NOVE
Fazia pouco tempo desde que Arya havia entrado naquele carro a força, devia ser mais que duas horas da manhã, mas tudo parecia passar tâo lentamente enquanto encarava a janela do carro, e depois olhando de relance, percebeu seu pai tão tranquilo mesmo que tivesse o olhar dado a frieza e os lábios apertado fossem a única coisa que conseguia enxergar em Phill enquanto ele dirigia, as estradas pareciam intermináveis assim como suas dúvidas. Ela sentia que desconhecia ele, mas ao mesmo tempo algo a impedia de se impressionar.
— Porque você fez isso? — ela enfim perguntou, vendo Phill não se desprender do volante, enquanto se mantinha concentrado nas ruas, ele a olhou de relance. Parecia um momento vantajoso para ela, eles estavam próximos e poderia desfrutar dos minutos para se ter uma noção do que havia realmente acontecido. — Porquê?! — ela foi insistente, levantando um pouco a voz e erguendo seu corpo para frente de Phill, mas que quase foi atirado para fora do carro após aquela pergunta, quase determinante para que Phill repentinamente pisasse no freio.
Bela vantagem, ela pensou sarcasticamente.
— Você tem certeza de que não sabe a resposta? — Phill disse calmamente, como se não tivesse quase causado um acidente que pudesse ter custado a vida da sua filha e a dele junto. Aria negou e o viu sorrir ironicamente. — Você filha. Quem mais me motivaria tanto a tal loucura?
Ela era sua motivação. Como não havia pensado nisso? Ela pensou abismada. Phill era alguém tão preso ao status social, a imagem que ele precisava passar, o fato de que ele sempre tentava desaparecer a todo custo com os problemas que ela arranjava por aí, mas dessa vez como ele sumiria com o problema, se o afetado era ele mesmo? O enxergariam como um homem passivo que deixou a própria filha o humilhar de uma maneira completamente ridícula. Então, só arranjando outro culpado, ainda por cima, criar uma história dramática por cima disso.
-- Dessa vez você passou dos limites.
— Foi eu, eu que te fiz fazer tal coisa. — constatou ela, encarando o pai com desprezo. Ela estava enojada, nunca foi uma garota santa imaculada, fez coisas horríveis, humilhou, desprezou e principalmente, ela costumava sentir prazer em zombar dos outros, e sentir-se sobretudo acima deles. Mas só agora percebeu o quanto foi uma réplica do pai durante anos, pois o que ele fez foi pelo seu próprio benefício e era o quê ela costumava fazer no seu passado bem recente, não tinha menos que dois anos... Naquele instante ela não sabia se ficava mais enojada com ela mesma, ou com seu próprio pai.
— Não sabia que eu te importava tanto, achava que só o seu trabalho significava. Impressionada.
— Você transformou a aparência do lugar que eu mais amo na vida em algo horrendo, deseja que eu faça o quê, bata palmas?
— Então eu o afetei tanto, ao ponto de arranjar outra cabeça para culpar? Belo homem. — Arabella bateu palmas, sarcasticamente e de relance percebendo a rua que estavam era extremamente deserta. Chegava a ser assustadora. Phill não se importava nem um pouco.
— Eu fiz isso ... Porque não suporto seus mimos Arabella, você vê Norman Osborn sendo ofuscado pelo comportamento do filho? — ele a encarou, e sentiu-se satisfeito, o rosto da filha lhe respondia tudo. Não.
— Então, eu fiz o quê devia fazer.
— Transformando um inocente em culpado? — ela replicou, olhando-o friamente.
Aquilo surpreendeu Phill, a garota não se importava com quase ninguém.
Ele então riu. Um riso contido de desprezo, afetando justamente Arya, que insistia em manter sua bandeira protegendo-a de sua fragilidade.
— Isso implica com você também, Arabella? Já refletiu que possa ter feito o mesmo? — ela o encarou espantada, Phill a olhava com satisfação e prazer, pois conseguiu deixá-la sem argumentos.
— São situações diferentes, pai. Agora o homem aranha é inocente, mas naquele dia ele não foi.
— Está sem proteção. Não consegue argumentar algo que valide contra mim garota. Ele pelo menos mereceu isso, não concorda?
— Então, você encontrou vingança nisso também? — ela questionou, aumentando sua voz e sentiu o súbito desejo de sumir da vida de Phill, estava começando a se assustar cada vez mais com ele. Ela o encarou, e morrendo de medo, disse — Mas você também, mereceu sabe? Se não fosse pela sua obsessão por aquele lugar eu não teria feito àquela loucura. Você jura que aquele prédio é importante, mas esqueceu da própria família que tinha! Sendo que nem sua mulher você se importava! Ou você acha que eu esqueci do iate, você nu com duas mulheres enquanto minha mãe salvava vidas de uma tragédia recente em Nova York? — ela despencou tudo em cima de Phill, jurando que tudo de ruim iria acontecer, ainda mais quando sentiu ele se aproximar dela e olhar bem adentro de seus olhos, e tudo que sentiu depois foi escutar o som da porta destravando quando o carro já tava em movimento e seu corpo indo de encontro ao solo e sua cabeça se ferindo, ela tentou pedir que o carro não se distanciasse, mas Phil, não lhe deu ouvidos, e as únicas palavras que pronunciou foram "Que na próxima vez não teria clemência."
