DEZENOVE
Talvez o seu amor nunca acabe
E se precisar de um amigo
Há um lugar aqui ao meu lado
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Peter Parker chegou rápido, ao cenário caótico que clamava por ajuda. Ele basicamente havia aparecido como um lampejo de esperança, o povo reunido nas ruas olhou para ele com os olhos brilhando com uma certa emoção. A mesma que exalava nos olhos de uma Arabella Green encolhida numa mulitdão. Ela gastou tanto a sua certeza acreditando que o farsante era na verdade um farsante, que quando viu Parker, realmente ficou emocionada, praticamente chorando ali mesmo.
- Este é só um cosplay barato meu. - o aracnídeo riu dizendo aquilo com desprezo para todos, ele mal tinha ideia se May estava vendo TV durante aquele momento, mas sabia que se estivesse mesmo, ela provavelmente estaria surtando com a imagem heróica do sobrinho dando as caras.
- Salve ele se for realmente o verdadeiro Homem Aranha! Restavam apenas 10 minutos até tudo despencar de vez.- um homem gritou com desespero ao homem aranha.
Aquele era um momento de tensão para Peter, que sentia-se tolo por ter confiado naqueles policiais e bombeiros antes de chegar ali. Os homens pareciam focados demais no falso homem aranha, que gritava palavras incompreensíveis á todos. Aquilo de fato era uma cena intrigante e que não podia ser esquecida. Mas pessoas com seus minutos contados importavam mais, certo? Peter Parker se afastou da aglomeração que estava metido, e sentiu dificuldade para conseguir adentrar aquele prédio, a sua máscara impedia que o oxigênio chegasse até ele, e então precisou erguê-la discretamente, e quando voltara sua atenção ao local em chamas, ele notou que há cada segundo a destruíção conseguia tomar mais força, ele ouvia claramente pessoas gritando por ele, implorando por sua ajuda, e sentia olhares carregados de desespero lhe encarando. Um desespero raro, daqueles que somente surge quando precisamos lutar pela nossa sobrevivência.
Peter então, com um gesto brusco e de ataque, ergueu as mãos e com suas teias, ele tentou puxar cada uma das vítimas que estavam no seu centro de visão enquanto o tempo corria, e o perigo parecia mais sufocante, e o medo de falhar invadia a mente de Peter enquanto descia cada uma das pessoas em uma espécie de escada feita por suas teias, ele também estava desesperado, pois sentia a fragilidade que se encontrava o prédio em chamas, e sabia que ele despencaria a qualquer momento. Quando acreditou que havia chegado ao fim, ele percebeu o choro de uma mulher. Ela estava presa sobre um dos destroços. Ele correu e jogou suas teias sobre ela, abraçando seu corpo frágil, e praticamente descendo com ela, mas foi apenas uma questão de segundos para que o corpo de Parker fora atirado contra o chão, e a mulher de seus braços já não estava mais com ele.
E o prédio estava começando a desabar com brutalidade, e parecia que só restou ele ali. Peter tentou se pôr de pé mas o teto despencou mais causando um barulho ensurdecedor para seus ouvidos, e foi então, durante aquele momento que ele viu um vislumbre de Quentin, e presumiu que ele provavelmente estava enganando á todos já que segurarava o corpo da moça que ele tomou de Peter. O garoto grunhiu de ódio, não apenas porquê ele perdeu a mulher, e sim porquê Mysterio estava fazendo mais uma de suas cenas.
10 minutos era o tempo que foi dado ao instituto.
O tempo estava acabando, e Peter precisava sair dali.
Mas no minuto seguinte, brutalmente, o prédio desmontou de vez, não sobrando uma fagulha em pé do que havia sido um Instituto Renomado de Ciências.
HEY HEY, Peter Parker
Ele despertou, apertado sobre os destroços, e ruindo de dor.
Eu voltei, e você provavelmente já esperava por isso, certo?
Porquê fingiria tranquilidade sabendo que você está zoando com a minha cara de novo? Peter pensou enfurecido. Poderia tê-lo matado de vez mas não o fez porquê isso iria contra sua política: O Homem Aranha não mata ninguém, mas ele acreditava firmemente que havia matado Mysterio mesmo que fosse sem querer. Mas aquilo fora uma de suas ilusões, logo depois o filho da putra estava revelando sua identidade ao mundo inteiro. Pelo menos Strange corrigiu esse erro e conseguiu que ninguém acreditasse que ele era de fato um criminoso, mas agora, ele estava revivendo esse pesadelo de novo.
Peter então, tentou se pôr de pé e percebeu que já não estava mais no instituto e sim em uma das ilusões de Mysterio. Infelizmente se sentia perdido demais para tentar escapar e a que está caindo em um abismo sem fim. Assustado com a escuridão, ele gritou alto, colocando as mãos nos ouvidos. Mas em uma questão curta de tempo, as luzes se acenderam, e o cenário que ele agora estava era uma mistura de jornais de papel e cenas de telejornais, letras pretas gigantes destacavam bem o fato de que todos odiavam ele, e em todos os meios de comunicação, fossem videos ou publicações, ele era acusado de assassinato. Peter gritou novamente, ainda suas duas mãos na cabeça atoordoado, e a visão mudou drasticamnete, com a visão de Claíre lhe culpando por ela ter perdido a própria vida.
