002

tá pegando bastante visualização e poucos votos, logo meta de votos será 300 que eh o mínimo pelo tanto de cobrança pra atualizar. leva menos de 1 segundo e é literalmente só apertar na estrelinha.

se não bater a meta não vai ter atualização 💋💋

___

MARGOT ELKANN


A sala do meu pai sempre me dava arrepios. Grande demais, formal demais, fria demais. Eu me sentia uma intrusa no espaço onde ele tomava as decisões que moviam não apenas a família Elkann, mas também a Ferrari, a Exor e a Stellantis. Sem dúvidas, era impressionante o poder que meu pai tinha nessa dinastia de empresários italianos.

Hoje, porém, a sensação de desconforto era ainda mais pior.

Meu coração estava acelerado enquanto eu encarava o contrato sobre a mesa. As letras pretas diante dos meus olhos, cada palavra parecendo mais pesada do que a anterior. Tinham tantas cláusulas que não estava nem conseguindo ler direito sem me sentir tonta.

A assinatura perfeita de meu pai já estava ali, como também a de Charles e o seu empresário. Me questionei como ele tinha aceitado isso. Parecia ridículo e um grande extremo.

Levantei meu olhar e meu pai estava sentado à minha frente, os braços cruzados, a expressão calma, como sempre, mas o tom firme de sua voz não deixava dúvidas de que eu não tinha escolha.

- Margot, você precisa entender que isso é muito mais do que uma oportunidade. — Ele disse, olhando diretamente nos meus olhos. - É uma chance de ouro para alavancar sua carreira. Modelos como você não chegam ao topo apenas com talento. Precisam de influência, conexões... e isso é exatamente o que estou te oferecendo.

Respirei fundo, tentando processar suas palavras. Eu já sabia que ele faria isso soar como um favor, mas, na verdade, era apenas mais uma jogada para ele.

- Pai, você está me pedindo para fingir um relacionamento com alguém que eu nem conheço. Isso não é justo. — Minha voz sai mais fraca do que eu gostaria.

- Justo? Margot, a vida não é sobre o que é justo. É sobre aproveitar as oportunidades. Você está entrando agora no mundo da moda, precisa de exposição. — Ele falou, gesticulando com as mãos. - Charles é o rosto da Ferrari, um dos maiores nomes do esporte atualmente. A figura pública mais influente da fórmula 1. Essa parceria vai beneficiar vocês dois.

- Eu nem conheço o Charles, pai. Como vou fingir estar apaixonada por alguém que é praticamente um estranho? — Perguntei quase que num sussurro.

Ele não piscou, apenas inclinou o corpo para frente, como fazia quando queria reforçar que não havia espaço para debate.

- Você não precisa conhecê-lo para isso funcionar. É um contrato, Margot, um acordo de negócios. Charles é um profissional, assim como você precisa ser agora. Isso vai te colocar nas capas de revistas, nas campanhas que sempre quis. E vai fazer maravilhas para a imagem dele e para a Ferrari. Todo mundo ganha. — Mais uma vez, meu pai argumentou.

- Mais, pai... — Ele levantou a mão, fazendo sinal para que me calasse.

- Eu estou te dando uma chance de ouro, Margot. Não é só sobre você ou ele. É sobre o que isso representa. Eventos, campanhas publicitárias, patrocínios... Vocês dois juntos serão uma sensação global. Será ótimo para você, para ele e para a Ferrari. — Ele disse empurrando a caneta para mim.

Minha cabeça girava. A ideia de me tornar parte de um espetáculo calculado e sem alma me enojava. Pior ainda, sabia o que isso significava: Acabar com o pouco de normalidade que eu ainda tinha.

- Olhe para você, querida. Você tem talento, tem potencial. Mas talento não é o suficiente. As pessoas precisam te conhecer, precisam falar sobre você. Com o sobrenome que você carrega, o mundo espera que você seja um sucesso. Eu estou te dando os meios para isso. — Dessa vez ele soou mais desesperado.

