— Ha! Você... Uh, pousou na minha... Propriedade. — Addison falou, parando enquanto os olhos hipnotizantes de Max percorriam seu rosto. — Pague!

Max riu, entregando-lhe o dinheiro. — Aqui.

Addison assistiu em silêncio, esperando que Max terminasse o negócio.

— Ah! Certo, desculpe. — Max riu, balançando a cabeça. — Eu nunca beijei um menino.

Addison corou, desviando o olhar. — Oh, nós... Bem... Tenho certeza que você... Uh, você seria... Bom nisso.

Max lambeu os dentes e sutilmente olhou para os lábios de Addison por uma fração de segundo. — Obrigada, Addie. Aposto que você também.

Addison, trêmula, pegou os dados e os jogou no tabuleiro.

— Droga! — Max xingou brincando, vendo como Addison sentia falta de suas propriedades, a Avenida Illinois. — De novo não.

— Heheheh. — Addison deu uma risadinha, movendo sua peça. — Estrondo.

Max suspirou, balançando a cabeça e entregando duzentos dólares à garota de olhos castanhos.

Addison sorriu e pegou o dinheiro de sua mão, inalando bruscamente quando seus dedos se tocaram.

Então Max pegou os dados e rolou novamente, xingando mais uma vez quando ela pousou em outra das propriedades de Addison, no parque.

— Merda. — Max gemeu, batendo a cabeça contra a parede e entregando-lhe o dinheiro. — De novo? Sério! Estou ficando sem segredos aqui.

— Ah, ah, ah. — Addison estalou a língua brincando. — Segredo?

Addison alcançou sua mesa de cabeceira para tomar um gole de sua coca. Max fez uma pausa, pensando em seu segredo. Ela parecia estar discutindo consigo mesma enquanto lutava para decidir se deveria ou não expor o maior segredo que ela tinha. — Eu gosto de garotas.

Addison engasgou com a coca e começou a tossir violentamente. — O- O quê?

Max deu de ombros, repetindo-se. — Eu gosto de ambos, sou bissexual.

— O-Oh. Isso é legal. — Addison sorriu brevemente para si mesma enquanto pegava os dados e jogava novamente.

— Ha! Isso é meu! Pague, Addie! — Max apontou animadamente para St. Charles.

Addison torceu o nariz enquanto entregava o dinheiro para a ruiva. — Uh, e-eu gosto de garotas, hum... Também. Mas, tipo... Eu não... não sei como explicar isso... Eu não me importo... Com gênero... Eu acho. Então, p-pansexualidade.

Max sorriu para ela. — Isso é legal.

Addison revirou os olhos, seu rosto ficando vermelho quando ela entregou os dados para Max, trêmula.

— Oh droga. — Max disse sarcasticamente, entregando mais dinheiro a Addison. — É para a frente, mas, eu meio que quero te beijar agora.

— Mas esse seria o seu primeiro bei-beijo! E, E, e... E-eu... Deve ser, bem, uh, especial!

— Eu disse que nunca beijei um menino... Não que eu nunca tenha beijado uma menina. — Max apontou.

Addison soltou um guincho e um aceno de cabeça. — O-Oh, n-nós... Eu... Hum... e-eu t-tenho! Beijei uma garota, quero dizer... Então.

— Você gostaria de beijar outra?

Addison engoliu em seco, seu coração batendo no peito novamente enquanto seu rosto empalidecia. — Ok-Ok.

Max sorriu e se inclinou lentamente. Ela levantou a mão, gentilmente colocando uma mecha de cabelo atrás das orelhas de Addison. Seus olhos piscaram para os lábios, parando para ter certeza de que Addison estava bem com o que estava acontecendo. Addison assentiu, ficando quieta enquanto mexia nas calças nervosamente.

— Addison! Estamos em casa! — uma voz alta chamou, fazendo Addison pular para trás e cair da cama.

— Essa é minha mãe.

Max franziu a testa. — Talvez você consiga aquele beijo outra hora?

Addison guinchou novamente, trêmula se levantando do chão. — Ta-Talvez...

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