Concebendo e organizando sua história. III - Estrutura proposta por Dean Koontz
Dean Koontz é um autor de diversos best sellers e escreveu dois livros sobre escrita: - Writing popular fiction - Escrevendo ficção popular (1972) e - How to write best selling fiction - Como escrever ficção "best seller" (1981).
Das obras dele, podemos extrair uma fórmula estrutural para conceber tramas envolvente para histórias. Vejamos o que ele propõe:
1. Coloque sua personagem protagonista dentro de um problema terrível o quanto antes.
O problema depende do gênero da sua história, mas seria o pior dilema que você possa imaginar para sua protagonista. Pode ser uma situação de vida ou morte, ou então a escolha muito ruim de um par romântico que leva para uma situação desastrosa. É importante que seja algo de muito peso, ou muito terrível, para sua protagonista.
Esse problema deve ser capaz de se sustentar durante toda a história. Mas cuidado, mesmo se o problema for bom, você corre o risco de perder os leitores se você não proporcionar meios para que se conectem, se importem, com sua personagem.
2. Tudo que sua personagem faz para tentar resolver o problema torna as coisas pior...
Evite facilitar as coisas para sua personagem. As complicações que surgirem precisam fazer sentido. E devem crescer aos poucos. Isso me lembra muito filmes de comédia em que as complicações vão aumentando cada vez mais, a ponto de gerar um incômodo ao espectador. Lembro de alguns filmes do Ben Stiller com essa característica.
3. (...) até que a situação pareça sem solução. A última barreira deve parecer intransponível.
Torne as coisas tão difíceis de forma que sua protagonista precise de superar, ou desdobrar, para conseguir resolver. É preciso ter cuidado para esse solução final mal colocada não ser um ponto de frustração para o leitor. É preciso que o triunfo da protagonista seja algo convincente.
4. Finalmente, sua protagonista vence contrariando todas as más perspectivas.
Recompense seu leitor com um desfecho conquistado pela força, caráter ou inteligência de sua protagonista. Considere o que suas ações, nesse momento crítico, sejam guiadas pelo que ele aprendeu sobre si mesmo durante toda história. É preciso ter cuidado com finais do tipo Deus ex machina. Termo que surgiu na dramaturgia grega para descrever um tipo de histórias no qual, no final, para se chegar a uma solução, literalmente um Deus descia no palco preso a uma corda para resolver os conflitos dos mortais com seus poderes superiores.
Dean Koontz escreveu:
"O herói ou heroína devem constantemente estar empenhados na superação de alguma barreira que cresce logicamente a partir de suas próprias ações e tentar resolver o seu principal problema."
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Estão gostando destas dicas? Tem dúvidas sobre estrutura de histórias, tramas, temas, narrativa, etc? Mandem suas perguntas.
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