Engulo em seco, sentindo o peso das palavras dele esmagando qualquer resistência que eu ainda pudesse ter. Não é como se ele estivesse pedindo. Meu pai não faz pedidos, ele dá ordens, disfarçadas de "melhores escolhas".

- E o Matt? O garoto com quem eu estou saindo? O que eu digo pra ele? — Minha voz treme, mas não consigo esconder a tristeza.

Nós não tínhamos nada sério, estávamos apenas saindo, mas eu gostava do que estava rolando entre nós.

- Termine. Se ele for um problema, resolva. Margot, o que está em jogo aqui é muito maior que um romance qualquer. — Ele falou em um suspiro.

Olhei novamente para o papel, meu estômago revirando. Eu sabia que não tinha escolha. Dizer "não" para meu pai nunca foi uma opção, não quando ele era quem puxava todas as cordas da minha vida.

- E quanto mais rápido fizer isso, melhor. Você não pode se dar ao luxo de distrair a mídia com outro nome. A partir do momento em que assinar isso, você será a namorada de Charles Leclerc, Margot. Para o público e para o mundo. — Ele deu ênfase na palavra "namorada."

Senti as lágrimas ameaçando brotar, mas me recusei a deixar que ele me visse assim. Minhas mãos tremiam enquanto eu pegava a caneta.

- Você não está me dando escolha, está? — Perguntei, a voz quebrada.

Ele se recostou na cadeira, satisfeito com minha rendição por pura pressão.

Minhas mãos começam a suar, e eu aperto a caneta, resistindo contra a ideia. Então argumentei mais uma vez em vista do seu silêncio:

- Você nunca me perguntou se eu queria isso. — Falei e passei a olha-lo.

- Margot, você não entende agora, mas isso é o melhor para você. Esse contrato vai abrir portas que você nem imagina. E Charles é um bom rapaz, vai ser fácil lidar com ele. — Um sorriso apareceu em seus lábios.

Fácil? Ficar presa em uma mentira para satisfazer a imagem pública não tem nada de fácil. Mas ele continua me encarando, como se já soubesse qual será minha decisão. Como se soubesse que, no fundo, eu sempre cederia.

E o contrato ainda estava ali, sobre a mesa, agora com meu o empurrando Lara mim. Meu futuro, minha liberdade, tudo estava à mercê de um pedaço de papel. E, no fundo, eu sabia que minha assinatura já era inevitável.

Fecho os olhos por um momento, deixando o silêncio preencher o espaço entre nós. Meu coração acelera.

- Tudo bem, eu assino. — Falei com minhas palavra me traindo.

Assinei meu nome no final da página, sentindo como se estivesse gravando minha própria sentença. Quando terminei, soltei a caneta e recostei na cadeira, esgotada.

Meu pai sorriu, satisfeito, como se tudo estivesse perfeitamente resolvido. E eu sinto como se tivesse acabado de colocar algemas invisíveis nos meus pulsos.

-  Boa garota. Você vai me agradecer um dia. — Ele falou com um tom bem mais alegre.

Mas no fundo, eu duvido que eu vá.

Eu não sabia o que me assustava mais: a ideia de fingir amar alguém que eu não conhecia ou a sensação de que estava perdendo prestes a viver uma grande mentira.

Só queria sair correndo e chorar. Fingir que nada disso estava acontecendo.

- Quero que você e Charles passem algum tempo juntos para se familiarizarem e se conhecerem um pouco. — Meu pai chamou minha atenção. - Vai ser bom para darmos o primeiro passo inicial. Amanhã você está disponível?

Queria dizer que não, mas sabia que não tinha escolhas, então apenas confirmei com a cabeça.

Ele passou a digitar algo em seu celular e o sorriso nos lábios crescia cada vez mais. Eu estava me sentindo como se tivesse acabado de perder uma batalha.

[...]

queria postar tudo de uma só vez por algo mt engraçado que vai acontecer na race week de miami 😭😭😭

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top