008
meta de votos: 200
estou tendo a impressão que odiaram essa história
___
CHARLES LECLERC
Visto a calça de moletom que tinha pego em minha mala e levo a toalha até meu cabelo, passando pelos meus fios para tirar todo o excesso da água que estava neles. Tinha tomado um banho e estava me sentindo muito mais relaxado, a única coisa que estava faltando agora era a comida que tinha pedido.
Margot não tinha voltado para o quarto e eu recebi uma mensagem de seu pai pedindo desculpa pela atitude que a filha teve mais cedo na recepção, então assumi que a garota tinha conseguido o que queria: um novo quarto.
Ouvi algumas batidas na porta e um sorriso apareceu no meu rosto no mesmo instante, era minha comida. Caminhei até a porta abrindo a mesma e na mesma velocidade o sorriso desapareceu. Margot.
- O que está fazendo aqui!? Achei que fosse minha comida. — Perguntei e vi que ela estava com suas malas. Droga.
A loira não disse nada, apenas me olhou feio e entrou no quarto puxando as malas junto dela. Se antes Margot estava irritada, agora parecia ainda mais. Suspirei fechando a porta trás de mim e cruzei os braços enquanto a encarava: estava parada no meio do quarto, as malas em sua frente e parecendo analisar todo o ambiente.
- Vista uma camiseta. — Margot falou e passou a me olhar, estava com a cara fechada.
- O que!? Não. Estou bem confortável assim, estou com calor. — Mandei um olhar feio para ela e neguei com a cabeça.
- Então você não vai se importar caso eu resolva tirar minha camiseta também? — Ela devolveu, os olhos faiscando em raiva. - Estou com calor.
- Pode tirar, talvez eu até goste. — Falei em um tom cínico a provocando e soltei uma risada baixa em seguida.
Margot me lançou um olhar mortal, e por um segundo eu quase achei que ela iria jogar alguma coisa em mim, mas ela apenas respirou fundo, claramente tentando manter a calma.
- Não estou interessada em agradar você. — Ela falou, tentando manter o tom de voz baixo. - Meu pai vai ficar sabendo que você falou isso para mim.
- Eu tenho certeza que sim. — Disse dando um sorriso cínico. - Não acha que devíamos ao menos tentar nos dar bem?
Ela não respondeu, apenas virou de costas abrindo uma de suas malas, claramente tentando me ignorar. Passei a mão por meu cabelo ainda um pouco úmido e caminhei até a cama, me sentando na beirada e pegando meu celular. Sabia que seria uma longa noite.
Observei Margot caminhar em direção ao banheiro e arrastar a mala meio aberta junto com ela, fechando a porta com mais força do que o necessário.
Suspirei me jogando para trás e neguei com a cabeça. Não acredito que estava preso nessa situação sabe-se deus até quando.
Deixei meu corpo afundar no colchão enquanto encarava o teto do quarto. Que bagunça. Fingir um relacionamento já era desgastante o suficiente, mas dividir um quarto com Margot parecia algum tipo de teste de resistência que eu não tinha pedido para fazer.
Respondi algumas mensagens dos meus amigos, tentando me distrair enquanto minha comida não chegava. Estava morrendo de fome e queria jantar o quanto antes, de preferência antes das 23h.
Voltei a me sentar na cama e após longos minutos a porta do banheiro se abriu e Margot saiu de lá, estava vestindo um pijama na cor rosa e o cabelo agora estava preso. Sua cara ainda estava fechada, como eu já esperava.
Ela puxou um dos grandes cobertores de cima da cama e começou a ajustar no chão com movimentos irritados, então arqueei a sobrancelha. O que ela estava fazendo?!
- Il est insupportable et je suis coincé avec lui pour le reste de la semaine. — Margot veio a gravar um áudio e rapidamente arqueei as sobrancelhas, dando um sorriso cínico.
O áudio em francês para quem quer que fosse só provava que ela claramente não sabia nada sobre mim.
- J'espère que le sol est froid, princesse. — Falei a olhando e Margot se virou para mim no mesmo momento, parecia incrédula. - É interessante saber que você realmente não sabe nada sobre mim.
- Desde quando você é francês?! — Ela falou com os olhos esverdeados arregalados. - Pensei que você fosse italiano...
Meu sorriso que já era cínico, se tornou ainda mais, pois não era francês e menos ainda italiano.
- Nenhum dos seus fatos estão corretos, talvez você não tenha lido o manual que te passaram. — Falei de forma cínica e me deitei no meio da cama, me aconchegando. - Eu nasci em Mônaco, por isso falo francês.
- Então você é tecnicamente francês. — Ela resmungou de volta e soltei um grunhido irritado.
Quando abri a boca para responder, ouvi duas batidas na porta e a felicidade voltou para o meu corpo. Dessa vez não tinha como não ser meu pedido.
Me levantei de forma rápida e abri a porta, respirando aliviado. Era mesmo mimha janta. Finalmente.
Peguei a sacola das mãos do homem, murmurei um agradecimento rápido e fechei a porta. O cheiro da comida quente invadiu o quarto no mesmo instante, fazendo meu estômago roncar.
Quando me virei, encontrei Margot já acomodada no chão, coberta até o pescoço, com o celular em mãos e uma expressão de puro tédio.
- Você não vai jantar? — Perguntei, olhando Margot de soslaio.
- Não estou com fome. — Ela respondeu sem tirar os olhos da tela.
Dei de ombros e segui até a cama, me sentando com a comida no colo. Abri o pacote e sorri ao encarar as peças de sushi.
Margot murmurou algo impossível de entender em francês e virou de costas, claramente decidida a situação ainda pior do que já era.
Suspirei e me concentrei no jantar, tentando esquecer que essa semana ainda estava só começando.
Sabia que ainda iria ter os piores dias da minha vida pela frente.
[...]
oi oi !!
kkkkkkkk flopou tanto e eu jurei que não iria
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top