DEZOITO
Eu tenho um longo caminho
a percorrer
E uma longa memória
Estive procurando por uma resposta
Sempre fora de alcance
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Arabella Green de 17 anos, branca, rica e privilegiada. Com sua personalidade forte, ela não pensava nos outros, somente em si mesma, sempre escolhendo ver o mundo pelo seu ponto de vista e nunca de mais ninguém, tinha tendências egoístas e só se importava com seu proprio umbigo, e já fez coisas cruéis. Mas foi lhe preciso apenas uma carta, e uma simples bússola para que ela finalmente pudesse abrir aqueles belos olhos azuis que ela possuía e acordasse para a vida, o mundo que ela achava que tinha na palma na mão se desmoronou, e agora ela estava perdida. Em seu íntimo, sentia que havia outra pessoa pela qual ela devia desculpas... Mas ela nunca acharia ele. O seu coração apertou, pensando nisso. A empregada chegou, com uma bandeja na mão, nela havia um calmante, um sanduíche e água e suco. A mulher deixou na cama e se foi, logo depois apareceu Harry e se sentou do seu lado na cama.
Arya estava começando a se acostumar com a presença agradável de Harry. Achava a amizade dele reconfortante. O rapaz a encarava como um irmão mais velho, ele parecia tão protetor, e isso a acalmava, a relembrava de sua mãe.
— Não vou perguntar o que aconteceu... Sei que sua mãe foi muito importante para você e presumo que você sonhou com ela. Mas não entendi por quê seu nariz sangrou e acho que nem quero. — ele diz temeroso, Arabella pressupôs ele tivesse aversão a sangue.
— Harry... — ela não queria falar de sua mãe. — Você pode pegar meu notebook na minha mochila? Me sinto fraca demais para levantar. — pediu ela educadamente, e ele assentiu, fazendo exatamente o que ela pediu e entregando o notebook.
— O quê pretende fazer? — o rapaz perguntou, confuso.
Harry incompreendia a confusão que era Arabella Green. Mas nunca chegaria ao ponto de julgá-la, ele simplesmente a queria perto dele, e desejava protegê-la. Ele amava ela desde o pico dos seus sete anos, quando os dois se lambuzavam nas lamas e não se importavam com uma sociedade idiota e repugnante. Arabella talvez nunca soubesse disso.
— O quê há muito tempo eu precisava ter feito — respondeu firmemente e olhando para o garoto e Harry não entendeu o que aquela frase quis dizer, mas não perguntou, apenas ficou refletindo sobre ela. — Por favor, não me interprete mal, eu sei que a casa é sua... Mas eu posso ficar sozinha neste momento?
Harry riu, com o que a garota disse.
— É totalmente compreensível querer um tempo sozinha, irei fazer exatamente isso. Mas por favor, tome o calmante. Você necessita dele.
Arabella assentiu, e ele entregou a pílula a ela e um copo d'água e lançou-lhe um sorriso reconfortante que logo se desfez quando ele abaixou seu rosto e saiu.
Arya puxou o notebook, e o abriu, esperando ele ligar e começou a escrever.
Este post é dedicado á um pedido de desculpas. Baseamento firmemente no significado dela apenas...
Ela já ficando meio grogue, mas sua mente não parava de pensar. Primeiro ela se renderia a um pedido de desculpas, e em seguida ela mesma tentaria encontrar o responsável pela morte de sua mãe. Contudo, por conta do efeito do calmante ela acabou adormecendo enquanto planejava tudo isso, mas não esqueceu de deixar o post ser publicado, e de repente, em segundos, milhares de visualizações e comentários pularam na sua tela e ela em seu sono mal sabia do que estava acontecendo, seus leitores estavam confusos, agitados, e até revoltados, por quê o escritor do blog estava mudando de lado.
(...)
Vou soltar um enigma para você Aranha, sá assim nos encontraremos novamente. Uma velhinha de personalidade forte, uma lata de spray e um colar de diamantes vermelho. Se você adivinhar, me encontrará.
Amanhã às 8 horas!
Era tudo que o post dizia enquanto Spidey lia, deitado em sua cama toda feita de teia, ele sabia que se sua tia o visualizasse agora, teria um infarte, por que Peter Parker estava com o seu uniforme vermelho, e contrariando tudo que ela pediu. Ele suspirou, pensando que de certa forma, sua preocupação era racional, mas ser quem ele é, era seu dever... E aonde ele estava ninguém conseguiria encontrá-lo, já que ali era um prédio abandonado, localizado num bairro bem pobre de NY, e que ninguém se sujeitava a entrar lá por medo, já que acreditavam que era um lugar mal assombrado. Então ali poderia ser um terreno seguro. Mas encontrar Arabella Green, com certeza não seria um terreno seguro. Ele iria se pôr em risco por ela? Ela significava tanto assim?
Quando saiu de casa hoje, ele se encontrou com um velho inimigo e sentiu-se inutilizado por não ter feito nada, mas ao menos retomou ao seu trabalho. Ele salvou crianças de serem atropeladas, impediu assaltos de ruas, ajudou mulheres sofrendo situações de risco, e agora estava recebendo esse convite inigmático, que indicava que Arabella nunca fugiria de nenhuma linha de sua vida do que outra coisa. Mas quando ele parava e refletia que quem a veria não seria Peter Parker, e sim seu alter-ego, ele se sentia péssimo, porquê ele ainda sentia medo, mesmo querendo confiar nela, mesmo depois do dia que ela salvou sua pele, fazendo ele a ver com outros olhos. Ele ainda estava marcado por uma droga de um assassinato e tinha medo de ver uma reação não esperada dela. Mas Peter também sentia que alguma coisa estava afetando ela e ele não fazia ideia do que era, e nem queria. Mas ele julgou que devia ser algo bom.