O Homem Aranha pulava por aí, em busca de sua casa, desejando ansiosamente deitar em sua cama, e tentar tratar sua perna baleada em que a dor parecia piorar a a cada minuto e esquecer que algum dia conheceu Arabella Green (mesmo que estudasse todos os dias com ela), mas instintivamente parou de se movimentar, o silêncio que se instalava por aquelas ruas era intimidante, e ele virou para trás, sentindo os pêlos de sua nuca enrijecerem-se conforme ele procurava por uma suposta ameaça, em qualquer lugar, mas nada. Ele foi se abaixando do prédio onde ele escalava, comportando-se exatamente como uma aranha. Até que seus pés tocaram o solo e ele ficou em silêncio, fingindo estar desperso. A sorte daquela máscara era que ninguém veria as suas expressões agora, que ao máximo tentavam detectar algum indício de que algo não corria bem ali.
— Não é hora disso, camarada. — o aracnídeo segurou a arma do policial pela sua ponta, correndo o risco de qualquer segundo ele apertar no gatilho, o homem riu e Peter fingiu que tentaria puxar a arma de fogo e com seu outro braço socou o rosto homem e sem aviso surgiu mais um sujeito que segurava uma pistola, apontando-lhe firmemente.
Peter internamente alarmava, de herói passou a ser criminoso? Tudo que ele fez foi lançar suas teias bem ao rosto do homem, que berrou instantâneamente, tentando tirar aquela coisa estranha de seu rosto. Peter aproveitou e o imobilizou com as teias. Em instantes a pistola caiu de sua mão.
— Poucas piadas, Garoto Aranha? — o policial que Peter socara questionou, enquanto estava jogado ao chão, mas tudo indicava que ele tentaria se levantar.
— Estou tentando manter uma postura séria. Quero defender minha reputação. — ele disse, rindo internamente, o homem se levantara e parecia crente que sairia daquela situação como vencedor. — Afinal, não param de me perseguir.
— Você é uma ameaça a sociedade. Temos de controlá-lo.
Ele mirou um soco e Peter o segurou com seus punhos, movendo o corpo do homem para trás, ele quase perdeu o equilíbrio mas o homem se recompôs e encarou duramente Peter e entre uma distância considerável ele se jogou em Peter, usando sua cabeça como arma, acertando-lhe o estômago do menino com seu crânio, desestabilizando Peter, que como uma aranha grudou na parede no prédio e riu, o homem conseguiu encontrar sua pistola e estava pronto para atirar, quando o homem aranha atirou diretamente suas teias nos dois braços do cara vestido de policial, e como se o sujeito fosse uma marionete Peter o puxou, o aracnídeo gargalhou como uma criança, mas o homem ainda segurava a pistola e conseguiu atirar, a bala perfurou o braço de Peter que quase escorregou da parede do prédio. A dor era insuportável e o homem ria maquiavélicamente disso e Peter o arrastou com força e o homem se desequilibrou, Peter desceu de onde se apoiava, chutando a pistola de suas mãos e também o imobilizou, suspirando pesadamente.
— Você está valendo uma fortuna para quem capturá-lo garoto... O governo quer de qualquer jeito, que você seja controlado. — o homem disse, com a voz cansada.
— Não sabia que eu valia tanto. — fora a última coisa que disse antes de ir.
A dor que sentia era alucinante, o cara conseguiu acabar com seu braço, qualquer movimento e era uma dor latejante que ele não suportava em nenhuma circunstância e consequentemente o impedia de movê-lo facilmente ao alto com suas teias. Então teve que ir caminhando até se distanciar por completo dali, cobrando-se de pensar melhor em suas estratégias.
Nesta mesma noite havia levado dois tiros, no braço e em uma parte da suas pernas respectivamente. Seus pensamentos foram interrompidos quando jurou ouvir algo, e sentiu outra pessoa escondida em algum lugar daquela estrada, rapidamente ele se recompôs em uma posição de defesa e seguiu aquela presença, que parecia estar detrás de um carro estacionado em uma calçada. Ele foi caminhando de fininho, bem próximo daquele automóvel, quando chegou perto, ele se esgueirou um pouco tendo a visão de uma garota, recostada sobre o carro, que ainda não havia percebido sua presença, pois o herói estava estava por trás dela em completo silêncio.
— É tarde da noite, o quê faz aqui sozinha, garota? — ele perguntou com cautela, e a garota levantou-se abruptamente e o seu rosto revelava uma Arya assustada para a surpresa de Peter, que há pouco tempo desejava nunca mais vê-la novamente.
"****
— música citada: Little Girl, Green Day.
GENTE EU TO DE CAPA NOVAAAAAA GOSTARAM???? a responsável pela arte incrível foi fraxnspider !!!!!!! Obrigada de vdd❤️❤️❤️❤️
Ah!!!! eu tentei várias vezes fazer um capítulo sobre o dreamcast gente, mas o wattpad não carrega meus gifs, não sei se é minha internet, se é problema deles mas não carrega, então eu escrevi no meu mural e tô respostando aqui, ignorem meu péssimo print e vejam quem é quem KKKKK
Digam o que acharam do cast, principalmente o timothée como harry
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