OITO
Não chore pelas estradas em que não andou, não chore pelos caminhos deixados de lado
Porque atrás de cada curva
Há um longo final ofuscante
É o pior tipo de dor
Que eu conheço...
______
Armas enormes e perigosas eram apontadas para o garoto. A respiração dele estava descompassada por dentro daquela máscara, fazendo ele desejar imensamente tirar aquela coisa do rosto. Mas não faria nada. Estava estático, com medo feito um garotinho. Nem parecia que havia enfrentado o Thanos, Mysterio, abutre... Mas Peter nunca havia sido um alvo. Nessas horas, sentia desesperadamente falta de seu tio e seus conselhos acolhedores e sua vida antiga, ou de Tony que sempre dava um jeitinho em tudo e lhe tratava como um filho. Mas agora...
Ele estava sozinho.
— Este garoto é uma ameaça! Olha o que ele fez! Sequestrou a minha filha, matou a minha mulher e destruíu meu instituto de pesquisa. Por favor, eu imploro, atirem nele! — Phill diz, parecendo um pai cauteloso e extremamente cansado, e desesperado por justiça.
A cabeça de Spidey gritava: HIPÓCRITA!
E ele realmente acha que eu seria tão fútil para pixar seu instituto idiota?
— O quê te faz acreditar que eu faria tudo isso?! — ele berrou, sentindo respingos de chuva cair pelo seu corpo.
— Eu tenho vídeos! O de ontem, onde você claramente assassinava minha esposa, e os da câmera de segurança do prédio do meu instituto onde você fez toda essa zona! — Ao ouvir aquela explicação, a cabeça do Peter quebrou. Nada mais estava fazendo sentido. — E logo no aniversário da minha filha... — o homem estava chorando! Aquilo era muito para a cabeça de Peter. Não dava, aquele homem era louco. — Eu imploro ceifem ele!
Em uma fração de segundos, a respiração de Peter parou, e balas começaram a serem atiradas, e ele tentava escapar com uma agilidade precisa, ele não era tão rápido quanto um Mercúrio da vida, mas seues sentidos eram seu maior escudo durante momentos como esses. Mas dessa vez para sua frustração uma bala acertou ele bem na sua perna e ele gritou de dor, começando respirar com a dificuldade. Porém, mesmo entre a dor e quase enfraquecido, Parker ainda continuava sendo o homem aranha e tentou com esforço emaranhar suas teias em todo o esquadrão e fugir dali. Ele mirou um prédio a sua frente e lançou suas teias.
— Sinto muito pessoal... Nosso encontro fica pra depois! — ele tentou brincar, para disfarçar a dor, e antes que fosse de fato embora não podia deixar de fazer uma vingacinha.
Lançou teias sobre Phill, enrolando ele todo e riu com a confusão que o homem se encontrava.
E foi embora.
- Karen, me dê a localização de Arabella Green. - pediu, ele precisava falar com ela e conseguir uma explicação da maldita injustiça que ela fez com ele.
(...)
Arabella nunca correu tanto em sua vida como naquela noite chuvosa, sentindo respingos fortes que caiam como jorrada em seu rosto, ela queria fugir, de tudo e todos, quando percebeu que estava com o homem aranha, a polícia e seu pai juntos, viu a besteira que fizera, a qual gritava em sua consciência e fazia ecos. Ela só queria irritar o papai dela, e não ocosionar todo aquele caos. Seu plano era tão simples, e não era para ter um dedo do Aracnídeo, e nem sequer desejou se encontrar com um esquadrão inteiro da polícia. Na sua mente as coisas aconteceriam de um jeito discreto, e bem cinematográfico, mas a cena real foi longe demais.
No caminho ela jurou ter escutado tiros e se assustou, sentindo uma sensação de culpa possuir seu coração, mas se esforçou na ideia de pensar no nada enquanto sentia os pingos pesados da chuva cobrir seu rosto. Quando avistou um parque, ela foi parando gradativamente sentindo sua respirar falhar a cada passo dado, e sentindo o silêncio súbito que habitava aquele lugar. Ela notou que parecia haver uma certa paz ali e ela era a única alma viva que estava naquele local. Isso lhe assustava um pouco e suas mãos tremiam, mas deitou-se no gramado totalmente úmido e abraçou seu corpo, sentindo-se mais sozinha do que nunca. Arya fechou seus olhos e os sentiu os olhos lacrimejarem e as lágrimas foram se misturando junto com a chuva.