E de última hora, ele decidiu que dormiria ali mesmo, sua tia era esperta demais para detectar quando ele estava mentindo.
Ele encontraria ela!
(...)
O toc de celular de Peter o despertou e ele quase caiu da cama de teia com o susto, mas pelo menos agradeceu por não ter perdido a hora, pois sabia que esse era seu pior defeito - dormir demais. Ele se recompôs então, reclamando do quão ruim é dormir de uniforme e que devia ter ficado apenas de cueca, ou trago roupas de precaução, e se pôs de pé, preparando-se para ir embora. Hoje ele estava ansioso pela sensação de literalmente poder voar por toda Nova York, então sem muitos rodeios ele simplesmente saltou da enorme janela que havia naquele prédio sentindo a adrenalina percorrer por suas veias, e recebendo uma bela vista de toda a Big Apple.
Peter não sabia porquê, mas sentia que hoje seu dia seria bom.
Arabella já havia entrado na conhecida lojinha da velhinha, que ela quase assaltou a tantos dias atrás, a senhora que era a dona dali foi esperta e a reconheceu por causa de suas câmeras, e se não fosse pelo Homem Aranha ela teria entregado a menina, mas desisitiu porquê considerou o trabalho de seu amigo (sim, eles eram meio que amigos!) e decidiu confiar no instinto dele.
Ela apenas expressou uma carranca para Arabella, esperando o que a milionária teria a dizer.
— Eu sei que não roubei nada, mas tive a intenção... Então, eu meio que estou sem um tostão, mas se você procurar especificamente — sim especificamente moça — ela grifou — a secretária do meu pai. Ela vai te reembolsar pelos danos morais causados, ou...se quiser, eu te dou essas jóias como pagamento — ela jogou as jóias sobre a mesa, e a velhinha encarou ela com os olhos bema rregalados, e também boquiaberta. — Sabe, eu também vim me encontrar com o Homem Aranha, em segredo... A senhora não se importaria, não é?
A senhora riu, lançando um olhar malicioso á menina.
— Eu senti uma química em vocês naquele dia emanando de longe... não vou incomodar em nada. Serei apenas a velha chata e silenciosa! — a velha respondeu. Arabella riu, nervosamente. — E eu não quero suas jóias, não preciso delas.
Quimíca...
Você nem estava lá!
— Não me olhe assim, tenho um sistema de câmeras de segurança. Você não me parece o tipo de garota que escuta qualquer um, mas escolheu ouvir o que ele tinha dizer... Isso diz muito sobre a química de que eu estava falando. — Arabella preferiu ignorar a ouvir o que a senhora estava falando, era meio ... demais para ela, e então se recostou sobre o balcão esperando pelo herói, já eram oito e meia... ele estava demorando.
— Mas você acha que ele realmente vai vir? — ela perguntou repentinamente, mas percebeu que os olhos da mulher não estavam mais centrados nela e sim na velha TV presa no teto da loja.
— Por quê, a senhora está... — ela questinou, e se virou para olhar a tv também, e seus olhos viram todo o caus que acontecia em tempo real com o maldito lugar de seu pai e sentia-se incrédula com que via além. Ela estava incrédula com a face cruel que o Aranha estava apresentando, totalmente desacreditada pois não havia muito tempo em que o defendeu publicamente ele e sabia como aquilo lhe custaria alto. — Como a senhora se chama?
— Mildrith!
Arabella apontou para a tv, mas com um olhar firme para a velha enquanto apoiava um dos cotovelos á mesa.
--- Aquele não é o homem aranha de verdade! Eu não sei como explicar, mas sei que não é.
Eu me recuso a acreditar que seja ele.
— Eu acredito na sua palavra. Conheço o menino, ele sempre me ajudou... Nunca seria capaz de machucar ninguém! — ela respondeu, colocando toda sua certeza nas palavras que proferia. — Mas parece que seu encontro foi destruído.
Arya negou com a cabeça, encarando o prédio em chamas na tv.
— Não foi não, senhora. De um jeito ou de outro eu vou acabar encontrando ele. — ela respondeu rápido, puxando sua mochila do balcão e fechando o zíper de seu casaco enquanto enfiando o capuz preto na cabeça — Preciso ir!
A velha a olhou pensando que ela era mais louca do que imaginava, pois sabia perfeitamente para onde a garota estava indo.
Arabella precisava ver aquilo de perto, necessitava entender o que estava acontecendo. Por que quando simplesmente viajou no tempo na noite anterior, não viu a cena que os jornais passaram do aracnídeo apontando-lhe uma arma na cabeça de sua mãe. Mas agora havia um Homem Aranha em tempo real incendiando o prédio do seu pai, e isso era totalmente confuso e não batia com nada do que viu ontem, e então com toda rapidez que poderia ter ela usou para correr. O prédio não era tão longe. E quando chegou lá, o cheiro de fumaça a atingiu e a fez tossir várias vezes . O que viu parecia uma pintura de museu, mas era só um prédio inteiro em chamas. A obra tão querida de seu pai, sendo ceifada pelo fogo. Era inacreditável e irônico.
Mas com o capuz preto na cabeça e a cabeça baixa, ela foi se misturando na multidão que se aglomerava em frente ao edifício, clamando por ajuda. E ela também fazia o mesmo, só que no seu silêncio, enquanto mirava o céu.
Aquele não podia ser ele.
Ou tudo que vivera ontem, não passaria apenas de um sonho muito roteirizado de sua cabeça.
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Sim, mais um capítulo terminando com uma frase de "impacto", desculpa gente :-P kkkkk enfim espero que tenham gostado!
Música citada: battle symphony
Dúvidas, só deixar aqui:
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