Eu segui cada passo seu, Peter Parker e me parece curioso, porque percebi que tem uma garota...?
Você matou a mãe dela.
Como tem a cara de pau de andar com ela?
Dormir?
Mysterio riu, sarcásticamente.
Quando Peter viu, todas as publicações do blog de Arabella estavam estampadas na sua frente, em um cenário totalmente branco e claustrofóbico. Naquele momento ele se sentia tão diminuído, culpado e oprimido, enquanto Mysterio surgia em seu campo de visão, gigante ao lado dele, mas o efeito que Quentin esperava não surtiu, e Peter sequer foi afetado, ele continuou lá, parado, sem nenhuma expressão.
- Sua reputação já era Pete, acabou para você - sua voz era alta e estridente. - Só tome cuidado com a polícia, porquê ouvi dizer que eles estão caçando um tal de Homem Aranha por aí...
O cara riu.
E a ilusão chegou ao seu fim, trazendo Peter de volta a realidade, ele tentou se levantar, mas primeiro ele tinha que empurrar um dos destroços que caiu por cima dele, e quando já não havia mais impedindo ele de ir embora, sentiu-se tonto, Mysterio remexeu de todas as maneiras possíveis em sua mente, e por consequência disso, ele tropeçou em um pedaço de tijolo ou seja lá o que era aquilo.
E durante aquele pequeno instante solitário, ele avistou ela. De cima. Engolindo seco, abaixado sobre o piso destruído, enquanto ouvia ela dizer: "Pode confiar em mim..." seu corpo todo estremeceu, e tão abruptamente, confiou, sentindo-se entregado a voz aveludada dela, que o acalmou. Ele se sentia um idiota em meio aquele caos por confiar justo nela. Mas os motivos de fazer isso, se emaranhavam na sua mente, recordando-o de quando ela cuidou dele, salvou sua vida. Ele se sentiu tão amarrado a ela, parecia algo místico.
- Aranha! - Arabella correu em direção a ele, e tocou sua pele exposta nos rasgos que foram feitos no seu uniforme - Achei que havia morrido!
Olhar Arabella depois de tudo que ele viu, doeu.
Você é um idiota, Peter Parker.
Mas ele tentou se relembrar de que eram apenas ilusões, não podiam se deixar levar por elas.
- Eu estou-
- Não diga "bem", você está destruído! - Arabella o cortou, e tocou em seu ombro - Por favor, nos leve para um lugar seguro, onde ninguém nos pegará... Eu estou com a minha mochila aqui, e nela há um kit de primeiros socorros! E eu necessito conversar com você - Peter percebeu a última parte, ela praticamente estava implorando, ele então assentiu, a pegando pela cintura, num aperto firme, e atirou suas teias o mais alto possível.
- Vamos direto para o meu esconderijo. - ele sorriu fracamente, e ela apenas riu alto. - Segure firme em mim.
Arabella se colou mais no aracnídeo, e enrolou suas pernas sobre sua cintura, enquanto abraçava seu pescoço, e sem aviso, prévio ele saltou, e ela soltou um gritinho que logo foi repelido pela mesma.
- Nós dois agora estamos parecendo Bonnie e Clyde, dois fugitivos.... - disse ela, enquanto sentia a adrenalina de estar literalmente voando por nova york, os seus cabelos pareciam pália sobre o vento e ela sorria, amando a loucura que estava fazendo.
- Eu até que estou gostando dessa ideia, sabe? Eu e você, um casal de foragidos - Peter riu com a piada que fez, por dentro da máscara levemente levantada (ele havia esquecido e nem se deu conta disso), mas mal sabia ele o efeito que apenas uma única palavra - mais espeficamente, casal- poderia causar em Arabella.
Ela apenas olhou penetrantemente para ele, confusa, sentindo um misto de coisas naquele momento. Engolindo seco.
Peter precisou paralisar, colando suas teias num poste, confuso com os olhares que Arya lançava para ele.
Talvez aquela velhinha estivesse certa sobre o que falava. Pensou Arabella.
Eu quero beijar ele. Eu preciso. Principalmente depois de ter acreditado que ele estava morto.
Quando percebeu, suas mão finas seguravam o queixo do Homem Aranha e ela sorriu timidamente, se permitindo admirar por alguns segundos o desenho dos lábios do rapaz, que internamente não compreendia o quê ela estava pensando em fazer. Ela encarou sua boca, fechando levemente seus olhos e encostando a testa na dele. Ela suspirou.
- Eu acho que... - Arabella não terminou a sentença que incluía ela confessando que queria beijá-lo, pois Peter tomou o controle da situação e com apenas uma mão agarrou sua nuca, trazendo sua cabeça para mais perto e tornou a beijá-la.
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FELIZ ANO NOVO!
dei de presente o primeiro beijo do casal espero que tenham gostado ❤️
E eu tentei fazer uma ilusão do Mysterio, mas não ficou boa eu sei :/
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