Ela só fazia merda.
Só queria irritar o seu pai... E não chamar atenção de um esquadrão da polícia. Parecia até que ela era uma assassina procurada ou coisa assim... Mas naquele instante curto ela tinha notado que eles visavam somente o Herói atirador de teias, não ela, o que foi outro motivo para furgir. Ela viu armas, milhares delas apontadas para ele.
Quando disse para caçarem o homem aranha, não imaginava que dizia apenas da boca para fora. Eles estavam tentando matá-lo. E era isso que ela queria? A morte de alguém por vingança pela da sua mãe? Pensar no corpo dele morto e estirado sobre o chão não era acalentador, e deixava sua mente confusa e dolorida. Ela então encarava as estrelas do céu como forma de se tranquilizar, e sorriu fracamente, sua mãe mandava ela fazer isso quando chorava por causa seu pai.
-Finalmente te encontrei. - Arabella se assustou quando ouviu uma voz, e quando ergueu seu rosto e sentiu sua respiração falhar, encarando o garoto mascarado a sua frente embaixo daquela chuva forte.
— Você quer me matar? — perguntou francamente, e encarava duramente ele, sentada naquele gramado. Não era uma piada, ironia ou coisa do tipo, era sério. — Faria um grande favor a humanidade, por que as vezes eu acho que nasci com o caos dentro de mim, então seria uma forma de vingança, mas também um verdadeiro favor a todos que eu costumo afetar e... — Arabella engoliu seco, ao tentar pronunciar aquelas palavras — À mim, que não suporta mais viver. Vai... eu deixo, é só você me dizer que não vai doer tanto.
Arabella confessou tudo com a voz embargada e foi sincera em cada palavra que falou, ela já não suportava mais a própria vida. Peter estava incrédulo, e engoliu seco, definitivamente aquela não era a mesma garota que encontrou nas outras vezes.
Arya sentiu então aquele ser humano se aproximar mais, e ela engoliu toda a saliva dentro sua boca e o ignorou. Ele com certeza mataria ela, e ela estava agradecida e ao mesmo amendontrada por isso, nunca se imaginou pedindo que alguém a matasse, normalmente sua mente sempre fazia ela mesma se imaginar comentendo o ato. Mas para sua surpresa ele se sentou do seu lado, e a encarou.
— O mundo não gira ao redor de você, sabia Arabella?
— O quê... — ela virou bruscamente e levantou-se num pulo. — O quê está dizendo...?
— Eu nunca mataria você ... — Respondeu Peter, num tom baixo — Eles acham que fui eu o culpado por aquela sujeira, e por... — O garoto engoliu seco — Que eu sequestrei você! Isso é um absurdo! — Arabella o encarou com desespero, assustada em como tomaram as proporções da merda que ela fez — Arabella, eu tenho tantos motivos para me vingar de você, mas a única coisa que eu faria era te salvar.
Ary ouviu o que Spidey revelou e sentiu-se entorpecida e quando inevitavelmente encarou aquela máscara ela sentiu um profundo sentimento de estranheza, porquê aquelas eram palavras tão reconfortantes saídas da boca alguém que ela considerava protagonista principal de seus pesadelos, e de seu grande e asqueroso ódio, mas ao ouví-las ela ficou parada ali, estática, totalmente próxima do garoto herói. Ela nunca ouvira algo tão sincero de ninguém, ela nunca se sentiu tão abraçada metafóricamente falando. Ela nem conseguira arranjar forças de abrir sua boca e lhe dizer algo, qualquer palavra, pois o que lhe consumiu era o aperto em seu peito e a repentina vontade de chorar, e também recordou-se de que deveria odiar ele, ele matou sua mãe!
— Mas eu vi... primeiramente acreditava que você tinha falhado com seu trabalho — ela virou o rosto molhado de lágrimas, enfatizando bem a palavra acreditar. — Mas eu realmente vi você apontando uma arma na cabeça dela e puxando o gatilho.
Peter Parker suspirou, era uma situação difícil. Ele queria tanto poder se defender, mas como? Não haviam alternativas para ele e ela continuaria acreditando.
— Então era você a escritora do blog?
Arabella, deixou um riso escapar entre as lágrimas que tinha nos olhos.
— Tá' tão na cara assim?
Spidey encolheu os ombros.
— Queria que te caçassem, não que tentassem te matar. Me sinto culpada. — depois de ter confessado isso, ela soltou uma risada alta — Olha só ... conversando e desabafando com o assassino da minha mãe. Quão irônico isso pode ser?
