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meta de votos: 200 !! amanhã vou atualizar de novo

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MARGOT ELKANN

Vejo Charles descer do carro primeiro do que eu e solto um suspiro pesado, não queria estar aqui e muito menos ter que passar horas presa com ele em um avião. Seria um pesadelo.

Desço do carro e não deixo de notar que Charles estava parado me esperando, ele me da um sorriso falso e começa a caminhar na minha frente. Acho que nunca vou entender porque ele chama tanto a atenção das pessoas, não passa de um garoto mimado e arrogante. 

Pego minha bolsa e começo a caminhar um pouco atrás de Charles, que solta um grunhido e segura minha mão, passando a me puxar pelo caminho.

- Se ficar andando nessa velocidade vamos acabar presos aqui, vai lotar de pessoas. — Ele falou de forma ríspida e arqueei a sobrancelha.

Quem ele acha que é?

- Você não é a Taylor Swift. — Murmurei de volta e puxei minha mão, que ele ainda segurava.

O ouvi resmungar alguma coisa e o ignorei. Apertei minha mão na alça da minha mala enquanto a puxava comigo e observei ao redor, o aeroporto estava quase vazio.

- Tente acompanhar o meu passo, seu pai quer que nos vejam juntos. — Ele falou em um tom baixo para que apenas eu ouvisse.

- Já estão nos vendo juntos. - Falei soltando um grunhido e suspirei profundamente.

Ele passou a andar mais rápido e evitei revirar os olhos, parecia que estava quase correndo e eu não iria fazer isso. Coloquei meu óculo escuro enquanto o seguia alguns passos atrás, estava detestando tudo isso.

Quando chegamos ao portão de embarque, percebi que havia alguns fãs esperando por ele. Eles estavam em silêncio, mas com celulares na mão, prontos para filmar. Charles imediatamente abriu um sorriso, um sorriso verdadeiro, que fazia qualquer um acreditar que ele era o cara mais simpático do mundo.

- Pode cuidar das malas? — Ele perguntou sem me olhar, já indo cumprimentar os fãs.

- O que? Eu não sou sua assistente! — Retruquei incrédula, mas ele já estava ocupado tirando fotos e distribuindo autógrafos.

Suspirei e me aproximei do balcão de embarque, deixando a mala com a atendente. Quando me virei, vi Charles rindo de algo que uma fã havia dito. Ele parecia outra pessoa, como se tivesse criado todo um personagem para as câmeras.

Me encostei em um canto e continuei o observando, era de fato bastante atencioso com as garotas que tiraram fotos e pediam autógrafos, ele até gravou alguns vídeos quando foi solicitado.

Soltei um suspiro aliviado quando ele se despediu das garotas e voltou a caminhar em minha direção. Estava cansada, queria entrar no avião e dormir.

- Pronta para irmos? Já acabei por aqui. — Ele perguntou sem olhar para mim, pegando seu celular.

- Sim. — Respondi passando a caminhar em em direção a fila de embarque.

Charles me seguiu, mas continuava com os olhos grudados no celular. Ele digitava algo com tanta concentração que parecia estar resolvendo algum problema mundial. Por mim, melhor assim. Quanto menos ele falasse, melhor seria o voo.

Entregamos nossos bilhetes e seguimos para o avião. Eu tinha esperança de que nossos assentos não fossem próximos, mas, claro, a ferrari havia reservado uma fileira só para nós dois. Meu pai não deixaria a oportunidade passar em branco.

Sentei-me na janela, tentando focar no lado positivo: ao menos teria uma boa vista. Charles ocupou o assento ao meu lado, colocando o capuz do moletom e soltando um suspiro audível enquanto se acomodava. O observei pelo canto dos olhos e ele já tinha a atenção voltada para o celular, mais uma vez.

Peguei meus fones de ouvido e o coloquei no volume máximo. Finalmente me deixei relaxar, deixando a cabeça encostar no assento e fechando os olhos.

[...]

Assim que o carro parou em frente ao hotel, soltei um suspiro aliviado. A longa viagem finalmente tinha acabado, e tudo o que eu queria era me jogar em uma cama confortável e esquecer que Charles Leclerc existia, pelo menos por algumas horas.

Ao menos já estávamos no Japão para a semana de corrida e eu não precisaria mais ver ele pelo resto da noite.

Saímos do carro juntos, como mandava o "manual de instruções" do namoro falso. Ele carregava sua mochila nas costas e puxava uma mala, assim como eu.

Entramos no saguão, e a recepção era grandiosa, com lustres imensos e um piso de mármore brilhante. Havia algumas pessoas circulando, mas felizmente ninguém parecia prestar muita atenção em nós. Charles caminhou direto para o balcão, enquanto eu o segui, ainda com meus fones de ouvido pendurados no pescoço.

- Boa noite, bem-vindos. — A recepcionista nos cumprimentou com um sorriso. - Tenho uma reserva para vocês, a equipe já deixou tudo pronto.

- Para nós? — Perguntei, franzindo o cenho.

- Sim, o quarto já está preparado. Aqui estão as chaves. — Ela disse, entregando apenas um cartão.

- Desculpe, deve haver algum engano. São dois quartos, certo? — Perguntei com os olhos arregalados.

A recepcionista sorriu, e então negou com a cabeça.

- Não, senhorita Elkann. Há apenas uma reserva, um quarto para dois. Uma suíte para os casal. — Senti meu estômago afundar com as palavras.

- Não te avisaram que vamos dividir o mesmo quarto? — Charles arqueou as sobrancelhas como se já soubesse e soltou uma risada baixa. - Pois é, eu também não fiquei muito feliz quando descobri.

Arregalei meus olhos e neguei com a cabeça várias vezes seguidas, voltando a encarar a recepcionista. Ela iria resolver isso agora.

- Não! Eu não vou dividir um quarto com ele. — Declarei, cruzando os braços. - Ligue para quem quer que tenha feito essa reserva e peça outro quarto.

- Foi o seu pai que fez as reservas, a moça não tem culpa. — Ele falou, suspirando pesado e negou com a cabeça. - Resolva isso no quarto ao invés de fazer uma cena, o hotel está cheio.

- Por que não está reclamando? — O perguntei totalmente indignada e ele passou a mão pelo cabelo. - Isso não estava no contrato!

- Porque eu não posso reclamar, eu não tenho opção. — Ele falou ríspido novamente e pegou o cartão de minha mão. - Se vai ficar aqui embaixo fazendo um show o problema é seu, eu vou subir para o quarto.

Eu fiquei parada enquanto ele se afastava em direção ao elevador com o cartão-chave na mão. Eu estava irritada e minha cabeça já começava doer. Não podia acreditar que meu pai estava me fazendo passar por isso.

- Senhorita, posso ajudar em mais alguma coisa? — A recepcionista perguntou, claramente desconfortável com que acabou de acontecer.

Respirei fundo, tentando me recompor.

- Não, obrigada. — Respondi e neguei com a cabeça. Estava tudo dando errado.

Comecei a caminhar em direção ao restaurante do hotel enquanto puxava minha mala comigo e tirava o celular do bolso.

Iria resolver isso e seria exatamente agora.

Meu pai iria consertar a enorme confusão que tinha feito, já que isso não constava no contrato.

[...]

oi oi !! tá só começando rs

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