Capítulo VII: Nada de trabalho
Richart mais uma vez não apresentaria seu trabalho escolar, agora estava novamente com Umberto e a raposa, mas dessa vez em outro lugar, um local quente e úmido, não era Rainbow Black.
-O que é tudo isso?-Questionou ele assombrado olhando entre a raposa e o homem com bata escura.
-Lembra dos animais presentes no festejo de Krenany?-indagou Umberto respirando fundo.
-Lembro, lembro! Aquele boto cor-de-rosa foi uma salvação para despertar-me a criatividade. -respondeu o garoto com cabelos emaranhado pelo vento.
-Então, eles acham que você tem o potencial para a salvação das águas pantaneiras. -disse Umberto respirando mais fundo ainda.
-Biólogos são meus pais, eu sou só um garoto de 14 anos que vai estar no hospital quando acordar de tudo isso. - falou o menino um pouco ríspido.
-O espírito da selva reside em você, é seu dever, atingiu a idade para isso, é o momento de transcender a magia contra os destruidores. - correspondeu a raposa para apaziguar.
-Está bem, raposa! De onde vem tudo isso?-questionou ele sacudindo as mãos por nervoso.
-Primeiramente, não sou uma raposa, sou um lobo guará do cerrado brasileiro que estava no lugar errado e na hora errada. -respondeu a raposa firmemente erguendo o focinho.
O menino sentou-se numa pedra passando a camiseta no rosto tentando limpar o suor e parando um pouco viu a imensidão das terras em chamas.
-Você não sabe, e não acredita, mas nossos espíritos passam por vários campos até que cheguemos na neguentropia final do universo [...]
-E o que tenho com isso?-perguntou o garoto rispidamente.
-Antes de voltar como Homo sapiens sapiens seu espírito fez morada em uma elefante, esses animais são extremamente sábios, pois os mesmos têm um alto nível de capacidade auditiva.- respondeu o lobo guará no mesmo tom e nitidamente ansioso.
-Hoje eu tinha um trabalho escolar para entregar!-disse ele bicudo com lágrimas aos cantos dos olhos.
-Meu querido, você tem o poder de parar esses horrores perversos, precisa nos ajudar, a fauna e a flora do Pantanal necessita de ti, suas águas vão em direção às artérias da Amazônia, precisamos controlar as chuvas.- disse a anta parada frente ao menino transcendendo a docilidade para não assustá-lo.
-Não vejo como eu possa ajudar, sou só um garoto de 14 anos, tagarela, descontrolado, maluco e com uma imaginação absurda para a idade. -disse ele em prantos.
-Não tem outro jeito de trazê-lo para cá se não provocando um alvoroço hospitalar, precisamos do seu poder.- disse o lobo guará com seriedade.
-O que tenho de fazer?-perguntou o adolescente já conformando com a situação.
-Tem de acabar com as queimadas do Pantanal, meus filhotes já não choram mais a seca, pois já tornaram-se parte da oxirredução ardente. -disse o muçum numa poça de água que veio do nada ao lado do menino, e acelerou o coração do garotinho assustado.
-O que vem causando as queimadas?-questionou ele mais para si do que para o exterior.
-Em parte o bioma é de transição, e corre ao lado da Fênix Brasileira ou Cerrado, uma região de Savana Brasileira, que tem períodos de queimadas naturais, mas que o homem brinca provocando o fogo em grande parte e que agora se alastra, nos desesperamos em prol de nossa morada que fora invadida para adaptar-se aos hominídeos que cultivam a própria sapiência.-disse a anta olhando o local distante.
O menino sentiu toda a compaixão possível e deu início ao ritual, era preciso proteger as terras dos outros animais dos seres de sua espécie até que pudessem viver em harmonia.
Movimentando a varinha mágica começou a proferir as palavras mágicas:
-Regenerum instantaneus focus!
-Aqua Quantum...
-Vivus Plantae und Metazoa!
-Anti Homo no Sapiens at Locus!
-Meu jovem menino, você precisa de fato ter uma vida normal, mas antes do adeus precisa nos contar o que pretende fazer com seus poderes. -estava o lobo questionando preocupado, todo poder precisa de bom uso, ou poderá servir para algo não favorável aos seres vivos.
-Pretendo usar para um dia tentar amenizar as dores daqueles que precisarem!-respondeu o garoto já muito certo de si.
Logo acordou no hospital de fato, mas agora acordou a sensação de dever cumprido, e de que não acordaria naquela situação tão cedo.
01/01/2024
FIM!
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