Assassino.
Uma palavra cortante para ele.
— O mais possível que você possa acreditar... — Respondeu Peter, seguido de um profundo silêncio. Os dois sentados um perto do outro, encarando as estrelas e esquecendo o mundo á fora.
Mas na cabeça de Peter, ele queria de qualquer jeito fazê-la acreditar que ele é inocente.
Mas o silêncio perdurou, tranquilizando os dois naquela madrugada chuvosa.
— ENCONTRAMOS ELA SR.GREEN! — Uma voz grossa gritou e ela olhou para trás, sentindo seus olhos arderem por causa da lanterna do policial. De repente, lançou um olhar furtivo para o aracnídeo, sibilando a palavra "fuja". Peter ficou incrédulo por alguns segundos, mas ouviu seu conselhou e fugiu com ajuda de suas teias.
Arabella ficou ali, parada, sem saber o que fazer.
— Você está bem, garota? — o cara perguntou, agachando-se até a altura dela, já que a garota continuava sentada.
— Eu estou. Aquele sujeito não me causou absolutamente nada!
— Então me explique o fato de estar presa sob as teias dele — interrogou o outro policial, que acabava de aparecer ali.
Arabella arfou.
— Foi eu e meu amigo que fizemos aquilo, eu só queria irritar meu pai senhor! — o policial puxou ela pelo braço para levantá-la. Ele lançou um olhar inquisitivo para Phill que esperava sua filha no seu carro — É VERDADE!
— Ah minha filha infelizmente usa drogas... Ela está delirando. — Phill tentou, invalidar as falas da garota. — Tragam-me ela. —antes que ela fuja de novo, pensou Phill desviando totalmente seu rosto. E o policial acatou suas ordens, puxando Arya à força e a colocando no carro de seu pai. Deixando ela devastada enquanto tentava se relaxar naquele banco, olhando o policial idiota desejar uma boa noite ao seu pai e ir embora.
— Você abusa do seu poder como homem privilegiado e cientista. — Arabella comentou desgostosa, olhando o pai com um ódio profundo estampados pelas suas duas íris azuis.
— É o poder do dinheiro, Arabella. Isso é algo prazeroso.
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Então, só recordando... Isto tudo faz de universo alternativo( AU) que eu criei, essas situações não tem ligações com os filmes. Então, Peter está mesmo sofrendo por causa desse lance da "reputação" dele e tal mesmo, tá pessoal?
[ considero isto parte de AU, porque eu não estou certa de que algumas dessas coisas poderiam ter chance de acontecer nos filmes, entendem? Por exemplo; ele estava em guerra civil lutando ao lado do Tony, não acho que caberia ser tão perseguido quanto ele tem andado... Aqui! Então espero que saibam que antes de chegar a um tanto de capítulos, eu já tinha certa "ideia" de que a fanfic ocorreria dessa maneira, não é uma explicação recente de algo que só me veio a cabeça agora. ]
Bjos pessoal, quero de verdade que curtam realmente essa fanfic que estou escrevendo, ela não é perfeita, mas... Eu estou gostando muito de escreve-la, e ultimamente tenho feito de tudo para deixa-la boa o bastante para vocês lerem. :)
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Vocês gostaram desse capítulo? Do momento Spidey x Arya?
Uma curiosidade, essa nota eu escrevi em 2017/2018 provavelmente quando ainda era outra versão kkk e eu não IMAGINAVA que de fato a reputação do Peter estaria em jogo como vimos no final do filme ffh ou que o Tony morreria. Enfim, leiam kkkk
"Então, só recordando... Isto tudo faz de universo alternativo( AU) que eu criei, essas situações não tem ligações com os filmes. Então, Peter está mesmo sofrendo por causa desse lance da "reputação" dele e tal mesmo, tá pessoal?
considero isto parte de AU, porque eu não estou certa de que algumas dessas coisas poderiam ter chance de acontecer nos filmes, entendem? Por exemplo; ele estava em guerra civil lutando ao lado do Tony, não acho que caberia ser tão perseguido quanto ele tem andado... "
Bjos pessoal, quero de verdade que curtam realmente essa fanfic que estou escrevendo, ela não é perfeita, mas... Eu estou gostando muito de escreve-la, e ultimamente tenho feito de tudo para deixa-la boa o bastante para vocês lerem. :)
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